Meu Querido Monstro ( Andamento)

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Capítulo não revisado! Tenham uma boa leitura.

Acordei naquela manhã um pouco sonolenta, eu havia ido dormir bem tarde por causa do diário, esse que eu continuaria hoje. Nele tem várias partes rasuradas o que não me permitia ler.

Desci para tomar o meu café, não me surpreendendo pela a ausência do Adônis.
Acho que eu já estava acostumada com isso.

— Bom dia, Malena! — a cumprimentei assim que me sentei a mesa.

— Bom dia senhora...

— É, Catarina — disse e ela sorriu saindo em seguida.

Eu gostava da minha companhia e era por isso que eu não estava ficando louca com aquela solidão.

Tomei o meu café calmamente, saboreando cada gosto daquele banquete desnecessário.

Só desperdício.

Terminei de comer o que pude e fui para o meu quarto, eu estava muito ansiosa para desvendar aquele diário.

Assim que me sentei numa das cadeiras que tinha na varanda do quarto, abri o diário e continuei de onde parei.

" Tive que mentir para Heron, e dizer que eu estava esperando outra criança dele, não seria algo tão suspeito pois ele me obrigava a ter relações com o mesmo.
A barriga crescia e Alec planejava um plano de fuga, parecia que tudo iria dar certo, assim que a criança nascesse eu fugiria com o meu pequeno sol e o meu amor. Eu torcia para que tudo desse certo.
  O menininho cada dia que passava ficava ainda mais lindo, ele não seria como o pai, ele era uma criança doce e amável, seria um grande homem.

[...]

Infelizmente os nossos planos tiveram que ser adiados pois com dias para que eu tivesse o meu segundo filho, Heron nos levou para um longa viagem fora da Grécia, dessa vez ele parecia ser aquele homem do início, gentil. Mas eu não conseguia acreditar nele. Não mais. A viagem prosseguiu agradável, Heron nunca foi muito próximo do nosso filho mas A...

— Não acredito! Outra parte que não poderei ler — exclamei chateada.

Pulei a parte rasurada e prossegui.

" O meu segundo filho nasceu muito bem, era um menino tão lindo quanto o pai, os traços eram inegáveis percebia isso assim que a criança crescia.
Ele e o irmão se tornaram muito amigos eu amava ver a interação dos dois.
  O plano de fuga, continuava de pé e seria a dois dias. Tudo estava certo.

[...]

O chão sumiu aos meus pés ao receber a notícia dada por minha amiga, Alec estava morto. No dia em que iríamos fugir. Foi inevitável as lágrimas, o meu coração estava partido em mil pedaços. Por que meu Deus?
No mesmo dia a noite o meu marido se aproximou de mim, eu sabia o que ele queria, me forçar novamente. Mas quando ele disse que estava feliz por ter estragado os meus planos, eu soube ali que o meu verdadeiro inferno começaria.

Naquela noite ele me espancou, me violentou e me prendeu num quarto no subsolo do casarão, ali eu descobri onde todos os Colonomos...

— As partes mais intensas estão estragadas, parece até que foi proposital — comentei ao continuar. Eu mal percebia a hora passar.

" Eu não podia ver os meus filhos, e aquilo era ainda mais doloroso pra mim, de certo modo eu estava aliviado por Heron, não ter descoberto que Anúbis não era seu filho, eu suplicava todos os dias para que ele não fizesse nada com os meus amores.
Eu estava presa naquele lugar, recebia pouco alimento e de vez enquando ele me permitia me limpar mas conforme os dias iam passando os sintomas começavam a aparecer e eu sabia que estava grávida novamente.

[...]

Eu estava de volta aos meus filhos novamente, assim que Heron descobriu a gravidez ele me tirou de lá mas eu sabia que era por tempo determinado.

Quando a criança nasceu eu temi muito, era uma menina e eu sabia o que ia acontecer com a minha filha. Enquanto eu a amamentava poderia continuar junto a ela e aos meus filhos.
Foi quando ela completou 6 meses que Heron descobriu que Anúbis não era seu filho. Seríamos castigados e a minha filha tam...

Dali em diante o diário estava todo estragado não tinha como ler.

Que raiva!
— Mas que história hein? — comentei comigo mesma — Muito triste e... — observei melhor aquele diário e a capa dele tinha uma parte falsa. Encontrei uma foto. Era a mulher da primeira fotografia, a do vídeo e seus filhos.

Esse diário era da mulher do vídeo!

— As crianças, a mulher é a Serena — constatei — Mas ela foi esposa do tal Heron, e quem é ele? Talvez eu dev...

— Senhora, com licença — Safira pediu entrando no quarto.

— Diga, Safira.

— O senhor Colonomos pediu para que a senhora estivesse pronta as oito, pois irão sair — ela avisou e o meu coração saltou.

Eu iria vê-lo.

— Ele está aqui?

— O senhor Colonomos ligou pedindo para avisar.

— Atá, obrigada, Safira — bem típico dele.
Ela saiu do quarto e eu revirei os olhos, com certeza seria outro jantar chato.

Mas eu não podia negar que o meu estômago revirou de uma maneira desconhecida só de imaginar que eu iria vê-lo.

Suspirei. Ele devia ser um homem fácil aí talvez as coisas poderiam fluir.

Me lembrei de toda essa história. Talvez eu devesse pergunta-lo sobre tudo o que descobri.

— Hum, não acho que seria uma boa. Vai que esse homem vira o bicho comigo — me dirigi ao closet. Eu queria estar ainda mais bonita hoje.
Para mim mesma.

[...]

Eu descia as escadas muito ansiosa, e sem a mínima razão para isso. Eu poderia imaginar que Adônis estaria me esperando com raiva, afinal eu estava a quase meia hora atrasada.

Meu cabelo merece todo o tempo do mundo!

E lá estava ele, engoli em seco. Talvez era a minha mente me pregando mais uma peça, mas ele estava malditamente lindo e sexy e esbanjava um ar calmo mesmo aparentando estar impaciente. Seus olhos vieram em minha direção, tão quentes e misteriosos como nunca, senti o meu corpo virar água e por isso cai no chão.

— Merda! — praguejei sentindo uma dor no meu quadril. Tudo isso só por causa dele?!

Me levantei rapidamente e olhei na direção dele que tinha um sorriso sorrateiro nos seus lábios.

— Está bem minha querida esposa? — lá estava o seu sarcasmo. Sorri cinicamente me aproximando dele.

— Estou ótima, Adônis! — o respondi de frente a ele e eu engoli amargamente a vontade que eu estava de abraça-lo — Estaria 100%se não tivesse que olhar para você.

Ele deu uma risada sem graça .

— Igualmente, Catarina — seus olhos pararam nos meus e por breves segundos nos encaramos como se quiséssemos nos revelar e...— Vamos, já estamos atrasados por sua culpa!— retornou a sua postura seguindo para a saída da casa e eu fui atrás.

Dentro do carro, enquanto ele dirigia, algo em mim se incomodava com força.

Curiosidade.

— Por que você sumiu? — o perguntei. Ele deu um sorriso de lado.

— Sentiu a minha falta? — seu tom saiu irônico como sempre.

— Senti. — afirmei e me calei, achei melhor ficar quieta e continuar assim até que o dia terminasse.

Ok, eu não devia ter afirmado!

Agora, do que isso importa pra ele mesmo? Nada ué. Não vou ficar me martirizando. Não com ele, que é tão desprezível!

Oi!
Espero que tenham gostado!
Bjs