LINDSAY GRIER
Ouço a buzina do carro de Maloley e suspiro, ansiosa e empolgada. Desço as escadas rapidamente e ao parar no último degrau, pergunto a minha mãe:
— Como eu estou? — dou uma voltinha, sorrindo.
Eu usava uma bandana no peito em forma de um top que Faith havia me emprestado há algum tempo e eu esqueci de devolve-la, uma calça americana preta e um tênis igualmente preto da vans. Minha maquiagem era leve e eu decidi não fazer nada no meu cabelo.
— Está linda, filha. — ela dá um beijo na minha testa — Mas deveria pegar um casaco, vai esfriar. Quando irei conhecer o prometido?
É claro que eu não havia falado que era Nathan por motivos óbvios de minha mãe diria para meio mundo que eu estou namorando com ele, coisa que não é verdade.
— Não sei, talvez amanhã, talvez nunca. — digo, rindo — O casaco fica para a próxima. O que achou, Griley? — pergunto para a gatinha que estava com Nash, ela miou ao ouvir seu nome e eu sorri — Volto antes da onze.
— Juízo, Lindsay. Não quero netos agora! — ela avisa e eu reviro os olhos.
— O quê? Eu vou ganhar um sobrinho? — Nash dá um sorriso sarcástico e eu mostro meu mais sincero dedo do meio à ele, antes de abrir a porta e sair por ela.
Vejo o olhar de Nate — que estava encostado no carro, mexendo no celular — subir e ao me ver abrir um enorme sorriso.
— Hey, babe. — digo e dou um beijo rápido em seus lábios — Você não está nada mal.
Ele estava com a sua típica calça skinny preta, uma blusa branca e a sua jaqueta preta, porém hoje seu cabelo que já estava enorme estava preso em uma espécie de rabo de cavalo, que o deixava cem vezes mais atraente.
— Isso era para ser um elogio? — ele pergunta, rindo e eu dou outro beijo em seus lábios, soltando uma risada — Você também não está nada mal. Vamos?
Assinto e entro no banco do passageiro, enquanto Nate faz o mesmo. Colocamos nossos cintos e logo ele começa a dirigir pelas estradas de LA, iluminadas apenas pelos postes de luzes, os faróis dos carros e a luz da lua.
Ao som de uma música jazz, eu olhava a vista que passava em segundos pelos meus olhos e senti o toque quente de Nate, entrelaçando nossas mãos. Ele me lança um sorriso de lado o qual aquece todo meu coração e minutos depois, ele estaciona o carro no grande estacionamento do parque de diversões.
De longe eu já podia ver a roda-gigante e algumas das montanhas russas, causando uma animação em todo meu corpo. O lugar parecia enorme e bem iluminado.
— Isso é tão legal! — confesso, saindo do carro e dando pulinhos, ansiosa.
Nate dá risada e entrelaça nossas mãos novamente, me puxando para dentro daquele paraíso cheio de luzes coloridas e música animada.
— Você quer ir aonde primeiro? — ele pergunta.
— Óbvio que a maior montanha-russa! — digo e o puxo em direção a fila da mesma, que estava um pouco longa.
— Tem certeza? A gente podia ir no carrinho bate-bate, né? — ele coça sua nuca.
— Está com medo por acaso, Maloley? — pergunto, o olhando debochada — Você não tem medo de brigar com o David e os amigos dele, mas tem medo de uma montanha-russa? É isso mesmo?
— É claro que não. — ele ajeita sua postura e eu rio, o olhando de relance. Eu sabia que ele estava mentindo, pela sua perna balançando ansiosamente na fila.
Após menos de dez minutos de fila, entramos na montanha-russa e colocamos firmemente nossos cintos. Assim nossos carrinhos começam a subir e subir, chegando perto da queda e eu sorri, animada.
— Por que eu aceitei isso mesmo? — Nate me lança um sorriso amarelo, olhando o quão alto nós estávamos.
— Vai ser legal, amor, relaxa. — digo, já vendo a queda.
— Amor? — Nate abre um sorriso enorme, que é substituído por seus cabelos voando e uma cara desesperada ao ver que agora estávamos em pelo menos cem por hora, em dezenas de curvas — Lindsay, sua filha da puta!
Gargalhei ao ouvir os diversos gritos desesperados de Nate e segurei em sua mão, sentindo o frio na barriga e não sabia se era por causa da velocidade que estávamos ou o garoto ao meu lado.
Após a montanha-russa parar e nós sairmos daquele brinquedo, eu olhei para Maloley e vi seus cabelos para o alto e sua cara de quem acabou de quase morrer. Soltei uma gargalha, bagunçando ainda mais seu cabelo.
— Você pareceu uma garotinha, que bonitinho! — provoquei.
— Ha-ha-ha. — ele forçou uma risada.
[...]
Já eram quase dez da noite e eu e Nate já havíamos ido em todos os brinquedos daquele parque pelo menos duas vezes e ele estava prestes a fechar.
Uma brisa fria bateu em nós e eu senti todos os pelos do meu braço e barriga se arrepiarem. Deveria ter escutado minha mãe e pegado um casaco. Vejo Nate tirar sua jaqueta de couro preta e me entregar, me fazendo o olhar confusa.
— Eu sou um cavaleiro também, ok? — ele diz e eu rio, colocando a mesma e sinto o seu cheiro forte de seu perfume. Era bom.
— Vamos comprar um algodão-doce? — pergunto.
— Claro! — sorrio, o puxando para a barraca e entramos na fila.
O parque estava esvaziando cada vez mais e eu via os diversos casais andando ou até mesmo as crianças correndo de um lado para o outro.
— Hoje foi muito especial, Lind. — ele disse, me olhando e eu sorri. Acabei olhando para atrás dele, onde eu vi a última pessoa que eu queria ver. — Eu realmente gostei e você?
— Bloom. — sussurro.
— Quê? Eu perguntei se você gostou...
— Bloom! — exclamo.
— O que ela tem haver? — ele perguntou, confuso.
— Não, a Bloom está aqui! — o puxei para atrás de algumas outras barracas, nos escondendo.
Nate olha para onde eu olhava, tendo a visão de Bloom e outro garoto o qual eu deduzo ser Matthew comendo um cachorro quente e rindo.
— Isso foi por pouco. — me viro para ele, estávamos grudados pela falta de espaço para nos esconder. Era bom saber que ele se preocupava também em nos esconder dela — Você não respondeu a minha pergunta...
— É claro que eu gostei, Nate. Foi perfeito. — respondo e dou um sorriso sincero, juntando nossos lábios num beijo lento.
彡
é cedo demais para começar a contagem para o final de bad boy????
o que vocês estão achando?