𝟎.𝟏𝟓 'a primeira parte da festa

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.na maior parte da história, o anônimo foi uma mulher

na maior parte da história, o anônimo foi uma mulher

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se você olhar nos olhos dele

1

— O quê? — perguntei sussurrando pela quinta vez desde que Diana tinha começado a falar. O plano havia dado certo, apesar de seus pais terem me olhando estranho, e agora estávamos discutindo sobre uma pessoa a mais. — Eu achei que fôssemos apenas nós.

Joseph sussurrou um "pare de drama" e sentou na parte de trás junto a Cole, que sorriu timidamente e virou o rosto para o lado oposto. Papai havia concordado com nossa ida, desde que voltássemos inteiros e que o moreno realmente cumprisse o trabalho que inventamos — parte do roteiro de Anne incluía uma oferta falsa de emprego. E não havia sido problema nenhum convencer Sally, uma vez que esta estava de acordo com tudo que meus genitores falavam.

A verdade é que, assim que puxei a bolsa e cumprimentei meus amigos, meu olhar se encontrou com o de Gilbert e eu paralisei no mesmo lugar. Não sabia que ele era o terceiro garoto que Diana havia arrumado, ainda que nenhuma das meninas, nem mesmo ele, haviam me avisado de nada. E isso não era ruim, era ótimo; eu só estava surpresa.

Ele continuava parado, sorrindo de forma engraçada para mim, enquanto acenava com uma das mãos.

Eu sorri de volta e encarei Diana novamente.

— Não finja que nada acontece entre vocês dois, é tão perceptível que chega a ter graça. E está óbvio que ele tem sentimentos por você — ela bateu em meu ombro de forma amigável e saiu andando na frente. Segurei a bolsa entre minhas mãos e a segui. Antes de abrir a porta para que pudéssemos entrar, virou e sussurrou: — E, quiçá, soasse menos exagerado se você o olhasse nos olhos.

Meu olhar automaticamente se tornou de indignação. Mas sorri e cumprimentei a todos normalmente.

A casa de Anne ficava há alguns poucos quilômetros dali. Não demoramos a buscá-la, muito menos a pegar a estrada novamente. E eu estava quase tão animada quanto ela, que me contava sobre seu vestido de mangas bufantes e perguntava sobre possíveis atrações que poderiam aparecer na festa.

casa da tia josephine
2

— Bem-vindas, queridas! — Tia Josephine nos cumprimentou com um abraço caloroso e um lindo sorriso. Era a primeira vez que eu entrava numa casa tão bonita quanto aquela. Cheia de pinturas e tão refinada. — Este vai ser o cenário do crime.

Ai, meu deus. O lugar estava estonteante, exalava exuberância. O salão, que eu julgava ser a sala de estar, era repleto de flores de todos os tipos que seguiam do teto até o chão de madeira brilhante. Era de um colorido tão intenso que eu não conseguia parar de olhar. E o cheiro? Deus sabe o quão gostoso estava.

blue boy, gilbert blytheOnde as histórias ganham vida. Descobre agora