As Joias do Infinito

By AnaEspadeiro

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A explosão gerada pelo Big Bang, mudou as coisas no multiverso. Mas, além disso, surgiram 6 gemas com extremo... More

Avisos
Elenco
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18

Capitulo 19

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By AnaEspadeiro

"Eu não sei o que você faz
Você me faz pensar que você irá mudar minha vida para sempre
Eu sempre vou te querer por perto
Nunca desistirei de você, minha querida
(...)
Eu coloco minha vida diante de você
Eu só quero você mais e mais
E finalmente parece que meus dias solitários acabaram.
Eu estive esperando por você."
—I've Been Waiting For You, ABBA.

~P.O.V. Renee~

Acordo com uma latejante e crônica dor que martela por toda a minha cabeça forçando-me a abrir os olhos, o que só faz tudo piorar. A luz que entra pela janela irrita meus olhos causando-me um desconforto maior ainda.

Olho pro lado vendo um remédio e um copo d'água ao lado com um bilhete escrito:

"Para sua ressaca"

Engulo o remédio sem pensar duas vezes, provavelmente foi Aaliyah que o deixou aqui. E, falando nela, a mesma abre a porta no exato momento.

–Olha quem acordou! –Ela exclama. –A nova cachaceira do complexo!

–Jogaria uma almofada em você se meu corpo inteiro não estivesse dolorido. –Resmungo sentindo a boca extremamente seca, mesmo depois da água.

Ela se aproxima da minha cama, sentando-se na beirada, coisa que ela costuma fazer quando quer desabafar algo, mas não é o que ela faz dessa vez.

–Então... O que achou da festa? –Ela pergunta.

–Legal...? –Afirmo meio confusa. –Ta me perguntando isso porquê?

–Nada não. –Ela diz. –Você tem treino hoje, né?

–Tenho, mas como vou fazer isso não sei. Em quanto tempo esse remédio que você me deu faz efeito?

–Remédio? Que remédio? –Ela pergunta.

–O que tava do lado da minha cama agora pouco. –Ela franze o cenho, até que parece se lembrar do que fez.

–Ah! Sim! O remédio... –Ela diz. –É de efeito rápido, logo estará bem pra ir com a Wanda.

–Ótimo. –Digo massageando meu próprio pescoço. –Pelo menos eu não to enjoada.

Levanto da cama e vou pro banheiro escovar os dentes, de lá grito Aaliyah.

–E você e o Thomas? Como foi?

–Ele disse que queria ter uma conversa comigo, já que no armário não deu muito tempo né... Mas, aparentemente, está tudo bem. –Ela fala dando de ombros tentando ocultar a alegria que sentia por dentro. –E a Eve?

–O que é que tem? –Pergunto já dentro do chuveiro.

–Você a viu por aí?

–Acabei de acordar, Aaliyah! Primeira e única pessoa que eu vi hoje foi você. –Respondo.

–Ela disse que ia sair, pensei que tinha te contado, por isso vim até aqui.

–Ah, adoro saber do seu amor por mim! –Exclamo de deboche e ela ri.

Assim que saio do chuveiro sentindo-me de fato melhor, visto a legging preta e a blusa regata preta pro treino de hoje. Amarro uma jaqueta na cintura e saio prendendo o cabelo em um coque despojado.

–Vou comer alguma coisa, sugestões pra sua amiga que está de ressaca? –Pergunto.

–Eu vou contigo, biscoitinho! Vamos! –Ela se levanta da cama e vem em minha direção, abro a porta e saio pelo corredor indo em direção à cozinha sem nem saber que horas são.

No meio do caminho vejo a última pessoa que eu queria ver uma hora dessas. Loki.

–Bom dia, senhoritas! –Ele cumprimenta.

–Bom dia, Loki. –Fala Aaliyah.

De repente os dois ficam calados me olhando como se eu estivesse com uma melancia pendurada no pescoço.

–Por que estão me olhando com essa cara? –Pergunto. –Ah, ta! Bom dia, Loki. Satisfeitos?

O semblante dos dois muda nesse momento pra uma expressão que parecia tristeza, como se tivessem acabado de ver a morte em si perante eles.

–Por que estão com essa cara? Parece que vieram de um enterro. Aconteceu alguma coisa?

–Quê? –Pergunta Aaliyah. –Não. Não foi nada.

–É, nada. –Ele responde ajeitando a gola da camisa preta. –Agora se me dão licença tenho coisas pra resolver. Fiquem bem!

–Você também, Loki. –Responde Aaliyah com um tom de voz diferente, ela nunca havia tratado Loki dessa maneira. O mesmo apenas acena com a cabeça pra mim e se retira, voltando a percorrer seu caminho pelo corredor e eu apenas viro-me para Aaliyah mais confusa do que antes.

–Desde quando você e o deus da trapaça são amiguinhos?

–Não somos amiguinhos, Renee. –Ela diz andando na minha frente. –Só estamos convivendo no mesmo lugar há muito tempo, é natural que as pessoas se aproximem!

Ela abre a geladeira pegando o pão e os frios me mandando sentar já que hoje ela resolveu preparar meu café devido a ressaca.

–Por que eu estou destruída pós bebida e você está ótima? –Pergunto com inveja de seu bem estar.

–Porque a cada gole que eu dava em alguma bebida, eu comia algo em seguida pra equilibrar a glicose. Diferente de você que virou a garrafa de vodka do Edward como se o mundo fosse acabar. –Ela bronqueia passando o requeijão pelo pão.

–Eu tava frustrada, foi mal. –Digo apoiando o rosto nas mãos.

–Com o quê? –Ela pergunta.

–Pensei que o Thomas tivesse te contado.

–Ainda não o vi hoje. –Diz Ali. –Mas, o Tom não faz o tipo "fofoqueiro", mesmo que sejamos todos amigos, não acho que ele me contaria.

–Foi por causa do beijo da meia noite. –Conto aproveitando que só tem nós duas na cozinha.

–Deixa eu adivinhar, se apaixonou pela pessoa sem nem saber quem ela é? –Ela pergunta acertando na lata.

–Ponto pra Aaliyah! Como sabe?

–Estamos morando juntas há meses já, Renee! Você é definitivamente a pessoa mais romântica e clichê que eu conheço. –Ela diz me trazendo um prato com 3 bisnagas com salame, requeijão e queijo.

–Meu Deus, obrigada, você é um anjo, sabia?

–Sabia! De nada! –Ela responde rindo lambendo o dedo sujo de requeijão. –Mas, então, algum palpite de quem te beijou?

–Não... Não tenho ideia. Você por acaso não viu nada não? Já que estava no controle da luz. –Indago com o mínimo de esperança dela ter visto quem foi.

–Eu? Não, não vi nada não. –Merda! –Foi mal, amiga.

De repente uma voz diferente se faz ouvir pelos corredores falando em alto e bom som com o típico sotaque sokoviano de sempre:

–Me disseram que um certo alguém acordou de ressaca, mas é claro que não pode ser a minha aluna, até porque ela sabia da aula de hoje, não é?!

Então, pela entrada, se revela Wanda. Parada bem ali com os braços cruzados e os olhos verdes musgo encarando os meus com as sobrancelhas arqueada esperando uma resposta.

–Eu juro que não foi de propósito! –Abro um sorriso pra ela na esperança dela me perdoar e a mesma apenas ri sem acreditar.

–Você tem sorte de ser minha protegida! Só por isso não brigo com você. –Ela diz se aproximando e pegando uma cadeira pra si. –Então, como foi a festa ontem já que nós adultos fomos expulsos?

–Maravilhosa! –Exclama Aaliyah fazendo seu café.

–E pra você, Renee?

–Metade dela foi ótima! –Respondo mordendo o pão.

–E a outra metade? –Indaga Wanda.

–Não lembro! –Digo rindo e Wanda ri de meu comentário sem acreditar na minha cara de pau em lhe contar isso. –Por que está vestida assim?

Wanda não estava usando a roupa que sempre usa em meus treinos. Na verdade estava com uma roupa mais de sair, uma blusa preta, um cardigan cinza por cima e de calça jeans.

–Porque hoje nosso treino será um tanto quanto diferente. –Ela diz.

–Diferente? Diferente como? –Pergunto dando um gole no copo d'água.

–Você vai ver! Agora termine de comer que o motorista do Stark está nos esperando. –Ela fala se pondo de pé.

–Motorista? Iremos sair do complexo?

–Exatamente! –Ela afirma. –Já que os treinos que fiz com você não deram certo, tentarei algo novo, com alguém com um tanto mais de experiência que eu, quando o assunto é joia da realidade.

–Eita! Fiquei curiosa, já ate acabei de comer! –Falo limpando os farelos de cima de mim e me pondo de pé na mesma hora. –Vamos?

Ela ri da minha pressa com o sorriso mais meigo do mundo, assente com a cabeça e diz:

–Vamos! Aaliyah não quer vir conosco? –Ela chama.

–Eu? Ah, valeu pelo convite, mas ainda estou dolorida pela festa, acho que vou dormir mais um pouco. –Ela fala, mas sei que depois dessa xícara de cafeína e açúcar, ela não vai dormir nem que queira muito. –Mas, boa sorte lá!

–Valeu! Te vejo mais tarde! –Digo e saio com Wanda pelas escadas para o primeiro andar do Complexo.

Na descida pelas escadarias, vejo a agitação de sempre. Os membros da S.H.I.E.L.D. andando de um lado para o outro sem parar. O que será que eles tanto fazem aqui? Me distraio em meus pensamentos até ser obrigada a acordar com Thor e, claro, seu irmãozinho ladrão de joias, bem à nossa frente. Deve ser alguma assombração isso!

–Sabe que posso ler seus pensamentos, não sabe? –Pergunta Loki arqueando uma das sobrancelhas pra mim.

–Então, sabe que não estou mentindo. –Dou um sorriso forçado. –E para de ler a minha mente!

–Estão indo aonde acho que estão? –Pergunta Thor com sua voz grave e firme alternando os olhares entre mim e Wanda.

–Estamos sim. –Responde Wanda ajeitando o cardigan. –Mas a Renee ainda não sabe do que se trata, estou mantendo em segredo. Querem nos acompanhar?

–Acho que... –Thor começa a falar e eu viro um olhar recriminador para Wanda quando a voz, alegre por me irritar, fala:

–Adoraríamos! Não é irmão?! –Exclama Loki com um sorriso debochado no rosto dando uns tapas nas costas de Thor.

–Mas, Loki, é que...

–"Mas" nada, irmão! –Ele o interrompe. –Faz pouco tempo que voltamos para Midgard, devemos sair por aí, ver o que essas criaturas fazem à luz do dia.

–São humanos, Loki. Não alienígenas bizarros! –Falo.

–Pensei que a senhorita não fosse uma humana? –Ele pergunta usando meu argumento contra mim mesma, tentando me dar por vencida.

–Não sou. –Respondo. –Quantas vezes o Fury terá que te explicar que eu sou uma joia que sofreu uma metamorfose?

–Uma metamorfose pra um corpo humano!

–Eu sou uma pedra!

–Pedras não teimam como você!

–Ei! As duas crianças! Parem de brigar! –Braveja Wanda irritada. –Andem, Happy está nos esperando! Se continuarem discutindo, vou amordaçar os dois, e olha que eu faço mesmo!

Thor olha chocado para Wanda que sai andando na frente e eu vou a seguindo para ficar o mais longe possível do deus da mentira.

Saímos pela porta automática de vidro dando de cara um belo dia, o sol alto nos prados, nenhuma nuvem no céu, uma brisa fresca no ar.

–Bom dia, Happy! –Cumprimenta Wanda.

–Bom dia, senhorita Maximoff, Renee, Loki, Thor!

–E aí, Happy? Como está? –Pergunta Thor enquanto ele abre a porta do carro para que nós entremos. Thor vai na frente e eu, wanda e Loki vamos, respectivamente, no banco de trás.

–Com um dia de sol como esse? Muito bem! –Fala Happy literalmente bastante feliz.

Ele dá a volta por fora do carro indo para o lado do volante e então sai dirigindo para fora do Complexo dos Vingadores.

Fico olhando pela janela vendo toda aquela mata que havia ali em volta pensando em mil lugares e pessoas diferentes as quais Wanda poderia estar me levando agora. Pena eu não ser a joia da mente e poder ler a sua para ter a resposta de minha pergunta.

Na verdade, sendo a joia da mente eu poderia ter a resposta pra única pergunta que realmente está atormentando meus pensamentos desde ontem. Queria eu ser próxima do Matt como a Phoebe é, seria tão mais fácil, eu poderia apenas pedir para ele ler a mente de todos do complexo até descobrir quem me beijou à meia noite.

Mas, depois da fuga que eu dei da festa depois de nos beijarmos dentro do armário, eu definitivamente não posso pedir para o garoto descobrir isso pra mim. É errado de todas as maneiras possíveis, então, acho que só me resta a dúvida.

Pego meu celular, ponho os fones de ouvido e deixo tocar "Danger" do BTS, pois, como eu já disse, é bom ouvir minha língua nativa por alguns minutos, mesmo que eu seja praticamente tão fluente em inglês quanto em coreano.

Recosto minha cabeça no ombro de Wanda, que fica fazendo carinho em meu cabelo até eu pegar no sono no carro enquanto Happy e Thor conversam sobre coisas da vida.

***

Acordo com a interrupção do balançar do carro. Com um reflexo automático, abro os olhos despertando da soneca que tirei no ombro de Wanda. A mesma se vira pra mim anunciando que chegamos e me ajudando a sair do carro enquanto eu desperto.

–É aqui! –Ela anuncia.

Levanto os olhos e me vejo em uma casa normal, na verdade em um lugar normal, numa rua qualquer de alguma parte de Nova Iorque.

–Vamos entrar? –Pergunto vendo todos parados apenas encarando aquela casa, principalmente Thor que, pela primeira vez, engolia em seco.

–Acho melhor vocês irem, eu fico aqui fora, fazendo companhia ao Happy. –O deus tentava fugir de uma simples casa de concreto. O que havia lá dentro para assusta-lo tanto?

–Qual é, Thor? –Pergunta Wanda. –Vai ser tranquilo, vem!

–É, irmão, vamos! Mas, se eu fosse você, cobriria a face com as mãos. –Sugere Loki rindo da expressão de pavor do irmão e tomando a frente junto a Wanda batendo na porta.

Não demora muito pra porta se abrir revelando uma mulher bem branca, quase como se nunca pegasse sol. Ela é baixinha, com os olhos grandes e os cabelos pretos, na altura do ombro, em contraste gritante com sua pele.

–Oi. –Cumprimenta minha professora. –É, eu vim ver a...

–Ah sim! Já sei! Ela me falou que estava vindo, você é a Wanda, não é? –A voz da mulher exalava tanta empolgação que ela mesma ia se atropelando com tantas falas. –Eu sou a Darcy. Ah, meu Deus! Thor, você veio! E, você deve ser a menina que ela falou, é... Renata?

–Renee! –Corrijo rindo e ela sorri pra mim.

–Ah, isso mesmo! Renee! É italiano?!

–Francês. –Respondo entrando na casa vendo sua mobília modesta, diferente do que vi na torre dos Vingadores ou no complexo. Aquela casa era uma simples casa comum, como a que eu tinha. Me trás uma sensação maravilhosa.

–Um belo nome! Ai meu Deus... Loki?! –Ela pergunta virando o olhar para os outros.

–Ta tudo bem, Darcy. –Diz Wanda. –Ele não morde mais não.

–Só se você quiser, senhorita. –Ele diz dando uma piscadela para a mesma me fazendo revirar os olhos por tal atitude.

Darcy olha para Loki de uma forma tão desconfiada que chegava a ser cômico. Tão cômico que não consigo evitar uma gargalhada ao ver aquilo.

Viro-me de volta para a casa, Darcy pede para que fiquemos a vontade enquanto ela vai chamar a amiga que está no andar de cima.

Todos nos sentamos no sofá e, dessa vez, não consigo escapar da proximidade com Loki já que acabo caindo bem no assento do meio do sofá de 3 lugares.

Me sinto inquieta ali, minhas pernas balançam, meus dedos ficam se roçando e eu não consigo parar de mordiscar o canto de meu lábio. Fico tão inquieta que até Thor, sentado na poltrona do outro lado, percebe.

–Renee, está tudo bem?

–E-Eu não sei... –Falo começando a sentir um turbilhão de emoções e sentimentos invadirem o meu peito de tal forma que meus olhos marejam e eu me sinto prestes a desabar em lágrimas. Por quê?

De repente uma mão fria agarra o meu pulso de forma brusca, viro-me e vejo Loki encarando meu antebraço. Abaixo o olhar seguindo o dele e percebo o éter em minhas veias brilhar enquanto desliza junto ao meu sangue.

–O que está havendo? –Pergunto com medo do que meu corpo estava fazendo e de tudo aquilo que eu estava sentindo de repente que parecia transbordar pra fora de mim.

–Cheguei!

De repente a voz feminina ecoa no cômodo e toda aquela sensação de desespero vai embora deixando apenas a certeza. Eu expiro em choque, sentindo uma lágrima escorrer pela minha bochecha esquerda, me pondo de pé quase que imediatamente, antes de todos ali.

Me viro em direção às escadas da casa, atrás de mim, e vejo ali uma mulher de medianos cabelos loiros, traços finos e olhos que se arregalam ao me ver. Suas sobrancelhas se curvavam em um choro e em um espanto como o meu, era possível sentir a onda de emoções que ela sentia, assim como eu.

Me desloco para o lado, sem tirar os olhos de cima dela, indo em sua direção. Ela faz o mesmo, a passos lentos e curiosos, como os meus.

Minha mão vai até seu rosto, tirando uma mecha de seus fios loiros da frente de seu belo rosto e prendendo-a atrás da orelha. A mesma faz o mesmo ato, enxugando a lágrima em meu rosto com uma leve carícia.

Me permito deixar aquela emoção transbordar pra fora de mim, e eu apenas choro puxando-a para um abraço que ela retribui na hora me aninhando em seus braços.

–Alguém sabe me dizer o que está acontecendo aqui? –Pergunta Loki baixo.

–Elas já se conheciam? –Indaga Darcy.

–Não... –Responde Thor.

–Sim. –Contraria Wanda dizendo aquilo com leveza, feliz pela cena que via, enquanto eu afundava meu rosto naquela mulher cujo nome ou idade eu sequer sabia, mas sentia como se fosse parte de mim, uma parte que foi tirada de mim há muito tempo.

Seu perfume é doce, acolhedor, assim como seu abraço. Ela solta minhas costas, pegando meu rosto em suas mãos e sorrindo com os olhos marejados. Ela recosta nossas testas e eu seguro suas mãos em meu rosto, agradecendo por aquele toque que eu não sabia que precisava sentir.

–Como assim "sim"? –Pergunta Thor.

–É claro... –Sussurra Loki provavelmente depois de ler os pensamentos da minha professora. –O éter.

–Será que podem nos explicar também? –Pergunta a mulher à minha frente, entre lágrimas de alegria, com um sorriso magnífico estampado em seu belo rosto e os olhos marejados.

–Bem, se eu estiver certa, houve uma época há anos atrás em que Jane foi praticamente possuída pelo éter, certo? –Pergunta Wanda.

–Certo. –Afirma Thor.

–Acho que isso criou uma espécie de laço entre as duas.

–Faz sentido. –Diz Loki. –O éter sempre protegeu a Jane enquanto estavam no mesmo corpo.

–Achávamos que ele estava se protegendo... –Fala Thor.

–Aparentemente, não estava. –Conclui Loki.

–Então, você é a Renee, a joia da realidade? –Pergunta a mulher, Jane, com os olhos brilhando de tanta maravilha, e eu apenas sorria para ela como a criança mais feliz do mundo.

–Sou sim. –Respondo alegre demais. –Me desculpa pelo mal que te causei quando... Você sabe!

–Não precisa se desculpar, está tudo bem. –Ela diz ainda acariciando meu rosto como se fosse uma irmã mais velha. –Foi passado.

–Pensei que não se lembrasse da sua vida como joia. –Diz Thor.

–Não lembro. –Falo sem desviar meu olhar de seus olhos castanhos. –Mas, posso sentir a ligação com ela, isso trás minhas memórias dessa época de volta.

–Mas, mesmo assim, você criou a realidade, provavelmente escolheu que a Jane acabasse tomando você em seu próprio corpo. –Fala Darcy. –Sabe por quê?

–Não...

–Talvez por ela conhecer o Thor e, assim, ser mais fácil de tirar o éter dela e, ao mesmo tempo, não deixar que Malekith a alcançasse? –Sugere Wanda.

–Pensei nisso, mas sei que não foi. –Digo desviando meu olhar pra eles pela primeira vez. –Eu sinto dentro de mim que fiz essa escolha sem medo... De alguma forma eu sabia que não iria mata-la. Mesmo ela sendo uma humana e a energia do éter estar em expansão, eu sabia que ela ia viver, só não sei como ou porquê...

–Como não? Você criou a realidade! –Diz Darcy.

–Eu crio a realidade, mas o destino quem cria são outros. –Digo. –Enfim, é complicada essa coisa de destino!

–Tem razão! –Diz Jane rindo de meu comentário, segurando em minha mão. –Você tá com fome? Ou com sede? Sei que foi uma viagem longa!

–A Jane está entretida com a Renee, mas a pergunta serve pra todos vocês, ta galera? –Exclama Darcy nos fazendo rir mas todos negam qualquer coisa, inclusive eu, ainda fascinada com os olhos dela. Como ela é bonita!

De repente ela acorda daquele transe e diz:

–Bem, você veio aqui pra aprender a controlar seus poderes, então, vamos lá!

Ainda sorrindo, ela vai me puxando para o porão de sua casa, chamando todos para virem juntos. Conforme vamos descendo e ela vai acendendo as luzes, ouço os ecos dos nossos pés no porão.

Ali vejo um imenso espelho que ocupava uma parede inteira. Ao lado, um piano, e o piso ali não era qualquer um. Era madeira envernizada, mas não uma madeira qualquer, era propícia pra aulas de balé, eu reconheceria de longe.

–Viemos treinar os poderes da Renee ou encenar o Lago Dos Cisnes? –Ironiza Loki olhando ao seu redor.

–Prefiro O Quebra Nozes! –Diz Darcy.

–Fiquem quietos. –Manda Jane com seu jeito fofo de falar. –Bem, a Wanda me disse que tentou a técnica do piano com a Renee, mas que ainda assim acontece o descontrole da magia. O mesmo aconteceu com o balé. Então, tentaremos algo novo dessa vez, mas eu queria te fazer uma pergunta antes, Renee.

–Pode perguntar. –Autorizo andando pelo porão.

–Você já teve algum momento que conseguiu controlar seus poderes de fato? –Engulo em seco com a pergunta, sentido minha garganta travar, o silêncio ocupa os segundos, até eu conseguir responder:

–Já.

–E quando foi? –Indaga Jane.

–Na minha infância.

–O quê? –A voz de Wanda se manifesta ali aos ecos. –Nunca me disse isso.

–É que eu não achava necessário...

–Controlava seus poderes então quando era criança?

–Não era um controle magnífico como a Wanda com os poderes dela. Eles ainda faziam o que queriam algumas vezes, mas também faziam o que eu queria quando eu queria.

–E sabe quando isso parou?

As perguntas vão piorando de forma que posso sentir o gosto da bile na boca só pelo enjoo. Minha testa sua frio e eu fico inquieta ali.

–Renee, ta tudo bem? –Pergunta Loki em tom de preocupação.

–Ta. Ta sim. –Minto. –Acho que isso parou quando eu fiz uns 13 anos.

Eu sei quando parou. Sei exatamente quando o éter parou de fazer o que eu queria. Sei quando éter e eu nos tornamos opostos, cada um com uma vontade própria, presos no mesmo corpo, obrigados a conviver. Mas eu jamais diria a eles ou à alguém.

–Deve ter sido a puberdade. –Desvio o assunto tentando parecer tranquila. –O que vamos fazer mesmo?

Todos parecem aceitar bem minha explicação fajuta. Todos menos um que me olha desconfiado como se pudesse ler minha mente, o que na verdade ele pode, só não sei se consegue, Loki.

–Bem, eu pretendo parar de forçar a Renee a fazer algo fora dela, mas fazer isso dentro dela. –Ela diz e todos a olham mais confusos do que antes.

–Consegue explicar melhor? –Pergunta Darcy mordendo uma maçã que ela tira do bolso.

–Bem, a Wanda tentou aulas de balé, assim como tentou o piano, mas os efeitos não foram os melhores. Mesmo quando conseguia controlar, não demorava muito e extravasava tudo causando algum pequeno acidente.

–Pequeno? –Pergunto. –Se não fosse pelo Stark, Natasha teria me matada por ter destruído sua sala de balé.

–Bem... Se for comparar o vidro da sala de balé quebrado com seu penúltimo acidente, presumo que a sala de balé seja um nada, o que indica muita evolução. –Fala Wanda me recordando da penúltima vez que meus poderes foram além da conta.

Há 2 anos. Quando a CIA me caçava com um único intuito e, definitivamente, não era me por atrás das grades.

–Muita evolução não adianta se eu for continuar machucando as pessoas ao meu redor sempre que tentar fazer algo. –Digo.

–Por isso estamos aqui. –Fala Jane. –Venha, vamos tentar!

–Pode falar. –Digo ficando de frente pra ela, no meio da sala enquanto os outros se aglomeram num canto, calados e observando.

–Quero tentar a técnica da música de novo, mas dessa vez sem você ter que tocar ou dançar, apenas se concentrar na partitura. Depois, quero que baseie seus poderes nas notas musicais. Mais especificamente no tempo de cada uma. Portanto se a nota tem um tempo, você fará a magia e desfará muito rápido, se tiver 2, você segura um pouco, se tiver 4 ou mais, você segura a magia até a nota acabar e, então, a desfaz conforme a música fizer. Entendeu?

–Acho que sim.

–Depois que se acostumar com o tempo quero que se atente à intensidade da música. Se ela é muito forte, ela é suave, e assim vocês fará com a magia.

–Qual a música?

–Plus Que Ma Propre Vie, já conhece certo?

–Sim.

–Então, ta ótimo.

–Mas, e se... E se eu não conseguir parar? –Pergunto me olhando no espelho pensando que eu poderia machuca-los como quase fiz com a Wanda.

–Se não conseguir parar eu farei um escudo em sua volta já que o éter não causa efeito em você. Nós ficaremos bem. –Tranquiliza Wanda, como sempre.

–Pronta? –Pergunta Jane com o IPod na mão e eu apenas assinto.

Ela da o play e a música começa.
Lenta e calma como sempre, afinal de contas, ela era uma canção de ninar. Assim, a música tem notas de tempos médios, pausa, tempo médio, pausa.

Até começar a acelerar. Nota atrás de nota minhas mãos começam a se embolar, meu corpo a formigar e as articulações do meu corpo rangem silenciosamente pelo impacto nelas. De repente, num flash, o rosto de minha irmã e minha mãe aparecem em minha mente, os olhos puxados e os sorrisos calorosos, até tudo começar a tremer e tudo sumir.

Abro os olhos assustada e antes que eu possa quebrar mais um espelho, a magia de Wanda envolve meu corpo e eu sinto o impacto das moléculas em mim embora não cause nenhum efeito, apenas uma breve dor, quase nada comparado à queda no chão que vem logo em seguida.

Ajoelhada, com os antebraços me amparando no chão, eu sinto que tudo aquilo é em vão, que todo esse esforço é apenas uma perda de tempo que só trará mais decepção a eles.

–Ta fazendo errado! –Olho pra frente e vejo Loki na minha altura. Que ousadia!

–O que você falou?

–Está fazendo errado.

–Se eu fosse você, eu calava a boca, porque se for pra te bater eu dou um jeito de fazer isso dar certo.

–Não, não da. Você não está se concentrando! Sua mente ta longe daqui.

–Quem é você pra dizer onde a minha mente está?

–Além de eu saber ler mentes e não ser muito parecido com seu amiguinho Matthew pra não lê-la...

–Se entrar na minha cabeça, eu te mato. –Interrompo furiosa.

–Não preciso. –De repente seu dedo segura em meu queixo fazendo-me olhar em seus olhos. Um flash passa pela minha mente e eu sinto um dejavu, como se isso ja tivesse acontecido. –Seu rosto denota o desconforto e a dor. Tem alguma coisa te impedindo de se concentrar.

–Não é nada. –Digo tirando sua mão de meu queixo com um empurrão em seu braço.

–Não é o que está parecendo. –Ele afirma. –Olha só, não quer me contar o que é, tudo bem, eu não ligo. Mas, se quer controlar seus poderes se concentra nas pessoas dessa sala que, com certeza, se importam com você.

–É o trabalho deles... –Sussurro.

–Ta mentindo. –Ele afirma. –Sabe que ta mentindo, porque sabe que eles se importam. Wanda tem sido como uma mãe pra você desde o dia que te tirou da Times Square e esses 15 minutos com Jane foram como um reencontro de duas irmãs separadas na maternidade.

Engulo em seco com as comparações que ele faz sentindo uma absurda vontade de chorar.

–E, por mais que você me odeie, eu não te odeio. Embora ainda ache sua ideia de se tornar humana um ultraje pro mundo da magia.

–Não sou humana. –Respondo fazendo-o rir, o que acaba por me fazer rir também. Como se por poucos segundos as coisas estivessem melhores entre nós.

–Vamos, midgardiana. Se concentre em quem está aqui e deixe os outros pra você pensar quando estiver com seu travesseiro. Pode ser?

Ele se levanta e ergue a mão pra me ajudar a levantar. Mais um maldito dejavu. O que é isso? Eu nem sou próxima do Loki pra ter tantos dejavus assim com ele.

–Pode. –Vejo sua mão erguida pra me ajudar, mas por mais que ele tenha sido até legal, ainda sei que não posso confiar nele. Seguro em sua mão me levantando, mas logo a solto.

–Pronta pra tentar de novo? –Pergunta Jane do outro canto da sala pra onde Loki vai.

–Pronta.

A música começa mais uma vez, e eu me concentro neles, como Loki aconselhou. Me lembro de quando Wanda me consolou próximo à cachoeira no complexo, depois de eu explodir no meio do nada. Me lembro da conversa na noite passada com o Thomas, que ficou me aconselhando embora eu não lembre muito o que ele falou. Lembro da Aaliyah me ajudando a me acalmar no meio da noite quando tenho algum pesadelo e ela acorda só pra me ajudar. Lembro de como os olhos da Jane brilharam ao me ver e como eu realmente me sinto parte dela. Lembro de Eve sempre presente e sempre ao meu lado desde que chegou, como nos aproximamos tão rápido. De como os Vingadores estavam fazendo tudo para nos ajudar e como meu grupo era o melhor possível.

De repente eu me via no fim da primeira parte. O primeiro minuto tinha acabado e eu não sentia como se estivesse prestes a explodir, mas sentia paz. Pela primeira vez eu conseguia sentir um pouco de paz.

Antes que eu possa me distrair eu continuo focando meus pensamentos.

Emily. Phoebe. Matt. Edward. Natasha. Steve. Clint. Visão.

Pela primeira vez eu decido abrir os olhos e ver o que está realmente acontecendo.

Quando o faço, vejo feixes vermelhos rodarem por todo o porão. Delicadamente, eles deslizavam pelo ar, carregando energia e magia consigo, mas totalmente controlados, flutuando pela atmosfera ali criada maravilhando não só a eles, mas a mim também, que há tanto tempo não vejo o éter agir dessa forma. Calmo, tranquilo, sem destruir ou matar. Era beleza!

Meus olhos estavam vermelhos, meus cabelos castanhos flutuavam no ar, como se eu estivesse submersa.

Sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto, sinto emoção transbordar pelo meu coração ao ver aquilo. Um sorriso se abre em meu rosto, um sorriso, um riso de quem não acredita no que vê, como se aquilo não fosse real.

Mas... era! É real! Afinal de contas, eu sou a joia da realidade. Tudo pode ser real pra mim.

A música finaliza em um suave tom, que aos poucos vai ficando cada vez mais baixo até terminar. Assim, eu faço, diminuindo a voltagem aos poucos, até tudo aquilo se dissipar e a sala voltar ao normal e o meu corpo agir normalmente.

Olho para minhas mãos sem acreditar no que tinha acontecido. Todos me encaram com sorrisos no rosto, mas era evidente que aquilo ainda não tinha acabado.

–Caramba! –Exclama Darcy.

–Foi lindo, Renee! –Elogia Jane.

–Eu sabia que você conseguiria! –Fala Wanda ajeitando os fios ruivos com um sorriso orgulhoso no rosto.

–Parece que meu irmão é um bom professor afinal de contas. –Diz Thor também com um sorriso orgulhoso, mas voltado pro irmão.

–Não exagera, irmão. –Diz Loki com um olhar um tanto indecifrável. –Foi mérito dela e das duas professoras.

–Foi uma linda vitória, Renee. –Diz Jane. –Mas, quero ir além.

–O quê? –Indaga Wanda desmanchando a expressão alegre e trocando por uma nervosa. –Espera, espera, espera. Não seria melhor nos mantermos nesse treino até ela ter total domínio?

–Acho que ela demonstrou domínio pleno dos poderes, Wanda. Ela pode treinar esse mesmo exercício no Complexo, mas aproveitando que ela finalmente está aqui, quero tentar dar um passo além, já que ela é a mais atrasada das joias.

–Atrasada? –Pergunta Thor.

–Todas as outras joias estão evoluindo no uso dos poderes, mas a Renee e o éter não se entendiam de jeito nenhum. –Diz Wanda. –Cada um tem seu tempo, isso não importa.

–Claro que não importa. –Fala Loki. –Ela é a joia mais poderosa mesmo sem treino.

–Loki! –Repreendo-o.

–O que foi? Sou o deus da mentira, mas falo a verdade de vez em quando.

–Não exagera. –Digo. –Fala, Jane. Qual a sua ideia?

Percebo nos olhos de Wanda que ela não parece muito feliz com a ideia, mas parece disposta a me deixar tentar já que estou sob supervisão dela.

–Quero que use seus poderes para o que de fato eles foram feitos pra fazer. –Ela diz.

–Como assim?

–Quero que mude a realidade.

–O quê?! –Wanda se prontifica furiosa.

–Calma! Eu não vou falar pra ela fazer a rotação da Terra inverter ou fazer o céu virar roxo. –Explica Jane. –Mas, quero que você tente transformar o vaso de cerâmica atrás de você em alguma coisa. Qualquer coisa.

–Eu... Eu não tenho ideia de como fazer isso. –Falo.

–Renee, se tem alguém que sabe como fazer isso, é você. –Diz Thor. –Fica tranquila.

Tusso pra limpar a garganta, voltando-me pro vaso há alguns passos de distância de mim. Ergo minha mão em sua direção, tento pensar em como fazer aquilo. Tento imaginar no que eu quero que ele se transforme. Talvez um travesseiro.

Isso. Um travesseiro. Assim o risco é menor, certo?

Fecho os olhos, respiro fundo, forçando minha mão a tomar alguma atitude quando um vulto vermelho escapa pelos meu dedos na direção do vaso de cerâmica e ele simplesmente quebra em mil pedaços fazendo-me tomar um susto com o barulho.

–Ops...

–Ainda bem que não era uma relíquia de família! –Sussurra Darcy.

–Não tem problema, tenta com os cacos. –Diz Jane ainda firme em sua ideia, mas a cada segundo Wanda parece mais hesitante em me deixar tentar.

Abaixo os olhos encontrando com os verdes de Loki. Era fácil me perder em seu olhar, mesmo tão distante conseguia ser mais penetrante que o tiro de um fuzil, me paralisava com facilidade. Ele assente com a cabeça pra mim, como se tentasse me encorajar.

Desvio o olhar dele com ferocidade, de volta para os cacos no chão sem saber ao certo o que fazer. Ou talvez eu saiba...

"Se tem alguém que sabe como fazer isso, é você" foi o que Thor disse e, em parte, ele estava certo. Mas, como? Como eu transformo algo quebrado em algo inteiro? Como eu desfaço a destruição que causei?

Fecho os olhos mais uma vez, mas dessa vez não aponto meu braço para os cacos, apenas as reuno próximas à minha barriga tentando concentrar alguma energia ali e, conforme sinto a vibração das moléculas se agitarem entre os meus dedos e o calor por eles, eu sei que há algo ali. Então, calmamente, direciono aquela luz vermelha para onde eu suponho que cacos no chão estejam.

Ainda de olhos fechados, franzo o cenho à medida que forço a magia a reagir da maneiro que quero, imagino... Imagino um...

–CONSEGUIU!

Abro os olhos desfazendo a magia em minhas mãos vendo à minha frente o vaso de cerâmica de 2 minutos atrás. Inteiro, perfeito, sem uma rachadura sequer. Perfeito.

–AI SIM! –Braveja Thor.

–MEU DEUS! CONSEGUIU! –Comemora Wanda.

–Parece que não foi tão difícil assim! –Fala Loki com um sorriso indecifrável no rosto, me observando.

–É... Acho que não... –Sussurro devolvendo o sorriso com uma imensa alegria dentro de mim por esse momento.

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