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E se o destino te proporcionasse um amor nada convencional?
Um amor a três pode funcionar? Desejo, amor, luxúria ou cilada? O quão insano e prazeroso isso pode ser? Embarque nessa estória.
Love to three traz as vivências de relacionamento des...
- No llores, mi amor... Shhh... Você vai ficar bem. - Balanço minha grandona sucessivas vezes.
Líli estava resfriada, chegamos há dois dias em New York, essa semana seria os trâmites finais do processo de Lauren, então decidi desviar meu caminho de Miami, com a intenção de prestar nosso apoio, mas parece que a mudança brusca de temperatura afetou negativamente minha miniatura de deusa na terra.
- Por Dios, faz ela parar, Lucy. - Lauren altera seu tom de voz.
- ESTOY HACIENDO ESO, CARAJO. - Rebato na mesma altura.
Estávamos acordadas desde as 3h da manhã, esse foi o horário que nossa bebê começou com seu incômodo, não precisou ao menos de um termômetro para comprovar sua febre, Lauren confirmou comigo no simples fato de colocar a mão debaixo do seu bracinho e sentir sua pele queimando.
- Podemos voltar na emergência... ou melhor, podemos exigir outro médico naquela porcaria de hospital.
Na nossa primeira ida ao hospital, fomos atendidas por um médico nada confiável, que além de se encontrar sonolento, sequer olhou nos olhos de Zahli para receitar um antitérmico.
- Não quero sair com ela de novo, tadinha, Lauren. - Aperto minha bolinha nos braços.
Meu peito já começava a doer, eu queria conseguir manter minha calma, li em algum lugar que o desespero era um grande inimigo das mamães de primeira viagem, mas vê-la naquela situação tirava toda minha noção. Recorri até uma chamada de vídeo para Alyk, que nesse momento está em Miami acompanhando a gravidez de Camila. Não confiei naquele zumbi do convênio, tive que falar com minha obstetra. Ela deixou bem claro que o efeito do remédio não seria imediato como eu queria que fosse, então só nos restava esperar.
- Vem cá, amor da mamãe. - Lauren toma nossa filha dos meus braços com facilidade
Seus olhinhos além de tristonhos, estavam apagados, era a primeira vez que eu os via dessa maneira.
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Líli olhou de relance para sua mãe Lauren, antes de cessar seu choro, era nessas horas que eu me sentia uma pessoa horrível, às vezes batia essa sensação de mãe insuficiente. Não escondo meu ciúmes com Zahli, passei mais de dez horas tentando expelir aquele ser enorme, para no final aquela pestinha amar o colo de Lauren, até nos seus dias mais chatinhos.
- Ouviu, meu bebê? - Lauren pergunta baixinho para Zahli.
Lauren sorrio de mansinho até Líli, acabei não ouvindo o teor da conversa das duas.
- Já que não vamos dormir, podemos falar com a sua irmãzinha Lola. O que acha, meu amor?
- Camila deve está dormindo, Lo. - Afirmo ao interromper sua fala.
