SFOGARSI

By FranFWotkosky

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Trilogia Europeus 1° ERLEBNISSE 2° SFOGARSI 3° INEFABLE Não é necessário ler o primeiro livro para que haja c... More

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Personagens
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▪︎ due
▪︎ quattro
▪︎ cinque
▪︎ sei
▪︎ sette
▪︎ otto
▪︎ nove
▪︎ dieci
▪︎ undici
▪︎ dodici
▪︎ tredici
▪︎ quattordici
▪︎ quindici
▪︎ sedici
▪︎ diciassette
▪︎ diciotto
▪︎ diciannove
▪︎ venti
▪︎ ventuno
▪︎ ventidue
▪︎ ventitrè
▪︎ ventiquattro
▪︎ venticinque
▪︎ ventisei
▪︎ ventisette
▪︎ ventotto
▪︎ ventinove
▪︎ trenta
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▪︎ trentaquattro
▪︎ trentacinque
▪︎trentasei
▪︎trentasette
▪︎trentotto
▪︎trentanove
▪︎quaranta
▪︎quarantuno
▪︎quarantadue
▪︎ quarantatré
▪︎ quarantaquattro
▪︎ quarantacinque
▪︎ quarantasei
▪︎ quarantasette
▪︎ quarantotto
▀ finale

▪︎ tre

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By FranFWotkosky

Receber a ligação dela hoje foi definitivamente uma das melhores surpresas que eu poderia ter, os últimos dias foram tórridos e cheios, meus compromissos profissionais vem sugando todas as minhas energias e no meio de tanto caos tentar ser um pai presente para três adolescentes torna tudo ainda mais difícil.
A Costatine exige todo meu foco e atenção, qualquer passo em falso pode resultar em um prejuízo milionário levando em consideração a concorrência acirrada, onde há um jogo sujo e corrupto do qual me recuso a me render, essa resistência tira toda a minha paz, pois estar dentro dos trâmites da lei brasileira sendo um empresário no país é uma tarefa bastante difícil.

Estaciono o carro na frente da faculdade, com os vidros ainda erguidos varro meu olhar sob o lugar, procurando-a e logo meus olhos a encontram. Parada próxima ao portão mexendo em seu celular, uma alça de sua mochila pendurada em um dos seus ombros, ela veste uma calça jeans e uma regata branca com um desenho colorido estampado no busto, o vento da manhã toca seu cabelo e o envolve em seu rosto angelical, pareço ver tudo em câmera lenta, cada detalhe da garota é avidamente percebido por mim, minha percepção não permite que nada escape dos meus olhos.

Abaixo o vidro do banco carona e aperto a buzina duas vezes seguidas, a garota dirige sua atenção ao som e caminha até o carro, sorrindo. Me sinto nervoso, minha mão soa e eu pareço estar prestes a me desmanchar a qualquer momento.
A muitos anos uma mulher não me proporcionava tais emoções, isso é estranho para mim.

Lorena abre a porta do carro e logo se acomoda, coloca sua mochila em seu colo e encaixa o cinto de segurança em volta do seu corpo, observo tudo atentamente e a menina sorri quando percebe o meu olhar de fascínio.

- Me desculpe, sua beleza me deixa desconcertado e eu não consigo disfarçar. Te deixei constrangida?

- Não, está tudo bem - responde entre risos - Eu gosto do jeito que me olha, parece que há algo interessante em mim.

- Você é incrivelmente bonita - digo olhando-a atentamente - Meu Deus, preciso me reestruturar se não vai achar que sou louco.

- Nunca me elogiaram dessa forma - confessa surpreendendo-me.

- Como? - questiono - Não pode estar falando sério.

Finalmente dou partida com o carro, me recomponho e começo a prestar atenção no percurso.

- Para onde pretende me levar? - ela muda de assunto parececendo não ter uma resposta para me dar.

- Estava pensando em um restaurante muito bom que fica a alguns quilômetros do centro da cidade, o que acha?

- Por mim tudo bem - concorda.

Seguimos o restante do percurso em uma conversa suave, Lorena não parece estar retraída com minha presença, apesar dela passar a imagem de uma jovem tímida me provou não ser assim, ao menos não comigo.

Logo avisto o restaurante, estaciono na garagem subterrânea do mesmo, mas antes de sair do carro algo parece retrair a jovem, a observo sem entender e ela abaixa o olhar.

- Aconteceu alguma coisa? Não gostou do lugar?

- Aqui é muito sofisticado, olhe como estou vestida..

- Você está linda, o que há de errado?

- Estou de calça jeans e regata, sem levar em consideração meu tênis. Não estou vestida a rigor, vão rir de mim..

- Ninguém ousaria rir de você Lorena, está linda e sequer reparariam na sua roupa. Ainda assim, se não se sente a vontade podemos fazer outra coisa, ou ir a outro lugar..

- Eu realmente não queria desfazer nossos planos, mas não consigo me sentir bem..

Ajusto o cinto novamente em volta de meu corpo e dou ré com o Jeep saindo da garagem.

- O que sugere? - pergunto sorridente enquanto volto a dirigir.

- Estacione na próxima esquina, eu sei o que fazer.

- E não vai me contar?

- Se importa de comermos dentro do seu carro?

Sorrio com a ideia, sempre fui metódico e cuidadoso com meus bens, principalmente meu carro, mas sequer por um momento passou pela minha cabeça recusar a proposta da garota, comer dentro do meu automóvel nunca me pareceu uma ideia tão boa.

- Eu acho que seria ótimo - concordo estacionando onde a garota pediu, ela simplesmente sai do carro sem cerimônia me virando as costas.

A capixaba bate a porta atrás de si e caminha até um restaurante localizado no lugar, olho curioso e a menina some assim que adentra a porta do espaço. Espero alguns minutos e ainda não a vejo, agoniado com a espera saio do carro e caminho até o estabelecimento, a primeira visão que tenho é da morena no caixa com uma sacola branca de plástico na mão, caminho até ela e me coloco a sua frente, pagando o pedido antes que a jovem o fizesse.

- Você realmente não precisava fazer isso - diz enquanto caminhamos juntos de volta para o carro, pego a sacola de sua mão e Lorena me lança um olhar frustrado.

- Por favor, não fique brava comigo. Me dê a oportunidade de ser um cavaleiro, é nosso primeiro almoço juntos - estendo minha mão e um sorriso escapa de seus lábios, sua mão toca a minha e então voltamos juntos para o carro.

Dou partida mais uma vez, agora seguimos em silêncio, estaciono o Jeep em uma rua calma e pacata, nos entreolhamos e ela pega a sacola em meu colo,em seguida me entrega uma embalagem descartável e fica com a outra. Abro o recipiente e institivamente olho curioso para a comida presente ali, Lorena começa a rir da minha expressão e eu me sirvo usando o talher de plástico.

- Isso é bom - digo após terminar de mastigar, limpando minha boca com um guardanapo de papel - Um pouco gorduroso demais, mas bom.

- Então é a primeira vez que o senhor come uma marmita?

- É, acho que sim - ela começa a gargalhar enquanto eu me sirvo mais um pouco - O que tem nesse macarrão? Está muito bom!

- Corante, alho e óleo, muito óleo - dou de ombros e continuo comendo enquanto Lorena faz o mesmo - Estou dentro de um carro, comendo marmita com o dono da maior indústria da região. Nem em mil anos me imaginei tendo uma experiência como essa.

- Está sendo tão ruim assim? - questiono trampando o recipiente de plástico já satisfeito.

- Está sendo muito bom, a sua companhia é incrivelmente boa - Lorena pega nossos recipientes e guarda na sacola, juntamente com os talheres de plástico - Acho que esperava um almoço melhor, mais formal, me desculpe ter arruinado tudo.

- A anos eu não me divertia tanto em um almoço, obrigada por isso.

- Me fale mais sobre você, me conte um pouco da sua história - pede ela enquanto termina de limpar os cantos da boca com um guardanapo de papel.

- Me mudei para o Brasil a exatos dezenove anos juntamente com minha esposa, éramos recém casados, queríamos nos desprender da influência das nossas famílias na Itália e construir uma nova história. Com ajuda dos meus familiares construí a Costatine, minha esposa comprou uma grife e enfim nos estabilizamos. Hoje sou pai de três filhos, todos brasileiros nascidos aqui no Espírito Santo, duas meninas e um rapaz, ambos adolescentes e uma deles adotada, Gabriela de quatorze anos, os outros dois são gêmeos Antonella e Giovanni com dezesseis anos - respiro fundo quando paro de falar e dirijo meu olhar a ela - Sua vez, o que tem para me contar sobre você?

- Sou filha de uma família cristã e um pouco conservadora, me desprendi da religião a mais o menos um ano e venho tentando me descobrir desde então. Namoro a três anos, moro com meu pai, minha avó, minha mãe e meu irmão, estou no terceiro período de pedagogia e gosto da cor azul..- ela parece tentar reorganizar seus pensamentos para então prosseguir - Venho tendo alguns problemas quanto a minha identidade, coisas e pessoas que antes me faziam bem hoje já não fazem mais, mudei muitas das minhas percepções, sinto que amadureci e isso vem me incomodado, também incomoda todos aqueles que estão a minha volta e que me conheciam antes disso.

- Você está se desconstruindo Lorena, isso se chama desconstrução. Um processo nada agradável, que nos tira da nossa zona de conforto e nos faz repensar tudo que tínhamos como concepção antes.

- Então você me entende?

- Eu acho que sim, já passei por isso. O conselho que te dou é: não se sinta culpada, viva esse momento com a maior intensidade que puder, porque é uma dádiva, não são todos que tem a possibilidade de passar por essa metamorfose e você está sendo agraciada com isso, aproveite.

- Você parece entender e compreender em mim tudo que eu tento explicar para as pessoas que me rodeiam e não tenho sucesso. É tão bom finalmente ser ouvida - a menina diz me penetrando com o olhar.

Sem pensar muito estendo o braço, tocando seu rosto carinhosamente com minha mão, acariciando o local. A morena fecha os olhos com meu toque e eu continuo com o singelo movimento sob sua pele.

- Você é tão linda ragazza, pareço estar enfeitiçado - seus olhos se abrem e me fitam como duas grandes jabuticabas, damos início a um contato visual inquebrável, no qual nossos olhares parecem conversar entre si, conseguimos dizer um ao outro tudo que sentimos durante aquele momento sem precisar proferir sequer uma palavra - Eu posso beijar você?

Ela não me responde, apenas aproxima seu tronco de mim, lentamente, logo nossos rostos estão frente a frente, minha mão permanece no mesmo lugar e logo nossos lábios se encostam pela primeira vez. Uma onda de calor parece se espalhar sob meu corpo, cada centímetro dele se arrepia quando a maciez daquela boca toca meus lábios.

Sem que eu possa controlar minha mão desliza até a nuca da garota, meus dedos se entrelaçam em seu cabelos e involuntariamente eu aperto o local, chocando nossas bocas com pressão, deixando de lado o contato singelo e tímido de antes. Sua língua invade o beijo e eu imediatamente correspondo, logo apoio minha outra mão em seu rosto tentando de alguma forma a deixar ainda mais próxima a mim, sedento por mais dela. Afasto nossos rostos em um movimento rápido, Lorena me olha sem entender minha atitude e eu fecho os olhos tentando encontrar minha sanidade.

- Por favor, me peça pra parar agora, depois eu não conseguirei mais - peço.

- Luigi - ouvir ela proferindo meu nome me faz abrir os olhos - Por favor não pare.

Suas palavras me livraram do resto de juízo que eu ainda tinha, agarrei seus cabelos mais uma vez e os puxei para trás deixando seu pescoço livre, comecei a beijar a região, espalhando beijos molhados pelo local, a ouço arfar, sua respiração passa a ficar pesada com o contato, então volto minha atenção a sua boca, tomando-a mais uma vez. Seus braços envolvem minha nuca me trazendo para mais perto ainda, deslizo minhas mãos até sua cintura, apertando o local tentando colar ainda mais nossos corpos.

Meu membro já se encontra totalmente enrigecido, sendo apertado pela cueca e calça social, incomodando-me. A tensão sexual presente no pequeno espaço parece transpirar por nossos poros, enquanto eu puxo seu cabelo sem pudor algum sua língua encontra a minha em beijo molhado e sedento.

Gradativamente Lorena afasta seu rosto do meu, tiro minha mão de seus cabelos e vejo o quanto os dexei desgrenhados e desarrumados. Tentamos realinhar nossa respiração que parece falha, sorrimos um para outro e nos encaramos por mais alguns segundos, tento arrumar seu cabelo e falho miseravelmente, a garota ri vendo minha tentativa e eu finalmente desisto.

- Eu acho melhor ir para casa agora - diz ela desviando seu olhar.

- Está bem, vou levar você.

- Não, melhor não. Da última vez meu namorado quase viu você e eu prefiro não correr o risco..

- Está bem, se prefere assim tem um ponto de táxi logo ali e você pode pegar um - digo tentando realinhar minha blusa social - Pode me passar seu telefone? Eu gostaria de te ver mais vezes.

- Luigi, não podemos repetir o que aconteceu aqui - as palavras da menina parecem destruir um muro de expectativas que eu tinha criado sobre possíveis outros encontros - Eu tenho namorado, você é casado.. Eu queria muito que se repetisse, mas não é certo, não podemos fazer isso outra vez.

- Está bem - respondo apenas - Um táxi acabou de estacionar logo ali - digo apontando para o carro.

Saio do Jeep e a menina faz o mesmo, ando a sua frente fazendo um sinal para que o taxista espere. Dou o endereço ao homem e pago a corrida, Lorena me lança um olhar de reprovação e eu simplesmente ignoro. Abro uma das portas do banco traseiro para que ela entre, antes de se sentar toco seu braço e ela me olha.

- Se mudar de ideia, e eu realmente espero que isso aconteça, sabe onde e como me procurar.

Ela me responde apenas com um sorriso e adentra o veículo, fecha a porta e eu fico parado, vendo o carro dar partida frustrado e atordoado.

Eu não deveria me importar tanto com o fato dela não querer me ver outra vez, afinal, está certa, além de tudo tenho uma família a zelar. Mas deixar Lorena ir parece um sacrifício, eu a quero por perto e realmente não sei se estou disposto a deixá-la se afastar de mim.

°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°

Mais um capítulo pra fechar o final de semana com chave de ouro, agora nos veremos na terça como combinado. bem?

Então bom restinho de domingo, se gostaram do capítulo me contem, por favor.. votem e comentem.. até terça! ❤

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