Entre Girassóis & Tintas: Gol...

By writerphoria

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[LIVRO 2 - CONCLUÍDO] • Após descobrir que está grávido de Jimin, Jungkook fixa-se na ideia de ir morar em Tó... More

ꏍ Avisos
Prólogo
1. Betas, o experimento que deu errado
2. Presentinhos para o outro pai
3. Roupinhas de bebê
4. Quero falar com esse "tal" de Jimin
5. Boa noite, chato!
6. Parabéns, papai Park
7. Como eu conheci o Jimin
8. Você não vai sair com ninguém!
9. Jimin chega em Tóquio
10. Conhecendo o sr. Jeon
11. 4x4 = 8
12. Jungkook pode, mas eu não
13. O casal do século
14. Um estranho pedido de namoro
15. Quem admitiu alguma coisa?
16. No sótão
17. Mangá sobre nós
18. Um piquenique improvisado no sótão
19. O "princeso" que você é
20. Nós deveríamos morar juntos, não acha?
21. Uma ligação indesejada
22. Apelido carinhoso
23. Seja um bom menino
24. Senhor Pimentinha
25. De volta à Seul
26. Um (talvez) recomeço de amizade
27. Todo mundo tem que ter um bebê
28. Me conte mais sobre o seu pai
29. O casal alfa
30. A mão que bate, é a mesma que faz carinho
31. Estragando momentos fofos
32. Nunca falei com você sem flertar
33. Pular de paraquedas com meus filhos
34. Pensamentos estúpidos
35. Jungkook, deixa de neura!
36. Doces e promessas (des)cumpridas
37. Conselho do hyung
38. O pai chato e o pai legal
39. Preocupado com Jungkook
40. Por você, eu sou paciente
41. #PassivãoDaPimentinha
42. O príncipe e o super-herói
43. Festa de formatura (PT. 1)
44. Festa de formatura (PT. 2)
45. O sobrenome dos bebês
46. Últimos dias em Seul
47. A vez que eles quase se beijaram
48. Ultrassom 3D
49. Arrancando informações de Yoongi
50. Tudo sobre nós
51. Um terceiro bebê
52. Os três pequenininhos donos do coração de Jungkook
53. Aniversário no hospital
54. Não diga essas coisas na frente dos bebês
55. Somente a sua decisão
56. A agenda
57. Os amores que mais amo
58. Estresse puro
59. A vida de pais e de namorados
60. Como se fosse a primeira vez
61. Teste de DNA
62. Chamada de vídeo
63. Conhece algum Park Jimin?
65. Retomar a amizade?
66. Uma visita para Jimin na universidade
67. Estou formado
68. Bolsa de estudos
69. A formatura de Jimin
70. Plantação de girassóis
🌻 | Agradecimentos
Epílogo 1
Epílogo 2
Capítulo especial: Dia dos Pais
Pré-venda livro físico

64. Planos para o futuro

8.7K 1.4K 434
By writerphoria

Vamos começar o capítulo com essa linda e fofa fanart de Golden Tokyo que me fez chorar demais quando vi, pois é a coisa mais lindinha do mundo inteiro T-T.

Depois dessa fofura... Tenham uma boca leitura, e até o próximo capítulo, girassoizinhos dos jikook <3


✦ 🌻 ✦


Jungkook ficou observando o homem com muito, mas muito, desdém e o velho ainda se fazia de sonso e queria se afastar, porém ele falou:

— Estão aqui pela Jieun, não? Ela contratou vocês para estarem aqui, não?

— Não — Jungkook negou, percebendo o quão cínico era o pai de seu namorado. — A real é que eu nem sabia que você poderia ser pai do Jimin, e acho que ele sequer sonha que eu estou aqui ou nunca permitiria que eu estivesse aqui na sua frente. Só que eu acabei descobrindo o nome do pai dele por amigos próximos, e bateu com o seu. Antes, eu pensei que só era uma coincidência, quantas pessoas têm o nome igual no mundo? Porém acabei de confirmar minhas suspeitas.

— Você não pode defender um lado sem conhecer o outro — ele bufou. — A mãe do Jimin quis me dar um golpe.

— Ah, pelo amor de Deus, em pleno século XXI as pessoas ainda falam de "golpe da barriga" — Jungkook deu risada. — Não tinha camisinha naquela época? As pessoas não obrigariam vocês a se casarem. Como a pensão que pagaria para o seu filho, jamais conseguiria sustentá-la em uma vida de luxo sem trabalhar para o resto da vida, até porque pensão só é obrigatória até a maioridade. E depois eles viveriam debaixo da ponte? Vocês que não querem assumir o filho, tiram desculpas idiotas do esgoto para justificar as coisas.

— Seus pais nem estavam pensando em te ter quando eu comecei a me envolver com aquela mulher.

— As gravidezes da minha mãe foram planejadas, então acho que eles já pensavam, sim — bufou. — Diferente de você que não planejou e nem assumiu. Só que a parte mais triste é saber que o Jimin nasceu com o seu gosto pela arte!

— Um bom gosto aquele menino tinha que ter para salvar a vida dele, pois a última vez que o vi, Jimin era bem feinho, gordinho e mal-educado como a mãe, então não chegaria tão longe se continuasse dessa forma — desdenhou do próprio filho, sentando-se na cadeira. — A primeira vez que tentei um contato com ele para me aproximar, ele não falou comigo nenhum segundo, e ainda negou tudo.

— Claro. Você acha que pode sumir durante anos da vida de alguém e quando, magicamente, resolve voltar, quer que ele te receba com uma festa?

— Jungkook, deixe que Jimin resolva essa coisa com o próprio pai — Yugyeom falou, tentando acalmar a briga. — Você não tem que tomar as dores do Jimin, ok? Eu já tomei suas dores e fiz uma burrada, então não faça isso também! Você nem sabe se o Jimin...

— Yugyeom, eu estou me resolvendo com ele — o Beta respondeu o outro homem, ainda morrendo de raiva.

— Você está com seus filhos — Yugyeom tentou relembrá-lo, pois o Jeon parecia que tinha esquecido os pequenos.

— O que vocês querem?

— Olha, sr. Kim, eu só quero vender essa estátua e ir embora sem nenhuma complicação ou que a polícia venha aqui — o medo no rosto do Beta era muito real e ele já estava querendo sair dali correndo.

— Eu já disse 300 mil dólares por duas artes — Neil continuou com sua postura fria e calculista. — Aceitam ou não?

— 350 mil — Jungkook falou.

— Nunca! — o mais velho quase riu.

— 350 mil por duas artes, o que tem demais? — ele se afastou do homem.

— Qual o motivo de ter aumentado 50 mil, Jeon?

— Te interessa? 350 mil e a escultura é entregue assim que o dinheiro cair na conta e um dos quadros que escolher até mês que vem.

— Para acabar com essa conversa e vocês me deixarem em paz logo, eu aceito — o sr. Kim abriu uma gaveta, tirando um talão de cheque e pegando uma caneta. — Nunca mais vou querer fazer um negócio com vocês.

— Não tem problema, aqui não é o único museu do país ou do mundo e terão outros. Pessoas talentosas dificilmente ficam sem trabalho — Jungkook acompanhou-o escrever a quantia em dinheiro e estender a folha que foi pega por Yugyeom.

— Vocês dois, mantenham a boca fechada sobre os Park — Neil olhou diretamente para Jungkook. — Se algo sair na imprensa ou eu vir a ser interrogado pela justiça, eu destruo o nome dos dois nesse mercado.

— N-nós não vamos falar nada não, sr. Kim — Yugyeom coçou a cabeça, não querendo mais se envolver em outra briga que nem era dele.

— Não sei porque está tão irritado, o dinheiro nem está saindo do seu bolso, mesmo! — Jungkook continuou respondendo com muito nojo. — Quem deveria ficar quieto é o senhor, pois é melhor sua família não saber do bastardo, não?

— Vão embora e nunca mais apareçam na minha frente!

— Com prazer e suas obras estarão aqui o mais rápido possível. — Jungkook foi o primeiro a dar as costas e sair com a força de todo seu ódio daquela sala.

O seu coração batia tão rápido que ele tinha certeza que aquilo poderia acordar os seus filhos que ainda dormiam. Jungkook olhou para trás vendo Yugyeom se aproximar dele e só soube colocar o cobertor por cima dos bebês até chegar no shopping mais próximo que tinha.

— O que foi aquilo? Ele ia bater em você! — Yugyeom falou com a voz preocupada.

— Fiquei com ódio de um homem que fez um monte de coisa para o Jimin e a mãe dele sofrer, e ainda fica desdenhando e se fazendo de sonso — o Jeon começou a andar pela calçada com uma velocidade até rápida. — O Jimin é super, tipo assim, muito sentido com o que o pai fez, principalmente com a mãe dele. Eu só estourei!

— Acontece que você não pode sair fazendo isso sem que Jimin deixe, entende? Eu fiz isso e sei como é errado e idiota! — Yugyeom entregou a bolsa para Jungkook, pois ele pediu silenciosamente. — Imagina se Jimin soubesse que você estava tentando resolver coisa que, às vezes, ele não quer mais resolver ou já tinha resolvido, o que ele iria fazer? Ele só ficaria com raiva de você, pois ele tem cara de ser bastante orgulhoso com as coisas dele. Algumas vezes, nós só temos que ficar quietos e deixar a pessoa resolver aquele problema por ela mesma.

— É eu sei, só que não pude evitar de querer tomar as dores dele — ele suspirou. — Agora voltando, como o cheque ficou com você, depois eu te mando minha conta e você transfere 200 mil nela. Serão 150 mil para você e 150 mil para mim. Pode ser?

— E os outros 50 mil?

— Vou presentear Jimin com sua pós-graduação — Jungkook falou. — Eu sempre acreditei que Jimin era uma das pessoas mais talentosas que eu conheço e ele realmente é. Não gostaria de vê-lo se matando em um emprego que não quer apenas para pagar algo. Saber que ele nunca recebeu nenhum patrocínio durante a faculdade e todas as vezes que ele participava de algo era com o suado dinheirinho dele, me fez ficar triste — o Beta passou a andar mais devagar. — Isso só demonstra o que todos falam, que quando você já é de uma classe média para alta, todos querem te ajudar, pois sabem que terão retorno financeiro, porém quando você não é, eles, simplesmente, ignoram isso.

— Você quis usar o pai dele para isso?

— O que tem? Eu vendi duas artes para ele e posso fazer o que eu quiser já que o dinheiro agora é meu! — deu de ombros. — Imagina o quanto ele deve ganhar por ano, 50 mil para ele não deve ser nada. Ainda mais que, quem está pagando pelas artes é o museu e não ele. Aquele homem só fez a conexão entre o cargo mais alto daquele lugar e a gente. No final, não vai ter nada do pai dele para o Jimin se preocupar.

— Ele não tem cara que vai deixar você pagar isso para ele.

— Ele nem saberá que será eu.

— Como assim?

— Sabe aquele programa da faculdade em que uma empresa ou pessoa, que reconheça o talento do outro, dão uma bolsa de estudo parcial ou integral para alguns ou um estudante? Vai ser exatamente isso o que vou fazer.

— Boa sorte com isso.

— Obrigado — Jungkook parou na frente de um shopping. — Sabe, Yugyeom, nós precisamos conversar sobre nós dois.

— Ah... — ele olhou para o Jeon. — Mas eu preciso ir trabalhar.

— Não precisa ser agora, e nem amanhã, só que não precisa demorar também.

— Então me mande mensagem e a gente conversa sobre isso.

— Tá bom — ele balançou a cabeça. — Já que é assim, tchau.

— Vai ficar aqui?

— Eu já sei que daqui a pouco eles acordam e preciso dar de mamar e Jimin vai vir me buscar aqui, já que é perto da faculdade, e ele só teve as aulas da manhã hoje.

— Tudo bem. Tchau! — Yugyeom virou-se de costas e saiu.

Jungkook ficou até certo ponto olhando para Yugyeom até ele virar a esquina e entrou no shopping atrás dos locais de amamentação.


+ + +


Quando chegou em casa junto com Jimin, Jungkook continuou com a cara um pouco fechada. O Park até estava preocupado com aquilo e resolveu ficar quieto, deixando o namorado tomar um banho e dormir um pouco. O Beta mais velho até ficou preocupado, pois não sabia se conseguiria fazer o trabalho da faculdade, já que ficaria com os filhos, porém, para sua sorte, eles dormiram também e ele ficou mais tranquilo para terminar seu "dever de casa". Assim que subiu para o quarto, para procurar uma roupa antes de ir tomar um banho, viu Jungkook encolhido na cama, mexendo no celular e ignorou o fato dele ter reclamado quando ele ligou a luz.

— Parece meu pai quando entrava no meu quarto quando eu tinha quinze anos.

— Ah — o Park respondeu, soltando um risinho. — E aí, como foi lá no museu? Conseguiu vender sua obra?

— Foi bem chato — disse, baixo, deixando o celular de lado para olhar para Jimin. — Deu certo, isso que importa.

— Sério? — Jimin ficou desconfiado.

— Jimin, a única coisa que importa de lá é que eu vendi a escultura, pronto — falou, ainda escolhido na cama. — E isso me lembra que eu tenho que mandar mensagem para os meus pais.

— Você está irritado? — perguntou, abrindo o guarda-roupa atrás de uma roupa.

— Um pouquinho só.

— Posso saber porquê? Foi o Yugyeom?

— Não — ele negou, enquanto Jimin se aproximava, sentando-se na cama. — Acordei com vontade de brigar hoje.

— Opa, então eu vou ficar longe hoje, antes que você solte seus cachorros em cima de mim igual da última vez — Jimin riu, levantando-se da cama.

— Brigar de vez em quando é bom.

— Claro, você tem desculpas para usar e ganhar a discussão — o Beta mais velho pegou as roupas que tinha separado. — Você saiu do "estou grávido de dois" para "meu leite vai secar".

— Sim — Jungkook riu, pois seu namorado tinha lhe imitado direitinho. — Temos que usar as armas que temos antes da munição acabar.

— É, meu amor, eu já volto.

— Vai tomar banho?

— Sim.

— Você deveria esperar seus filhos acordarem, e dar banho neles também.

— Você está me usando demais desde ontem.

— Eu sei, amor, só que eu passei um mês fazendo sozinho, por favor, seja mais compreensível — Jungkook usou seu artifício de olhos pidões, porque sabia que aquilo derretia o Park.

— Eu sou compreensível — Jimin fez uma cara de triste, largando a roupa e indo para cama, abraçando Jungkook de conchinha. — Seu cheiro antes já lembrava bebê, agora é literalmente de bebê.

— Uma mistura de leite, lenço umedecido e perfume de criança?

— Sim — os riram juntos.

— Sabe, eu estava olhando umas fotos antigas — Jungkook pegou o celular de volta. — E eu fiquei nostálgico, Chim.

— Pelo quê, exatamente? — indagou, observando Jungkook passar as fotos e parar em uma.

Ele estava no final da gravidez e ostentava um barrigão para o qual olhava todo bobinho. Jimin lembrou-se exatamente daquele dia que ele tinha tirado aquela foto e sorriu automaticamente.

— Olha essa minha foto com o barrigão! — Jungkook começou a dar risada. — Às vezes, eu fico morrendo de saudades dela e sentir os bebês se mexendo, mesmo quando eles me chutavam com força e eu ficava sem ar. Saudades de você fazendo carinho, conversando, beijando e cantando para minha barriga — ele virou-se para Jimin, com seus olhos brilhando. — Foi uma fase tão gostosa que eu amei passar, principalmente ao seu lado.

— Eu também amei passar aquela fase com você e estou amando passar essa fase também — Jimin fez um carinho na bochecha de Jungkook. — Você está sendo perfeito em todas.

— Você me elogia demais — suspirou dando um selinho em Jimin. — Eu fico rindo lembrando das nossas primeiras conversas e eu não queria que você acompanhasse a gravidez. Lembro-me de quando falou que meu contato no seu celular era "Grávido Chato".

— E era.

— Mentira! Deveria ser "O amor da minha vida", só que você não dava o braço a torcer para me contar.

— Era "Grávido Chato", sim — Jimin falou sério. — Você me enchia o saco de "quando eles nascerem, você vê".

— A verdade era que eu estava desesperado, e falava qualquer coisa — respondeu, brincando com as mechas que caíam sobre o rosto de Jimin. — Acreditava que manter você longe seria a melhor coisa, eu tinha medo que os rejeitasse também.

— Eu nunca rejeitaria meus filhos nem que eu te odiasse, Gukkie — Jimin sorriu fraco. — Eu fiquei um pouco com medo no começo, só que eu fiquei tão encantado que seria pai de gêmeos que eu nem me lembrava mais do medo ou do motivo de você ter engravidado. Só me arrependo de não ter conseguido ver você desde o começo, com a barriga bem pequena.

— Não perdeu muita coisa, minha barriga só começou a crescer de verdade no quarto mês. Antes parecia que tinha engordado e estava com uma pancinha de cerveja.

— Eu queria muito ter visto.

— Quem sabe um dia não possa ver — Jungkook virou-se, ficando por cima do corpo de Jimin. — Porém se daqui uns anos quisermos ter outro filho, vamos planejar. Tipo, vamos transar nesse dia, para você engravidar nesse e nascer nesse. Aí compramos tudo bonitinho, tudo pensadinho, aí a Sun e o Joon estarão maiorzinhos, e eles vão ficar mimando minha barriga.

— Parece um belo plano de vida.

— Minha mãe disse que quando ela ficou grávida de mim, o Junghyun dava vários beijinhos na barriga dela, e eu quero isso também — mordeu os lábios, ficando com o olhar longe, imaginando o futuro. — Claro, depois da gente se especializar, tiver uma casa ou apartamento legal, bons empregos. Foi bom ter filhos assim na surpresa, só que se fosse avisado, seria bem melhor.

— Ah... — Jimin fez um barulhinho e Jungkook olhou para ele. — É...

— Que foi, não gostou da ideia?

— Amei a ideia de daqui alguns anos ser ameaçado por uma jatada de leite no olho de novo — os dois gargalharam. — Só imaginando o futuro mesmo. Será que vai me aguentar por tanto tempo?

— Será que você vai me aguentar por tanto tempo? — Jungkook perguntou, enquanto trocava de posição, sentando-se no colo de Jimin. — Hein?

— Eu sou um especialista em como te aguentar.

— E eu sou um especialista em te aguentar também — ele mordeu os lábios, dando um beijo de esquimó no namorado. — Então já posso começar a me imaginar vovô com você e recebendo nossos netos em casa.

— Aí eles perguntam como nós nos conhecemos e responderei: olha, meu filho, seu avô imbecil me perseguiu durante a faculdade inteira.

— Pelo menos, vou poder te xingar de sonso — Jungkook jogou a cabeça para trás, rindo. — Bem que chegaria nessa idade bem feliz, pois imagina passar todos esses anos ao seu lado. Todas as coisas boas, ruins, desafios, ver nossos filhos crescerem, querer matar os namorados e as namoradas deles, aceitar que eles cresceram, vê-los se apaixonarem, formarem, casarem, terem filhos e serem felizes com as vidinhas deles. Deve ser muito realizador.

— É, acho que seu pai está na fase de admitir que você cresceu e me aceitando — Jimin agarrou a cintura de Jungkook, trazendo-o para mais perto de seu corpo. — Ele até me deu um abraço quando me deixou no aeroporto e disse que ia sentir minha falta. Fiquei com medo do avião cair, que eu até pedi para segurar a mão da mulher que estava ao meu lado.

— Idiota! — Jungkook não aguentou e deu risada. — O meu pai é muito legal, sabia? Ele é meio fechado, desconfiado e muito protetor no começo, só que ele viu que você me ama de verdade e vai te dar abertura para entrar no coração dele também. Nós estamos muito bem, olha, sua mãe gosta de mim, meus pais gostam de você, meu irmão também, o Jin gosta de mim, sua cachorra gosta de mim e temos amigos em comum.

— Perfeito.

— Nos encaixamos como café e leite — brincou, se aproximando para beijar Jimin.

O beijo começou de forma rápida e fácil, pois parecia que as bocas deles tinham vida própria e queriam estar juntas de qualquer modo.

As mãos de Jungkook repousaram nos ombros de Jimin, enquanto as mãos de Jimin continuavam pegando, de forma contida, a cintura do mais novo. Só pelo beijo, os corpos dos dois começaram a ficar quentes e os movimentos involuntários já iniciaram. Jungkook rebolou no colo de Jimin, sentindo todo o pênis semiereto do namorado em sua bunda, gemendo bem baixinho entre o beijo. As mãos de Jimin desceram até os quadris do mais novo, onde segurou com força, quase o arranhando, sem parar o beijo, já pensando em tirar a roupa, mas os dois ouviram um gritinho e logo após um choro.

Ambos tomaram um susto e pararam o beijo, percebendo que alguém estava entre eles e não sairia tão cedo também, pois agora começaria todo o ritual de amamentar e fazer os bebês se cansarem para dormir de novo.

— Ah, não... — Jungkook se lamentou, dando uma risada um pouco nervosa.

— Nosso dever nos chama — falou, brincalhão. — Quer dizer... Chora.

Jungkook, um pouco contrariado, saiu do colo de Jimin, indo até o berço, olhando para Yeojoon que tinha acordado. O Jeon quase entrou em desespero ao ver seu filho com uma gosma branca por todo seu rosto e roupa e saiu correndo pegando uma fralda de pano em cima da penteadeira do quarto.

— Puta que pariu! — ele pegou Yeojoon, começando a limpá-lo. — Ele vomitou... Ai, Jimin! — exclamou, um pouco desesperado, colocando-o na cama.

Jimin olhou para aquilo, fazendo uma cara de nojo e levantou-se da cama.

— Já estou indo encher a banheira, calma — ele saiu correndo para o banheiro com a banheira na mão.

— Coloca para a Sunhee também, pois vou acordá-la para você dar banho nela. — Jungkook falou, terminando de limpar o rosto do filho que não parava de chorar.

— Pode deixar, senhor — Jimin falou do banheiro.

— Calma, meu rouxinol! Papai já vai te dar um banho, você vai ficar cheirosinho e vou te dar de mamar e depois muito amor, tá? Só que agora, você está fedorento e não dá para dar amor pra gente fedorentinha de vômito de leite azedo! — ele começou a tirar a roupa de Yeojoon com todo o cuidado do mundo.

— Pode trazer, Guk.

— Já estou indo — ele respondeu. — Calma, Joon, daqui a pouco eu vou te dar tete, lindo. Não sei como você não machuca as suas cordas vocais com esse choro que dá — abriu a fralda. — Vamos para o papai chato.

Jungkook correu com Yeojoon até o banheiro, entregando-o para Jimin.

— Você só dá trabalho, né, mocinho? — Jimin falou com o filho. — Pode ir acordando a Sun.

— Ela está tão bonitinha dormindo — Jungkook fez cara de triste.

— Se não der banho nela agora, você que vai dar banho nela mais tarde.

— Tudo bem — ele bufou, voltando para o quarto para acordar a filha.

Pelo menos, na hora de dormir, os dois dormiriam juntos de vez — ele pensou, rindo, pois daria tempo de retomar sua brincadeira com Jimin se eles fossem dormir na mesma hora.

Isso se ele não fosse estudar por conta da faculdade.

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