*cof* ciumento *cof*

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    -Quer conversar? - A mesa, que ainda restava alguns grifinórios, se viraram para mim.
    - Só estou acabando…
    - Faz meia hora que está acabando. - Dei um leve riso.
    - Senta aí, Marie.
    - No meio de tanto grifinórios? Nem morta. Pode levantar, para de preguiça, Harry Tiago Potter! - Ele levantou num susto, estava com uma cara péssima.
    Caminhou ao meu lado, com aquela expressão de morto vivo. Estava tão inerte que acabou quase batendo na parede, se não fosse por um belisco meu. Levei-o para bem longe do castelo, assim tendo paz, sem visita de nenhum dos nossos amigos.
    -Terra chamando Harry! - Passei a mão na sua frente, fazendo o piscar.
    - Desculpa…
    - O que aconteceu?
    - Rony está implicando comigo, por causa do torneio, ele acha que eu escondi dele.
    - O Weasley é um idiota se acha que você colocaria seu nome lá.
    - Isso não entra na cabeça dele
    - Por que você não faz uma surpresinha para ele, Harry? Uma azaração?
    - Credo, - Ele se afastou assustado. - eu não faria isso, mesmo depois dele não confiar em mim.
    - Sério, Harry?
    - Óbvio! Marie, você faria isso?
    - No seu lugar? Claro. Aliás, eu estou com vontade de fazer isso se eu encontrá-lo agora. - Fui totalmente sincera, não entendia o jeito de Harry.
    - Não faça isso, por favor, não quero que pegue detenção por mim.
    - Eu sou sua irmã, Harry, esqueceu desse detalhe? - Ele abriu a boca para falar, mas eu continuei. - Apesar da gente não ter um laço muito forte, família é família, primeiro lugar sempre.
    - Então você acharia ruim sobre minha suspeita com o Snape, não é?
    - Suspeita do quê?
    - Eu e a Hermione vimos a marca negra no braço dele…
    - Ele é um comensal, isso não é surpresa para ninguém, Harry.
    - Você acha isso normal? - Estava com olhos arregalados. - Principalmente, se for ele que colocou o meu nome no cálice.
    - Severo é da ordem, mesmo que só Dumbledore confie nele. E nunca faria isso, eu tenho certeza.
    - Como pode ter? O diretor pode estar errado.
    - Ele me perguntou se você tinha colocado o seu nome, estava preocupado com você, Harry.
    - Duvido… É oportunidade perfeita para me matar.
    - Sua morte não seria nada útil, pensa nisso.
    - Que horror, Marie!
    - Temos que ser práticos, não?
    - Práticos, mas não sem sentimentos.
    - Meu irmãozinho é todo sentimental, então? - Apertei suas bochechas e fiquei balançando, enquanto resmungava para eu parar.
    - Você é sempre assim?
    - Nem sempre, só com quem eu gosto. Se eu não gostasse…
    - Que nem com o Rony e a Mione?
    - Não! Eu não gosto, nem desgosto deles, para mim tanto faz.
    - Por quê? Eles são meus melhores amigos!
    - Quer mesmo que eu responda esse seu argumento maravilhoso?
    - Esqueci… - Revirou os olhos e eu ri, parecia uma criança. - Eles são legais com você? Te tratam bem?
    - Não precisa ficar preocupado, são meus amigos, não? Principalmente a Pansy.
    - Pensei que era o Zabini, mas não vi você com ele esses dias.
    - A culpa é do Malfoy… - Revirei os olhos.
    - O que o Malfoy fez?
    - Nada demais… - Ele me olhou nos olhos, esperando eu falar. - Não tenho certeza ainda, depois eu te conto. Sirius falou com você?
    - Sim, voltou para o país de vez… O Remo falou com você?
    - Falou sim, se surpreendeu por eu não ter caído na grifinória.
    - Também prefiria isso. - Fez uma careta.
    - Estou melhor na sonserina, acredite. - A dúvida no rosto dele me dava vontade de dar um tapa, maldade com a minha casa. - É uma casa maravilhosa, se você tivesse no meu lugar acharia também.
    - Ainda bem que eu não estou!
    - Digo o mesmo sobre a Grifinória. - Rimos juntos, o sentimento de casas rivais já tinha nos apossado.

    A minha mesa estava minimamente organizada, com espaço para escrever. Queria responder Lupin, mas ao mesmo tempo estava receiosa sobre o que contar.
    "Caro, aluado… Harry me contou os seus apelidos da época da escola, queria saber mais, mas ele falou para esperar escutar de vocês (no natal, talvez?). Estou amando ser sonserina, fiz alguns amigos no primeiro dia, tive muita sorte. Aliás, o quadribol é uma longa história, foi recomendação de um deles, conto mais quando a gente se ver novamente. Voltei a falar com Harry, nós não brigamos diretamente, foi uma discussão com os amigos dele. Falando no meu irmão, ele é sempre teimoso? Porque eu sou também, então provável que ainda vamos ter várias brigas, por causa disso. Espero que esteja bem, se precisar de ajuda para as poções do efeito da lua cheia, é só me avisar. Sua afilhada ex-morta.".
    A última parte tinha sido proposital, achei engraçado todos acharem isso. Coloquei no envelope, para enviar. Ao caminhar até a sala comunal, encontrei Zabini, quem me parou.
    -Marie, podemos conversar? - Seu rosto estava sem expressão.
    - Pode ser no caminho do corujal? Tenho que enviar. - Apontei para a carta.
    - Está bem. - Ficou calado caminhando ao meu lado até os corredores estarem vazios.
    - Você e o Weasley? - Perguntou, bufando no final, o que foi muito engraçado.
    - Foi só um beijo por enquanto, se for isso que queira saber.
    - Só mesmo?
    - Por quê, Zabini? Eu sou livre para ficar com quem eu quiser.
    - Eu sei, não é isso que queria dizer. Mas está rolando algo entre vocês?
    - Só um pequeno trato, nada demais. - Revirei os olhos, não deveria ter respondido.
    - Des-desculpa… - Parecia contrariado a dizer aquilo.
    - Pelo o quê exatamente?
    - Não ter falado contigo depois do que o Malfoy falou.
    - Eu entendo, ser amigo é diferente de ter um relacionamento com uma mestiça, como eu. - Mordi meu lábio inferior, não deveria ter falado aquilo.
    - Eu não acredito no que eu vou falar, mas - Ele deu risada sem graça, escondendo o rosto. - normalmente não ia fazer nem amizade com uma mestiça. Você é diferente, Potter, pode não ter sangue puro, mas cresceu como uma.
    - Isso não faz diferença, continuo tendo sangue trouxa, Blásio.
    - E se eu te pedisse em namoro?
    - Como você iria contar para seus pais?
    - Eles não precisam saber.
    - Como se não fossemos rodeados de fofoqueiros?
    - Verdade, complica.
    - Relacionamento aberto secreto? - Foi a única coisa que eu pensei.
    - Sério? Eu já estava com vontade de socar o Weasley, se você for minha namorada então… Mas não podemos fazer na frente um do outro, pode ser?
    - Claro. Encontros em algum lugar para podermos ficar sozinhos?
    - Floresta proibida? Eu não gosto daquele lugar, mas é o mais fácil para não sermos encontrados.
    - Combinado!
    Peguei a coruja de Severo e mandei-a até Lupin. Assim que virei o rosto, após ver a ave sumir céu adentro, Blásio puxou minha cintura, nos aproximando. Passou a mão no meu cabelo, descendo, dedilhando até meus lábios. Aproximei e beijei-o de surpresa. Apenas nos afastamos quando escutamos um pigarro.
    -O que os senhores estão fazendo por aqui? - Era Snape parado.
    - Pai… estava enviando uma carta.
    - Está bem… - Nos olhou com desconfiança.
    - Já estávamos indo, professor Snape.
    - Acredito que sim, senhor Zabini. Aliás, estou de olho no senhor. - Seu rosto estava totalmente ameaçador, fazendo Blásio sair na frente.
    - Se cuida, minha criança. - Piscou para mim e sorri como resposta, indo até Blásio.

Diário de uma PP: Potter PerdidaHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin