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Capítulo não revisado, desculpem qualquer erro. Tenham uma boa leitura.


Eu estava completamente paralisada, ouvia vozes mas aquela cena não saia da minha cabeça. Aquilo me fez lembrar das inúmeras vezes que eu e os meus pais sofriamos com as tentativas de homicídio contra o meu irmão. Era uma atrás da outra.

— Catarina! — Adônis me sacudiu só então levei o meu olhar para ele, que tinha o seu ombro ainda sangrando — Está bem? — eu não sabia se ele realmente estava preocupado ou se era força do hábito.

Quando pulamos na água não demorou muito para os tiros cessarem, quando alguns homens, desconhecidos por mim,
mas que aparentavam ter muito medo do Adônis, nos tiraram da água. Assim que saímos Adônis começou a reprimi-los sobre o quanto haviam demorado e eu vi aquelas muralhas se encolheram como cachorrinho assutado.
Agora estávamos dentro do carro seguindo aparentemente para casa, Laís foi uma das primeiras a ser levada, ela quase não presenciou a cena, não vi mais Pietra e seu irmão.

— Estou — respondi depois de soltar o ar — O que foi aquilo, Adônis?

Eu o olhei sorri enquanto ele apoiava algo no seu ombro, ele não parecia sentir nada.

— Nada demais.

— Nada demais?! Ninguém aparece do nada atirando nós outros. Eu exijo saber o que houve! Eu quase tomei um tiro .

— Tem razão, Catarina. Você merece saber algumas coisas mas não agora — ele não me olhou, seus olhos eram fixos para frente — Τα κεφάλια θα κυλήσουν (cabeças irão rolar) — falou um tanto baixo mas eu ouvi.

Será que ele vai mandar matar mais pessoas?

— Você é um assassino, Adônis? — minha voz saiu temerosa.

— Tenho muito sangue em minhas mãos, Catarina — disse sem dá muita importância.

Engoli em seco.

— Por que? — o ouvi suspirar.

— Isso não é da sua conta! — tava demorando. Resolvi ficar na minha, até por quê, eu também precisava me tranquilizar.

Minha situação era cômica, meus gessos molhados me deixavam agoniada.

Eu queria gritar de tanta gastura.

[...]

 
Eu estava me sentindo péssima, sim do secador que Laís, usava para tentar secar meus gessos impediam que as teorias mirabolantes em minha mente seguissem adiante.

— Aí, Laís! — ela afastou o secador, aquele jato quente em minha pele estava me fritando.

— Desculpa, Catarina é que eu estou nervosa com tudo que aconteceu hoje — em sua voz havia aflição.

— Eu entendo, Laís, eu só queria saber o real motivo daquilo, tipo... O Adônis não vai me dizer e eu sei que ele sabe.

Laís se sentou a minha frente.

— Talvez eu saiba um pouco, Catarina — seu semblante agora era bem distante daquela menina alegre que via todos os dias.

Percebi que o que quer que fosse aquilo não a deixava bem.
Talvez minha curiosidade pudesse esperar.

— Você se sente bem em contar, Laís?
Ela demorou um tempinho até ela abrir a boca.

— Eu quero de falar, Cat — ela suspirou — Eu acho que tudo isso é por causa do meu pai. Bom, Adônis me deixou ciente de tudo que ele fez a mim e a minha mãe,  ele me vendeu Cat, quando eu era bebê e por isso eu sofri diversos abusos, contrai HIV e bom o meu pai não me quer viva e nem o clã.

Meu Querido Monstro ( Andamento)Where stories live. Discover now