blue boy, gilbert blythe

Af msattu

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Me perdi em meio as suas palavras, reparando na forma em que seus olhos se comprimiam quando dizia algo. Ador... Mere

.๐๐‹๐”๐„ ๐๐Ž๐˜
.๐‚๐‡๐€๐‘๐€๐‚๐“๐„๐‘๐’
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐ŸŽ 'uma viagem de barco
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ 'daniel pilpert
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ 'uma mulher elegante
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ‘ 'joseph e sally templeton
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ’ 'bonito, mas meio triste
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ“ 'torta de maรงรฃ
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ” 'acidente
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ• 'o que diabos รฉ isso?
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ– 'garotos
๐ŸŽ.๐ŸŽ๐Ÿ— 'vocรช รฉ um idiota
๐ŸŽ.๐Ÿ๐ŸŽ 'flutuando
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ 'pantomima
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ 'mar
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ‘ 'janela
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ’ 'violino
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ“ 'a primeira parte da festa
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ” 'a festa
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ– 'consegue me ver casando com alguรฉm?
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ— 'latente
๐ŸŽ.๐Ÿ๐ŸŽ 'confuso
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ 'coisas estranhas
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ 'uma parรกbola sobre um conto de abril
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ‘ 'espere por mim
0.24 'deverรญamos nos casar
๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ“ 'romance ligado ao fracasso
kind witch; ato dois
1.00 'apenas diga
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ 'sobre palavras arredias
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ 'dizendo
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ‘ 'sobre coisas que queimam o รขmago
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ’ 'respostas seguras
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ“ 'senti saudades de vocรช
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ” 'mary
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ• 'cartas & abraรงo
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ– 'aula na floresta
๐Ÿ.๐ŸŽ๐Ÿ— 'danรงa
๐Ÿ.๐Ÿ๐ŸŽ 'beltane
SAUDAร‡ร•ES, AMIGOS (detalhes importantes, casamento e um quase hot)

๐ŸŽ.๐Ÿ๐Ÿ• 'algo azul...

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Af msattu

.a distância é curta quando se tem um bom motivo

pedidos de casamento
1

Papai estava pensando em viajar para a Europa novamente. Dizia estar empolgado com as paisagens exuberantes da França — lugar o qual nunca visitamos antes —, e até me presenteou com um livro de imagens. Nele, deus do céu, várias imagens de esculturas e pinturas presentes no Louvre e da gigantesca construção da Torre Eiffel foram o estopim para que eu percebesse que Paris era divina.

No entanto, mãe não queria ir; sabia que se gostasse do lugar, jamais teria vontade de voltar para a claustrofóbica Avonlea — e ela estava se acostumando com a cidadezinha. Então eles dois discutiram, e estavam sem conversar há exatos três dias.

Ficou decidido que ele iria, e se eu quisesse, poderia ir também.

Era engraçado assistir às trocas de farpas, ainda que fosse irritante ter de lidar com dois adultos com comportamentos infantis.

Foi sobre isso que Joseph e eu conversamos enquanto voltavámos de Charlottetown. Passando por uma das pontes de White Sands, ele perguntou:

— Você quer ir?

— Não tenho tanta certeza, Joey. Acho que vou. Sinto que as pessoas daqui ainda não se acostumaram comigo ou com qualquer outra pessoa da família; respirar novos ares seria algo bom. E não será por tanto tempo assim. Talvez fiquemos um mês. Ou seis. Não sei.

— Será solitário sem você.

— Não é como se você não tivesse o Cole.

Templeton riu e continuou a guiar Jake, o cavalo. Apertei sua cintura e puxei o vestido mais para baixo — eu definitivamente sentia saudade das calças — enquanto cavalgávamos com as compras até Blue Fences, nossa casa.

White Sands ficava linda nessa época do ano. O senhor Slone, pai de Charlie, tinha um enorme jardim em frente ao quintal de casa; as flores estavam cobertas de neve. A senhora Slone estava sentada no balanço; coberta de um enorme casaco, tricotava algo parecido com um suéter quando passamos. Ela acenou para nós.

— Você acha que o casamento da Prissy e do senhor Phillips vai durar?

Mamãe me ensinou a não falar sobre o relacionamento alheio, mas era impossível não discutir sobre o estranho namoro dos dois. Era o assunto mais comentado de Avonlea; senhora Lynde, em uma de suas inoportunas visitas, disse à minha genitora que Priscila largaria os estudos para se tornar uma boa dona de casa e cuidar de seu marido. Porquê é isso que mulheres têm que fazer. E depois de suas muitas falas ridículas — você deveria alisar o cabelo, querida —, ela elogiou o bom trabalho do professor e disse que seria a nossa porta voz, uma vez que a família Leconte não estava completando inclusa na sociedade.

— Acho que a Prissy merece coisa melhor.

O assunto retornou quando paramos no clube de leitura que Anne havia organizado — no meio da floresta, Joe me deixou no meio da trilha e seguiu para Blue Fances. Ruby contava sobre um dos casamentos de suas muitas irmãs.

— E quando a minha irmã mais velha, Susan, foi pedida em casamento ele disse: "o pai me deu essa fazenda em meu próprio nome. O que acha, minha pequena? Quer se aventurar nessa comigo?". Você já ouviu algo parecido!?

Que arromântico.

— Só isso? — Anne tirou as palavras de minha boca.

— Anne, ele a chamou de minha pequena — Diana rebateu como se isso fosse um tópico importantíssimo.

— E então? — fiz menção de que iria vomitar, arrancando risos das garotas.

— Esse pedido foi tão amoroso quanto o senhor Phillips fazendo a chamada.

— A Jane disse que a Prissy está convencida de que vai acontecer a qualquer momento.

Anne e eu nos encaramos com desgosto. Revirei os olhos em seguida.

— Prissy — Diana começou —, você me deixa sem ar. Case-se comigo ou eu vou morrer sufocado por esse amor sem fim! Você me aceitaria, minha querida Ruby?

Olhamos a loira com espectativa.

— Não — Diana soltou um suspiro decepcionado e virou para frente. — Eu planejo ter vários namoros e ser pedida várias vezes só para deixar o Gilbert maluco antes de aceitar o pedido dele.

Me sinto péssima por Ruby. Como ela se sentiria ao saber que eu "estava" com Blythe? Segundo Anne, no ano passado as meninas tinham a fútil regra de não falar com garotos; mas nunca me avisaram sobre isso — ainda que eu definitivamente não fosse respeitá-la. Gillis se sentiria decepcionada ao ponto de não querer mais falar comigo?

Demorei semanas para conseguir manter um relacionamento adequado com algumas garotas da região, uma vez que a intolerância presente em cidades pequenas era maior do que qualquer outro lugar, e isso iria por água abaixo se eu dissesse a ela que beijei Gilbert? Pior, o que seria de mim se contassa à qualquer uma delas que eu estava definitivamente apaixonada por ele?

Deus do céu, meu peito doía só de pensar.

— Sua vez, Amélia — a loira sorriu para mim. Meu coração se despedaçou naquele instante.

— Bom — levantei e bati as mãos no vestido amarelado. Limpei a garganta e disse: — Minha doce e sensível Ruby, espero que entenda que meu amor por você é tão grande quanto a distância dessa galáxia à outra. Peço que considere minha coragem como um ponto a mais e que aceite meu humilde pedido: seja minha e serei sua. Case-se comigo.

As bochechas de Ruby coraram mas a resposta foi a mesma: não. Anne levantou-se em sua vez e começou a recitar o pedido:

— Pra você, eu contruirei um castelo; cada tijolo será forjado em meu coração com o fogo do meu amor transcendente — a ruiva se ajoelhou em frente à amiga e fingiu abrir uma caixinha. — Por favor, aceite esse primoroso anel de diamante. O que me diz?

Gillis reprimiu um gritinho fino, dizendo "SIM!" em seguida.

francês
2

Indo para escola, Joey me abandonou e foi em direção a casa de Cole. Caminhamos juntos, ele disse. Avisei à mãe dele que estávamos ensaiando para um monólogo; assim evitamos surpresas. Então passei na casa de Anne, na esperança de que pudéssemos ir juntas, e bati na porta animadamente.

— Olá, Amélia - Marilla me recebeu, a surpresa não era tanta quanto da primeira vez. — Como vai? Sua mãe está bem?

— Vou bem, obrigada. Ela está melhor do que nunca — sorri da melhor forma que pude e lhe estendi a cesta que carregava. — Mamãe pediu para trazer isto à senhora; ela disse sentir muito por não poder lhe acompanhar até a cidade. Fizemos esses biscoitos hoje mesmo, estão deliciosos. Espero que goste.

Anne não tarda a sair, enroscando seu braço no meu, caminhamos até o portão principal. O garoto francês que trabalhava em Green Gables acena com a cabeça antes de tirar a boina e dizer:

— Prazer senhorita. Tu es charmant —"És encantadora", engraçado de ouvir.

Merci, mon ami.

— Não sabia que falava francês, querida Amélia — Anne disse. — Oh, isso é tão extasiante; minha melhor amiga fala francês!

Ri de sua animação e caminhamos até a escola cantarolando.

— Diana, você é tão querida — Prissy analisava a moeda de cinquenta centavos que havia ganhado. Era de prata reluzente, britânica e novíssima em folha. — Obrigada, agora eu tenho tudo o que preciso para um casamento perfeito.

Estávamos em roda em frente a mesa de Priscila, que sorria feliz para os presentes que havia ganhado. Ela, tão animada quanto nas últimas manhãs, contava vagarosamente sobre os preparativos do casório. Estou tão animada!, disse. Meu vestido é perfeito! De organdi branco com mangas bufantes. Consegue imaginar algo mais bonito?, e a risada contagiante deixava a todas nós em profundo êxtase!

— Prissy, você tem um véu de noiva? — Anne perguntou.

— Eu vou usar o da minha mãe; é uma tradição da minha família.

Lembrei do enxoval de casamento de mamãe. Ela guardava tanto os lençóis quanto o vestido de casamento em um baú no sótão da casa — lugar onde nunca me atrevi a visitar —; uma vez, dissera me que seria meu quando me casasse (se quisesse me casar), e que faríamos os ajustes quando pedissem a minha mão.

— Deveria guardar essa moeda para repassar para suas filhas — Prissy sorriu animada com a ideia, apertando-a em sua mão. Os nós de seus dedos ficaram vermelhos graças a força com que os apertou.

Josie Pye chegou, olhando com nojo para algumas dê nós. Ela parou ao meu lado, mas evitou meu olhar; por fim, disse:

— O que estamos comprando?

Havia um ar de deboche na fala de Josie. Superioridade falsa.

— Diana trouxe uma moeda genuína para Prissy diretamente de Londres — Ruby respondeu com um risinho.

— Escrevi para meu primo há dois meses, assim que vi sobre o compromisso — Diana completou. — Estou contente de que tenha chegado a tempo.

Estava com saudades da Inglaterra, devo dizer. Do sol pálido e do inverno tempestuoso, do outono alaranjado e da primavera florida. Sentia saudades, principalmente, da minha antiga vizinhança, onde todos — e quando digo todos, quero dizer exatamente isso — viviam em harmonia. Pensei em conversar com papai e dizer "ei, deveríamos ir para Wimbledon outra vez", mas preferi ficar em silêncio.

— Algo antigo, algo novo... — Tillie começou.

— Algo emprestado, algo azul... — disse.

— E uma moeda de prata em seu calçado! — Anne terminou.

As meninas riram ao tempo em que Josie completou:

— Parece doloroso.

— Parece um feitiço mágico para felicidade.

Quando pensei em concordar, o barulho de algo, alguém, caindo no chão chamou minha atenção. Billy havia empurrado Cole, aparentemente, enquanto dizia "você deveria ter mais cuidado". Quis levantar da cadeira e bater em seu rosto até que ficasse em carne viva, mas não o fiz. Respirei fundo e estendi a mão para que meu amigo levantasse.

— Está se recuperando bem? — Gilbert, genuinamente preocupado (o que é fofo).

— Está quase bom, obrigado.

bash
3

— A área é igual a metade vezes a soma das bases multiplicada pela altura. É muito simples, comecem. — Sentada ao lado de Prissy, vi claramente quando o professor ignorou a fita amarrada em seu dedo anelar. Ela sorriu desanimada e voltou a olhar para o livro. Senhor Phillips passou pela fileira de garotos e deixou seu olhar demorar em Cole, dizendo em seguida: — O aluno que terminar por último, vai desejar... ter ficado em casa hoje.

Matemática me enjoava o suficiente para que eu pudesse abaixar a cabeça e reprimir o grito de ódio. Eu definitivamente não era boa nisso; era um terror em geometria — não poderia simplesmente desistir da matéria e esperar até que tivesse idade para herdar os bens das terras de papai?

O vento entrou de fortemente na sala, apagando o fogo da fornalha. Olhei para trás e vi Bash tirando a neve de seu chapéu.

— Sebastian! — falei com felicidade por vê-lo.

A porta se fechou atrás de si, mas ainda havia neve entrando pelas fresta. A sala, de repente, estava fria e parecia solitária com o silêncio que agora a ocupava. Estávamos apenas lá, encarando o nada num vazio absoluto. Eu odiava a quietude e momentos como aquele. E tudo o que se sucedia.

— Você não entra nessa sala — senhor Phillips logo se pronunciou. Levantei e parei ao lado do professor, prestes a xingá-lo.

— Sebastian o que está fazendo aqui? Está péssimo. — Gilbert interrompeu a minha linha de raciocínio, caminhando apressadamente até o amigo.

O barulho dos sapatos ecoou conforme chegou perto da entrada. Phillips ainda o encarava indignado, balbuciando coisas que não faziam sentido.

— Você não é bem-vindo aqui! — Billy afirmou com veemência. — Você tentou me matar na pantomima de natal.

Deveria ter matado.

— Eu também não sou bem-vinda aqui, mas olha só! — exclamei e tive certeza de que deveria, sim, ter esfolado o rosto dele.

— Se existe alguma ameaça aqui, é você, Billy Andrews.

Sorri para Anne e andei até o final do corredor.

O rosto de Bash estava inchado e roxo perto da boca. Como se tivesse levado um soco. Ou pegado uma infecção. Que diabos ele havia feito?

— O que aconteceu? — perguntej, me sentando ao seu lado. — Parece que te atropelaram com uma carroça.

— Acredite, eu preferia ter sido atropelado — ele iria rir, mas parou quando gemeu de dor. — Estou doente, mas aqui não tem médicos pra mim, foi isso que ele me disse.

Ele quem?

— Inacreditável! — A careta no rosto de Gilbert demonstrava seu descontentamento com o que acabara de ouvir. — Isso é... eu conheço um médico em Charlottetown. Eu vou te levar lá agora.

— Eu quero ir pro Gueto.

Blythe demorou a responder, então perguntei:

— O que é o Gueto?

— Não sei, mas me parece divertido.

O sotaque de Bash ficava mais forte quando pressionava o pano contra a boca.

— Bash, o gueto não é lugar pra você — ele disse. A voz oscilando quando olhou para mim e respondeu: — É triste, sem lei, cheio de pobreza e...

— Pessoas que são como eu — Bash o cortou. — Como nós, Amélia.

— Me desculpe... — ele passou a mão contra o rosto, apertando o nariz e franzindo o cenho. — Eu te levo. Primeiro deixe eu te levar ao médico que sei que poderá te ajudar. Não há tempo a perder. Eu te vejo mais tarde, Amélia?

Soou mais como um pedido do que uma afirmação. Ele levantou e colocou o casaco e depois me encarou. Juntei as sobrancelhas e disse:

— Sim, claro. Eu encontro vocês mais tarde.

Sebastian tentou sorrir, resultando em um gemido de dor. Bati em seu ombro direito e me despedi de forma desajeitada de Gilbert.

você e sua amiguinha quer subir na minha motinha?

o final tá ruim, depois eu arrumo.

cês que leram anne da ilha (ainda não cheguei nesse 😔) me respondam: roy era legal mesmo ou é só histeria coletiva?

isso mesmo. até depois

Fortsรฆt med at lรฆse

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