Capítulo 6

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Recuando, eu vejo a poça de sangue continuar a subir. Eu ajo, subo em um sofá sujo que tinha no quarto e fecho meus olhos. Isso é tudo um sonho. Isso não é real. Tudo que está acontecendo não é real. Sua risada ecoa maliciosamente pelo quarto, enchendo as paredes vazias da casa.

"Aw, abra os olhos baby. Veja a beleza da obra do diabo." Ele sussurra em meu ouvido. Eu os cubro com minhas mãos, ouvindo sua voz como pregos que são martelados no quarto, produzindo um som estridente que irrita meu ouvido. "Abra os olhos, amor." Sua voz ainda alcança minhas orelhas.

"Não, eu não vou." Eu falo, não querendo obedecê-lo. Mãos frias cobrem meu rosto como uma cobra enrolada em volta de sua presa. "Mas vai ser divertido. Vamos Lucinda." O monstro assobia, minha respiração se torna mais pesada. Sinto algo líquido subindo pelos meus tornozelos até chegar em meus joelhos, tornando mais difícil para mim me concentrar em dizer a mim mesma que tudo aquilo que eu estou experimentando é apenas uma ilusão. "Vamos lá, só uma olhadinha."

Descobrindo meus ouvidos, eu abro meus olhos, incapaz de resistir à tentação de dar uma olhada. A tentação sempre vai te seduzir, deixando você ver o lado bom dela, e você não irá nem mesmo saber que ela está lentamente corrompendo o seu interior. A decisão de abrir meus olhos me faz arrepender no mesmo instante em que eu vi a cena frente a mim.

Corpos de pessoas que eu nem sequer conhecia estava flutuando acima da superfície, alguns com olhos faltando. Havia corvos e pombos. Baratas enormes estavam subindo pelas paredes, sibilando alto. Eu engasgo com a visão, meu estômago se revira e o mau cheiro de sangue não ajudava em nada.

"Você gosta disso?" Ele questiona, eu olho para cima para vê-lo no teto. Uma faca de açougueiro estava descansando em sua mão. Eu congelo quando ele a ponta para mim, a ponta da falha quase tocando meu nariz. "F-Fique longe de mim." Eu gaguejo, me abaixando. Inclinando a cabeça para o lado, ele me dá um sorriso torto. "Você não gosta? Eu pensei que você ia se interessar."

Choque foi expresso em meu rosto quando o sofá começou a subir, flutuando sobre o líquido vermelho que manchava tudo em seu caminho. "Me deixe sozinha!" Eu grito, ele apenas ri da minha cara, me fazendo estreitar os olhos para ele. "Você e eu vamos nos divertir muito juntos."

Eu olho em volta do móvel flutuante. "Você e sua mãe são burras o suficiente para comprarem esta casa. Essa casa pertence a mim!" Ele grita, as veias se ressaltando em seu pescoço.

"Só por favor, pare." Eu murmuro fracamente, ele olha para mim por um minuto e seus lábios se abrem em um sorriso sinistro. "Ah, então agora você quer se render? Você é fraca por fazer isso, Mackenzie. Pensei que você iria resistir mais, mas acontece que eu estava errado. Poderíamos nos divertir juntos."

Eu não evito em me encolher quando ele menciona a palavra 'diversão'. Que tipo de diversão ele quer dizer? Torturando minha mente com seus jogos perversos? Me dando pesadelos? "N-Não! Eu não vou me render." Eu declaro, tentando encontrar alguma maneira para escapar desse pesadelo. Acontece que eu não posso.

Um corvo voa e descansa no topo da cabeça de um cadáver. O monstro nota, uma vez que corta o corvo ao meio com sua faca afiada. Meu queixo cai em horror quando seus órgão caem em mim, sangue de corvo escorrendo em minha cabeça. Eu grito, tentando remover as entranhas, eu fico apavorada.

"Seu porco nojento!" Exclamo, tirando alguma parte viscosa no corvo de minhas mãos. Isso só o fez rir alto, me irritando. "Seu babaca! O que eu fiz para você? Você merece apodrecer no inferno, seu porco!" Com isso seu riso para, o quarto em um silêncio mortal, ele olha para meu rosto antes de pular para o sofá. Eu temo sob seu olhar.

Hex |h.s| traduçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora