Seu quarto, nosso quarto

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P.O.V. Régulo

Acabei por revisar mais algumas coisas, eu tinha que ir bem nas provas, tinha que ser o melhor. Talvez isso soe arrogante ou perfeccionista, mas é o que eu sempre fiz. Talvez, por isso desde o primeiro ano eu seja do clube de Slughorn. A única coisa ruim disso é ter 500 hobbies e nunca acabar totalmente algum, gênio da procrastinação. A minha porta se abriu, achei estranho, então vi o Evans entrando tranquilamente como se aquele fosse o quarto dele.

- Vou dormir aqui hoje. - Jogou seus livros em cima do sofá e foi abrindo meu guarda roupa. - Vou pegar um pijama seu também, pode ser?

- Vai para o seu dormitório, corvino. - Brinquei, fingindo estar o expulsando.

- Não posso, errei aquela merda de enigma pela não sei qual vez do ano e não quero dormir no corredor. - Disse colocando a mão na cintura, como se tivesse dando uma palestra. - Eu quero voltar no tempo e dar uns tapas na Rowena por ter essa magnífica ideia, ao invés de ser senha.

- Eu estou tranquilo, Salazar foi prático.

- Eu sei que não tem nada haver com o assunto, mas... - Conversávamos enquanto ele se trocava tranquilamente, pegando a minha roupa. - Você viu o diadema que a Astérope ganhou?

- Óbvio, eu estava com você quando ela nos mostrou, seu louco. - Respondi, colocando o livro de lado.

- Foi o Carrow, não?

- Deve ter sido... - Ele revirou os olhos, fazendo uma careta. - Você não está afim da minha irmã, não é?

- Talvez... - Ele tentou me empurrar, eu fiquei sem entender. - Vamos com essa bunda para o lado? Ou você vai deixar seu pobre melhor amigo dormir no sofá?

- Era essa a intenção. - Respondi brincando. - Vai na outra cama!

- Eu não, vai que seu colega de quarto surge e me azara. Eu conheço muito bem os sonserinos para não ser louco a esse ponto.

- Por Merlin... - Balancei minha cabeça, como eu fui arranjar um amigo desses. - Com talvez, você quer dizer...

- Estou caídão por ela, com todo respeito e admiração, obviamente. Estava até pensando em tentar conquistar o Carrow para afastá-lo dela, mas ia ser muita sacanagem.

- Ia ser mesmo, eu provavelmente contaria a Astérope daí.

- Ótimo amigo você, ein?

- Amigos, amigos, querer pegar pessoas da minha família a parte.

- A culpa não é minha se sua família só tem gente gostosa! - Empurrei-o, sem jogá-lo para fora, mesmo que merecesse. - O quê?

- Não fala assim.

- Por quê? Você também é gostoso, um elogio. - Eu não consegui segurar e comecei a rir. - Genética boa do cacete...

- Agora estou com medo de você. Daqui a pouco vai querer passar o rodo na minha família.

- Se os seus pais deixarem, eu aceito um trisal, tranquilamente.

- Você está querendo apanhar, né?

- Não fala assim com seu futuro padrasto. - Empurrei-o da cama com força, aliviando muito minha vontade de socá-lo pelo som da queda dele. - Olha, vai ficar de castigo.

- Pode calar a sua boca, por favor?

Eu me virei, puxando o meu edredom. Fechei meus olhos, tentando dormir, mas o ser não parava quieto. Depois não sabe porque eu chuto ele da cama de madrugada. Sem aguentar mais, abri os olhos, dando de cara com Evans de olhos arregalados me encarando.

Diário de uma PP: Potter PerdidaWhere stories live. Discover now