Trauma com cobras fofoqueiras

433 44 173
                                    

Meu povo e minha pova, bora de perguntas para os personagens? Quem quiser perguntar alguma coisa a eles (ou até para autora mesmo kkkkk), deixa aqui.





P.O.V. Perséfone

Aquele sonho parecia tão vívido... Sentei na cama, ofegante e dei de cara com o meu corvo me encarando. Aquilo não podia ser real, ou era? Delphini ainda estava dormindo com a cara enfiada no travesseiro e costas arcadas, seu jeito engraçado e dormir. Comecei a repassar tudo na minha cabeça, Évora falava comigo naquele sonho pedindo para eu procurar nas profundezas do lago o tesouro das antigas bruxas. Que antigas bruxas? Um corvo estava me mandando me afogar ou eu estava tendo alucinações?

Eu queria tanto falar com a minha mãe... mas não queria atrapalhá-la. Troquei de roupa e saí com Évora nos ombros. Aquilo estava me atormentando, eu precisava me distrair com alguma coisa. O castelo estava vazio e só se escutava os meus próprios passos, tão estranho. Fui caminhando, me deixando levar pelo subconsciente, até eu me encontrar no limiar entre a floresta e o lago. Olhei para os lados, tinha chego muito rápido ali sem notar.

- Não deveria estar dormindo? - Eu me virei e era Hagrid, suspirei aliviada.

- Sonhos estranhos. - Balancei os ombros, com um pouco de vergonha de ter sido pega.

- Venha, está muito frio hoje.

Eu ia falar que não sentia frio, mas assenti, ele era sempre gentil. Segui-o até sua cabana, me sentei, enquanto ele preparava o chá. Cantarolava alegre, como se tivesse no seu melhor dia, animação que eu queria.

- Qual é o nome? - Perguntou apontando.

- Évora.

- Como a bruxa? Muito interessante, principalmente porque nunca vi algum aluno com corvo como bicho de estimação. - Riu, balançando a cabeça. - É mágico?

- É um corvo de Avalon. - Seus olhos se arregalaram.

- Não é possível... A ilha de Avalon sumiu a um bom tempo da Grã-Bretanha e com ela, seus habitantes.

- Por acaso, eles são algo ruim? Porque o dono praticamente comemorou quando eu a levei.

- Sabe sobre Morgana Le Fay? - Assenti, tinha escutado várias vezes da minha mãe. - Diziam que os corvos de Avalon eram servos dela, ela os dava o poder de mudar de corpo entre corvo e humano. Alguns falam que é um mau agouro, mas eu não acredito nisso.

- Por que mau agouro?

- Porque trabalham a favor de uma bruxa das trevas muito poderosa, significa que Morgana está querendo algo e a morte está nas redondezas. - Tomou a xícara de uma vez. - Mas é bobeira, nem precisa se preocupar, Perséfone.

- Claro... - Falei sorrindo, para disfarçar, mas ia procurar mais informações sobre. - Obrigada, Hagrid. Vou voltar para o dormitório antes que Delphi acorde.

Saí correndo em direção ao meu quarto. Eu tinha tido uma ideia e se aquilo desse certo, poderia ir escondida na seção restrita da biblioteca para procurar mais sobre. Podia pedir à minha mãe e ao meu avô ajuda, além dos mortos. Eu ia descobrir sobre nem que fosse preciso ser expulsa de Hogwarts. Delphini ainda estava dormindo como um anjo (caído, porque naquela pose parecia que caiu e se "estabacou" no chão). Peguei a mortalha que enrolava a pulseira e coloquei nas minhas costas como uma manta. Então sussurrei "Giltine", de um jeito diferente, parecia até outra língua. A pulseira cobra acordou e foi rastejando até o meu pescoço, como se segurasse a mortalha, formando uma capa.

Eu andei pelo castelo normalmente sem me esconder, Flitch passou ao meu lado e nem me viu, tinha dado certo. A porta da biblioteca estava trancada, olhei para Évora que com sua cabeça apontou para frente. Aquele corvo estava louco? Segui o conselho, porque eu provavelmente sou mais louco ainda por falar com um corvo. Quando eu fui tocar maçaneta, simplesmente entrei dentro da biblioteca... como? Eu pensava que aquilo ia me dar invisibilidade, mas a habilidade de passar coisas sólidas era maravilhosamente surpreendente e melhor.

Diário de uma PP: Potter PerdidaWhere stories live. Discover now