▪︎ sedici

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O carro estaciona na frente da faculdade, desço do banco carona sem dizer sequer uma palavra a Carlos e começo a varrer meu olhar pelos diversos universitários que agora saem da instituição

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O carro estaciona na frente da faculdade, desço do banco carona sem dizer sequer uma palavra a Carlos e começo a varrer meu olhar pelos diversos universitários que agora saem da instituição. A procuro com os olhos observando atentamente cada centímetro do lugar, logo a vejo passando pelo portão acompanhada de um rapaz enquanto ri alegremente. Engulo seco enquanto a vejo caminhar como se fosse em câmera lenta.

A menina ergue seu rosto e finalmente me vê parado em baixo de um sol escaldante a sua espera, nossos olhares se encontram e ela para seus movimentos fixando sua atenção em mim, a capixaba fica estática por alguns segundos até que o rapaz ao seu lado toca seu braço e ela parece cair em si, Lorena então começa a caminhar em minha direção juntamente com o jovem, fico petrificado observando-a se aproximar.

- Ei Luigi – cumprimenta ela com um sorriso fraco.

- Oi. Podemos conversar um pouco?

- Bruno nos encontramos amanhã, tudo bem? – diz ela se referindo ao seu amigo.

- Não amiga, meu ônibus ainda vai demorar trinta minutos. Posso ficar aqui com vocês – exclama ele aparentemente interessado no contexto do assunto que temos a tratar.

- Bruno! – Lorena chama a atenção do amigo – Eu disse que nos veremos amanhã.

- Tá bom, tá bom. Não precisa ficar nervosa – exclama ele – Tchauzinho – o rapaz finalmente se afasta nos deixando sozinhos.

- Quer conversar em um lugar mais calmo? – questiono.

- Não, estou com um pouco de pressa.

- Eu só queria que entendesse que não planejei aquilo. Foi uma fatalidade infeliz e farei o possível pra que nada daquilo aconteça de novo.

- Não se trata só disso Luigi, as coisas são muito mais profun..

- Lorena – a interrompo – Eu não tenho paz desde aquele maldito dia, penso em você o tempo todo e em como tudo poderia ter sido diferente entre a gente. Estou fissurado em você de uma forma que não sei explicar, é tão tóxico estar ligado a você dessa forma, mas eu não consigo evitar. Eu preciso de você, depois que provei sua companhia não consigo mais viver sem ela. Então por favor, por favor, não se afaste de mim agora.

Os olhos da menina começam a marejar, a capixaba olha para cima a fim de impedir que as lágrimas caiam.

- Ragazza não, não chore – peço – Estou aqui porque a saudade está me matando, quero saber o que aconteceu nos últimos dias, como está o trabalho novo, quero notícias da Amora e quero te ter de volta. Eu gosto muito de você.

- E quando acabar?

- Porque pensaríamos no fim? – rebato.

- Pois um dia essa hora vai chegar porque você é um homem casado, está em uma relação a mais de vinte anos. Tem noção que eu sequer era nascida quando se casou Luigi? – questiona com a voz embargada – Tudo nessa história tende a terminar mal e quanto mais tempo passar, mais difícil vai ser.. e se for pra ser assim, que acabe logo.

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