▪︎quarantuno

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— Não pode estar falando sério – fala me encarando aparentemente atordoado

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— Não pode estar falando sério – fala me encarando aparentemente atordoado.

— Ainda subestimando minha inteligência querido italiano?

— Eu não entendo – seus olhos começam a marejar fazendo com que um resquício de culpa se espalhe sobre mim, mas imediatamente me forço a livrar-me do sentimento — Sempre soube que eu era um homem casado e de uma hora para outra decidiu acabar com meu casamento Lorena?

— Eu não precisei me esforçar Luigi, você fez isso sozinho – afirmo me servindo com um pouco mais de vinho — Afinal, nunca te amarrei na cama ou te forcei a ficar comigo, não é?

— As coisas não deveriam ter acontecido desse jeito! – esbraveja levantando-se da mesa.

— Não mesmo – concordo — Mas era bastante injusto enganar sua mulher daquela forma e me deixar naquela situação enquanto você estava na sua zona de conforto com duas mulheres incríveis o amando loucamente.

— Nunca se tratou disso Lorena – me rebate — A Michela foi minha esposa por 23 anos, temos três filhos e toda uma história. E quanto a você, eu me apaixonei feito um louco e mesmo dentro das minhas limitações fiz o meu melhor pela gente.

— Convenhamos que o seu melhor era muito pouco.

— Como pode dizer isso?

— Não é mentira – exclamo me levantando e ficando frente a frente com ele — Eu merecia muito mais do que você me deu.

— Você sabia todas as minhas limitações quando se envolveu comigo.

— Isso não significa que eu era obrigada a caber no lugar pequeno do qual você tentou me encaixar.

— Eu nunca imaginei que fosse capaz de fazer uma coisa dessas.

— Eu também nunca imaginei que o homem que me jurou amor um dia diria a alguém que eu não sou importante e que eu não passava de uma mulherzinha qualquer.

— Do que está falando? – pergunta com um olhar confuso.

— Eu ouvi tudo que disse ao seu filho e gravei cada uma daquelas palavras dentro de mim. No mesmo instante entrei em contato com um amigo e ele me ajudou com tudo.

— O meu filho viu a gente se beijando na minha sala. O que queria que eu fizesse?

— Eu não sei! – exalto minha voz fazendo com que toda postura fria que eu estava mantendo caia sobre terra — Você dizia que me amava e na primeira oportunidade me diminuiu deixando-me do tamanho de um grão de terra.

— Eu não podia dizer ao Giovani a verdade, é o meu filho!

— No lugar de ser sincero e acabar de vez com todo o caos que estávamos vivendo você escolheu me humilhar – lágrimas começam a escapar dos meus olhos — Nunca vou me esquecer da sua voz proferindo que eu não significava nada.

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