Best Friends (Park Jimin)

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     Boa Leitura, queridxs! 🌈✨

Já fazia cerca de três anos que eu não via o meu melhor amigo pessoalmente. Jimin e eu conversávamos quase sempre por chamada de vídeo durante horas mas isso não era suficiente pra suprir a saudade absurda que eu sentia dele.

       Nós dois nos conhecemos no ensino médio e ficamos tão próximos que parecíamos ser um só. Nossa relação era muito íntima e que na maioria das vezes ninguém entendia, funcionava como uma espécie de amizade colorida mas não tinha tanta cor assim. Como eu poderia explicar? Bom, Jimin e eu nos conhecemos bem naquela fase tensa da adolescência de perder a virgindade, namoro e tudo isso que faz parte da vida dramática de todo adolescente. Ele não era nenhum conquistador, apesar de fazer sucesso com as meninas ele não sabia bem como começar e continuar uma conversa e por isso só namorou depois de ser adulto. Eu não tinha muita paciência para garotos, na verdade eu costumava dizer que o Jimin era o único garoto de quem eu gostava e considerava todos os outros porcos e sem noção. A partir disso também conseguimos deduzir que eu só fui namorar na faculdade, quase no fim dela pra ser mais específica. De qualquer forma graças aos nossos problemas em lidar com o sexo oposto, mesmo que isso não se aplicasse à nossa relação, todas as nossas primeiras vezes foram um com o outro graças a confiança que tínhamos. Jimin foi o primeiro homem que eu beijei e também o primeiro cara com quem eu fiz amor (e com quem eu transei loucamente depois de uns bons shots de água benta russa). Mas todo esse envolvimento nunca interferiu na nossa amizade, nunca mesmo. Beijos, uns amassos e até mesmo sexo nunca foi um problema, algo que causasse desconforto para alguma das partes. A sinceridade era um dos maiores pontos fortes da nossa amizade e eu amava muito isso.

           Quase dois anos depois que terminamos o ensino médio, Jimin entrou em uma companhia de dança contemporânea e começou a fazer muitas viagens com o grupo, por isso nos víamos nas poucas vezes que ele estava em casa. Mas depois de um ano nessa rotina louca, o grupo resolveu ficar em um lugar só e bem, ele era parte do grupo. Jimin se mudou para os Estados Unidos e depois disso nos vimos uma única vez, no meu aniversário. Nessa época eu estava bem no início do meu relacionamento e Jimin também. Estávamos felizes com as pessoas que tínhamos escolhido e o melhor de tudo é que os relacionamentos não afetaram em nada no nosso modo de agir. Jimin e eu continuávamos os mesmos, o amor dentro de nós ainda era o mesmo. Eu sempre fui muito sincera com o Lim sobre minha relação com Jimin e isso pareceu incomodá-lo um pouco no começo, mas acho que quando ele percebeu que as coisas não iam mudar ele começou a lidar melhor.

      Já faziam quase três anos que Lim e eu namorávamos e seis meses que ele tinha "se mudado" para o meu apartamento. Quando eu saí da casa dos meus pais foi com o intuito de ter o meu canto, meu lugar, aonde eu não encontraria nenhuma outra pessoa. Eu não precisava dar bom dia pra ninguém (além das minhas plantinhas), não precisava dividir minha comida, não precisava lavar a louça até decidir que era o momento de lavar a louça. Era essa a paz que eu queria. Mas gostava da companhia de Lim e não tinha coragem de dizer que não o queria ali, então o deixei ficar. Não era nada definitivo, pra mim não era, mas parece que aos poucos foi se tornando.

        Estávamos no meio da semana, uma quarta-feira chuvosa em Seul e eu estava em casa, sozinha. Tinha acabado de voltar do escritório aonde eu trabalhava, uma construtora. Deixei meus materiais de trabalho em cima do sofá e fui para o banheiro. Me despi ainda no quarto e peguei um roupão novo no meu guarda roupa. Liguei a banheira na água morna e fui até a cozinha pegar uma taça de vinho. Assim que estava com a minha bebida, voltei para o banheiro e adentrei na banheira que aos poucos se enchia. Queria relaxar uns minutinhos, aproveitando a minha tão amada solidão. Lim chegaria do trabalho em umas duas horas, então era o tempo que eu tinha pra aproveitar minha própria companhia. Ouvi meu celular tocar, me estiquei até um banquinho de madeira que ficava próximo da banheira e vi o nome na tela. O sorriso foi automático e eu imediatamente atendi a chamada de vídeo.

Imagines Bangtan Where stories live. Discover now