Sweet Memory ✓

By Astronaut99s

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Ao começar a trabalhar na doceria da família, Karin acaba sentindo-se atraída por Na Jaemin sempre em busca d... More

SWEET MEMORY
Prólogo
S'mores antes da Chuva
Chocolate quente com Você
Arco-íris de Caramelo
Cappuccinos e Namoradas
Bolos decorados e Herói do Verão
Calda de Morango
Chuva de M&Ms
Bomba de Chocolate
Explosão de Chantilly
Petit Gateau e Morangos
Acidez de um doce Morango
Caramelo ou Chocolate?
Começou com Macarons
Chocolate amargo após a Chuva
Muffins e o que não senti aquele Dia
Refrescante e azedo como chá de Limão
Torta de banana Adstringente
Foi como mousse de Abacaxi
Raspadinha de Framboesa
Não sou um Tiramisu
Profiteroles de Chocolate
Cacau é moído antes de virar Chocolate
Mosaico de Gelatina
Chocolate Doce ou Amargo?
Ondas de Smoothie
Tutti-Frutti
Aquela Doce Lembrança

Macios como Marshmallow

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By Astronaut99s

Os dois caminhavam calmamente por entre os transeuntes naquela praça. Tomavam sol, passeavam com seus cachorros, namoravam, além das crianças brincando no parque no centro da praça. Karin se colocou ao lado de Jungwoo apreciando aquele momento mesmo o nervosismo querendo-lhe atormentar. Por vezes o lançava olhares, e ele os retribuía sorrindo logo em seguida.

— Quando encontrou meu irmão... — iniciou pouco confiante, porém prosseguiu tranquilamente. — O que estava fazendo naquela hora?

— Indo devolver um livro que peguei na biblioteca. Ainda tive que pagar a multa por ter atrasado.

— Ia fazer mais alguma coisa?

— Voltar pra casa. Comprei um novo jogo ontem, pretendia testar hoje, mas posso fazer isso depois do almoço. — As mãos se viam nos bolsos da jaqueta de moletom azul que vestia.

— Não sou muito boa em jogos, mas acho bastante divertido.

— Eles me relaxam. É como se eu pudesse fugir da minha realidade e ser o que quisesse em um mundo paralelo sem deixar de ser quem sou. Desde um policial em uma infestação zumbi à um *nefilim caçador de demônios. — Começou a rir. — Desculpe, acho que não fiz muito sentido.

Karin sorriu um tanto confusa.

— Acho que entendi o que quis dizer.

Continuaram caminhando.

— Mas e então, como estão as coisas em casa? Sua mãe está bem?

Jungwoo a fitou por um segundo caindo brevemente em pensamentos.

— Sim, ela está bem.

— Está tudo bem não avisar pra ela que vai almoçar na minha casa?

Ele negou com a cabeça desviando seu olhar do dela e sorriu sem vontade.

— Ela não está em casa agora. Vamos nos encontrar mais tarde.

— Ah, entendi... — Karin sentiu a tensão no ar.

— Então... — Ele detestava aquele silêncio — O vestibular será semana que vem, né?

— Sim, estou muito nervosa com isso. — Fez uma careta levando as mãos ao peito. — Não sou muito boa com estudos, costumo me desconcentrar muito fácil.

Jungwoo riu e se pegou observando os cabelos da garota assim que os raios do sol a iluminaram.

— Sei que está dando o seu melhor, vai se sair bem, não se preocupe. — Ele a tocou o ombro impedindo que continuasse seguindo caminho. — Fique parada — fora quase um murmúrio.

Com delicadeza, Jungwoo puxou o elástico que prendia os fios de Karin em um rabo de cavalo. Com ambas as mãos, ele juntou os cabelos novamente os ajeitando em um novo rabo de cavalo. Pelo ato repentino, a adolescente prendeu o ar sentindo as bochechas se aquecerem rapidamente. Os dedos finos e cumpridos do universitário a arrancavam arrepios, além de que tê-lo mexendo em seu cabelo era bastante relaxante.

— Desculpe, é que o elástico estava frouxo. — Liberou os fios e tomou um passo de distância da garota.

Voltaram a caminhar. Karin queria segurar sua mão, porém teve medo de que ele a rejeitasse. Seria certo perguntar agora o que ele sentia por ela?

— Jungwoo... — ele a fitou levemente para que prosseguisse com o que gostaria de dizer. — Você já... Se apaixonou?

O silêncio novamente se fez presente. Podia-se ouvir claramente os pássaros e os risos infantis que vinha do parquinho. Ela diria até que ele pensou demais antes de responder.

— Já, uma vez.

— Foi amor de verdade? Ou só estava se sentindo atraído?

— Não foi somente atração... Foi real.

Mesmo que aquilo pudesse já ter acabado, Karin sentiu uma leve pontada na boca do estômago. Sorriu um tanto embaraçada buscando não demonstrar seu ciúme repentino.

— Vocês namoraram?

— Por um tempo, sim. — Voltou a levar as mãos aos bolsos. — Foi pouco, mas bom pelo tempo que durou.

— O que aconteceu? — sua boca moveu-se no automático, o que a deixou frustrada. — Quer d-dizer... Se não estiver confortável para me contar, vou entender.

Ele sorriu.

— Ela não conseguiu continuar me amando depois de tudo.

Karin notou o olhar entristecido de Jungwoo.

— Você, ainda gosta dela?

Agora não havia um sorriso na face do universitário. Ele pareceu sério, mas não irritado.

— Sim, mas não desse jeito. Ela é uma boa pessoa, terminamos em bons termos.

— Oh...

Algo no coração de Karin a impedia de acreditar nas palavras dele.

— E você?

— O quê...?

— Já se apaixonou alguma vez?

Ela quis dizer ali, naquele mesmo lugar onde estavam, como seu coração só enxergava ele. No entanto a confiança estava quase nula após a conversa que acabaram de ter.

— Sim...

— Mesmo? — ele sorriu desviando o olhar — E como foi?

— Assustador. — Se corrigiu — É assustador.

— Não vou poder discordar... Você se declarou quando notou o que sentia?

— Mais ou menos... — seu celular vibrou no bolso do short. — Disse como me sentia, mas não totalmente. Pedi que ele não me desse uma resposta.

Jungwoo a encarou intensamente. Ele tinha percebido? Karin sentiu o coração acelerar novamente e o desespero em saber o que ele iria dizer em seguida a obrigou a puxar o celular do bolso rapidamente.

— S-só um minuto, acho que estão me ligando.

Poderia ter caído como uma desculpa, contudo realmente era uma ligação. Enquanto Karin respondia a chamada, Jungwoo analisava a adolescente com calma mantendo as palavras dela vivas em sua mente. Ele se apoiou na cerca de aço que separava o canteiro de flores e árvores da passarela coberta de folhas e aguardou a menina.

— Era a minha mãe. — Sorriu ainda insegura. — Ela aproveitou que saímos e perguntou se seria um problema irmos na *Le Petit Bonbon.

— Essa padaria fica no centro, não?

— Sim... Ligaram avisando que nossa encomenda já ficou pronta. É um bolo, não podemos demorar muito pra ir buscar.

— Claro, vamos lá.

— Desculpe por isso... — estava envergonhada.

— Não se preocupe, temos tempo de sobra.

Voltaram a caminhar, dessa vez rumando ao ponto de táxi.

— Desculpe se isso soar rude, mas... Por que vocês encomendaram um bolo se vendem bolos?

— Hoje é o aniversário do Taeil. Aquele bolo é o favorito dele desde criança, por isso sempre encomendamos um quando ele está em casa conosco.

— Oh... Aconteceu alguma coisa com ele?

— Como assim?

— Na véspera do aniversário ficar bêbado a ponto de desmaiar...

— Hm...

Ela frisou os lábios enquanto se posicionavam em frente ao ponto de táxi.

— Desculpe me intrometer assim, só acabei me perguntando e pensei alto.

— Não, tudo bem. Ele está passando por um momento difícil por causa da faculdade.

Jungwoo assentiu parecendo convencido pela resposta de Karin, bem, realmente aquela era a verdade, porém não toda. Ele fez sinal e em pouco já estavam no táxi a caminho da padaria. Era uma das mais famosas do bairro e mais velhas também. Assim que se depararam com a vitrine, tanto Jungwoo quanto Karin abriram bem os olhos com a tamanha tentação de pães e doces expostos.

— Wow... — ambos comentaram simultaneamente.

— Estou até com vergonha de entrar aí vestida assim — Karin admitiu.

Jungwoo não guardou o riso e a encarou com um tom brincalhão.

— Vão pensar que estamos perdidos.

E assim os dois adentraram o estabelecimento com risos baixos e seguiram diretamente ao balcão. Com o bolo em mãos, Jungwoo se voluntariou para levá-lo durante a viagem de volta. Não poderiam demorar demais para voltar a residência dos Min agora, contudo aproveitaram o caminho de volta conversando sobre diversas coisas e planos para o futuro.

— Ei, Karin. O que pretende fazer na faculdade?

— Administração. Quero seguir com o negócio da família e ajudar meus pais.

— Realmente é o que quer?

— Fiquei com dúvidas de início, mas agora estou certa de que é o que eu deveria fazer. Não tenho um sonho como alguns costumam dizer ter. Eu só quero ter uma vida confortável, em que eu possa ser feliz, não preciso de muito.

Jungwoo começou a rir de repente, porém um riso breve e agradável.

— Por que está rindo?

— Porque você é adorável — ele simplesmente respondeu sem vergonha alguma.

Fora o suficiente para Karin corar e desviar seu olhar para que ele não percebesse.

— N-não fique me provocando...! Aquilo não foi a-adorável, eu só disse o que penso.

— E eu te achei adorável por isso. O que posso fazer, não controlo o que sinto — deu de ombros.

— Mas e v-você? — tomou ar após chacoalhar a cabeça e voltar a si. — Engenharia, né?

— Sim, mas não foi nada de extraordinário também. É só algo que achei interessante e passei a gostar quando me aprofundei mais.

— E a Yerim estuda com você.

— Sim... — franziu o cenho brevemente. — Mas por que falou dela agora?

Karin não teve coragem de revelar que estava com ciúmes por saber que Yerim, além de também compartilhar sentimentos amorosos por Jungwoo, também passava mais tempo com ele.

— Por nada, só me lembrei...! Ah, olha já chegamos, vamos rápido antes que o chantilly derreta...!

Muitos fatores estavam intrigando Jungwoo aquele dia, principalmente a forma em como Karin estava se portando ao seu lado após a conversa que tiveram na cafeteria alguns dias atrás.

Novamente se viam junto ao casal Min. Karin desceu a doceria e guardou o bolo na geladeira junto aos outros, queriam surpreender Taeil, se bem que agora não tinham certeza de que seria uma boa surpresa com o filho mais velho estando de ressaca. Ainda restavam algumas horas até que o horário do almoço se estendesse, no entanto, antes mesmo de poder se sentar ou fazer coisa alguma o celular de Jungwoo tocou e sua face empalideceu.

— Desculpe, vou atender isso lá fora. — Ele sorriu buscando ser o mais educado possível e saiu pela porta.

Senhora Min não notou coisa alguma enquanto organizava uma vasilha com um pouco de kimchi. Karin mordiscou o lábio, sentiu que algo estava prestes a acontecer.

— Mãe, o que está fazendo?

— Depois do almoço, quero que entregue isso a ele.

— Por que o convidou para ficar?

— Ele pareceu triste, foi por isso.

Um frio na barriga tomou Karin enquanto ela fitava a mãe.

— Como assim?

— Não sei, senti que ele estava triste com alguma coisa. Pensei que era nossa presença, mas quando ele sorriu percebi que não. Acho que estava se sentindo sozinho. Foi por isso.

— Sozinho?

— Ah, esqueça Karin, só seja gentil com ele e continuem amigos. Parece ser um bom menino.

Neste mesmo instante, Jungwoo adentrou a residência dos Min novamente. Sua expressão era de preocupação, porém tentou disfarçar como pôde.

— Ahm... Sinto muito, mas algo surgiu de repente.

— Não vai conseguir ficar? — senhora Min se virou para fitá-lo.

— Sinto muito, realmente vou ter que ir agora.

— Bem, se não há o que se fazer a respeito... — a mulher alcançou uma bolsa térmica pequena e guardou a vasilha com o kimchi dentro. — Então leve isso e se alimente direito.

Jungwoo curvou-se brevemente aceitando o presente da senhora Min.

— Obrigado... Por favor me convidem outra vez, ficarei muito feliz.

— Sinta-se livre para nos visitar querido, a casa está de portas abertas para você. — Ela sorriu.

— Vai ir de táxi?

— Não, um amigo está vindo me buscar, vamos nos encontrar perto da praça.

— Vou com você até lá...!

A adolescente estava decidida e Jungwoo notou pelas feições dela de que não conseguiria mudar sua mente. E assim se colocaram a descer os degraus e caminhar.

— O que aconteceu?

— Minha mãe...

— Ela está bem, o que houve...?!

— Vai ficar tudo bem, isso acontece às vezes.

Karin mordeu o lábio novamente. Estava se sentindo impotente assim como quando Minji a contou seu segredo. Com isso as palavras da amiga tomaram a mente de Karin e ela temeu estar deixando Jungwoo escapar por entre seus dedos por se manter naquela zona de conforto. Com o impulso de coragem repentina, ela segurou o moletom de Jungwoo o impedindo de prosseguir. Os olhos marejaram.

— Jungwoo, não quero me arrepender de não ter sido realmente sincera sobre meus sentimentos.

Ele a observou silencioso, porém inquieto como se não quisesse ouvir o que ela diria agora.

— Karin, não... — ela o interrompeu.

— Estou apaixonada por você...!

Os olhos se arregalaram. Ele imaginava que o que Karin sentia era uma atração, tanto que não estava preparado para uma declaração de amor como aquela. Não havia tempo, ele não sabia como responder, porém só se deu conta do que fez após seu corpo se mover automaticamente. Se afastou rapidamente após o calor dos macios lábios dela o deixar embaraçado.

— D-desculpe, não posso, sinto muito...! — deu dois passos para trás.

— Jungwoo, espera...!

— Não posso, sou um estorvo, não posso partir seu coração...!

Karin quis correr atrás dele, contudo suas pernas se fixaram no chão.

Capítulo 20 ➜

___________________________________

GLOSSÁRIO

• Nefilim - eram gigantes violentos, filhos de anjos maus (demônios) com humanas. 

• Le Petit Bonbon - padaria fictícia, do francês significa "Pequeno Doce." Sinto muito pela minha péssima criatividade e meu francês terrível :'D

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