Capítulo 34

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	Talvez eu fosse burra, uma burra sem noção nenhuma, e com sérios problemas de controle

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Talvez eu fosse burra, uma burra sem noção nenhuma, e com sérios problemas de controle. Mais mesmo assim, eu estava morrendo de medo, morrendo de medo de olhar para ele, para Carlisle, e constatar o que eu tinha mais medo. Constatar nojo.

Eu já tinha colocado na minha cabeça que se ele não me aceitasse depois disso, eu não daria bola. Eu com toda certeza não precisava de um companheiro, e mal o conhecia, tinha o visto uma única vez, tínhamos conversado. Mais isso não trazia intimidade o suficiente para eu continuar insistindo se ele não me quisesse mais.

Respirei fundo e entrei na grande mansão. Bella estava lá, sentada do lado de Edward, e com um olhar assassino para Rosalie. Revirei os olhos e me joguei no sofá ao lado.

— Uma ameaça já foi exterminada. Tecnicamente. — comentei olhando para cima. O olhar de todos os vampiros no recinto se viraram para mim, e me observaram de cima a baixo. Provavelmente sentindo o cheiro forte de queimado em mim. E em Carlisle escorado na porta. Respirei fundo, sentindo meu coração se apertar com o olhar de Carlisle em cima de mim, como uma faca. Talvez ele tivesse ficado chateado com o jeito que eu lidei com a situação, ou com fato de não ter o obedecido na hora que ele me deu a ordem. Saia daqui. Era algo ridículo de se pensar, já tinha vivido mais coisas do que ele em cem anos tinha presenciado, eu era uma dominadora, e ele muito mais velho que eu, mais mesmo assim, parecia não saber praticamente nada da minha espécie. Ele teria que aprender muito sobre o meu mundo, e também muito sobre muitas outras espécies que eu poderia apostar que ele nem sabia da sua existência.

Observei Bella por um segundo, seu poder era algo básico para os dominadores, o que era raro acontecer com uma forte família como os Swan's, mais não totalmente difícil, provavelmente sua mãe tinha alguma coisa aver com isso, como algum antepassados com o sangue amaldiçoando pelos caçadores de bruxas, ou algo desse tipo. A sua transformação seria mais dolorosa, isso era um fato. O pouco sangue dominador em seu circuito iria tentar lutar contra o veneno, e isso traria muita dor, e sofrimento por três ou mais dias, provavelmente mais dias do que o normal.

Em uma coisa a visão de Alice estava certa. Bella seria transformada, e eu arriscava dizer  que seria mais próximo do que o esperado. Mais eu? Eu? Não! Com toda certeza não, é praticamente impossível, e nos dominadoras também não precisamos disso para viver eternamente. São poucas, mais não duvido nada que eu, uma rainha, consiga esse feito.

— O que aconteceu com você? — Edward, do lado de Bella disse. Revirei os olhos, e senti a necessidade de avançar sobre ele novamente, como eu tinha feito a poucos dias atrás. Talvez assim eu descontasse toda a raiva acumulada desde que me entendo por gente. Tinha sido tão bom, tão… suculento bater naquele monte de mármore e o quebrar, faze-lo sentir dor. Como ele tinha feito a minha prima sentir, mas confesso que não foi só por ele, foi por mim também. E tinha sido fantástico.

Respirei fundo, e me forcei a respondê-lo da forma mais calma e sensata que consegui naquele momento.

— Eu queimei, todos os vampiros que iriam para cima de nós ao comando de Victoria. — ouvi ele arfar, e senti o ar ficar denso, espeço, cheio de tensão.

— Você matou eles? — a voz de Bella me surpreendeu, eu não esperava que nem uma sílaba saísse da sua boca, muito menos uma frase com três palavras. Era aterrorizante pensar no porque. Engoli em seco, e assenti, escondendo, todos os meus malditos sentimentos, e os guardando em uma pequena caixinha. Bella piscou e depois olhou para o lado, para Edward, que me olhava com certo nojo nos olhos. Bella voltou a me olhar, mais não mais da mesma maneira, tinha algo ali, como julgamentos, não, não era algo, era o julgamento, puro e lascivo. Soltei um suspiro, irritada, e completamente acabada. Olhei para o lado, e me permiti, pela primeira vez, me imaginar em outro lugar, aonde as folhas fossem vermelhas, e o céu em tons de verde e azul. Um mundo que só existiria na minha cabeça, na minha alma. No meu interior, e nada mais.

— Ela deu escolha a eles. — pisquei atordoada com a voz que me fez voltar para esse mundo errado e distorcido. Como um no que nunca seria libertado. Carlisle, contatei, tinha sido a voz de Carlisle a me fazer voltar. E acho que esse era o meu maior medo. Com uma única palavra dele eu seja capaz de voltar do inferno por ele.

Volta.

— Eles tiveram escolha, e três deles descidiram que o melhor era fugir, os outros não pensaram duas vezes antes de atacar. — Jasper no canto da sala acentiu e olhou para a irmã do seu lado.

— Nós sabemos, a visão de Alice estava certa. — espremi os lábios. Acho que as barreiras tinham funcionado. Porque Edward parecia mais aéreo do que o normal.

Um Amor, Doutor (Carlisle Cullen)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora