Capítulo 41

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Lyra tinha pedido colo e logo em seguida tinha dormido como um anjinho, Abigail ainda não tinha voltado com o pedaço de bolo que me prometeu, e Charlie já devia ter saído da delegacia e estava voltando para casa. Edward iria trazer Bella antes das sete e por fim, Carlisle ainda estava em um plantão que parecia que iria acabar hoje a noite. Ainda bem que uma das características mais importantes dos vampiros e o fato de não terem a capacidade de cansar.

Porque, bom, quarenta e oito horas não é para qualquer humano.

Alguém bateu na porta, e eu só consegui ver Abigail deixar um prato em cima da mesinha bem na minha frente e correr para a porta, a abrindo logo em seguida, para Charlie, que abriu um sorriso quando a viu. Bom, talvez isso de certo...

Abri um sorriso e respondi o cumprimento silencioso de Charlie com um acenar de cabeça. Ela não falou nada quando viu Lyra dormindo no meu colo. Mais abriu um enorme sorriso bobo olhando a pequena agarrada nos meus cabelos. Sorri e abaixei o meu olhar para a minha filha, a admirando um pouquinho.

— Vou levá-la para o quarto, depois desço para comer um pedaço do bolo. — avisei antes de me levantar calmamente com todo o cuidado possível para não acordar a minha pequena estrelinha.

A aconcheguei nos meus braços e me virei para subir as escadas. O pior erro possível para alguém que estava praticamente no escuro e não podia pegar no corrimão porque estava com as mãos ocupadas. Mais tudo se resolveu com um pouco de dominação.

Deixei Lyra no seu berço e desci as escadas até o primeiro andar.

Charlie já estava com um grande pedaço de bolo na boca, e claramente tinha amado o bolo. Bom, nem eu e muito menos Bella somos muito boas em fazer doces, então qualquer tipo de doce feito em casa deve ser um manjar dos deuses para qualquer um que morasse nessa casa.

O que me fez lembrar que Abigail estava fazendo muito mais do que era a sua função. Então uma aumento seria ótimo nesse caso.

Sentei no sofá e olhei para o bolo por alguns segundos, depois peguei um pedaço pequeno e aproximei da minha boca...

E instantaneamente soube que não tinha sido uma boa ideia. Não, tinha sido a pior ideia que eu tinha tido na face da terra.

O bile subiu pela minha garganta como um fleche, e foi quase instantaneamente jogado para fora se eu não tivesse colocado a mão na boca.

Me levantei em um rompance, e sem conseguir falar nada, corri para o banheiro como uma condenada e despegei todo o meu estômago dentro do vaso.

Porra, o que tinha naquela merda de banana para ter um cheiro tão forte? E que porra estava acontece do com o meu estômago?

Engoli em seco, sentindo o gosto extremamente ácido na boca. Fiz uma careta, e logo tratei de pegar a minha escova de dente e dar uma bela escovada em toda a minha boca. Principalmente na minha língua. Depois peguei o enxuganti bucal e coloquei um pouco na boca, para logo em seguida cuspir tudo na pia.

Me apoiei na pia e me olhei no espelho. Meu olhos estavam vermelhos, e lagrimejando muito, minhas bochechas e meu nariz estavam vermelhos e meus lábios estavam brancos. Puxei o ar com dificuldade e me endireite me analisando mais uma vez.

Vampiros não podem ter filhos, então além da gravidez, só uma coisa podia adoecer uma dominadora. Uma bruxa bem poderosa. E bom, eu recebi um aviso de  ameaça a poucas horas atrás. Não duvido que já não estejam usando algo para me atingir a essa hora.

Revirei os olhos. Iria ver isso depois de amanhã. Porque logo que eu acordar amanhã eu terei que correr de um lado para o outro para achar um vertido para o casamento de Bella de tarde. Ainda não sei como Alice não tentou me matar quando eu disse que ainda não tinha um vertido. Mais desconfio que ela já tenha visto que daria tudo certo com as roupas. Senão. Bom, não seria a Alice.

Anazinha intrometida e sem vergonha na cara que anda sempre na moda.

Lavei o meu rosto, e dei de ombros quando o que eu vi no espelho uma Lucy bem acabada e pálida. Bom, eu ia direto para a cama, não era como se eu fosse para uma balada a essa hora da noite.

Fechei a porta do banheiro, e coloquei a mão no corrimão para descer as escadas. Mais parei no mesmo segundo que ouvi um barrulho no andar de baixo. Não, uma risada, de Abigail e a outra era de Charlie.

— O que que...

— Sim minha Andrômeda. Eles estão prestes a fazer o que você está imaginando nessa sua cabeçinha pervertida. — ouvi Carlisle logo atrás de mim. E soltei uma risada nasal.

Era tão comum, clichê, e eu queria que continuasse a sim. Era algo normal para mim agora.

Para sempre. E bom, eu sou egoísta o suficiente para isso.

Um Amor, Doutor (Carlisle Cullen)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora