Cássio

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Como vocês tão muito tacando muito bater no Cássio esse caps vai ser no ponto de vista dele.

Boa leitura.

Depois de horas andando sem saber se ia ou não para casa agora resolvi ir, minha mãe estava sozinha e precisava de mim. Chego na rua da minha casa depois de um péssimo dia que foi hoje na escola, não que outros dias não fosse, mas hoje superou seu recorde. Eu sabia que tudo que aconteceu hj iria cair em suas costas por causa de Fernando...

Ele morava em uma rua de classe baixa, claro ele não tinha dinheiro sua mãe, e ela nunca disse quem era seu pai ou falou sobre. Bem diferente de Fernando e Roberto que estavam sempre bem vestido e tem seus carros esportivos. Enquanto Roberto paga a mensalidade da escola pra ele, Cassio tinha que estuda para não perder a bolsa, porque nem ele e nem sua mãe tinha condições de pagar uma mensalidade tão alta daquele colégio.

Passou a mão no pescoço ainda dolorido por causa de Fernando e suspirou cansado, se perguntando quando aquilo ia acabar, quando ele iria tirar todo aquele peso dos ombros e da um basta naquilo tudo...

Cássio narrando...

Eu sei que fiz a coisa errada, mas não tive escolha. Ninguém sabe como é viver com uma pessoa que nem Fernando ou Roberto que não tem pena de ninguém, que não mede esforço para conseguir o que quer ou descontar suas frustrações em pessoas mais fracos. Não sabem o que é viver com medo dentro da sua própria casa e não pôde pedir ajuda por mais que queira!

Abro a porta de casa e entro vendo minha mãe na cadeira de rodas assistindo TV, em pensar que foi por minha causa que minha mãe tá nessa cadeira de rodas. Isso e o que acontece quando não obedeço, minha mãe que paga o pato.

Minha mãe me olha e faz um sinal com a cabeça para meu quarto e logo entendo que meu "padrasto" e seu filho está em casa, vou imediatamente para o quarto. Mesmo não querendo, mesmo naquela situação minha mãe sempre me ajudava a fugir Roberto.

- Quem chegou, foi o seu filho? - Escuto a voz ríspida e um pouco alta de Roberto, irritado! Claro ele estava sempre irritado e descontava tudo na minha mãe e em mim. - Onde ele está?

- Não, ele ainda não chegou. - Ouvi agora minha mãe e pelo tom de voz ela estava nervosa, escuto passos se aproximando do meu quarto e me afasto antes da porta ser chutada e se soltar das dobradiças fazendo a mesma cair com um estrondo alto.

Ele olhou para mim com raiva se aproximando com Fernando atrás dele sorrindo enquanto eu recuava, até encostar na parede. - Ele ainda não chegou não é? - Falou e minha mãe passou por eles se colocando na minha frente igual eu já chorando, claro um homem violento desse e o cheiro de álcool já afirmava que ele estava bêbado, junto com fernando que provavelmente encheu a cabeça dele, ele certamente iria descontar toda sua raiva em mim.

- Não, meu filho não, por favor! - pediu minha mãe e o homem deu uma tapa no rosto dela fazendo-a cair da cadeira, eu fui tentar ajuda-la mas ele segurou meu braço me impedindo.

- Fernando me disse que o seu filho armou para ele ser pego e ele não fez nada para tal! - Ele rosnou agora segurando em meu pescoço enquanto olhava para minha mãe e Fernando estava sentado numa cadeira olhando tudo aquilo com sua cara de coitado. - Vai contar até 10! - Ele disse me jogando no chão e dando um chute na minha costela, ele tirou o cinto sorrindo.

- 1. - Ele tacou a o cinto em minhas costas com a parte da fivela, gritei sentindo minha costa ser cortada pela fivela. - 2. - Gritei de dor de novo, seguindo por soluços sentindo minha pele sendo rasgada. - 3. - Minha mãe chorando pedindo aos plenos pulmões para ele parar, não tava surtindo efeito, claro que não! Meus gritos de dor parecia música para ele a julga pelo sorriso em seu rosto enquanto ele deu a 4. E assim foi a 5,6,7,8,9 a 10 já estava sem força nem pra falar, minha costas estava latejando e o tapete no meu quarto está manchado de vermelho, minha visão borrada estava preso em minha mãe ainda no chão enquanto chorava.

Sei muito bem o quanto minha mãe se arrepender de ter se casado com aquele homem. Claro que no início ele era um verdadeiro cavalheiro, mas depois veio as agressões, Fernando era muito pior que o pai, até por que Roberto nunca me abusou como Fernando.

Logo sou puxado pelos cabelos para ficar de pé. - Não pense que seu castigo vai ficar só por isso. - Disse me soltando na cama e foi até minha mãe fazendo com ela a mesma coisa que fez comigo, a levantando pelos cabelos enquanto chorava. Ele colocou ela na cadeira de roda de novo. - Vamos da um passeio querida, de tchau ao bastardo quem sabe algum dia ele volte a te ver.

- O que? Eu não vou! Roberto por favor, deixa eu cuidar do meu filho. - Disse e Roberto sai empurrando a cadeira dela. - O que você está fazendo? me solta. Eu preciso cuidar do meu filho. - Minha mãe gritava aos choros enquanto era empurrada para fora do quarto e em seguida a porta da frente bater, bem diferente de mim que estava sem força nem para gritar mais ou se levantar. minhas costas queimando e sangue manchava toda a colcha de vermelho. Eu chorava de dor e por ser tão fraco que não conseguia proteger a minha mãe. se eu fosse um Alpha seria forte o bastante para protegê-la, mas sou um ômega. Talvez os alphas tenham razão, eu sou apenas um ômega inútil e covarde.

Logo uma figura ficou na minha frente e sorriu. - Pode da Adeus a sua mamãezinha bastardo, só espero que não morra ainda. - Fernando exclamou enquanto ria saindo do quarto.

O Ômega solitarioOnde as histórias ganham vida. Descobre agora