SFOGARSI

Por FranFWotkosky

184K 12.1K 1.7K

Trilogia Europeus 1° ERLEBNISSE 2° SFOGARSI 3° INEFABLE Não é necessário ler o primeiro livro para que haja c... Más

Oi + Book Trailer
Personagens
▪︎ uno
▪︎ due
▪︎ tre
▪︎ quattro
▪︎ cinque
▪︎ sei
▪︎ sette
▪︎ otto
▪︎ nove
▪︎ dieci
▪︎ undici
▪︎ dodici
▪︎ tredici
▪︎ quattordici
▪︎ quindici
▪︎ diciassette
▪︎ diciotto
▪︎ diciannove
▪︎ venti
▪︎ ventuno
▪︎ ventidue
▪︎ ventitrè
▪︎ ventiquattro
▪︎ venticinque
▪︎ ventisei
▪︎ ventisette
▪︎ ventotto
▪︎ ventinove
▪︎ trenta
▪︎ trentuno
▪︎ trentadue
▪︎trentatré
▪︎ trentaquattro
▪︎ trentacinque
▪︎trentasei
▪︎trentasette
▪︎trentotto
▪︎trentanove
▪︎quaranta
▪︎quarantuno
▪︎quarantadue
▪︎ quarantatré
▪︎ quarantaquattro
▪︎ quarantacinque
▪︎ quarantasei
▪︎ quarantasette
▪︎ quarantotto
▀ finale

▪︎ sedici

2.9K 215 36
Por FranFWotkosky

O carro estaciona na frente da faculdade, desço do banco carona sem dizer sequer uma palavra a Carlos e começo a varrer meu olhar pelos diversos universitários que agora saem da instituição. A procuro com os olhos observando atentamente cada centímetro do lugar, logo a vejo passando pelo portão acompanhada de um rapaz enquanto ri alegremente. Engulo seco enquanto a vejo caminhar como se fosse em câmera lenta.

A menina ergue seu rosto e finalmente me vê parado em baixo de um sol escaldante a sua espera, nossos olhares se encontram e ela para seus movimentos fixando sua atenção em mim, a capixaba fica estática por alguns segundos até que o rapaz ao seu lado toca seu braço e ela parece cair em si, Lorena então começa a caminhar em minha direção juntamente com o jovem, fico petrificado observando-a se aproximar.

- Ei Luigi – cumprimenta ela com um sorriso fraco.

- Oi. Podemos conversar um pouco?

- Bruno nos encontramos amanhã, tudo bem? – diz ela se referindo ao seu amigo.

- Não amiga, meu ônibus ainda vai demorar trinta minutos. Posso ficar aqui com vocês – exclama ele aparentemente interessado no contexto do assunto que temos a tratar.

- Bruno! – Lorena chama a atenção do amigo – Eu disse que nos veremos amanhã.

- Tá bom, tá bom. Não precisa ficar nervosa – exclama ele – Tchauzinho – o rapaz finalmente se afasta nos deixando sozinhos.

- Quer conversar em um lugar mais calmo? – questiono.

- Não, estou com um pouco de pressa.

- Eu só queria que entendesse que não planejei aquilo. Foi uma fatalidade infeliz e farei o possível pra que nada daquilo aconteça de novo.

- Não se trata só disso Luigi, as coisas são muito mais profun..

- Lorena – a interrompo – Eu não tenho paz desde aquele maldito dia, penso em você o tempo todo e em como tudo poderia ter sido diferente entre a gente. Estou fissurado em você de uma forma que não sei explicar, é tão tóxico estar ligado a você dessa forma, mas eu não consigo evitar. Eu preciso de você, depois que provei sua companhia não consigo mais viver sem ela. Então por favor, por favor, não se afaste de mim agora.

Os olhos da menina começam a marejar, a capixaba olha para cima a fim de impedir que as lágrimas caiam.

- Ragazza não, não chore – peço – Estou aqui porque a saudade está me matando, quero saber o que aconteceu nos últimos dias, como está o trabalho novo, quero notícias da Amora e quero te ter de volta. Eu gosto muito de você.

- E quando acabar?

- Porque pensaríamos no fim? – rebato.

- Pois um dia essa hora vai chegar porque você é um homem casado, está em uma relação a mais de vinte anos. Tem noção que eu sequer era nascida quando se casou Luigi? – questiona com a voz embargada – Tudo nessa história tende a terminar mal e quanto mais tempo passar, mais difícil vai ser.. e se for pra ser assim, que acabe logo.

- Lorena..

- Eu não terminei – me interrompe – Sabe o que aquela “fatalidade” me fez perceber?

Lorena limpa a área molhada por lágrimas abaixo de seus olhos fazendo com que o órgão pulsante abaixo do meu peito esquerdo se reprima dentro de mim.

- Que sua vida extraconjugal nunca vai acabar e que daqui alguns meses ou quem sabe anos eu vou ser a próxima Sabrina.

- Não, isso não vai acontecer porque...

Antes que eu consiga terminar a frase um homem se aproxima de Lorena, ele se insere no meio de nós e a puxa para um abraço como se eu não estivesse aqui. A menina retribui o gesto e fico petrificado assistindo a cena que tanto me incomoda.
Cerro meus punhos assim que ele envolve a cintura dela com os braços erguendo um pouco seu corpo, sinto minhas mãos suarem e o ar me faltar enquanto o rapaz aperta a garota como se quisesse que aquele abraço nunca terminasse.

- Ah, oi – exclama assim que se afasta dela – Não vai me apresentar seu amigo Lorena? - diz ele me oferecendo a mão em um cumprimento.

Me mantenho calado e não retribuo o gesto, o desconhecido a minha frente recolhe seu braço aparentemente constrangido.

- Ele só parou para pedir uma informação, não o conheço.

Sua resposta me atinge como uma adaga afiada cravada em meu peito. Nesse momento o mundo se desvaneceu e pareceu perder sua cor, é como se tudo ao meu redor se partisse em pedaços aos meus pés e por pouco não perco meu equilíbrio.

Fico parado de forma patética vendo os dois se afastarem feito um miserável. A tristeza se alastra sobre o meu corpo de uma só vez, não consigo desviar o olhar da cena que tanto me machuca e permaneço aqui, imóvel.

Sinto um braço pesar sobre meus ombros, e eu respiro fundo sem tirar a atenção dos dois desaparecendo do meu campo de visão.

- Vamos embora amigo. Já fez o que podia, agora é hora de ir.

A voz de Carlos invade meus tímpanos fazendo com que eu volte a encarar a realidade, ele da um tapa em minhas costas e eu finalmente viro as costas.
Viro as costas para tudo aquilo, para o desconhecido que acabara de a tomar de mim diante dos meus olhos, para a dor que lateja em meu peito e para ela.

Assim que entramos no carro e nos acomodamos no banco Carlos da partida com o automóvel, permaneço calado sem me interessar no caminho que iremos seguir a partir daqui, minha mente só lateja o baque que acabei de ter e tudo em mim parece dormente.

°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°

Sentado na mesa de um bar qualquer no qual tinha vindo antes balanço o copo de whisky enquanto meu amigo fala de um assunto aleatório do qual não consigo prestar atenção.

- Luigi – chama ele e eu o olho – Você não vai sair da merda né?

- Acha mesmo que eu gosto de estar assim?

- Essa menina esta certa, isso ia acabar uma hora e quanto antes menos problemas. Olhe as coisas pelo lado bom! – aconselha.

- Me fale o lado bom, pois até agora não identifiquei sequer um.

- Você é charmoso, inteligente, saudável, além de ser o homem mais rico dessa cidade  – exclama na esperança de animar-me.

- Porra, que clichê! Não tinha nada melhor pra me falar?

- Você tem uma família que te ama, três filhos inteligentes e uma esposa que é louca por você. Irmão, você tem uma pessoa incrível ao seu lado, nem Lorena, nem qualquer mulher no mundo seria capaz de fazer por você metade do que Michela faz.

As indagações de meu contador tocam em mim da forma mais sensível possível. Minha família é tudo que tenho, meus filhos representam toda alegria que há em mim e são diariamente motivo de orgulho para mim, tudo que eu faço é por eles, toda minha luta e meus esforços são para garantir a eles o futuro mais promissor que possa existir. Já minha esposa é a 23 anos a mulher da minha vida, na alegria e na tristeza ela esteve aqui, na saúde e na doença também e eu a amo com todas as minhas forças.

Mas a Lorena é uma luz que irradiou na minha vida sem que eu esperasse, ela simplesmente apareceu e desmontou toda a minha estrutura. Pois a baixo meu juramento de não me envolver mais com outra mulher, me deixou completamente entorpecido com seu corpo e totalmente apaixonado.

Sim, eu sou apaixonado por ela.

- Quer desabafar? – questiona Carlos.

- Eu tive que contar até mil pra não socar a cara daquele filho da puta – esbravejo – Precisa ver o jeito com que ele tocou ela, apertou a pequena cintura dela com tanta força que meu mundo pareceu padecer ali, diante aquela cena.

- Pior que ele é um cara vistoso – opina – Eu assisti tudo lá do carro. O bonitão abraçando ela enquanto você estava lá parado com uma cara de tacho – Zomba ele soltando uma gargalhada em seguida.

- Eu achei que sua intenção era fazer eu me sentir melhor.

- Desculpa, mas foi engraçado.

- Va al diavolo!! – exclamo colocando o copo na mesa de forma bruta.

- Olha, olha. Não começa a me xingar em italiano que você sabe que não entendo porra nenhuma.

Permaneço calado perdido em meus devaneios, pego meu telefone e disco o número da menina. Abro a caixa de mensagens e penso no que eu poderia mandar para ela.

- Você não ta pensando em procurar ela, não é?

- Já se passaram algumas horas, com certeza a Lorena pensou melhor em tudo. Só quero saber como ela está.

Em um movimento rápido Carlos pega o celular de minha mão, tento recuperar o aparelho, mas é em vão.

- Qual o seu problema? – questiona enraivecido – A garota falou que não quer e você precisa respeitar isso.

- Era só uma mensagem – afirmo.

- Ela não que mais Luigi, ela simplesmente não quer – reforça – Para de agir feito um stalker maluco, reúne o resto de amor próprio que você tem aí dentro e esquece essa garota pelo amor de Deus.

Viro o resto de whisky que havia em meu copo de uma só vez e faço sinal para o garçom pedindo mais um.

A vida é mesmo uma porcaria.

▪︎  Va al diavolo!!: Vá para o inferno!!

°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°

Acho que o Luigi não ta muito legal não, viu! E vocês, o que acham da reação do nosso italiano a decisão da Lorena?

Interajam comigo, eu amo ler os comentários de vocês! ❤

Votem e comentem.. tento voltar ainda essa semana. 😍❤

Seguir leyendo

También te gustarán

772K 48.7K 134
Alex Fox é filha de um mafioso perdedor que acha que sua filha e irmãos devem a ele. Ele acha que eles têm que apanhar se acaso algo estiver errado...
506K 34.6K 31
Duas realidades diferentes têm como pano de fundo o nascimento de um grande amor... Lana Evans tinha tudo para não acreditar naquele tal de felizes...
4.3K 584 20
Jimin é o Príncipe de Amicitia e vive uma vida plena e pacífica no castelo de Somnium, porém, essa paz não durará para sempre. Após perder seu pai...
9.8K 331 15
Um encontro nada agradável e romântico,até porquê um roubo a banco não é bem como pessoas normais se amam,mas eles..pra eles isso é pouco! Talvez um...