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E se o destino te proporcionasse um amor nada convencional?
Um amor a três pode funcionar? Desejo, amor, luxúria ou cilada? O quão insano e prazeroso isso pode ser? Embarque nessa estória.
Love to three traz as vivências de relacionamento des...
Tentando evitar mais brigas, assim que eu cheguei com as malas de Lucy, saí pra fazer compras, acompanhada de um decorador conhecido por mim, aqui de Nova York. Conseguimos organizar tudo, sobre a reforma de última hora do meu quarto, que inclusive, teve sua repaginada concluída ainda no dia de ontem.
Aquelas horas longe dos problemas, fizeram essa cabeça avoada, pensar bastante e tirar algumas conclusões. Eu estava me sentindo uma verdadeira estúpida. Dinah e Ramón, que estavam por lá, fizeram companhia a nossa visita até minha volta, e por incrível que pareça, quando eu cheguei, ela ainda estava. Por um momento, eu acreditei que Lucy iria fugir de mim, ou algo do tipo, mas não, ela continuou lá. Ela estava disposta ao diálogo, eu conseguia ver isso nela, caso contrário, teria pegado o primeiro voo até New Orleans.
Almoçamos juntas, sem nenhuma intriga, mas em compensação, passamos o restante do dia com palavras monossílabas. Ninguém quis falar mais do que o necessário até a noite, onde tivemos uma breve conversa pacífica de boa-noite, mas sem nenhum tipo de desculpas.
Estava pensando em como pedir desculpas decentemente, mas meu orgulho persistia em ressaltar que a culpa não era minha. O que tinha de tão grave em desejar mais um passo na relação?Lucy desde sempre, foi bem posicionada, quando o assunto é relacionamento, mas depois de ontem, comecei a duvidar de certas coisas, inclusive de mim mesma. No fundo eu queria que fosse só um mimimi da minha parte, entretanto aquilo estava coroendo por dentro. Não por ela não querer isso, eu não posso obrigar ninguém a nada, mas sim por ela não enxergar minhas verdadeiras intenções.
Ao longo da noite, eu não aguentava mais. Sentia sua falta e estava me sentindo mal por tudo, pena que já era tarde, ela já havia dormido. Como ela continuou no quarto de hóspedes, fui até sua cama, velar seu sono, e acabei caindo no sono lá mesmo. Fiquei com medo de ser expulsa no meio da noite, mas talvez pela a inconsciência do sono, nossos corpos amanheceram abraçadinhos, como se nada tivesse acontecido.
Hoje eu iria começar o dia bem, não quero mais nenhum tipo de banalidade, ou incerteza beirando nossa relação. Depois de fazer meu desjejum, preparei o café da manhã de Lucy e arrumei tudo em uma simples bandeja de madeira. Tenho que pedir perdão por ter cobrado tanto, ao ponto de sequer ouvir verdadeiramente sua opinião.
Empurro a porta com o ombro, adentrando no ambiente e sorrio ao vê-la daquele jeito. Coloco a bandeja sobre a cama, abro as persinanas do local e deixo a manhã linda de New York, iluminar aquele quarto.
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Afago por alguns instantes seu cabelo, até que ela começa despertar. Não me controlo, acabo beijando sua têmpora, ao mesmo instante que inalo aquele cheiro único.
- Buenos días, amor. - Minha voz sai mais rouca que o normal.
