Capítulo 44

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Respirei fundo, e joguei a minha bolsa em cima do sofá da sala. Normalmente, depois de um casamento como esse, eu iria direto para a minha cama dormir até que o meu corpo estivesse bem o suficiente para continuar a minha vida tranquilamente.

Mais eu estava nervosa, e com toda certeza não era porque a minha prima tinha se casado com o filho de cem anos do meu companheiro. Não, isso por agora é a coisa mais interessante de todas.

Mais não tenho como evitar os pensamentos óbvios. Uma flor amarela, que se transformou em roxa, isso era claramente um aviso, e isso eu já sabia. Eu só ainda não tinha certeza do que.

Claro, tinham algumas bruxas que ainda tentavam me matar para seus rituais, e isso piorou um pouco quando dei a luz a Lyra. Mais nunca foi algo que demontrasse um grande perigo. Não isso era até comum para qualquer Rainha dominadora. Até Julia tinha a sua cota de bruxas atrás dela.

É algo normal para mim desde que foi anunciado que minha mãe estava grávida da sua primeira criança.

Mais para isso ser uma ameaça que me faça entrar em Pânico, tem que ser algo maior. Muito maior, talvez até mesmo monumental. Tenha que ter um grande risco de me dizimar, ou dominar a minha família.

Mais eu não via, simplesmente não via uma razão para isso acontecer em proporções tão grandes.

Soltei um suspiro e caminhei até a cozinha. Abigail estava ali, com os óculos no rosto, e os cabelos bagunçados para todos os lados. Estava cansada, como eu, e como qualquer alma viva que esteve no pós festa daquele casamento.

Bom, aparentemente, até a minha filha se incluía nessa imensa lista, e eu ficaria muito feliz de passar um dia inteiro com ela nos braços hoje. Bom, uma noite inteira no caso.

— Abigail? — ela levantou os olhos cansados na minha direção. — Pode ir para a cama de Charlie dormir. Já está muito tarde, e é o melhor que posso fazer por você por ter cuidado de Lyra tão bem hoje. — ela não discutiu comigo em nenhum segundo. Claramente.

Peguei Lyra dos seus braços e a aninhei nos meus braços, ela estava lutando para não dormir.

Tantas coisas tinham acontecido, que eu tinha me esquecido completamente como era ter a minha filha nos braços, as duas cansadas e irritadas, se apoiando uma na outra.

Era mágico, literalmente mágico. Com um toque de profunda cumplicidade. Eu sentia isso com Carlisle, quando ele está perto e toda vez que ele me abraçava sem nenhum motivo, só para ficar cada vez mais perto de mim.

Cada vez que ele pegava Lyra no colo e a balançava no meio da noite até ela voltar a dormir. Os dois se davam bem, e acho que tinham a mesma cumplicidade que eu tinha com a minha estrelinha.

Magia. Droga, isso era assustadoramente mágico. Até demais.

Fechei a porta do meu quarto, e olhei em redor, percebendo uma movimentação na cama, não precisei pensar muito para deduzir quem estava ali. Carlisle estava deitado ali, com as mãos em cima do corpo, e um grande sorriso no rosto pálido e um brilho de divertimento nós olhos.

— Boa noite minha Andrômeda. — foi o que ele falou, e a minha reação não podia ser outra, eu quase caí, se não estivesse com Lyra nós braços, acho que não seria um quase. Perfeito. Simplesmente era perfeito quando ele me chamava de Andrômeda.

Minha Hécate! Como esse homem era perfeito para mim.

— Oi meu vampirinho... — me sentei na cama, e Carlisle pegou Lyra dos meus braços. Rapidamente me troquei de roupa e voltei para a cama, tirando uma Lyra sonolenta dos braços daquele homem gostoso, e colocando ela no meu colo. Ela dormiu no mesmo instante que a ajeitei em cima do meu peito. Abri um sorriso.

Sim, algo mágico.

— Sabe, esse quarto é muito pequeno. Não? — Carlisle sussurrou a sua pergunta perto do meu ouvido, e eu olhei ao redor. O quarto era de fato bem menor do que o meu antigo quarto, na minha outra casa. Mais era confortável, tinha uma janela razoavelmente grande, um lugar para colocar as minhas roupas, uma cama de casal, e agora um de solteiro também, com toda certeza não tenho do que reclamar.

— Acho que é do tamanho exato, porquê? — ele se afastou por um segundo, para me ver melhor na penumbra, eu quase não conseguia o ver, se não fosse pelo pequeno abajur que eu tinha deixado acesso. Ele exitou.

— Bom, eu não esperava essa resposta, mas tudo bem. — abri um sorriso com a sua sinceridade, acho que eu conseguia ver alguém diferente do doutor e pai que todo mundo via, um lado humano que ele não divia mais ter a muito tempo.

— Bom, então fale o que você queria falar. — murmurrei para não acordar Lyra, que se remexeu no meu colo como uma cobrinha. Ele abriu um sorriso.

— Eu comprei uma coisa para a gente. Na verdade, eu sempre quis ter algo só para mim, e essa foi uma ótima oportunidade. — de relance eu vi alguma coisa prateada em suas mãos, e eu quase não acreditei quando ele estendeu na minha direção uma chave, a chave de uma casa.

Arfei, e quase levantei de supetão.

— Você comprou uma casa? — ele assentiu.

— Não exatamente uma casa, é mais uma cabana. Mais sim, eu comprei. E se não for muito encomodo, posso ajudá-la a arrumar as suas malar novamente, para vim morar comigo. — ele abaixou o olhar para o meu colo. — E com a nossa pequena estrelinha.

Um Amor, Doutor (Carlisle Cullen)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora