Desculpas esfarrapadas

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P.O.V. Marie

Infelizmente, eu não consegui voltar quando planejava. Nova Orleans era realmente um lugar de outra dimensão... Cécile me contou sobre os outros tipos de seres sobrenaturais, de diferentes origens e me mostrou como o conhecimento dos governos bruxos eram limitados. Foi assim que ela conseguiu fazer a poção que eu daria a Remo, pois não existem apenas os lobisomens como os do livro de hogwarts, existiam diversos tipos. Acontecia isso também com outros seres, como vampiros, banshees, fadas... sem contar com os híbridos.

Porém com tudo isso, vinha a briga natural entre as espécies e eu tive que acompanhá-la a um vampiro conhecido da cidade que sabia da minha visita. Para a minha sorte, eram amigos de longa data e eu não tinha nada contra ele (afinal, nem conhecia). Quando saí da casa dele e voltado para a de Cécile, vi que tinha recebido várias mensagens. Abri a primeira, era de Remo, uma foto de Sirius assistindo um filme na casa dele ao lado de Tonks. Outro era Gina, perguntando se poderia contar com minha presença na próxima reunião da Ordem da Fênix e pedindo desculpas pela atitude de Harry.

Cochilei um pouco e me despedi da Monvoisin quando era uma da manhã, chegando em casa na hora marcada da reunião, às sete horas da manhã. Provavelmente eu ainda estava com uma cara sonolenta, mas não me incomodei, era a minha casa ali. Vi as crianças correndo e perguntei onde estavam. Não haviam mudado nada desde a segunda guerra, abri a porta da cozinha e estava lotada, tanto aurores quanto os membros da Ordem. Percebi todos me olhando, parando a conversa anterior.

- Marie, pensei que não viria. - Harry disse sério. - Eu não tinha nem contado para o Sirius...

- Gina me avisou ontem a noite. - Respondi e deixei a bolsa no chão. - O que está acontecendo agora?

- Harry acabou de dizer a profecia para todos nós. - Tonks sorriu de lado. - Ninguém entendeu também.

- Como você soube da profecia, senhora Black?

- Eu tenho meus contatos, senhor ministro. - Sorri com a maior má vontade. - Eu descobri pouca coisa na minha viagem, mas digamos que não é algo totalmente ruim, a profecia.

- Ah é? Com quem descobriu? Algum bruxo das trevas, esqueci o tipo de pessoas que você anda. - Harry respondeu ríspido e eu fiz um movimento com a mão rapidamente.

- Harry Tiago Potter, não me estresse hoje. Dormi por menos de duas horas em um sofá duro, meu humor não está dos melhores. - Ele tentou falar, mas a voz não saiu, até que eu estava boa em magia sem varinhas. - Isso, belas palavras...

- O que você fez com o Harry?

- Nada, Weasley. Só vai ficar sem falar por uns minutos, não aguento mais a voz dele. - Encarei-o e percebi que os aurores ali já seguravam a varinha. - O primeiro verso da profecia, eu ainda acho que ou se fala dos mortos ou alguma espécie de ser sobrenatural das trevas que ninguém mais ouve sobre. Na segunda, deserto dos mortos é só uma forma poética de falar o mundo aqui, no qual alguns mortos vagam. Caos é o ínicio de tudo e precede a ordem, então no final vai ficar tudo bem, mesmo que aconteçam algumas infelicidades no meio. Foi isso que eu descobri, de nada.

- Agora pode tirar a magia do Harry? - O ruivo perguntou e eu estalei os dedos, finalizando.

- Mais alguma pergunta?

- Onde conseguiu essas informações?

- Uma amiga bruxa de Nova Orleans, chamada Monvoisin, muito sábia. - Respondi ao Shacklebolt.

- Nova Orleans..? Mas lá é...

- É independente do congresso mágico dos Estados Unidos? Por isso mesmo ela é a melhor ajuda que eu poderia ter na profecia.

Diário de uma PP: Potter PerdidaWhere stories live. Discover now