Capitulo 6

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~P.O.V. Renee~

A relva verde reluzia nos campos de flores da Coreia. O céu estava tão claro, quase não havia nuvens no céu. Era um lindo dia. Quente, úmido, perfeito pra eu, uma criança de 5 anos, brincar lá fora.

Ando pela casa, ainda esbarrando em alguns móveis. Nos mudamos recentemente pro interior da Coreia Do Sul, vivíamos no centro da cidade, no meio de toda a muvuca, mas algo aconteceu no meio da minha aula de artes que causou tudo isso. Um garoto tentou pegar a massinha com a qual eu brincava, então eu usei uma coisa mágica que sai das minhas mãos pra bater nele!

Depois disso, nos mudamos. Mamãe e papai disseram que as pessoas não me entendem, que não podem. Seus cérebros foram feitos para temer o desconhecido, e que ficar próxima a eles não seria muito bom.

Então, eu, minha mãe Kim, meu pai Taeyang e minha irmã mais velha de 10 anos, Rosé, nos mudamos pra cá, e admito que estou amando essa nova vida.

Corro pela casa despretenciosa, apenas esperando o minuto que Rosé entrará pela porta e nós poderemos finalmente ir lá pra fora correr nos campos, até que, enquanto ando pela casa feita de madeira, de decoração rústica, vejo uma mulher sentada no sofá. Parada, simplesmente olhando pra frente com as mãos apoiadas ao seu lado. Seu rosto era indefinido, um borrão preto, como se eu não conseguisse vê-lo ao certo, então, antes que eu possa falar algo ou chamar minha mãe, ela me chama.

–Oi, Renee! –Fala ela e eu fico assustada com seu tom de voz. Ela não me parecia alguém do bem, e eu realmente não me lembro de minha mãe ter falado algo sobre visitas hoje.

–Oi... –Respondo baixo ainda a distância.

–Não precisa ficar com medo, menininha! Não vou te machucar! –Ela diz, e eu engulo em seco fechando fortemente minhas pequenas mãos preparando-me pra qualquer coisa que ela faça. Foi o que meus pais me ensinaram, nada de poderes, a não ser que a família corra perigo.

–Quem é você? –Pergunto tentando soar intimidadora, embora como uma criança de 5 anos não tenha muito êxito.

–Eu ainda não posso lhe dizer quem eu sou, mas afirmo que ainda teremos muito tempo para nos conhecermos. Sei que seremos ótimas amigas!

–Por que você tem essa aparência?

–Por quê? Oh! Você entenderá com o tempo.

–O que faz na minha casa? –A cada pergunta não respondida eu fechava mais ainda minhas mãos potencializando a energia dentro dela sentindo uma gota de suor escorrer por minha testa.

–Renee, querida, logo seremos melhores amigas. Um dia você irá entender!

Em um rápido movimento ergo meu curto braço em sua direção dando um grito e abrindo as mãos deixando um vulto de energia ir em sua direção, quando então ela simplesmente desaparece e a energia se choca contra um vaso de cerâmica quebrando-o por inteiro e Rosé abre a porta de casa assustada me olhando perplexa.

–Renee?! O que está fazendo?! –Ela pergunta em choque.

–T-Tinha uma moça aqui, irmã. –Falo com medo dela não acreditar em mim, mas era a Rosé. Ela estava ali pra mim sempre que eu precisava, eu jamais mentia pra ela. Se eu falo que havia alguém ali, ela acredita.

–Quem?

–E-Eu não sei! Ela estava sentada bem ali, não tinha rosto, era sombria. Ela disse que seríamos melhores amigas, mas, eu não quero ser amiga dela, Rosé! Eu to com medo! –Choramingo segurando um choro sentindo o lábio inferior trêmulo, e minha irmã de 10 anos corre da porta em minha direção, largando sua mochila no chão e me envolvendo em seus braços abafando meu choro em seu abraço e sussurrando que vai ficar tudo bem.

As Joias do InfinitoWhere stories live. Discover now