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Capítulo não revisado tenham uma boa leitura.


Laís, me mostrava alegremente, todas as fotos que havia tirado no seu tour, eram fotos maravilhosas mesmo. Os lugares que ela havia ido eram bem bonitos.

E ela havia me trazido alguns mimos, sim! Laís era a melhor cunhada que alguém podia ter, mesmo o meu lance com o Adônis sendo mais falso que uma nota três. Quando isso acabasse eu manteria o contato com ela pelo resto da minha vida.

Foram algumas roupas, acessórios e comidas que eu já degustei de alguns.
Ela dizia que toda vez que via algo e lembrava de mim, ela comprava.

Aí, ai um verdadeiro amor.
Eu acho que ela deve ter puxado a sua falecida mãe, mesmo eu não sabendo como ela era, algo me dizia que era tão doce e meiga como a filha.

Nós passamos o restante do dia até bem tarde da noite, conversando e comendo coisas, a companhia de Laís era muito agradável.

- Ele é muito lindo, Cat, nunca vi homem tão lindo quanto ele - ela me contava, deitada ao meu lado, sobre um dos seguranças de Adônis, o qual ela havia ficado encantada com a beleza.

- Mas e aí? Você deu mole pra ele? - ela estava afim do homem. Tal que ela diz se chamar Athos.

- Não - respondeu prontamente.

- Ué, você não tá afim dele?

- Sim, mas ele é tão fechadão e... Você sabe né.. tem o meu problema, as pessoas tem preconceito com isso.

Nesse momento o meu coração murchou.

- Eu nunca me envolvi com alguém assim mais além, quando eu conto que tenho HIV, eles me descartam. Você o que aconteceu comigo, todo tipo de relação que tive foi a força e quando eu comecei a me consultar com a psicóloga, eu comecei a superar cada traumas, é ainda um caminho a ser percorrido mas eu não tenho mais medo só que, quando se trata da minha doença as pessoas me olham torto. Eu não tenho medo de dizer o que eu tenho, mas as vezes a rejeição e olhar estranho doem um pouco.

Eu sabia que por mais que pudesse imaginar o que Laís, sentia ou tinha passado, nada se compararia a realidade dela.
E sim ela estava certa, muitas pessoas eram extremamente preconceituosas e infelizmente ela não estaria protegida desse tipo de ser.

- Laís, minha querida. Eu entendo o seu medo mas você não deve permanecer assim por toda sua vida. Me escute, sei que muitas pessoas já te machucaram de maneira que só Deus sabe, mas você já se olhou pra você? O quanto é forte? Você superou tantas coisas e ainda segue trilhando esse caminho de forma admirável. Pessoas preconceituosas existem em todos os lugares e eu sei disso, mas ao mesmo tempo que existe essa raça ruim, existem as pessoas boas abertas e respeitosas. O fato de você ter HIV não significa que você não pode aproveitar a vida, você pode e deve, com todo cuidado, mas sim você merece ser muito feliz. Siga sua vontade e se assim for tá tudo bem e se não for não tem problema também, sei que no fundo você sabe e acredita nisso - lhe falei.

Ela me olhou com seus olhos profundos, por minutos em silêncio e depois fitou o teto sem falar nada, a ouvi suspirar.

- Talvez.. você esteja certa, Catarina -voltou a me olhar - Obrigada por ser tão minha amiga -me abraçou e retribuí.

- Obrigada você por existir - a apertei fortemente em meus braços.

[...]

No dia seguinte Laís e eu resolvemos sair do hotel para passearmos pelas redondezas. Ainda estávamos no nosso andar quando esperávamos pelo o elevador, assim que o mesmo chegou e as portas se abriram demos de cara com a emocionada do outro dia, Leone.

Meu Querido Monstro ( Andamento)Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon