47 - Ano Novo

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31 de dezembro, quinta-feira

Na véspera de Ano Novo, todos os habitantes de Konoha levantaram cedo para realizarem seus costumes e tradições, um desses costumes era limpar a casa de cima a baixo e até quintais e ruas estavam incluídos na faxina.

Os Hatakes gastaram horas limpando tudo e até fizeram o almoço juntos para que pudessem ir mais cedo ao hospital visitar Yuriko. 

Lá, eles foram pedir permissão a Madara para falar com a Hatake e também pediram para que o tempo limite de 10 minutos fosse estendido para 15. O ninja médico aceitou a exceção por ser véspera de Ano Novo, e eles foram aproveitar o tempo que conseguiram com sua mãe de criação. 

Quando o tempo acabou, Hajime se despediu de sua irmã e disse que visitaria Harumi, já s/n foi ver Madara mais uma vez e voltou para casa. 

À meia-noite do dia 1º de janeiro, os Hatakes jantaram e ficaram acordados até Madara chegar. Os três iriam realizar o primeiro ritual do ano juntos, o Hatsuhinode, onde todos param para apreciar o primeiro pôr do sol.

S/n pensou que os Senjus o chamariam para verem o alvorecer, mas como Tobirama estaria junto, essa opção foi completamente descartada. E pensando nisso, ela falou com Hajime sobre seu plano, e ele concordou no mesmo instante. Madara tinha se tornado um irmão para eles e deixá-lo sozinho numa hora como essa seria a pior coisa que fariam. 

O Uchiha chegou às 05:45, e todos se sentaram no telhado da casa para esperar pelo alvorecer. Enquanto isso, os Inuzukas também subiam em seus telhados, já os Namikazes e Yamanakas observariam na rua, e os Senjus foram para um penhasco que fica fora de Konoha para apreciar o primeiro pôr do sol.

Depois do ritual, todos retornaram para suas casas e planejavam fazer algo em família, mas com Madara não seria possível, pois ele teria que ir trabalhar. Pensando nisso, os Hatakes o acompanharam e aproveitaram a viagem para passar um tempo com ele e com Yuriko.

O feriado de Ano Novo durou três dias na vila. No 4º dia, todos os shinobis que ficaram livres voltaram a trabalhar e tudo retornou à sua normalidade.

08 de janeiro, sexta-feira

Quatro dias depois que tudo se normalizou, Madara foi ao quarto da paciente Yuriko ver seu estado e, posteriormente, seguiu para a sala dos pesquisadores com o objetivo de conversar com eles.


○•°◇ P.O.V  MADARA ◇°•○ 


Madara: ─ Eu não queria ter que dar essa notícia a ela e logo no início do ano.

Itama: ─ Infelizmente, não tem outro jeito. Eu sei que ela vai ficar mal, mas não podemos esconder nada dela. 

Madara: ─ Já faz três dias que s/n não vem aqui, talvez ela apareça ainda hoje ou amanhã... Não sei, mas acho que está bem perto dela aparecer.

Itama: ─ Enquanto isso, se prepare para dar a notícia. É uma pena que isso tenha acontecido, e nem sei por que o estado de consciência da Yuriko-san veio abaixando visto que ela estava tão bem nos primeiros dias do ano.

Madara: ─ Eu também não sei, mas estou começando a acreditar que esse pode ser um novo estágio da doença que não apresenta sinais.

Itama: ─ Faz sentido. Agora vou continuar analisando as novas amostras de sangue para ver se descubro alguma coisa. 

Madara: ─ Certo, depois eu volto. 

Itama: ─ Ok. 


○•°◇ P.O.V  S/N ◇°•○ 


Hoje eu acordei com uma sensação estranha, estava mais para uma aflição que não desaparecia por nada mesmo com o passar das horas.

Talvez essa sensação tenha a ver com a minha mãe já que faz três dias que eu não a visito, e eu até iria no hospital neste instante para vê-la; mas como fiquei muito tempo esperando essa agonia passar, já era tarde demais e agora era hora de sair de casa para treinar com Tobirama.

Apesar do frio ainda ser imenso, coloquei uma roupa quente e segui na direção de um dos portões da Floresta da Morte. 

O treinamento me fez esquecer da sensação ruim, mas depois que ele acabou, ela voltou. Não aguentando mais a angústia, fui correndo ao hospital depois de passar rapidamente em casa para trocar de roupa.

Chegando lá, fui ao consultório de Madara como eu sempre fazia, ele me atendeu com um semblante neutro, e, imediatamente, percebi que algo estava errado.

S/n: ─ O que aconteceu? Você parece tão sério. 

Madara: ─ S/n-san, sente-se. ─ Ele fechou a porta e se sentou na cadeira do acompanhante que fica ao meu lado. 

S/n: ─ "S/n-san"? Você nunca mais usou esse honorífico comigo e usá-lo agora me faz imaginar que vai me dizer algo bem ruim. 

Madara: ─ Você está certa. Eu tenho que ser franco com você e dizer que a paciente Yuriko-san teve uma piora repentina. Essa piora evoluiu e a fez entrar em coma na manhã de hoje.

Ele tomou cuidado ao me dar essa notícia, mas a cada palavra que saía, parecia que meu coração era espremido a ponto de sumir. O nervosismo acompanhado com a vontade de chorar tomavam conta de mim e, infelizmente, não consegui controlar. 

Virei minha cabeça para o lado e deixei que as lágrimas saíssem, mas como senti os braços de Madara em volta de mim segundos depois, foi aí que chorei ainda mais. Cedi ao seu abraço e o apertei um pouco.

Madara: ─ Eu só quero que saiba que a equipe toda que a acompanha está ralando muito para reverter essa situação. Nós vamos fazê-la melhorar, s/n, e tenho certeza de que ela também está lutando para voltar ao normal. 

S/n: ─ Obrigada... e me desculpe por essa reação. ─ Madara se afastou, e eu me recompus. ─ Eu não posso ficar assim, pois também tenho que me manter forte para dar forças a ela.

Madara: ─ Se permita ficar triste, pois maquiar o que está sentindo não te dará boas consequências no futuro. 

S/n: ─ Vou fazer isso, mas não aqui. E o que vai acontecer com ela agora? 

Madara: ─ Ela já está em observação e, geralmente, os pacientes saem do coma em um mês; e tudo que podemos fazer agora é torcer para que ela recobre a consciência nesse prazo. 

S/n: ─ E se não acontecer? 

Madara: ─ Não pense nisso, ok? Vamos ser otimistas e acreditar nela.

S/n: ─ Tem razão, eu vou confiar nela.

Madara: ─ É isso aí!

S/n: ─ Posso vê-la?

Madara: ─ Pode, mas tem certeza? Não acha melhor descansar e voltar quando estiver melhor?

S/n: ─ Ok, você está certo. Tchau, agora eu vou para casa. 

Madara: ─ Tchau. Se cuide, tá?

S/n: ─ Eu vou, não se preocupe. ─ Ela forçou um sorriso e saiu da sala dele.




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FELIZ ANO NOVO (ADIANTADO) 😁🎉🎊❤

A Turbulent Love 《Tobirama》 Where stories live. Discover now