Enchanted World Online

By MrCr0w

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Mike Rodrigues, de 29 anos, jogava um jogo mundialmente conhecido, o "Enchanted World Online", um jogo VRMMOR... More

Prologo
Capítulo 1: Primeiro Contato!
Capítulo 2: Dia de aprendizado.
Capítulo 3: Família Real.
Capítulo 4: O Alquimista!
Capítulo 5: Torneio de Espadachins!
Capítulo 6: Uma doce amargura!
Capítulo 7: Ken, O Aventureiro.
Capítulo 8: O início de uma aventura.
Capítulo 9: Nero, O Mago Espadachim!
Capítulo 10: Dormindo com Deuses.
Capítulo 11: Uma benção divina.
Capítulo 12: Purple Flames
Capítulo 13: Luto.
Capítulo 14: Xeque-mate
Capítulo 15: OceanPlus
Capítulo 16: Fogo em alto mar.
Capítulo 17: Buraco de minhoca.
Capítulo 18: A Caverna.
Capítulo 19: O Deus do Trovão.
Capítulo 20: Combustão.
Capítulo 21: Profecia.
Capítulo 22: A Tempestade...
Capítulo 23: Lilith, A Rainha dos Demônios.
Capítulo 24: A Deusa da Água.
Capítulo 25: Um brinde.
Capítulo 26: A chegada.
Capítulo 27: Lorde.
Capítulo 28: O Vilarejo.
Capítulo 29: A Rainha do Reino Verde.
Capítulo 30: Máscaras e Pilares.
Capítulo 31: Dia de treinamento.
Capítulo 32: Preparações.
Capítulo 33: O Distribuidor.
Capítulo 34: Demônios.
Capítulo 35: O Reino de Eregond.
Capítulo 36: O início de uma jornada.
Capítulo 37: Diferença de Poder.
Capítulo 38: Silverstone
Capítulo 39: Pedra, PAPEL e tesoura.
Capítulo 40: Reencontro.
Capítulo 42: Só o tempo nos dirá.
Capítulo 43: O Enxame de Inscrição.
Capítulo 44: Discurso dos Representantes.
Capítulo 45: Primeiro Dia.
Capítulo 46: Apostas do Mestre.
Capítulo 47: O Enviado de Deus.
Capítulo 48: Tempo dourado.
Capítulo 49: Massacre.
Capítulo 50: Despedida.
Capítulo 51: Símbolo de Orgulho.
Capítulo 52: O dia do Caçador.
Capítulo 53: O Deus Dragão.
Capítulo 54: Raiva e Lágrimas.
Capítulo 55: Marca Tempo.
Capítulo 56: A Ordem das Rosas.
Capítulo 57: Arcanjo de Batalha.
Capítulo 58: De volta ao velho mundo.
Capítulo 59: Lady Mortífera.
Capítulo 60: Amanhecer de Um Novo Mundo.
Capítulo 61: O Inigualável Rei.
Capitulo 62: Mundus hieme mutatus.
Capítulo 63: My Dear Sister.
Capítulo 64: T.E.
Capítulo 65: Técnica Inata.
Capítulo 66: Preparando o Terreno para Grandes Mudanças.
Capítulo 67: O Final de um Grande Prólogo.
Mapa do Continente Mortal.
Capítulo 68: Capítulo Um da Segunda Era.
Capítulo 69: Espada e Honra.
Capítulo 70: Um Jogo de Azar.
Capítulo 71: Clã da Águia.

Capítulo 41: O Brilho da Luz.

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By MrCr0w

O sol mal havia nascido ainda e eu já estava de pé. Gostava de ver o nascer do sol, mas nesse dia em específico eu não tinha conseguido dormir muito, sentia que precisava ocupar a minha cabeça com alguma coisa. Então eu decidi ir para a plantação.

Vesti uma camisa simples e um chapéu de palha e fui colher uma frutas. Ajudei os trabalhadores com tudo. Começamos a aumentar a plantação e a preparar o terreno para novas sementes.

Eu estava enchendo, lentamente, um cesto com frutas, parando para comer uma vez ou outra, quando escutei passos atrás de mim, e em seguida a voz familiar da Alice.

- Isso é raridade. Geralmente os Lordes não trabalham na colheita. -

Me virei para trás com suor escorrendo por todo o meu corpo, mas ainda assim tinha um sorriso no rosto, era sempre bom ver a Alice. Ela usava um vestido azul, a saia não era longa, chegando um pouco abaixo do joelho, mas se considerar que nesse mundo, e época, os vestidos mais comuns costumavam ser muito maiores que esse, e o mesmo tinha sido projetado por Gwen, então esse vestido era até mesmo curto demais.

Eu realmente não me importava. Ela ficava linda de todas as formas, com suas roupas normais, as roupas que Gwen fazia ou seu traje de batalha.

- Bom, se eu não der o exemplo, então quem dará? -

- Que tal... Os funcionários que você contratou e recebem para isso? - Ela perguntou com um sorriso no rosto.

- Ora, ora. A senhora Angelus já está sabendo administrar bem a nossa terra, já até está anotando nossos gastos. - Eu a provoquei.

- Você é um idiota. - Ela murmuro.

- Eu sou. - Peguei uma fruta no cesto e caminhei na direção dela. - Aqui, coma. A colheita está sendo realmente boa, está uma delícia. -

Alice pegou a fruta e deu uma suculenta mordida. Um suco doce escorreu de dentro da fruta, deslizando lentamente pelos lábios dela.

- Recebeu alguma resposta do Reino de Eregond? - Eu perguntei quando ela terminou de comer.

- Não. Desde que me responderam com uma carta, avisando que o Rei Reynolds iria nos visitar eu só recebi cartas do meu Pai. - Ela respondeu.

- Ele deve chegar hoje. - Eu falei. - Aposto que ele saiu de lá assim que recebeu a carta. -

- O que te faz pensar isso? - Ela quis saber.

- A sobrinha queridinha dele foi sequestrada por um prisioneiro que ele mesmo capturou. Ele deve se sentir culpado. Quer capturar o sequestrador e recuperar a sua sobrinha a qualquer custo. - Eu expliquei, enquanto pegava o cesto no chão e começava a caminhar em direção ao vilarejo.

- Entendi. - Alice me seguiu, caminhando tranquilamente ao meu lado. - E por que você acha que ele vai vir em pessoa? Meu pai teme que ele simplesmente enviei soldados até a sua vila e nos massacrar. -

- Ele poderia fazer isso, funcionária. Se ele trouxesse um exército, mesmo que de médio porte, meus soldados não conseguiriam lidar com eles. Mas ele não vai fazer isso. - Eu disse. - Soube que ele pode ler a mente das pessoas que o olham nos olhos. Se for verdade ele deve estar acostumado a sempre estar no controle de tudo, seja de uma conversa ou de uma luta. Uma pessoa assim vai querer controlar o resultado de uma batalha tão importante. -

- Você fala como se o conhecesse. - Ela disse.

- Tive um amigo assim. -

Continuamos caminhando por um longo tempo até chegar no vilarejo. Os moradores estavam um pouco menos animados que o comum, isso vinha acontecendo a um tempo na verdade, desde que os boatos do ataque dos demônios se espalhou pelo Reino.

Provavelmente o clima de todos no Reino está assim, agora que a ameaça de demônios se tornou algo tão sério e, razoavelmente, recorrente. Mas aqui na minha vila as coisas são um pouco pior.

Depois que a cidade do Lorde Cardeal foi destruída sobrou apenas três pequenas cidades, agora pouco maio que a minha vila, na redondeza. E essas três cidades, e a minha vila, são próximas do Reino de Eregond, mas não somente isso, elas também ficam próximas do mar que, consequentemente, leva até o continente demoníaco.

Estou tentando tudo que posso para animar as pessoas. Gwen está produzindo roupas, com designer, para doar aos moradores, e ela sempre foi tão boa nisso que está conseguindo vende-las para outras cidades através de comerciantes. Aidem continua ensinado o ferreiro a produzir Katanas, em breve nossa cidade poderia se tornar conhecida por isso. Os mercenários estão lidando com todos os monstros nas redondezas. Enquanto isso eu e Alice administramos a vila em geral, e agora eu estou ajudando, as vezes, na própria colheita e plantação. E o melhor é que todos estamos conciliando isso com o treino.

Creio que essas coisas, apesar de parecerem pequenas, serviram para animar um pouco os moradores.

Levamos o cesto com frutas até o armazém e entregamos a um homem que estava anotando tudo em um grosso caderno sobre uma escrivaninha. Ele agradeceu e começou a contar as frutas, para ajuda-lo eu usei magia de busca, o que fez a minha mana fluir por todas as frutas, e instantaneamente eu soube quantas haviam e pode dizer para que ele pudesse anotar.

Quando Alice e eu voltamos para a casa, que após ter sua reforma completa parece mais uma mansão, encontramos Aidem e Gwen sentados na sala, eles pareciam estar apenas conversando normalmente, mas eu conseguia sentir que estavam cultivando enquanto conversavam também.

- Olha só, o nosso agricultor favorito voltou. - Gwen falou quando me viu entrar na sala.

- Viram o Ryan? - Eu perguntei.

- Qual deles? - Aidem quis saber.

- O nosso visitante. -

- Na cozinha fazendo café. - Gwen respondeu. - Ele é um pouco antissocial. -

- Não posso culpa-lo. Se a única companhia que eu tivesse fosse vocês eu também iria preferir ser antissocial. - Eu respondi.

- Ha. Ha. Ha. Que engraçado. - Aidem riu sarcasticamente.

Eu esbocei um sorriso no rosto, mas quando estava prestes a dizer algo um arrepio percorreu meu corpo.

No fundo da minha consciência foi como se uma luz azul se acendesse. Ou melhor dizendo, foi como se nesse momento eu tivesse tomado consciência da existência dessa luz, como se eu tivesse sentido que, em algum lugar, essa luz tivesse sido acesa, e eu sabia muito bem onde era.

- O Rei Reynolds acaba de chegar. - Eu avisei.

- Tem certeza? - Aidem perguntou.

- Sim. Consegui sentir a presença dos soldados passando pela a minha barreira magica. -

- Então o que devemos fazer? - Aidem perguntou. - Devo tentar falar com o Nero para que ele prepare os mercenários? -

- Sim, faça isso. - Eu concordei. - Ele deve estar com a Stephanie agora, procure-os na Taberna. -

- Estou indo. - Aidem saiu correndo para fazer o que lhe foi atribuído.

- Alisson. - Chamei a empregada e quando ela se aproximou eu disse: - Arrume aquela roupa para mim. -

- Senhor? Não seria melhor arrumar seu traje de batalha, devido as ocasiões. - Ela sugeriu educadamente.

- Alisson, estou ordenando que você arrume a roupa que eu deixei preparada, isso é tudo que você precisa saber. - Não queria parecer sem educação, mas ela tinha que saber que deveria seguir as minas ordens sem questionar.

- Claro, senhor. Irei providenciar sua roupa agora mesmo. - Alisson fez um breve aceno e se retirou.

- Gwen, Alice, vocês duas vão ao campo de batalha também. - Eu avisei enquanto me virava para as duas. - Mas você, Alice, deve continuar vestida como está, apenas pegue a sua espada. -

- Por que? Eu queria vestir o meu traje com a armadura, me sinto melhor nele. - Alice disse.

- Infelizmente a aparência vai contar muito na batalha de hoje, além disso... se tudo ocorrer como o planejado nós não teremos de lutar, tudo que faremos será uma pequena exibição de poder. -

- O que exatamente você está planejando, Ken? - Gwen perguntou em um tom desconfiado.

- Não se preocupe, Gwen, todas as alternativas já foram calculadas. -

- E essa é a melhor? - Ela quis saber.

- Essa é a que eu escolhi. - Eu respondi.



Demorou alguns minutos, talvez meia hora, até que todos nos preparássemos para a batalha. Reuni todos os mercenários sobre meu comando na entrada localizada nas costas do vilarejo.

Graças as passagens secretas construídas por Nero na caverna os moradores da vila não viram os soldados se deslocando, e com sorte não sabem que isso esta acontecendo, pois se soubessem ficariam aterrorizados. Agora meus soldados chegavam a casa das centenas, mas ainda era pouca coisa se comparado ao exército que eu via marchar na minha direção.

Os soldados desciam a colina a pé, caminhando todos sincronizados na minha direção. Eram tantos soldados marchando ao mesmo tempo que eles levantavam poeira do chão. Usando magia de busca eu consegui sentir a presença de mil deles. Elfos armados e preparados para a batalha. E liderando as milhares de soldados Elfos, estava o Rei Reynolds, montado em um cavalo branco com cinco estandartes posicionados ao seu lado.

- Estamos perdidos. - Aidem, que estava ao meu lado, murmurou.

- Não precisa se preocupar, está tudo sobre controle. - Eu garanti.

- Tá tudo legal, você é maluco, terceiro. - Nero falou enquanto observava, admirado, os soldados inimigos.

- Acho que ele exagerou um pouquinho... - Stephanie, a Elfa, murmurou.

- Essa é a verdadeira razão para qual o nosso continente não é desenvolvido tecnologicamente. - Eu falei, mas somente Aidem, Gwen e Nero podiam entender sobre que tipo de desenvolvimento tecnológico eu estava falando. - As raças são muito dividias. Mandamos uma mensagem dizendo que estávamos com a sobrinha dele e que a iríamos devolver, mas ele veio até aqui com um exército, sempre pronto para começar uma guerra com os humanos. -

- Não é verdade, nós também não queremos um Guerra. - Stephanie discordou.

- Mas ainda assim não fazem nada para impedir uma. - Eu comentei. Deixei que o vento carregasse as minhas palavras por um instante, e entoa eu disse: - É por isso que eu devo tomar o controle desse mundo. -

Houve um momento de silêncio quando eu terminei de falar. Notei a forma desconfortável como me olhavam.

Talvez eu tenha falado com um vilão maníaco...

Deixei escapar um suspiro e me virei para a Alice. Ela usava o mesmo vestido de antes, mas agora segurava a sua espada pela bainha, pronta para a batalha mas sem perder a elegância da realeza. Sorri para ela e ofereci a minha mão.

- Vamos indo, Lady Angelus. Vamos conquistar o mundo juntos. -

Alice sorriu de volta e, sem hesitar, segurou a minha mão. Eu a puxei para perto e passei meus braços em volta da sua cintura, mantendo seu corpo colocado ao meu. Nos encaramos em silêncio por um instante. O rosto dela, que começava a ficar levemente, estava a centímetros do meu. Eu poderia...

Mas então eu ativei a magia de voo e, com uma luz azul sendo expelida dos meus pés, eu saí voando e carregando Alice comigo. Notei que ela quase gritou quando saímos voando e ainda enterrou a cabeça em meu ombro. Não consegui evitar de rir.

- Abra os olhos, Alice. - Eu falei, alto o suficiente para que ela me escutasse mesmo com todo aquele vento. - A vista aqui de cima é melhor do que lá em baixo, aproveite enquanto pode. -

Alice concordou com a cabeça, mas continuou com o rosto enterrado em meu ombro por mais um tempo. Até que, após respirar fundo e reunir coragem, ela finalmente ergueu o rosto e olhou em volta.

Primeiro veio o olhar aterrorizado ao perceber a altura em que estávamos, mas então ela viu as nuvens e a imensidão do céu azul. Havia alguns pássaros voando, não muito longe da gente, e ela os observou admirada.

Quando voltou a olhar para mim ela sorriu, alegre e animada. E, além de o mais lindo, aquele tinha sido o sorriso mais contagiante dela, e antes que eu percebesse eu estava sorrindo também.

- É lindo! - Ela gritou, para que eu pudesse ouvi-la.

- É sim... - Eu murmurei de volta.

- O que disse?! - Ela me olhou confusa.

- Que é melhor você fechar os olhos! A parte da aterrissagem é um pouco assentadora! -

- Ata, beleza! - Ela concordou.

No mesmo instante eu desativei a magia de voo, a luz azul se pagou e nós começamos a cair. Alice começou a gritar no mesmo instante, me abraçando com tanta força que suas unhas pareciam cravar na minha pele.

Ignorei os gritos da Alice e comecei a girar meu corpo no ar, redirecionando meus pés para cima. Quando assumi a posição que eu queria eu ativei novamente a magia de voo. Mas quando a luz foi expelida dos meus pés, dessa vez eu comecei a voar para baixo. Me aproximando em alta velocidade do chão.

Os soldados Elfos, que antes eram apenas pontinhos distantes no chão, a vários metros de altura, agora se aproximavam rapidamente. Vi arqueiros preparando suas flechas e lanceiros se posicionando em volta do Rei, que era bem a onde eu estava mirando.

Quando as primeiras flechas foram disparada eu usei a magia Repulsu Reiectae, liberando uma forte rajada de ar que dissipou todas as fichas para longe de mim e de Alice, e ate mesmo alguns soldados.

Assim que aterrissei no chão uma nuvem poeira se ergueu. Alice tocou com os pés no chão e se recompôs rapidamente, o que foi uma coisa boa, pois logo em seguida o som dos passos, e das armaduras, dos soldados se movendo ecoou a nossa volta.

A primeira lança que avançou na minha direção eu consegui esquivar dando apenas um passo para trás e no mesmo instante eu peguei a minha katana no armazenamento dimensional e parti o cabo da lança em dois, bem a tempo de me virar e repelir a segunda lança que se aproximava por trás.

Meus olhos percorreram rapidamente o campo de batalha. A maioria dos soldados ainda estavam afastados, mas já começavam a se deslocar na minha direção.

O soldado mais perto atacou novamente e eu o derrubei disparando um pequena bola de fogo no peito dele. Ele foi arremessado para trás e derrubou mais dois soldados, mas não se feriu gravemente, não é essa a mensagem que eu quero passar.

Voltei a olhar ao redor, não demorei muito para achar a guarda do Rei, e eu me surpreendi ao ver um Elfo de cabelo preto que eu não via a muito tempo. Lerry, o Elfo espadachim com quem lutei no Torneio de Espadachins, pouco depois de chegar nesse mundo.

Olhei para o lado e vi Alice lutando contra um grupo de sete soldados. Pensei em ajudar, mas não vi necessidade. Os golpes dela eram tão rápidos que praticamente podia golpear dois soldados ao mesmo tempo. Eles não conseguia avançar, e quando conseguiam um pequeno, mas potente, jato de água era disparado da mão esquerda da Alice, e os derrubava.

- Alice! - Eu gritei. Ela não demostrou qualquer sinal de interesse e continuou lutando, mas eu sabia que tinha me ouvido. - Cuide das coisa um pouco, vou encontrar um antigo amigo! Não deixe a parte afiada da espada te acertar! -

Assim que terminei de falar os relâmpagos percorreram meu corpo e eu disparei para frente. Atingi um soldado no peito e já me movi para outro, e em seguida o próximo, derrubando um por um. O último soldado que derrubei, nocauteado com o cabo da espada, estava ao lado de Larry.

Me virei para o Elfo e abaixei a espada, mas ele não me reconheceu e avançou na minha direção, golpeando com a espada. Os raios do meu corpo estalaram no ar entre o Elfo e eu. A minha mão se moveu como um borrão no ar, quando parou eu estava segurando a espada do Lerry em minha mãos, a lâmina dela a centímetros do pescoço do Elfo.

- É a segunda vez que me subestima em um duelo, Lerry. Achei que você fosse inteligente e aprendesse com seus erros. - Eu falei, sem demonstrar nenhum sinal de agressividade.

O olhar do Elfo me analisou por um instante sem dizer nada, até que ele finalmente me reconheceu e a compreensão veio ao seu rosto.

- Ken, O Mago Espadachim!! - Ele falou, e eu fiquei surpreso ao notar o respeito em seu tom de voz.

- Que bom que me reco-... -

Antes que eu terminasse de falar Lerry se moveu o lado, se afastando da lâmina, e em seguida avançou na minha direção com um soco. Me esquivei para um lado, e então o trovão ecoou pelo campo de batalha.

O corpo do Lerry caiu no chão, ao meu lado. O Elfo vomitava e se contorcia de dor no chão e levava as mãos até a barriga. Olhei para baixo e balancei a cabeça, desapontado.

- Todo mundo sabe que não se pode atacar seu inimigo enquanto ele fala. - Eu falei. - Além disso, eu só passei para te para dar um oi antes de falar com seu Rei, que falta de consideração. -

Me virei na direção do Rei, que estava a quase 4 metros de mim, e comecei a caminhar em sua direção. Reynolds Eregond, descendente da linha principal dos Elfos, a família Real Eregond. O homem tinha um olhar frio, seu cabelo branco recaía sobre suas ombros, e ele vestia uma armadura preta ornamenta com ouro.

No momento em que nós trocamos olhares eu me lembrei de algo que Nero me disse, e então eu soube que ele estava lendo a minha mente. Reynolds acenou positivamente com a cabeça, ele parecia tranquilo, transmitia mais serenidade do que frieza naquele momento.

Se você quer ler o que está na minha mente, então eu vou te mostrar o que eu tenho em mente.

Encarando fixamente o Rei dos Elfos eu comecei a pensar em tudo. Pensei nas coisas que eu pretendia fazer para mudar esse mundo. Pensei no mundo e nas coisas que existiam lá. Pensei na profecia, no EWO, na minha raça. Eu revelei tudo de uma vez, apenas com uma troca de olhares. E no mesmo instante liberei toda a minha mana de uma só vez.

O som das armas caindo no chão ecoou pelo campo de batalha, assim como o som dos soldados caindo no chão, alguns em convulsão, outras vomitando, alguns desmaiando e, bem poucos mesmo, morrendo instantaneamente.

Mas o Rei Reynolds, apesar claramente parecer abalado e ter cambaleado para trás, quase caindo, continuou me encarando firmemente. Não se deixou abater e rapidamente se recompôs. Mas ao olhar para o lado notou que seu homens todos haviam caído.

- Você é um jovem interessante, admito. - O Rei dos Elfos falou. - E ambicioso. Mas tudo que tem é presença, no fundo ainda é fraco demais para me derrotar. -

- Tem razão, eu sou... Mas tem alguém aqui que não. - Eu respondi, ainda olhando para ele.

Quando a compreensão o atingiu e um olhar pensativo tomou conta do seu rosto, um sorriso surgiu no meu.

- Você é um cara peculiar. - Eu admiti enquanto começava a caminhar na direção dele. - Não esperava encontrar um telepata nesse mundo, isso dificulta um pouco as coisas... Ou facilita? -

- Você quer que eu me ajoelhe a você? A um humano? - Ele questionou, não havia desprezo em sua voz em relação aos humanos, mas era óbvio que mesmo sem odiar a minha raça ainda fazia parte da cultura dele menospreza-la.

- Mas eu não sou apenas um humano. Sou um Elfo, sou seu Deus. Sou um Anjo e, há quem diga, um demônio também. - Eu respondi. Fiz uma pausa e então parei a 1 metro de distância dele. - Mas o importante é que eu sou a salvação ou a destruição. Qual você quer que eu seja? -

Ele me encarou serenamente por um tempo, então deixou escapar uma suspiro. A brisa do vento soprou a nossa volta, agitando nossos cabelos e roupas, e então ele respondeu.

- A morte não é nem um e nem outro, ela simplesmente é. -

Assim que terminou de falar ele avançou na minha direção. Seu punho disparou e atingiu meu rosto com uma fluidez e velocidade que eu não pude acompanhar. Ele não era rápido, era mais como se seus movimentos fossem tão suaves que meus olhos sequer podiam notar.

O segundo soco me atingiu na barriga, um pouco acima da perna, e no mesmo instante eu desabei de joelhos no chão. Foi nesse momento que Reynolds me atingiu com um chute no peito, e uma explosão de vento me jogou a mais de dez metros para trás.

- Ken!! - Escutei Alice gritar.

Bati com as costas no chão, causando uma estrondo e um tremor que percorreu todo o campo de batalha. Alguns soldados que estavam caídos no chão, perto de onde eu caí, foram arremessados para longe.

Mas por sorte eu tinha conseguido reforçar meu corpo com mana e me recompus rapidamente. Me levantei e me preparei para correr na dirscaoyde Reynolds, mas olhei para o Elfo bem a tempo de ver ele ser atacado por Alice.

A espada da Alice disparou centenas, talvez milhares de vezes, na direção de Reynolds. A lâmina se movendo como flashs de luz no ar quando refletia o sol. Mas Reynolds desviava de todos, como se soubesse exatamente onde Alice irá atacar.

Foi observando aquela luta que eu soube que o jeito mais prático de derrota-lo seria um ataque definitivo. Um ataque que mesmo ele conseguindo ler a minha mente, e saber exatamente onde eu iria atacar, ele não poderia desviar.

E eu só tenho um ataque pode fazer... O ataque mais poderoso de todos, e foi um dos primeiro ataque que eu criei quando cheguei nesse mudo.

O trovão ecoou pelo campo de batalha e os relâmpagos percorreram meu corpo. Disparei em alta velocidade para frente, percorrendo a distância entre Reynolds e eu como um raio.

Me aproximei dele tão velozmente que quando ataquei, mesmo ele conseguindo se esquivar para o lado, meu punho passou estalando a centímetros do rosto dele, deixando um pequeno corte superficial em sua bochecha. Reynolds disparou um soco na minha direção no mesmo instante, o trovão ecoou novamente, e então eu consegui rebater a ataque dele para o lado. Senti a minha mão formigar ao fazer isso.

Ataquei novamente, dessa vez com a espada em um gole horizontal, mas para a minha surpresa Reynolds se curvou para trás, deixando a lâmina passar por cima dele sem o atingir. Antes que eu pudesse preparar outro ataque o Elfo passou uma rasteira em minhas pernas, e quando eu percebi já estava caindo no chão, sentindo o gosto da terra na boca.

Antes que Reynolds me atacasse novamente eu criei uma proteção de mana em volta do corpo da Alice, que estava um pouco mais atrás de mim, e em seguida usei a parte da minha mana que fluía no ar para fazê-la entrar em combustão.

A explosão de chamas engoliu o Rei e eu instantaneamente. Não consegui conter meus instintos e me virei para a Alice no mesmo instante, mas ela estava bem. Gritava de medo, mas estava bem. As chamas atingiam a cama de mana em volta dela e se dissipavam sem a queimar. Suspirei aliviado por isso.

Senti a presença do Reynolds se afastando rapidamente, mas não consegui o ver se movendo devido as chamas que cobriam meu campo de visão. Mas se isso acontecia comigo, então também acontecia com ele.

Me levantei e comecei a fluir mana pelo corpo, sem deixar passar, nem sequer, um milímetro do meu corpo sem mana, tanto internamente quanto exteriormente. Respirei fundo várias vezes, tentando me preparar, principalmente, psicologicamente para o que estava prestes a fazer.

As chamas começaram a desaparecer, meu campo de visão começou a ficar limpo, e então eu vi Reynolds, parado a mais de 100 metros de distância, rodeado por mais de 50 soldados fortemente armados.

Nesse momento eu ativei a magia de luz, que como se fosse fósforo caindo no álcool se espalhou por todo o meu corpo instantaneamente. Enviei uma onda de mana para trás, basicamente uma mensagem do EWO que foi convertida em magia, e em seguida me movi.

O clarão de luz iluminou tudo a minha volta. Meu corpo se moveu sozinho, guiado automaticamente pelo o que eu tinha planejado antes. Senti o vento pegando no meu rosto, tão forte que quase me cortava. Mas tudo isso aconteceu em um instante, e então tudo parou. A luz sumiu e eu parei de me mover. Senti uma dor insuportável invadir meu núcleo de mana, colo se ele fosse se partir ao meio, mas cerrei os dentes, suportando a dor, e mantive a postura.

Olhei ao redor e me vi parado a 1 metro e meio do Rei Reynolds, seus soldados que antes o cercavam todos estavam no chão, a lâmina da katana em minhas mão pingava sangue no chão. A minha roupa havia aberto alguns rasgos, e se agitava com a brisa do vento. Meus olhos e bocas ainda emitiram uma forte luz branca, mas além de passar uma sensação fria e eletrizante essa luz não me atrapalhava em nada.

Reynolds começou a ergueu a mão na minha direção, mas nesse momento eu instantaneamente apareci ao seu lado, segurando seu antebraço enquanto repousava lentamente a minha lâmina na garganta dele.

- Não vamos tornar as coisas mais difíceis, Rei. Não quero matar mais nenhum soldado. - Eu falei friamente.

- Você não pode estar, realmente, esperando que eu aceite você como líder, não é? - Ele questionou.

- Não. Eu sou aquele que irá liderar os Anjos Caídos na Guerra dos 7 Clãs. A pessoa que irá liderar vocês, humanos, é a Alice Falckhan. - Eu respondi.

Ele fez silêncio por um instante, e antes de responder sua atenção foi desviada para o campo aberto atrás de mim. Usando magia de busca eu soube que ele estava olhando para Aidem, Gwen e Nero se aproximando rapidamente, todos os três usando Boost Levitation para voar até onde eu estava.

- Meu reforço está chegando, quando isso acontecer a pouca chance que você tinha de me vencer estará acabada. - Eu falei.

Ele me olhou fixamente, sem dizer nada, mas sabia que eu estava certo. Ele podia ser, tecnicamente, mais forte do que eu, mas eu possuo magias mais fortes, como essa de agora, e a maior vantagem numérica dele não vale de nada se Aidem e Gwen estiverem aqui para me ajudar.

Com a ajuda daqueles dois e as magias que nós desenvolvemos aqui eu poderia derrotar o próprio Rei de Haiford.

- Agora eu vou dizer a você aquilo que eu falei para Lady Stephanie. Sua raça não está preparada para a paz. Na verdade, nem os humanos estão. As duas raças estão apenas aguardando o momento em que surgirá um motivo,, um único motivo, para que a Guerra comece novamente. Quando isso acontecer os Demônios irão aproveitar a oportunidade, a Guerra entre os Clãs, que deve acontecer daqui a vários anos, se adiantaria e aconteceria bem mais cedo. Com os 4 Reinos em Guerra os Demônios irão, facilmente, esmagar vocês. -

Fiz uma pausa e soltei o antebraço dele enquanto abaixava a lâmina da minha espada até que sua ponta tocasse o chão. Senti a mana em meu corpo enfraquecendo rapidamente, a luz que emanava do interior do meu corpo, iluminando meus olhos e boca, começava a se apagar, o que significava que eu já não tinha muito tempo.

- A decisão é sua, Rei Eregond. Prefere 5 Reinos fracos e separados, ou um único império forte e unido? -

Assim que terminei de falar Nero, Aidem e Gwen pousaram um pouco atrás de mim, e Nero carregava em seus braços Stephanie, a Elfa, que rapidamente saiu correndo na direção de Reynolds gritando para que parassem a luta.

Os dois se abraçaram, mas mesmo assim eu ainda conseguia sentir os olhos de Reynolds sobre mim de forma desconfiada.

- Fique pelo menos alguns dias e vamos discutir mais sobre o assunto. - Eu falei, enquanto me virava para sair andando. - Nero vai mostrar onde seus soldados podem montar acampamento. Você e Lady Stephanie ficaram nos quartos de hóspedes, em minha residência. -

Sem esperar uma resposta eu saí andando de encontro com Aidem, Nero e Gwen, que agora estavam parados ao lado da Alice.

- Que velocidade é essa? - Gwen questionou.

- Você trocou a velocidade do Raio pela velocidade da luz... Como diabos você converteu a magia de luz em uma magia de velocidade? - Nero perguntou, com uma mistura de raiva, por não ter sido ele a criar tal magia, e fascínio.

- Explico depois... Quando eu acordar. - Eu respondi.

- Quando o que? - Aidem perguntou.

No mesmo instante a sensação de queimação se espalhou do meu núcleo de mana para o meu corpo, e em questão de segundos a queimação havia se tornado uma dor insuportável.

Cai no chão tremendo, sentindo meu corpo ficar frio, e com espuma escorrendo pelo canto da minha boca. Meus olhos se reviraram de dor, mas eu não conseguia sequer gritar. Ouvia a voz da Alice gritando meu nome, mas não via, e nem sabia, o que estava acontecendo a minha volta.

Esse era o resultado de usar um magia incompleto. Venho trabalhando nela desde que usei a magia de trovão contra o Ryan Silverstone e, mesmo sendo a forma mais rápida que eu conseguia me mover, ela não chegou nem perto da velocidade dele.

Pensei que usar ela agora causaria, no máximo, uma dor grande, não essa sensação, insuportável, de estar sendo queimado de dentro para fora. Quando comecei a perder a consciência eu agradeci mentalmente por não ter mais que aguentar aquela dor. E então eu apaguei.

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