She keeps me warm

By lotusfl0wer

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Valéria Monteiro é uma mulher poderosa, dona da maior rede de seguros do Brasil, mãe de Lorena, uma garotinha... More

capítulo 1
capítulo 2
capítulo 3
capítulo 4
capítulo 5
capítulo 6
capítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 13
capítulo 14
capítulo 15
capítulo 16
capítulo 17
capítulo 18
capítulo 19
capítulo 20
capítulo 21
AVISO
NEW YEAR'S RESOLUTION
capítulo 22

capítulo 12

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By lotusfl0wer

A ruiva havia desmaiado na sala de sessões porém acordou rápido, mesmo que ainda tenha ficado sentada um pouco no corredor, com Dalila abanando-a até que ela recuperasse a cor de seus lábios novamente.

"Ei, monstrinha. Quer assistir Steven Universo no meu celular?" Dalila perguntou, enquanto oferecia um copo de água para a amiga. Por sorte, sempre carregava seu copo de silicone dobrável em sua bolsa.

"Pode mesmo?" Lorena perguntou com os olhos brilhantes e remexeu na bolsa da loira, até encontrar um Iphone maior que suas próprias mãozinhas e colocou os fones no ouvido.

"O que aconteceu?" Dalila perguntou para a amiga, assim que se certificou de que Lorena estava entretida e com a audição ocupada.

"A juíza disse que a guarda compartilhada vai ficar por enquanto, num período de um ano, até que o tratamento dela, no caso a terapia, dê resultados mais sólidos, porque o laudo disse uma coisa e a Lorena disse outra."

"Não entendi."

"A Lorena disse que quer ir morar com o Bruno. O laudo disse o contrário, não sei o que era, mas fez com que a juíza quisesse esperar um ano de tratamento. Mas ela quer ir com o Bruno."

"Impossível isso. Não faz o menor sentido."

"Claro que faz. Se ela tivesse falado que queria ficar comigo, o laudo já estava na minha dependência, sabe? Eu ia continuar oferecendo o tratamento, então a guarda seria só minha. Mas ela não quis! Por isso os resultados foram diferentes e é por isso que a juíza quer esperar."

"E se foi o Bruno que pediu um outro lado, só pra ele ganhar tempo? EU duvido muito que ela tenha dito isso. Eu duvido mesmo."

"A juíza falou que o que ela disse. Foi ela. O que eu fiz de errado, Dalila?" Valéria não conseguiu nem terminar a frase. Seus olhos que já estavam molhados iniciaram um soluçar desesperado, que fez com que Dalila a abraçasse, pela primeira vez, sem ter uma resposta na língua. A loira não sabia realmente como lidar com choros, então ficou ali apenas fazendo carinho nos cabelos ruivos até que ela se acalmasse. Quando Valéria finalmente se recompôs por completo, mas não sem esconder a tristeza, Dalila voltou a falar.

"Vamos esquecer isso por hoje, tá bom? É aniversário da monstrinha... O que você vai fazer?"

"Eu nem sei mais... Desculpa, eu tô meio frustrada e com raiva até. Eu sempre fiz tudo por ela, Dalila. Como é que ela escolheu o pai dela?"

"Ei, calma, Val... Calma. Ela não fez por mal... Acho que ela nem tá entendendo a gravidade disso tudo, às vezes o Bruno até fez a cabeça dela. Mas você não pode deixar hoje passar sem pelo menos cantar um parabéns com bolo pra ela. Ela já tá bastante afetada com essa história toda. Se você quiser, eu encomendo tudo e fazemos alguma coisinha à noite na sua casa..."

"Eu sei... Não, deixa. Eu cuido disso."

"Tá... Posso voltar pra empresa? Quer que eu fique com você?"

Valéria ficou em pé e tirou a chave do carro de seu bolso.

"Não, não precisa. Obrigada. De verdade. Pode ir... Só avisa que eu não vou, tá?"

"Claro que não. Relaxa. Pensa que poderia ter sido tudo pior. Até ano que vem, a sua psicóloga dá um novo laudo, a Lolô vai crescer e entender melhor as coisas... Você não fez nada de errado, tá?"

Elas se abraçaram e Valéria acenou para sua filha sentada, chamando a sua atenção para irem embora dali. A menina devolveu o celular da tia e seguiu para seu carro com a mãe, enquanto Dalila caminhava para o outro lado, em direção ao seu veículo.

"Ei! De noite em casa." Valéria avisou.

--

"Mila, você tá bem?" Cibele apareceu no quarto de manhã com sua xícara nas mãos para checar sua tia, que geralmente sempre acordava primeiro e se arrumava depressa para ir ao consultório. Diferente de todos os outros dias, Camila estava deitada ainda, enrolada no cobertor, não havia se levantado.

"Ci, faz um favor pra mim? Desmarca com os pacientes de hoje. Diz que eu tô meio doente."

"Ou você tá doente ou não tá, não posso dizer meio doente.... O que você tem?"

"Não tô bem, tô sem cabeça pra ir pra lá hoje."

"Aconteceu alguma coisa? Quer conversar?" Cibele sabia que sua tia era psicóloga e por isso era sempre muito ruim quando tinha de consolar a mulher, afinal, ela não sabia fazer isso, muito menos com alguém que geralmente sabe o que fazer e como lidar com situações como aquela.

"Não, obrigada. Só desmarca todo mundo, depois eu remarco. Eu quero ficar aqui hoje."
"Tá bom, então. Se cuida, qualquer coisa, me liga." Cibele pegou sua roupa de cima da cama e saiu do quarto fechando a porta. Ia se trocar na sala mesmo, não queria incomodar.

Sozinha em casa e com o dia vago, Camila demorou ao se levantar da cama, mesmo que não tivesse conseguido dormir. Ela estava nervosa, ansiosa demais. Quando saiu do quarto, tomou apenas uma xícara de café e uma tapioca com queijo no almoço e voltou para a cama, com o celular recarregado nas mãos. Conversava com sua mãe por vídeo, como sempre fazia, quando viu a janela de Valéria aparecer na tela.

"Mãe, eu preciso desligar. Depois eu ligo pra senhora."

"Tá bom, tesouro. Descanse, toma aquele chazinho de melissa que essa sua dor de cabeça passa rapidinho."

"Vou tomar. Tchau."

A mensagem de Valéria nada mais era do que um convite para estar em sua casa à noite. Não disse nada além do horário e de que estava esperando uma resposta.

--

Ela iria. Pelo menos, dissera que iria, porém, Valéria só saberia mesmo se ia poder conversar com Camila quando ela aparecesse. Ela precisava pedir para ler o laudo, pedir mais detalhes e perguntar do que Lorena dizia. Ela se sentia tão desligada, tão impotente naquela situação e ela sempre era a pessoa que gostava de fazer planos e segui-los, gostava de ter o controle das coisas. Precisava dizer obrigada também.

Não muito na vibe de brincar com sua filha, a empresária sentou-se no sofá da sala assim que chegou, e Lorena sentou-se de frente para a televisão, ligando em algum desenho, mas ambas não interagiram. A mãe só havia encomendado bolo e salgadinhos porque sabia que era uma obrigação. Ainda bem que seu dinheiro podia pagar qualquer quantia para quem se dispusesse a fazer aquelas coisas de última hora. Ela enviou algumas mensagens, a mãe de Dalila, mães de duas coleguinhas de Lorena na escola, enfim, algumas poucas pessoas.

Sua amiga foi a primeira a responder.


Perto das oito horas, Valéria colocou Lorena no banho e saiu para arrumar a sala de jantar. Alguém a condenava em algum lugar do mundo por estar chateada com sua filha, só porque sabia que ela tinha escolhido ficar com o pai, mas era absolutamente normal e ela não se culpava, mas também entendia que a menina era inocente ao dizer aquilo. Talvez não estivesse entendendo mesmo a situação. De qualquer maneira, até aquele momento ela preferia não trocar muitas palavras com a garota, mas quando seu celular tocou ela sentiu o coração apertar. Eram as mães das meninas que convidara. Nenhuma das duas amiguinhas de Lorena iria na festa, o argumento das mães era de que as meninas não estavam mais se dando bem, que Lorena já havia brigado com elas na escola e elas não queriam mais ir. Valéria claramente não sabia daquela parte, mas saber que nenhuma colega de sua filha ia na festa doeu. Realmente, sua pequena não estava em posição de dizer alguma coisa certa. Ela só implorou que Kárima fosse, pelo menos a irmã de Dalila ainda brincava com ela. Valéria desejou pela milésima vez que aquela confusão toda acabasse, a confusão que Bruno causou.

Lorena apareceu na cozinha saltitante com sua sainha de unicórnio derrubando glitter por onde passava, a sainha que Valéria odiava com todas as forças. Ela ia brigar com a menina, mas pensou duas vezes.

A ruiva olhou-a duas vezes e não conseguiu esconder um sorriso, depois pegou-a no colo, não se importando com o brilho em sua roupa preta.

"Você tá linda, meu amor."

"Obrigada. Porque você tá chorando do nada?"

Ela tomou fôlego, realmente começou a chorar e limpou suas lágrimas sorrindo em seguida.

"Posso te perguntar uma coisa?"

"Sim piririm."

"Você gosta de morar com a mamãe?"

"Gosto."

"De verdade? Ou você tá brava comigo?"

"De verdade."

"Tá bom. Era só isso."

A campainha tocou mas Dalila não esperou que alguém abrisse a porta para ela. A loira apenas abriu a porta e entrou acompanhada de Laila. Suas mãos estavam dadas quando Valéria olhou, fazendo Dalila soltar na hora.

"Porque você chamou ela?" Lorena reclamou, olhando para a mãe.

"Quem falou que eu vim por causa de você? Eu vim pela comida." Dalila respondeu.

"A comida é minha, então eu não vou te dar."

"Vai sim, sabe porquê?"

"Porquê?" Lorena cruzou os braços em desafio e Dalila a pegou no colo, abriu a porta de vidro que dava para o jardim, colocou a menina lá fora e fechou a porta.

"Mãe! Manhê! Olha a tia!"

Valéria olhou por cima do ombro a situação e deu de ombros, rindo. Enquanto Dalila e Lorena se implicam na cozinha, ela recebia Laila. Alguém tinha que ter educação ali. Não demorou muito também para que Fairouz, Soraia e Kárima aparecessem. O pai de Dalila nunca aparecia e naquele momento, ela agradeceu que ele não foi mesmo, porque não queria intrigas com sua amiga. Soraia, e consequentemente Fairouz também, as esposas de Aziz, mães biológica e de criação de Dalila, respectivamente, sempre foram como as mães de Valéria também. A sua própria tinha falecido quando ela ainda tinha 12 anos. E quando seu pai morreu também, pouco antes de ela se casar com Bruno, quem ajudou-a com tudo foram as duas.

Por último, Camila apareceu. Quando abriu a porta para recebe-la, Valéria sentiu seu coração na boca. Era um misto de nervosismo, alegria e gratidão ao vê-la, mas também não sabia como seus convidados iam reagir àquilo. Por outro lado, Camila estava bem perto de ter um colapso nervoso. Não por felicidade, mas por achar que Valéria já tinha descoberto tudo e que alguma coisa tinha dado errado e que ela teria sua carreira e sua vida amorosa jogadas ladeira abaixo de uma só vez.

"Oi..."

Valéria abraçou-a pelo pescoço, como se precisasse daquilo, aproveitando para inspirar fundo e sentir aquele perfume que lhe era familiar, mesmo que a morena estivesse usando outra fragrância.

"Eu achei que você não viria."

"Eu quase não vim mesmo."

"Que bom que veio. Obrigada."

"Não precisa agradecer..."

"Você sabe que eu tô agradecendo por outra coisa...." Valéria sorriu e olhou para trás por cima de seu ombro, quando percebeu que não tinha ninguém olhando, roubou um selinho da morena.

Elas entraram e Valéria apresentou a mulher apenas como uma amiga. Claro que Dalila não ia perder a chance de dar olhares debochados e fazer piadinhas internas, mas era o tipo de coisa que só elas entenderiam depois.

A noite passou gostosa. Dalila estava brincando de pega-pega com Lorena e Kárima no gramado, descalça, suada, e ainda assim conseguiu convencer Valéria e Laila à fazerem o mesmo. Camila ficou observando tudo, sua característica de psicóloga sempre estava presente, e ela conseguia ver, além de uma empresária chique que parecia nunca descer do salto, que ela tinha feito a coisa certa. Cantaram parabéns, comeram, brincaram até se cansar. Fairouz e Soraia foram embora primeiro e quando Kárima também foi, Lorena não se aguentou e deitou-se na rede mesmo, dormindo quase que instantaneamente.

"Posso pôr ela na cama?" Dalila apareceu carregando a menina como se ela fosse um saco de batatas em seu ombro. Valéria apenas arregalou os olhos azuis.

"Que isso! Segura ela direito! Põe, pode por. Depois eu coloco tudo junto pra lavar. Inclusive ela."

Dalila voltou segundos depois e ajudou a amiga a colocar tudo na pia, enquanto Camila e Laila retiravam o lixo de cima da mesa. As amigas estavam apenas esperando para ver quem faria a piada de "só os casais agora" primeiro. Não foi preciso, porque bastou trocarem um olhar que caíram na gargalhada.

"Bom, eu acho melhor a gente ir, não é mesmo, Laila? Temos bastaaaaaaaaante assunto pra conversar." A loira riu e Laila ficou vermelha.

Se despediram e saíram da casa enorme. Dalila ligou o carro, mas não saiu do lugar.

"Que foi?"

"Me deu uma vontade de fazer uma coisa."

"O quê?"

"Você vai fazer ou não?" Ela perguntou, sorrindo tanto por sarcasmo quanto por divertimento.

"Vou." Laila nem pensou em recusar.

Foi só então que elas saíram com o carro e pararam num estacionamento afastado e vazio. Finalmente Dalila ia poder riscar "carro" da sua lista de lugares improváveis para transar.

"Eu não sei o que você fez, mas obrigada." Valéria puxou Camila pela mão delicadamente e sentaram-se na rede, do lado de fora, uma de frente para outra. A casa toda acesa atrás de si, mas elas não tinham pressa nenhuma, preocupação nenhuma naquela hora. O silêncio do jardim, interrompido apenas pelo som de grilos cantando confirmava isso.

"Você tá falando do laudo, né?"

"Tô. Você já sabia que Lorena ia escolher o Bruno e fez aquilo pra me ajudar."

"Eu não sabia. Mas eu tinha um palpite. Valéria, ninguém pode saber disso, entendeu? É sério, se alguém descobrir, eu perco a minha licença."

"Eu jamais contaria. Eu não sei muito bem o que aconteceu, e também sei que você não vai me contar, lógico, mas tudo bem. Não foi do jeito que eu esperava, mas foi menos pior do que poderia ser."

"Como foi lá?" Sem perceber, Camila estava com a mão de Valéria em seu colo, fazendo carinho com suas unhas, delicadamente desenhando círculos imaginários em sua pele.

"A juíza falou que vamos ficar com guarda compartilhada. Acho que você vai conhecer o Bruno inclusive. Ele vai ter que levar a filha na consulta. Isso por um ano, até ela estar mais mental e emocionalmente estável, depois, a juíza vai marcar outra audiência, pra decidir por definitivo."

"Eu acho que vai ser bom pra vocês duas. Pra vocês três, na verdade. Quem sabe, a guarda compartilhada acaba sendo o melhor caminho."

"Por mim, eu já teria concordado com isso faz tempo! Ele quem não quer. Meu ex não admite que fez as merdas todas que ele fez e tá tentando se redimir com a filha. Mas o problema é dele. Se ele não quer fazer as coisas na paz, então eu também não quero."

"Val, por favor. Não comentar com ninguém sobre isso, tá? Aliás, eu nem sei porque eu vim. Se alguém descobrir que eu-" Camila ia nomear a situação delas, mas não sabia fazê-lo. "-Que eu tô aqui e que eu assinei aquele laudo, vão anular a sua guarda e vão cassar meu título de psicóloga."

"Ninguém vai saber. Eu juro. Mas obrigada. De novo. E por ter vindo. Toda essa loucura e não deu pra te ver mais."

Camila parou te olhou para a ruiva em seu lado.

"Você queria me ver mais?"

"Não pode?"

"Não, pode sim. Mas é que... Não sei. É estranho. Não acha?"

"Ai, porque você é a médica da minha filha, tá, já sei... Olha, eu já superei isso, mas se você quiser um tempo pra superar, tudo bem."

"Não, não é isso. Bom, também é, mas eu superei também." Camila riu. "É que todo mundo diz que quer ir devagar, que não tá pronta pra um relacionamento, e todas as desculpas mais esfarrapadas do mundo? Eu achei que seria igual."

"Olha, eu já passei dessa fase também. Não temos um relacionamento, ainda, mas nada contra. Minha vida já tão conturbada que eu não quero criar mais um problema onde não tem."

"Justo."

"Justo?" Valéria sorriu. "Tudo bem, então?"

"Tudo ótimo."

"Você poderia parar de fazer perguntas agora e me beijar ou sempre eu quem vou tomar a inciativa?" Valéria riu e sentiu os lábios de Camila nos seus por um momento. "Ei! Olha a cor do seu pé, cheio de grama, a minha calça é branca!" Ela reclamou.

"Só você usa calça branca. Mas tudo bem, se esse for o problema, você pode tirar."

Ao terminar a frase, Valéria gargalhou com o olhar desconcertado de Camila, que riu de nervoso.

"Eu tenho que ir... Amanhã eu acordo cedo."

"Ah, fica... Eu também acordo cedo."

"Tá maluca? Como é que você vai explicar pra sua filha que eu dormi aqui?"

"Do mesmo jeito que eu expliquei que você vinha. Ei, Lolô, a Camila dormiu aqui. Olha, pra uma psicóloga, você é bem complicada às vezes." Ela riu de novo e pegou na mão de Camila, entrelaçando seus dedos e colocando a mão da outra em seu colo. "É sério. Fica."

Camila colocou uma mecha do cabelo da outra atrás de sua orelha e se aproximou, beijando-a em seguida. Um beijo mais duradouro e profundo. Estar com Valéria era muito leve, natural, divertido e parecia necessário à ela. Como se ela sempre estivesse à procura de alguma coisa como aquilo, mas que só encontrara na mãe de sua paciente. A ruiva deitou-se na rede puxando Camila junto, de modo que a morena ficou por cima. A rede, apesar de grande, era desconfortável, então quando o fôlego acabou, a dona da casa se levantou e puxou Camila pela mão. Trancou a porta de vidro quando entraram e foram para o maior quarto da casa. Ao sentar-se na cama, Camila mal conseguiu tirar as sandálias de salto, afinal, Valéria sentou-se em seu colo. As mãos da morena foram para a cintura da outra furtivamente passando por debaixo do pano fino de sua camisa social. Valéria por sua vez, enroscou seus dedos por entre os cabelos escuros de Camila e tomou sua boca num beijo novamente.

"Você não vai nem colocar o celular pra despertar?" Camila perguntou, enquanto sentia a boca de Valéria deixar uma marca em seu pescoço, numa área que o cabelo com certeza cobriria. Ela era muito esperta.

"A gente ainda vai tomar banho." Valéria avisou e Camila sorriu, beijando-a de novo, enquanto se deitava na cama com a mulher.

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