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[...]

Cobra: alguma notícia da Bianca?- pergunta e eu nego com a cabeça me afundando na minha cadeira
Eu: nenhuma, o carinha lá não tá conseguindo rastrear ela- falo esfregando o rosto nervoso
Cobra: a cada minuto que passa a chance da gente encontrar ela viva diminui mais- fala e eu dou um murro na mesa
Eu: e você acha que eu não sei disso? Você acha que eu não queria a minha mulher do meu lado? Você acha que eu tô nervoso por que? Que desgraça, se tu tá todo cheio das informações aí vai lá rackear a merda daquele telefone da Bianca, vai porra- falo sem a menor paciência
Cobra: eu não posso rastrear a sua mulher, mas tu pode rastrear- fala e eu nego com a cabeça nervoso
Eu: tu acha que eu não tô tentando a todo custo fazer isso não? Que porra Cobra- falo e ele nega com a cabeça
Cobra: continua tentando porra,vai desistir assim?- pergunta e eu nego com a cabeça puto da vida
Eu: sai daqui Cobra, vaza da minha frente vai- falo e ele sai puto da vida.

Abro o notebook e começo a tentar rastrear a Bianca por mais uma vez, o que foi totalmente em vão, mais vou tentando, tentando e tentando. O foda é sabe que a porra do Cobra tem razão, e é isso que tá doendo aqui no peito, quanto mais eu demoro para rastrear a minha mulher, a chance de achar com ela vida são menores, o foda é isso, fiz de tudo para proteger a minha pequena e agora ela tá lá nas mãos daquele desgraçado.

Eu: CONSEGUI- grito quando eu consigo achar a localização da minha mulher- QUERO TODO MUNDO SE PREPARANDO, DE MADRUGADA VAMOS BUSCAR A MINHA MULHER- grito saindo do escritório e todo mundo começa a perambular pela casa para se preparar para buscar a minha mulher- RR liga para a minha madrinha e manda ela preparar a casa que a minha princesa tá chegando- falo e ele confirma com a cabeça saindo- o RG liga para a minha mãe e manda ela fazer aquele rango que a minha mulher deve tá com fome- fala e ele confirma com a cabeça.

Volto pro meu escritório na santa paz do senhor Jesus Cristo, me sento na minha cadeira e esfrego o rosto nervosão, vou negar não, tô com medo do que eu vou encontrar naquela porra, não sei o que fizeram com a minha mulher, não sei se ela está viva, porra, já faz um mês que eu não tenho notícias dela, cês tem noção disso? Um mês, não é um dia, uma hora, é um mês, porra, e se eu chegar lá e encontrar a minha mulher sendo torturada, machucada, e se aquele desgraçado fez algo contra a vontade dela? Ou pior, e se eu chegar lá e encontrar só o corpo do minha mulher sem vida, varia coisas estão passando na minha cabeça agora, eu não sei como ela tá, aí que tá o problema, não saber se ela tá bem ou não.

[...]

Finalmente está na hora do resgate, vou ver a minha pequena depois de mó cota longe dela, Deus cuide para que eu a encontre ainda com vida e bem, eu não sei o que sou capaz de fazer se ela tiver morta, eu morro junto tá ligado?! Aquela doida varrida é a minha vida, sei o que faço sem ela não.

RR: bora logo- fala também nervoso e fomos.

Foi um grupo no helicóptero e o resto tudo de van, quatro vans lotadas de homens armados até os dentes, seguimos até a localização que o celular dela esteve pela última vez e chegamos numa casa abandonada no cu da ilha, um grupo de homens vão invadindo a casa já atirando com o silenciador, depois de uns dez minutos outro grupo e assim foi, eu já fui atirando em qualquer coisa que se meche, entro na casa sendo escoltado pelo Cobra, Terrorista, RR, RG, PH, KN e VT, vou metendo o pé de porta em porta naquela porra atrás da minha dama mais nem sinal dela, vejo uma porta com uns cinco caras armados na porta, atiro neles com os meninos e vou metendo o pé na porta, só vejo a  droga do quarto vazio, algumas manchas de sangue no chão, não, não, não, não, não, me diz que esse sangue aqui não é da minha mulher.

Eu: acabem logo com essa merda- falo pegando o celular da Bianca do chão e saio andando com os olhos cheios de lágrimas, desde que a Bianca desapareceu eu não derramei uma só lágrima, eu jurei a mim mesmo que não iria chorar porquê eu tinha fé de encontrar a minha mulher com vida, agora essas esperanças foram embora.

Me sento no carro enquanto os meus vapores colocando as bombas pela droga desse galpão, pego meu celular vendo a nossa última foto juntos, os meninos entram no carro e saímos vazados, logo alguém me liga, número desconhecido, atendo o mesmo o levando até a orelha e sinto o meu coração acelerando ao ouvir aquela voz gostosa do outro lado da minha.

Ligação:

Bi: eai mozão- fala e eu sinto o meu corpo se arrepiando todinho
Eu: Bianca? É tu meu amor? Aonde tu tá? Aonde aquele desgraçado te enfiou? Acabamos de sair da droga do galpão mas a única coisa que eu achei teu foi a droga do celular- falo já sentindo as lágrimas no meu rosto
Bi: vai me resgatar de que? Sou mulher criada rapaz, tô é em casa, falando nisso, peguei trezentos reais na sua mesa para pagar o Uber, depois eu te dou o dinheiro- fala e eu respiro aliviado, só vejo os vapores correndo para longe do galpão e o mesmo explode- barulho foi esse Diego?
Eu: o galpão foi pros ares junto com os capangas do Magrim- falo enquanto observo o matagal- logo logo eu tô em casa preta, me espera aí quietinha, em segurança, pelo amor de Deus, se eu te perde de novo eu fico doido- falo já todo ansioso para voltar para casa
Bi: estou te esperando então- fala e desliga.

Ligação:

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