Capitulo 18

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"Amiga, cê tava bebaça
Subindo na mesa
Virando garrafa

Amiga cê tava bebaça
Tomou tequila
Tomou cerveja
Tomou tudo
Tomou fora
Só não tomou vergonha na cara"
–Bebaça, Marília Mendonça

~P.O.V. Renee ~

Merda.

É a primeira coisa que passa pela minha cabeça quando aquela garrafa para. Aaliyah pousa seu olhar em mim com uma expressão vil e maliciosa. Boa coisa não vem dessa loira vingativa, é óbvio!

–Renee! –Ela chama com um tom de felicidade a mais na voz. –Diga-me, verdade ou desafio?

–Desafio. –Respondo na lata. Prefiro fazer qualquer coisa do que ter que falar algo que não estou a fim.

–Te desafio a ficar 7 minutos no paraíso, vulgo armário, com... –Havia várias pessoas naquela roda, mas sei exatamente quem ela vai escolher. –Matthew Bradshaw!

O mesmo apenas revira os olhos, com um sorriso debochado, claramente já sabia que ela iria escolhe-lo. Espremo os olhos, fuzilando-a com o olhar, mas não sou de recusar um desafio, então digo:

–Desafio aceito! –Dou uma pausa pondo-me de pé. –Venha Matt! E Lila, cronometra, por favor.

–Pode deixar!

Puxo o garoto pelo braço e ambos entramos no famigerado armário, trancando a porta e acendendo a luz bem baixo, de modo que não ficasse nem muito aceso, nem muito escuro.

Devido à quantidade de coisas dentro daquele espaço, que já era bem apertado, eu e Matt estávamos a poucos centímetros um do outro. Eu o encarava com certa curiosidade, já ele parecia ter certeza do que estava acontecendo.

–Então, a gente va...

Antes que eu possa terminar, sou interrompida por um beijo de supetão. Correspondo na mesma hora sentindo suas mãos se apoiarem em minha cintura e as minhas repousam em seu peito, subindo para seu rosto.

Não era ele.

Com toda certeza não era ele.

Não foi aquela boca que eu beijei no Beijo da Meia Noite.

A pegada não era a mesma nem de longe, o cheiro não era o mesmo e a boca definitivamente não era aquela.

Eu preciso descobrir quem foi o dono do melhor beijo que já dei em toda a minha vida, mas não sei como. Beijar cada garoto desse complexo não é uma opção definitivamente. Se não era Matt, quem era então?

Volto minha atenção para esse beijo que agora acontece, partindo-o em busca de oxigênio. Ou talvez apenas em busca do fim...

Nunca gostei de manter uma relação, por mais simples que ela seja, quando a minha mente não está totalmente naquela pessoa. E, agora, Matt não é o foco dos meus pensamentos.

–Ei! O tempo acabou, pombinhos!

Não espero muito pra abrir a porta e sair. Tento ir devagar para não demonstrar a minha pressa em sair daquela situação, ao mesmo tempo que rezo para meus pensamentos estarem bloqueados para ele.

Assim que saio troco olhares com a primeira pessoa que meus olhos avistam. Thomas.

Ele franze o cenho assim que me vê. Acabo percebendo que sou bastante expressiva e que quando algo me incomoda, meu rosto deixa isso bem claro.

Passo direto por ele, mas o mesmo me segue com o olhar até eu me sentar na poltrona a frente. As meninas continuam com o verdade ou desafio, mas eu não consigo ficar ali.

As Joias do InfinitoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora