LINDSAY GRIER
O carro preto de Maloley cheirava a maconha e cigarros e nos bancos de trás, até haviam algumas garrafas de vodka e whisky e se eu soubesse que eu teria que aguentar quinze minutos naquele inferno do lado daquele garoto, eu teria ido de ônibus.
Abri o vidro do seu carro e respirei o ar — não tão — puro de Los Angeles, na tentativa de tirar aquele cheiro das minhas narinas.
— O que foi? — ele perguntou, rindo levemente e deu uma tragada em seu cigarro, soltando o ar lentamente.
— Não posso abrir o vidro agora? — rebato. Quando estava com Maloley toda a pouca paciência que eu tinha sumia e eu só sentia vontade de socar seu rosto. Eu odiava essa sensação, pois ele sabia disso e parecia me provocar para ver qual é o meu limite.
— Acho que você não tem um dia de bom humor... — ele admite, prestando atenção na estrada.
— Por que acha isso? — pergunto.
— Você está grossa todos os dias. — ele explica com um ar óbvio.
— Você tem o poder de estragar meu dia, então, não, eu nunca estou de bom humor com você. — respondo e ele riu levemente me fazendo sorrir de lado e virar minha cabeça para o lado de fora.
Em poucos minutos o carro encostou e eu sai rapidamente dele, vendo uma casa de madeiras escuras. Não parecia ser grande e muito menos nova. Talvez fosse a cor e a árvore um tanto quanto seca que dava um ar antigo aquele lugar.
Na frente da casa, havia algumas garrafas quebradas e um carro antigo com uma janela quebrada.
— Droga. — ouço Nathan murmurar.
— Algum problema? — pergunto vendo o olhar desconfortável do moreno para o carro e dentro da casa.
— Só tenta não fazer muito barulho quando entrarmos, tudo bem? — ele diz e eu concordo, estranhando.
Ele virou a maçaneta da porta da frente e adentrou silenciosamente a casa comigo atrás de si. A televisão mostrava um jogo de hóquei e deitado no sofá, um homem com alguns fios de cabelo branco e olheiras horríveis que dormia babando no sofá com uma garrafa de whisky na mão.
Deve ser o pai de Nathan.
Voltamos a andar, mas a madeira antiga rangeu fazendo um barulho alto e quando olhamos para trás, o pai de Nathan acordava, colocando a mão na cabeça. Estava com ressaca provavelmente.
Ele me olhou da cabeça aos pés e depois disse:
— Por que não me apresentou sua namorada da semana, Nathan? — ele pergunta com a voz um tanto embolada e vem até mim, estendo sua mão — Sou Carl, pai desse garoto aí.
— Prazer, sou Lindsay. — apertei sua mão, sorrindo simpática — E eu não sou a namorada do Nathan.
— Que bom. Pelo menos sabe que ele é um merda. — ele diz rudemente e eu arregalo levemente os olhos.
— Nós vamos estudar. Vê se não enche nosso saco. — Maloley responde no mesmo tom.
— Se vão transar, deixa eu participar? — Carl diz rindo e dá outro gole na sua bebida.
— Como? — pergunto chocada e enojada.
— Cala a boca, Carl. Vamos, Lindsay... — Nathan diz firmemente, puxando minha mão para a parte de cima da casa enquanto ouvíamos ele pedir para participar de um possível ménage — Ignora. Ele é só um alcoólatra idiota. — ele diz após fechar a porta de seu quarto que ao contrário da casa era mais limpo e arrumado.
— E louco. — completo, vendo um retrato de Nathan criança com uma mulher mais velha. Suponho que sua mãe.
— Vamos começar? — ele pergunta.
— Claro!
彡
capítulo meio nhe mas ok