E não é que eu trouxe o epílogo?!
Desejo para vocês uma boa leitura, e até quarta postarei o segundo epílogo.
Sem mais delongas, tenham uma boa leitura!
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Um ano depois
Jungkook saiu de seu quarto com um cheiro insuportável de bebê, uma vez que tinha derrubado o perfume dos filhos em sua roupa. Mas o que importava era que os dois pestinhas, de quase dois anos, já estavam limpos e cheirosos após brincarem quase que o dia todo com tinta. Coisa que deu até um mini-infarto em Jimin, já que ele desenhava algo para a editora que trabalhava e toda hora um dos dois ia para perto do outro pai, que saia correndo com os desenhos e seu computador na mão.
O Beta sentou-se no sofá, deixando os filhos livres para fazerem o que quisessem pela sala e ficou focado em Jimin que estava bem entretido com seu trabalho e Jungkook adorava quando o namorado estava focado daquela forma.
— Papai — Yeojoon foi correndo até Jungkook, entregando-lhe um brinquedo. — Broom — fez barulho de carro com boca.
— Brinca aí, Joon, papai está cansado — Jungkook sorriu para o filho.
— Papai — Yeojoon chamou de novo.
— Sunhee! — Jungkook chamou a filha para se aproximar deles. — Brinca com seu irmão.
Ele entregou o carrinho na mão da menina e ela apenas olhou para o brinquedo, jogando-o no chão, recusando-se a brincar. Sunhee olhou para o pai, sorrindo, pedindo para subir no sofá e, silenciosamente, Jungkook negou. A pequena pareceu não gostar muito de ser contrariada pelo pai, fazendo uma cara de choro.
— Não, chore! — exclamou. — Você tem que aprender a ouvir "não", mocinha. Jimin, a culpa é sua!
— Minha? — respondeu baixo. — Quem faz tudo o que os filhos querem quando está com disposição? Você! Quem assume o papel de pai chato sou eu, né? Agora aguente a sua criação.
— Eu estou sem disposição até para ir aí te dar um tapa — ele bufou. — Jimin, a janta é sua!
— Minha? — ele olhou para o namorado. — Eu fiz ontem.
— E?
— E que é um dia meu e um dia seu.
— Estou nem aí, problema é seu! Quem mandou "casar"?
— Realmente, "quem mandou casar", pois todo dia você me dá um golpe, Jungkook!
— Para quê a gente mora com uma pessoa se não é para dar um golpe todo dia nela? — Jungkook deu risada. — Olha que só te dou golpe de quem faz comida, imagina se fosse mercenário e sugasse todo seu dinheiro.
— Pelo jeito que as coisas andam, também não vai conseguir, pois quem suga meu dinheiro são eles.
— O meu também.
— Papai — Yeojoon andou até o pai, parando aos pés do outro. — Poquinho.
— Pouquinho de quê? — Jimin perguntou, pegando o filho no colo, deixando sentado-o em sua perna. Yeojoon apontou para a blusa com estampa de porquinho que ele usava. — Ah, porquinho. Você quer um porquinho? — o pequeno confirmou com a cabeça. — No seu aniversário, eu te dou um porquinho, tá?
— Dá?
— Dou — ele deu um beijinho na cabeça do filho, levantando-se com ele no colo. — Vamos pedir algo para comer e aí, eu não preciso fazer nada — Jimin deu um sorriso travesso sentando-se no sofá com Jungkook. — O que acha?
— Primeiro, qual o motivo de estar trabalhando até agora, hein? Não vai passar um tempo com a sua família? Vai virar aqueles doidos por trabalho que só percebe que está trabalhando demais e os filhos vão se casar daqui vinte anos? — Jungkook brigou com Jimin.
— "Qual o motivo de estar trabalhando até agora" — Jimin imitou Jungkook. — Deve ser porque estou tentando mostrar serviço na editora? Ou porque daqui a pouco eles começam a ir para escolinha e vamos ter que comprar várias coisas, inclusive um carro? Por que daqui a pouco nós vamos precisar de uma casa maior por causa deles? — suspirou. — Você fala como se eu não ficasse nenhum pouquinho com vocês, o que é mentira. Eu sempre estou com vocês.
— Com eles — Jungkook fez bico. — E com o bebê maior, mais conhecido como Jungkook?
— Bebê? — Sunhee perguntou.
— É, Sun, bebê eu — Jungkook falou, pegando-a do chão e colocando-a sentada perto dele.
A menina sorriu levando a mãozinha para a barriga de Jungkook.
— Bebê — disse, fazendo carinho no local.
— Bebê aqui não! — Jungkook falou para a filha, pois ela estava achando que todos estavam com um bebê na barriga, pois via Taehyung grávido e ficava pegando na barriga dele.
— Bebê, papai — ela continuou.
— Só Taehyung que tem bebê.
— Imagina quando o filho do Taehyung nascer, ela não vai querer sair de perto dele.
— Não acredito que minha filha tem instinto materno, não esperava isso de você, Sunhee! — Jungkook fingiu chorar. — Pensei que você chegaria aos cinquenta anos falando que não ia querer ter filhos ou coisa do tipo.
— Às vezes, ela só gosta dos filhos dos outros — suspirou. — Pede comida, não vou fazer janta hoje.
— Você vai pagar?
— Sim.
— Mas eu prefiro a sua comida.
— Guk, olha, eu trabalhei o dia inteiro, ainda nem tomei um banho e vou ter que cozinhar? Pede aí, vai ser muito mais rápido! — exclamou. — Ainda vai sobrar um tempo para ficarmos juntos quando eles dormirem.
— Amei a última parte — Jungkook abriu um grande sorriso.
— Eu vou tomar banho, se chegar antes de sair, pague com meu cartão.
— Ok — Jimin levantou-se, colocando Yeojoon sobre Jungkook. — Ah, eles já estão tão pesados, nem parecem que nasceram do tamanho de um cachorrinho.
— Quase dois anos, né? — Jimin respondeu indo para o quarto.
Jungkook fechou os olhos, sentindo Yeojoon levantar-se em cima dele, pisando em qualquer lugar de seu tronco sem se importar se doía ou não. Ele suspirou, e Sunhee deitou bem perto de seu peito.
— O que foi, minha princesa? Aconteceu algo? — ela balançou a cabeça de um lado para o outro, negando. — Está com fome?
— Sim.
— Espere seu pai sair do banho e nós comemos, está bem?
— Sim — ela respondeu, ganhando um beijinho do pai.
O Jeon sorriu, fechando os olhos, sentindo-se bem cansado por causa daquele dia. A verdade era que a vida de pai, cansava demais, mas tudo valia a pena quando chegava no final do dia e ele ganhava beijinhos e abraços dos seus filhos.
+ + +
A casa estava em um total silêncio de crianças e apenas tocava uma música baixa. Depois de quase um mês, o casal estava tenho um momento de paz entre eles. Os dois estavam abraçados, enquanto dançavam no ritmo das músicas românticas que Jungkook tinha colocado para tocar. De vez em quando, eles trocavam uns beijos e elogios.
— Mesmo tomando banho, você ainda está com cheirinho de bebê — Jimin brincou.
— Nada novo, eu sou um bebê mesmo — Jungkook acariciou os fios de cabelo na nuca do namorado. — A verdade, é que eu queria ser um bebê de novo, acho que não me sentia tão cansado. Eu estou trabalhando tanto! — ele fechou os olhos. — Não vejo a hora dos bombeiros me darem o aval logo para poder pensar na inauguração da galeria e poder trabalhar para mim mesmo. Se é para trabalhar que nem um condenado, que seja por uma coisa minha e que eu sempre sonhei.
— Até o final do ano, você consegue — Jimin abriu um sorrisão. — Vocês três ficarão tão lindinhos felizes pelo projeto de vocês, finalmente, dar certo, né?
— Sim — sorriu. — Se for no final do ano, serão três criancinhas lá.
— Olha, eu acho que deve ser depois que Taehyung ter o filho dele, porque imagina se estourar a bolsa lá na inauguração. Eu só vou saber gritar!
— E eu não tenho nenhuma experiência com bolsa estourada — ele ficou pensativo. — Ia ficar tão desesperado quanto você.
— Hoseok ainda mais. Iam ser quatro pessoas gritando naquele local. Talvez cinco, já que Jin estará lá. Nem quero saber quando a Hanseul engravidar e estourar a bolsa, ele vai gritar mais que ela.
— Coitada! Ainda bem que temos Yugyeom e Seonyeon para nos acalmar — os dois riram, pois os dois eram os mais calmos.
Jimin abaixou o rosto, mordendo os lábios, dando um sorriso, em saber que Seonyeon e Jungkook tinham virado amigos e ela estava ajudando todos a decorar a galeria. Aquilo deixava Jimin bem feliz e também o namorado de Seonyeon tinha se tornado um bom amigo deles. O também Ômega, pois mesmo sendo uma Ômega, Seonyeon nunca gostou de cheiros de Alfas ou dos próprios Alfas para se relacionar, ajudava eles também.
— Vai dar tudo certo, Gukkie! Não importa como será, vai ser maravilhoso, pois vocês merecem, principalmente, você. Vou ser biased do meu amor.
— Por isso seu quadro estará lá como uma exposição — Jungkook deu um beijinho no nariz do menor. — Quando alguém chegar lá e falar: nossa, olha esse modelo lindo! E eu vou respondeu: É meu! Totalmente meu!
— Nunca vi alguém tão orgulhoso de me ter como namorado.
— Não tão diferente de você, né? Lembro como se fosse ontem que você gritou que seu namorado era o mais talentoso do mundo quando apareceu minhas artes do jornal.
— Menti? Não, né? Eu gosto de te elogiar, eu fico vendo você sempre fazendo o seu melhor e cuidando das suas coisas com tanto cuidado que eu preciso ficar lembrando que você é o ser mais talentoso do mundo.
— Te amo para caralho — o mais novo deu um selinho no namorado. — Eu amo essas sessões "terapêuticas" de você me elogiando e eu o elogiando.
— Eu te amo para caralho também.
— Eu só queria ter sido mais inteligente e saber quando foi o momento exato que eu passei a te amar tanto assim. Perdi essa oportunidade na minha vida.
— Mas eu sei quando eu passei a te amar.
— Ah, é? — Jungkook perguntou, duvidando.
— Eu fui me apaixonando bem devagarzinho por você durante suas chatices na faculdade, ai terminei de me apaixonar quando fui para Tóquio ficar com você. Você me dava uns beijinhos na testa que deixavam meu coração quentinho, depois você sempre me perguntava se eu estava bem e o que poderia fazer para sentir-me mais feliz, já que estava longe de casa. Aí, eu ficava olhando para você com aquela barriguinha crescendo e pensando: Meu Deus, ele está segurando os meus filhos! Então, eu aceitei que já estava bem apaixonado por você. Depois que fizemos a viagem para Seul, e com suas crises, eu fiquei com muito medo que isso pudesse nos separar e eu ficava com medo de te perder, de que eu não fosse o bastante para você. E depois, eu só consegui pensar que eu não podia e não queria ficar longe de você e precisava fazer todas as coisas para continuar comigo e se sentir bem e maravilhoso como era. Que você deveria ser sempre meu e eu sempre seu. Só que ao mesmo tempo que eu não queria te perder, eu só queria que você fosse feliz com qualquer pessoa que quisesse, mesmo que não fosse comigo. Mas ainda bem que você me quis, né? — Jimin olhou bem nos olhos de Jungkook.
— Você sempre foi minha primeira opção e hoje é a única. Eu nunca vou te largar, mesmo que a gente brigue e fiquemos dez minutos sem se falar.
— Faz parte as brigas.
O Jeon riu, aproximando-se dos lábios do namorado, dando-lhe um beijo bem lento e cheio de amor.
— Você me dá tesão quando fala coisas tão bonitas assim — o maior sussurrou.
— Agora vamos falar sério, meu amor.
— Fale.
— Quando você for pedido em casamento, você quer ser pedido como, hein? — Jimin perguntou, bem calmo. — Quer ser pedido em público, em um jantar romântico, de um jeito inesperado? Me conte aí para eu saber o quer.
— Você está querendo me pedir em casamento?
— Eu estou perguntando como quer ser pedido em casamento.
— Desde que seja com você, de qualquer jeito. Do jeitinho que você me pedir, eu vou amar.
— Então você quer casar comigo? — Jimin falou e Jungkook arregalou os olhos.
— É o quê? É sério isso?
— Sim.
— Como assim? Sem anel e sem nada? Só o pedido?
— A verdade é que eu comprei, só que você não percebeu — abriu um sorriso. — Era a caixinha em cima da sua cômoda.
— Uma caixinha? — ficou confuso? — Branca?
— Sim.
— Mano do céu! — Jungkook se afastou bruscamente do namorado. — Eu joguei no lixo — ele saiu correndo até a cozinha, abrindo o lixo de papéis, procurando a caixinha. — Fui limpar o quarto e saí jogando tudo fora.
— Você o quê?
— Eu nem sequer abri a coisa, Jimin! — exclamou, olhando para o namorado. — Senhor. — ele achou a caixinha, levantando-se e dando risada.
— Não acredito que você ia jogar as alianças fora! — Jimin pegou a caixa da mão do namorado. — Foi muito caro, sabia? Quase pedi para poder pagar em parcelas!
— Desculpa, Chim, é a vida de pai que me deixa assim. Eu pensei que era uma caixa para jogar no lixo. Me perdoa, amor.
— Tudo bem — o Park abriu a caixinha, vendo as duas alianças ali. — Pelo menos, elas estão aqui.
— Olha... — o mais novo riu, abraçando o, agora, noivo o mais forte que consiga. — Jiminnie, se algo não der errado, não é a gente. Nós somos únicos!
— Está bem... Ah, Jungkook. — Jimin não aguentou e começou a dar risada. — E aí quer casar comigo?
— Eu ainda não acredito que isso seja sério, mas eu quero sim. — o mais novo respondeu, entregando a mão para Jimin. — Coloca aqui junto do anel de namoro. Eu vou fazer um trio de anéis que me dá, o último será do casamento.
— É noivado para daqui dez anos, você vir falar: Ain, nossa, nós estamos noivos há mil anos e nem nos casamos. — Jimin imitou a voz de Jungkook, colocando o anel de noivado no dedo dele.
— Isso não vai acontecer, ok? No máximo cinco anos, eu vou deixar você me enrolar até começarmos a preparar o casamento. Meus pais vão pirar com isso.
— Assim que for promovido e eu sei que vou ser, vou começar a juntar dinheiro para fazermos o casamento mais lindo da Coreia.
— Chim, saiba que se nós nos casarmos no quintal de qualquer casa, vai ser o casamento mais lindo da Coreia, pois será nós dois — Jungkook colocou o anel no dedo de Jimin. — Perdão por isso.
— É, faz parte da nossa trajetória de pedidos inusitados.
— Prometo pagar um jantar para você e te pedir desculpas da forma certa. O meu amor é tão fofo comigo e eu sempre dou um jeito de estragar tudo — ele suspirou. — Vamos dormir. Amanhã trabalhamos.
— Não, eu quero ficar mais com você — Jimin respondeu como um bebê manhoso, abraçando mais o, agora, noivo.
Jungkook sorriu, andando com ele enquanto o abraçava. O mais novo ia desligando as luzes e o som, indo para o quarto.
— Chim, eu não sabia que tinha um filho tão grande.
— Grande só quando faço isso, né? Pois quando não faço, você me chama de pequinês.
— Meu pequinês — Jungkook empurrou Jimin na cama. — Sabe que eles podem acordar a qualquer minuto e nem descansamos, não é?
— É, só que ultimamente, eles dormem a noite inteira e acordam super cedo.
— É 1:20 da manhã e você aí, achando que são dez da noite — Jungkook deitou-se na cama e Jimin sentou-se entre suas pernas, colocando as mãos por baixo da camisa do outro.
— Vou fazer o que, se você faz isso comigo, hein? O tempo com você, na minha cabeça, simplesmente para!
— Claro, meu noivo — o Beta começou a fazer carinho no cabelo do outro que estava com o rosto bem perto de sua barriga. — Não acredito que fui pedido em casamento.
— Devolve o anel, eu vou fazer um jantar e te pedir lá.
— Não. Vai ser chato, foi muito mais legal desse jeito. Imagina nossas histórias no futuro contando para nossos piticos quando crescerem — ele suspirou. — Vai ser fofo falar que quase estraguei seus planos.
Jimin balançou a cabeça, levantando a camisa de Jungkook e beijou a barriga dele, passando o nariz ali, como fazia quando o Beta estava grávido. Jungkook fazia um carinho no cabelo negro do noivo e sorriu, vendo o quanto Jimin ainda era bobo com aquele tipo de carinho.
— O que foi, bebê? — Jungkook perguntou. — Nostalgia?
— Várias.
— Vai ver no futuro, nós teremos outro e você pode fazer isso de novo com seu filho. Isso se você não engravidar.
— Aí você faz comigo.
— E se nós dois engravidarmos juntos?
— Aí você faz em mim e eu em você — respondeu fofo. — Imagina nós dois barrigudos por aí, recebendo vários carinhos um do outro e dos nossos já nascidos. Aí iríamos comparar as barriguinhas e tudo mais.
— E depois os dois pirados, não?
— Principalmente os dois pirados — o Park afastou-se, deitando-se ao lado de Jungkook.
Jimin puxou o noivo para perto dele e deu-lhe um beijo na cabeça.
— Amo o jeito que me abraça — Jungkook fechou os olhos, passando a perna pela cintura de Jimin. — Parece que eu sou a menor coisa que já teve o prazer de segurar.
— Não importa o quão alto seja, Jungkook, você sempre vai ser um pequenininho para mim.
— Amo um namorado, ops, noivo que me mime.
Jimin deu um sorriso de lado, fazendo carinho em Jungkook, esperando-o dormir, pois era o que sempre fazia. Esperava o mais novo dormir, antes de ir cobri-lo e apagar todas as luzes, pois não importava o quão velho Jungkook ficava, ele sempre seria um dos bebês do Park.