Casal perfeito, não?

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P.O.V. Perséfone

    O melhor das aulas era o intervalo, isso porque podíamos ter paz e não ter companhias de outros seres odiáveis. Ainda estávamos enganando Jacob e Liam, mesmo que tenhamos já conseguido o que queríamos, mas era legal enganá-los. Delphini me puxou pela mão, adentrando na floresta proíbida, antes da aula de Hagrid, para podermos ter alguma paz.

    - O que você acha de pregar mais alguma com aqueles idiotas? - Sibilou, com um sorriso maluco enquanto enrolava as mechas de seu cabelo.

    - Como o quê? - Falei colando nossos corpos, eu não queria usar aquele intervalo apenas para jogar conversa fora.

    - Perséfone… - Disse balançando a cabeça. - E se nós destruirmos o quadro da mulher gorda? Não vai ter como aqueles grifinórios dormirem.

    - Eu não teria pensado melhor… - Sussurrei. - Como faríamos isso?

    - Podíamos usar Imperio em um elfo doméstico! - Deu pulinhos e bateu palmas, super animada.

    - Mas e se nos pegarem? Precisamos de algo mais discreto.

    - Que saco! Esse mundo anda muito chato… - Revirou os olhos, emburrada. - Não pode mais nem se divertir em paz.

    - Porém, eu poderia usar a minha mortalha, assim não teria como nos rastrear e poderíamos conseguir outra varinha para lançar o feitiço.

    - Isso! - Pulou em meu pescoço, quase como se eu fosse pegá-la em meu colo. - Você é a gênia que acoberta os crimes e eu sou a que monta os planos super falíveis.

    - Casal perfeito, não? - Pisquei para ela.

    Delphini abriu um sorriso de orelha a orelha e me puxou brutalmente, beijando-me. Eu como não sou boba, correspondi, pressionando-a na árvore que estava apoiada. A loira dessa vez havia decidido machucar o meu pescoço, arranhando-o com força até eu sentir o arder do corte, me fazendo soltar um gemido de dor baixinho. Nos afastamos e ela me olhou de forma insana. Surpreendeu ao me empurrar forte contra o chão, ficando por cima de mim mais do que rápido.

    - Será que Hagrid notaria nossa ausência? - Perguntou mordendo o próprio lábio.

    - Claro que notaria, mas eu não ligaria para isso.

    Seu sorriso foi maravilhoso ao ouvir a minha resposta. Ao invés de voltar a me beijar, começou a me observar com cuidado. Segurou meu rosto, pressionando-o pelas bochechas e depois começou a passar a unha com força por ela, fazendo leves cortes que ardiam para o inferno.  Pressionou novamente e finalmente me beijou com tanta ferocidade que me deixava sem ar e a minha cabeça não pensava em mais nada. Puxei-a pelos cabelos, nos afastando momentaneamente, mas ela pareceu decepcionada. A loira foi passando a língua pelo machucado que tinha feito e voltou a me beijar com o gosto de sangue.

    - Estupefata! - Uma voz masculina soou e a jogou para o meu lado.

    - Potter, como é ser o maior chato desse mundo? - Disse a loira, fingindo que nem tinha acabado de cair com a cara na terra.

    - Eu falei para vocês, essas duas não prestam. Agora quero ver não acreditarem em mim!

    Percebi que ao seu lado estavam os dois ex capangas, quero dizer, ex melhores amigos enfurecidos. Revirei os olhos e levantei com um pulo, me limpando da terra da floresta.

    - Agora nem pode mais beijar, senão nós somos uns monstros? - Perguntei sarcasticamente. - Isso tudo é seca, Tiago?

    - Vocês só usaram o Jacob e o Liam! Não tem vergonha na cara? Para piorar traí-los em público.

Diário de uma PP: Potter PerdidaWhere stories live. Discover now