Enchanted World Online

MrCr0w tarafından

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Mike Rodrigues, de 29 anos, jogava um jogo mundialmente conhecido, o "Enchanted World Online", um jogo VRMMOR... Daha Fazla

Prologo
Capítulo 2: Dia de aprendizado.
Capítulo 3: Família Real.
Capítulo 4: O Alquimista!
Capítulo 5: Torneio de Espadachins!
Capítulo 6: Uma doce amargura!
Capítulo 7: Ken, O Aventureiro.
Capítulo 8: O início de uma aventura.
Capítulo 9: Nero, O Mago Espadachim!
Capítulo 10: Dormindo com Deuses.
Capítulo 11: Uma benção divina.
Capítulo 12: Purple Flames
Capítulo 13: Luto.
Capítulo 14: Xeque-mate
Capítulo 15: OceanPlus
Capítulo 16: Fogo em alto mar.
Capítulo 17: Buraco de minhoca.
Capítulo 18: A Caverna.
Capítulo 19: O Deus do Trovão.
Capítulo 20: Combustão.
Capítulo 21: Profecia.
Capítulo 22: A Tempestade...
Capítulo 23: Lilith, A Rainha dos Demônios.
Capítulo 24: A Deusa da Água.
Capítulo 25: Um brinde.
Capítulo 26: A chegada.
Capítulo 27: Lorde.
Capítulo 28: O Vilarejo.
Capítulo 29: A Rainha do Reino Verde.
Capítulo 30: Máscaras e Pilares.
Capítulo 31: Dia de treinamento.
Capítulo 32: Preparações.
Capítulo 33: O Distribuidor.
Capítulo 34: Demônios.
Capítulo 35: O Reino de Eregond.
Capítulo 36: O início de uma jornada.
Capítulo 37: Diferença de Poder.
Capítulo 38: Silverstone
Capítulo 39: Pedra, PAPEL e tesoura.
Capítulo 40: Reencontro.
Capítulo 41: O Brilho da Luz.
Capítulo 42: Só o tempo nos dirá.
Capítulo 43: O Enxame de Inscrição.
Capítulo 44: Discurso dos Representantes.
Capítulo 45: Primeiro Dia.
Capítulo 46: Apostas do Mestre.
Capítulo 47: O Enviado de Deus.
Capítulo 48: Tempo dourado.
Capítulo 49: Massacre.
Capítulo 50: Despedida.
Capítulo 51: Símbolo de Orgulho.
Capítulo 52: O dia do Caçador.
Capítulo 53: O Deus Dragão.
Capítulo 54: Raiva e Lágrimas.
Capítulo 55: Marca Tempo.
Capítulo 56: A Ordem das Rosas.
Capítulo 57: Arcanjo de Batalha.
Capítulo 58: De volta ao velho mundo.
Capítulo 59: Lady Mortífera.
Capítulo 60: Amanhecer de Um Novo Mundo.
Capítulo 61: O Inigualável Rei.
Capitulo 62: Mundus hieme mutatus.
Capítulo 63: My Dear Sister.
Capítulo 64: T.E.
Capítulo 65: Técnica Inata.
Capítulo 66: Preparando o Terreno para Grandes Mudanças.
Capítulo 67: O Final de um Grande Prólogo.
Mapa do Continente Mortal.
Capítulo 68: Capítulo Um da Segunda Era.
Capítulo 69: Espada e Honra.
Capítulo 70: Um Jogo de Azar.
Capítulo 71: Clã da Águia.
Capítulo 72: Políticas e Estratagemas.

Capítulo 1: Primeiro Contato!

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MrCr0w tarafından

Depois de descobrir que o Teleport Crystal não estava mais na cabana, eu saí andando pelo caminho que tinha em frente a cabana.

Eu caminhei por cerca de uma hora, e foi uma caminhada exaustiva, a minha perna esquerda estava ferida, e isso dificultava a minha locomoção, eu pensei em usar um feitiço de voo, mas eu queria me afastar da cidade de Zildriel sem chamar atenção, já que eu havia feito uma bagunça lá, então eu não queria ficar exposto no céu.

A ideia de esse mundo ser real ainda parece mentira, mas a cada minuto que se passa isso parece mais logico.

Todo o ambiente ao meu redor e extremamente realista para qualquer jogo já lançado, além disso tinha a dor na minha perna e o cansaço por estar caminhando por tanto tempo, recursos que não eram usados em nenhum VRMMO.

Enquanto caminhava eu tentei usar alguns comandos que existiam no EWO, como inventario ou status, mas não funcionou, obviamente.

Existia muitas coisas que eu não conseguia entender, mas o que mais me intrigava no momento, era o fato de todos na cidade de Zidriel terem me atacado, eles pareciam com medo de alguma coisa.

Se for alguma coisa que eu fiz, ou algo em mim, talvez isso aconteça em toda cidade que eu for, e se esse for o caso, eu não poderei entrar nas cidades.

Por sorte eu tive tempo de pensar no meu próximo passo e rever a minha situação, mas infelizmente eu cheguei à conclusão de que se esse realmente for outro mundo eu preciso ir até a cidade mais próxima para coletar informações.

Seguindo o que eu conhecia do mundo de EWO, esse caminho em que eu estava levaria até o vilarejo "Lerrerian", um vilarejo composto principalmente de humanos.

Se esse mundo é igual ao de EWO, significa que nesse vilarejo existe uma Guilda de Aventureiros, onde os jogadores podem pegar missões, e lá eu devo conseguir mais informações.

Eu continuei caminhando por horas sem parar, o sol já estava começando a se por, e eu sentia minha fadiga aumentar, mas eu ainda conseguiria aguentar caminhar por um bom tempo, aparentemente minha stamina é bem alta, assim como no EWO.

Isso significava que eu realmente tinha todas as habilidades do meu personagem no jogo, mas já que eu não conseguia abrir uma aba de status, ou algo do tipo, para ver meu nível, eu não posso afirmar com certeza.

Enquanto eu me perdia em meus pensamentos tentando responder a milhares de dúvidas que eu tinha naquele momento, uma voz feminina ecoo entre as arvores.

- Parado aí, Demônio! -

Nesse momento eu instintivamente me virei para trás enquanto levava a mão até a espada em minha cintura.

Mas assim que eu terminei de me virar uma mulher loira surgiu na minha frente repentinamente, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela projetou sua espada na minha direção com uma estocada.

Antes que eu percebesse meu corpo se moveu sozinho, e rapidamente eu desembainhei a minha espada e bloqueie o ataque dela.

Porém quando a ponta da sua espada atingiu a lamina da minha espada, ela instantaneamente recuou a espada para trás e então iniciou outro ataque, semelhante ao primeiro.

Nesse momento eu repeti o que havia feito antes, e bloqueie a estocada com a lamina da minha espada, mas então ela recuou a espada novamente, e deu iniciou uma sequência de estocadas extremamente veloz.

Ao ver aquela sequência de golpes vindo na minha direção eu pensei por uma pequena fração de segundos que seria meu fim, mas então meu corpo se moveu em uma velocidade ainda mais alta e repeliu todos os ataques.

Mesmo sem entender como eu havia defendido aquilo, como um jogador de RPG eu sabia que eu não podia continuar perto dela como eu estava, então eu pulei para trás, com intuito de recuar pelo menos um pouco, mas para a minha surpresa mesmo usando "pouca" força eu acabei recuando cerca de 2 metros.

E quando parei a uma distância segura dela, eu pude analisar com mais calma a minha adversaria, uma mulher loire, de aproximadamente 20 a 28 anos, e se isso fosse um cenário de RPG, julgando pelas roupas da mulher ela com certeza e uma cavaleira ou algo do tipo.

A mulher rapidamente recuperou a compostura, e então me olhou sorrindo, parecendo extremamente confiante.

Eu conseguia entender o motivo da arrogância dela, julgando pelo ataque de antes, se isso ainda fosse o mundo de EWO ela seria no mínimo nível 70.

Eu conseguia entender o motivo da arrogância dela, julgando pelo ataque de antes, se isso ainda fosse o mundo de EWO ela seria no mínimo nível 70.

Sendo sincero eu preferiria não lutar contra uma mulher, ainda mais uma mulher como ela...

Então eu abaixei a minha espada, e enquanto sorria, tentando parecer o mais simpático possível, eu disse.

- Olha, acho que você me confundiu! Eu só estava passando por aqui... não tenho intenção de lutar com você! -

Mas para a minha surpresa ela deixou escapar uma risada, e então disse após soltar um suspiro aliviado.

- Tem razão, eu realmente te confundi... eu vim atrás de um Lizardman, mas acabei achando você... -

Nesse momento um sorriso aliviado surgiu em meu rosto, e eu estava prestes a agradecer ela por não querer lutar, mas então um olhar intimidador surgiu no rosto dela, e então ela disse em um tom ameaçador.

- Quem diria que eu encontraria um desprezível demônio aqui! É muita sorte minha... e muito azar seu! -

Ao ver os olhos dela me encarando com uma forte intenção assassina, um arrepio percorreu a minha espinha.

Ela realmente estava disposta a me matar, eu estava em uma batalha de vida ou morte, uma real batalha de vida ou morte, nada parecido com um jogo ou coisa do tipo... isso era assustador.

Eu ainda estava travado no lugar sem conseguir me mover, quando a mulher deu um passo para frente enquanto perguntava.

- O que aconteceu? Você não vai atacar? -

E por alguns segundos ela ficou esperando uma resposta, mas eu não sabia o que dizer, na verdade, eu estava com tanto medo que não conseguia dizer nada.

Então quando ela percebeu que não teria uma resposta, um olhar irritado surgiu em seu rosto enquanto ela dizia.

- Muito bem... então eu atacarei! -

E quando terminou de falar, ela se impulsionou para frente repentinamente, e como um vulto branco ela disparou na minha direção em alta velocidade.

Quando eu me dei conta a ponta da espada dela já estava a 30 centímetros do meu rosto, e automaticamente eu desviei o rosto um pouco para o lado.

E a espada passou em alta velocidade do lado do meu rosto, liberando um forte correndo de ar e fazendo um corte superficial na minha bochecha.

Nesse momento a mulher começou a se preparar para dar a início a sequência de ataques, então eu pulei para trás antes que ela começasse a atacar, tentando tomar distância novamente.

Mas assim que eu estava a 1 metro dela, ela se impulsionou para frente novamente, e instantaneamente apareceu na minha frente novamente, e então deu início a uma sequência de estocadas com a espada.

Quando ela deu início a sequência de ataques o tempo pareceu percorrer em câmera lenta.

Eu vi meu braço se mover automaticamente e bloquear a primeira estocada com a lamina da minha espada, e em seguida eu vi a mulher rapidamente retroceder a espada para trás e dar início a segunda estocada.

Nesse momento eu conseguia pensar que eu tinha que defender e contra-atacar, senão eu iria ser derrotado... derrotado não, o corte na minha bochecha é real, o ferimento na minha perna é real, então se eu não derrotar essa mulher... eu vou morrer.

Rapidamente milhares de formas de contra-atacar passaram pela minha mente, se isso fosse um jogo eu conseguiria pensar em uma boa maneira, mas como esse mundo era real eu não conseguia pensar em nada... até que eu tive uma epifania.

Desde de que eu cheguei aqui eu presenciei várias ocasiões em que eu usei magias que eu usava no EWO, então eu também devo poder usar aqui.

Então rapidamente eu repassei toda a situação na minha mente e tentei analisar como se fosse mais uma partida normal de EWO, e cheguei a uma conclusão absoluta...

Quando a ponta da espada da mulher estava se aproximando de mim um brilho azul tomou conta da lamina da minha espada, e então ela se projetou na direção da outra espada em um movimento diagonal.

Assim que a lamina brilhante da minha espada atingiu a espada da mulher, a espada dela foi arremessada para cima sem que ela conseguisse segura-la.

Nesse momento um olhar surpreso surgiu no rosto dela, mas eu ainda não havia acabado, esse era uma Skill de dois movimentos usada no EWO, chamada de "Duplex Conscidisti".

Mas antes de concluir esse movimento ainda era necessário mais uma coisa, uma adição, inventa especialmente por mim, então em uma velocidade surpreendentemente rápida, eu recitei um feitiço de EWO.

- Auget Agri Gravitas! -

Quando terminei de falar uma pressão esmagadora instantaneamente tomou conta de todo o lugar, fazendo a mulher cair ajoelhada brutalmente no chão.

Em seguida a minha espada emitiu uma luz azul ofuscante, e então se impulsionou na diagonal para baixo, na direção do pescoço da mulher.

Em questão de milésimos de segundos a espada já estava prestes a cortar o pescoço da mulher, e nesse momento eu me toquei que do que eu estava fazendo, de que isso não era mais um jogo, e que se eu continuasse esse movimento eu acabaria matando uma pessoa.

Então eu usei toda a minha força para parar o movimento, e ao parar forçadamente a espada liberou uma forte corrente de ar, enquanto a lamina parava a centímetros do pescoço dela, cortando apenas alguns fios dos seus cabelos loiros.

Nesse momento a mulher me olhava assustada, e seu olhar arrogante de antes havia desparecido completamente.

Ao ver que eu havia conseguido parar o movimento antes de atingir ela, eu deixei escapar um suspiro aliviado.

Essa havia sido a primeira vez que eu usava uma "Sword Skill" nesse mundo, eu nem sabia se daria certo, então foi pura sorte eu ter conseguido interromper a Skill.

Mas pelo menos eu pude esclarece algumas coisas, por exemplo, parece que quando se usa uma Sword Skill, os movimentos praticamente são feitos automaticamente, mas eu preciso testar outras Skill para saber se isso acontece com todas.

Além disso eu pude confirmar outra coisa, a magia "Auget Agri Gravitas" de nível 5, funciona nesse mundo, porém de um jeito diferente do jogo, no jogo esse feitiço apenas diminuía a velocidade de inimigo, mas aqui parece que ele aumenta a gravidade do local, fazendo o inimigo cair no chão sem conseguir se movimentar, bem eficaz.

Desde que eu consiga usar as mesmas magias que meu personagem usava no EWO a conclusão de toda luta sempre vai ser a mesma, a vitória sempre será minha.

Enquanto eu estava analisando as minhas habilidades, a mulher permanecia ajoelhada no chão me encarando com um olhar assustado.

Aquilo começou a me incomodar, então eu coloquei a minha espada de volta na bainha, e então eu disse em um tom sarcástico.

- Acho que eu venci, né?! -

Mas ela sequer reagiu ao que eu disse, então eu apenas suspirei desanimado.

Eu queria mesmo desfazer a magia que eu usei para aumentar a gravidade, para que ela pudesse se mover livremente, mas eu não fazia ideia de como fazer isso, então apenas fechei meus olhos e me concentrei, pensando em cancelar o efeito da magia, ou melhor dizendo, desejando que a magia fosse anulada.

Surpreendentemente quando eu fiz isso eu senti o ambiente mudar levemente, e então eu senti uma sensação estranha, como se eu sentisse um alivio, e por algum motivo, depois disso eu tive certeza que a magia não estava mais fazendo efeito.

Então eu abri meus olhos, e olhando simpaticamente para a mulher eu disse.

- Espero que possamos conversa agora, como eu havia dito antes, eu não tenho a intenção de lutar com você. -

Nesse momento a mulher, ainda ajoelhada, começou a se arrastar para trás, com um olhar desconfiado no rosto.

Então eu suspirei novamente, e enquanto saia caminhado na direção de onde a espada dela havia parado, eu disse.

- Há, e aproposito, me desculpe pelo golpe de antes, eu quase te acertei... -

E quando parei em frente a espada, que havia cravado no chão, eu segurei o cabo dela e puxei para cima, retirando a lamina do chão.

Logo em seguida eu fui caminhando até a mulher, e enquanto parava a cerca de 1 metro dela, eu arremessei a espada na sua direção, fazendo ela cair no chão próximo aos pés da mulher.

Nesse momento a desconfiança da mulher pareceu diminuir um pouco, e então ela rapidamente segurou a espada e empunhou em sua mão enquanto se levantava e assumia uma postura defensiva.

Ao ver a reação dela, eu acabei deixando escapar uma risada, o que fez a mulher me olhar confusa, sem entender o porquê de eu estar rindo.

Então eu rapidamente tratei de parar de rir, e enquanto suspirava eu disse.

- Desculpa... é que foi uma reação engraçada... mas e aí? Se sente mais confortável agora? -

Antes de me responder ela ficou me encarando parecendo hesitante, mas então ela suspirou enquanto abaixava sua espada e dizia.

- Há, merda...! Você não é um demônio...? -

E sorrindo eu disse, em resposta.

- Não, até onde eu sei eu sou humano. -

Mas ela não teve a reação que eu esperava, pois assim que ouvi o que eu disse, um olhar sério surgiu em seu rosto enquanto ela dizia.

- A mana que você está emanando com certeza não é de um humano comum! -

Mana, é? Então tem isso aqui também... bom, era de se esperar, já que também existem magias...

Mas isso me faz ficar curioso, além de levantar algumas questões, então eu perguntei.

- Então eu estou emanando uma grande quantidade de mana? -

Mas ela pareceu não gostar da minha pergunta, e parecendo irritada ela disse.

- Uma grande quantidade?! Você tá brincando, né?! Você só pode estar brincando... -

E sem entender o motivo da indignação dela, eu disse.

- Eu queria estar brincando, mas não estou... -

E então ela suspirou parecendo estar segurando sua raiva, e enquanto guardava sua espada na bainha ela disse.

- Eu vim até aqui com uma equipe procurando por uns Lizardman que foram avistados aqui! Mas então eu senti uma mana que rivalizava a de um rei demônio, então eu me separei da minha equipe e fui atrás dessa mana... o que me trouxe até você. -

E então ela fez uma breve pausa enquanto me encarava, parecendo estar me analisando atentamente, e então perguntou.

- Você está me dizendo que não sabia que estava emanando essa quantidade de mana? -

- Não fazia ideia... - Eu respondi enquanto dava de ombros.

Nesse momento ela levou as mãos no rosto enquanto dizia, parecendo preocupada.

- Isso era mana demais para você está liberando "sem querer"... - E enquanto retirava a mão do rosto, ela completou - Se até mesmo eu que não sou uma magia consegui sentir, não pode ser uma mana normal...

Ao terminar de falar um olhar desconfiado voltou a surgir no rosto dela, e novamente ela começou a me encarar como se analisasse, mas dessa vez ela parecia me considerar um possível inimigo, mesmo eu achando que já havíamos passado dessa faze.

E ela não se segurou, enquanto cruzavas os braços ela parou na minha frente me encarando seriamente e disse.

- Você é um cara estranho... quem diabos é você? -

E por um momento eu fiquei em dúvida do que responder, eu não sabia se dizia meu nome verdadeiro ou se falava o nome do meu personagem no EWO, mas já que eu uso as mesmas magias que eu usava no jogo, eu acho que faz mais sentido usar o nome que eu usava nele também, então eu disse.

- Meu nome é Ken...-

E parecendo insatisfeita com a minha resposta ela logo disse.

- Eu não perguntei seu nome, perguntei quem você é! Como você tem tamanho poder e desconhece isso? Não faz sentido, uma pessoa normal não deveria ter uma mana tão... densa... -

- Se eu te contasse... provavelmente você não acreditaria - Eu disse em resposta.

Mas parecendo insatisfeita ela disse.

- Só iremos saber isso quando você me contar, então vá em frente! -

Nesse momento eu suspirei desanimado, não acredito que ela vai me obrigar a conta isso, mesmo que eu fale que eu vim de outro mundo, quem acreditaria em mim?

Mas eu não tinha outra escolha, então eu disse sem prolongar, sendo o mais breve o possível.

- Resumindo, eu estava jogando um VRMMORPG quando acabei sendo trazido para esse... mundo. -

Quando terminei de falar eu já estava esperando que ela risse de mim, mas por um momento ela ficou séria, parecendo surpresa, até que ela perguntou.

- Você... você é um invocado de outro mundo?! -

E nesse momento foi a minha vez de ficar surpreso, pois não achei que ela acreditaria em mim.

Isso me fez ficar curiosa, e já que ela acreditava na minha história, eu tinha várias perguntas para fazer.

- Sim, eu sou.. ou pelo menos eu acho que sou... existe uma coisa dessa aqui? -

E ela me respondeu, parecendo descrente.

- Sim... mas não faz sentido... a última invocação foi há milhares de anos atrás, antes mesmo da Geração Ascendente! - E então ela fez uma breve pausa parecendo preocupada, e depois disse - Isso significa que eles cumpriram com os requisitos? Mas o Rei não anunciou nada... embora isso explicaria essa sua mana estranha... -

"Mas o Rei não anunciou nada" essa frase foi outra prova de que esse era um mundo real, EWO não tinha sistemas de democracia ou de hierarquia.

Ao perceber isso, eu deixei escapar um suspiro, agora eu tenho que tomar o dobro de cuidado que eu tomava no jogo, eu não quero iniciar uma guerra contra um reino sem querer.

Enquanto eu estava perdido em meus pensamentos, a mulher também parecia pensar em alguma coisa, com uma expressão preocupada no rosto.

Até que ele me olhou parecendo curiosa e disse.

- Então... o que é o um VEERREEMEME... sei lá o que? É uma magia do seu mundo? Falando nisso, o que tem no seu mundo? -

Ao perceber que ela parecia animada, como se esperasse que eu revelasse algo de grande relevância, mas ela iria se decepcionar.

- Hã... meu mundo não era grande coisa... - Sabendo que eu não conseguiria explicar como esse mundo era apenas um jogo no meu mundo, eu apenas mudei de assunto - Mas me diz uma coisa, qual é o seu Status? Você me pareceu bem forte. -

Nesse momento um olhar confuso surgiu no rosto dela, enquanto ela murmurava para si mesma.

- Status...? Uma expressão de outro mundo...? Ou será... -

E de repente ela me olhou, como se tivesse tido uma ideia, e disse.

- Você está falando do meu Rank com aventureira?! -

- É... - Eu não sabia muito bem o que "Rank de aventureira" significava, mas concordei, afinal se isso deve indicar o nível atual dela.

E nesse momento a mulher sorriu, parecendo confiante, e enquanto apontava para si mesma, ela disse, com um tom orgulhoso.

- Eu sou Alice Falckhan, aventureira Rank A, muito prazer! -

E por um instante ela pareceu esperar uma reação grandiosa da minha parte, mas eu apenas sorri e disse.

- Legal... Eu sou Ken... só Ken mesmo. -

Quando terminei de falar ela suspirou, e enquanto toda sua postura arrogante dava lugar a um olhar desanimado, ela disse.

- Há... você não é mesmo desse mundo, não ficou surpreso com meu nome... ou com o meu Rank... -

Nesse momento eu fiquei um pouco confuso, por que eu deveria ficar surpreso com seu Rank? Tudo bem, se fossemos analisar pelos parâmetros de EWO você provavelmente está quase alcançando o nível 100, mas comparado aos jogadores de elite do EWO, isso não é nada.

- Me diz uma coisa... aquilo que você usou para me fazer ajoelhar... era magia? - Ela perguntou enquanto se recompunha.

- Sim... por que? -

Ao ouvir a minha simples resposta, ela ficou boquiaberta, parecendo não acreditar no que eu disse, e enquanto colocava as mãos nos meus ombros ela disse, parecendo extremamente empolgada.

- Não importa em qual lugar dos 5 reinos você procure, os únicos espadachins capazes de usar magia são os Demônios de classe superior, nunca um humano foi capaz de se especializar tanto em magia quanto em esgrima... -

Nesse momento eu estava prestes a inventar uma desculpa qualquer, achando que ela acabaria fazendo um alvoroço, mas antes que eu fizesse isso, para a minha surpresa, ela disse.

- Eu não vou perguntar como, ou o porquê de você ser capaz de fazer tal coisa, mas... me ensine! -

E automaticamente uma expressão surpresa surgiu em meu rosto, de modo tão evidente que ela logo percebeu e disse.

- Já tem dois anos que eu sou uma aventureira Rank A, meu pai só me permitiu ser uma aventureira se eu conseguisse atingir o Rank S dentro de 3 anos, mas eu estou ficando sem tempo... - Enquanto ela falava, por um momento ela pareceu um pouco abalada, mas logo recuperou a compostura e continuou. - Eu só peço que me ensine algumas magias básicas que você usa, eu vou me focar 100% nos seus ensinamentos!

Nesse momento eu não pude evitar de deixar escapar um suspiro, ensinamentos? Como eu posso ensinar alguém a usar uma habilidade que eu adquiri em um jogo?!

Mas antes que eu precisasse inventar uma desculpa, algo que eu não imaginaria acontecendo aconteceu.

- BROOOMM!! - Meu estomago roncou como se fosse uma fera selvagem.

E quando isso aconteceu, Alice caiu em gargalhadas sem se controlar, era constrangedor, mas na realidade havia me salvado de uma situação da qual eu não sabia sair.

Então aproveitando a minha deixa, e fingi estar sem graça pelo meu estomago estar roncando, mesmo na realidade estando aliviado, e disse.

- Eu... Eu fiquei andando nessa floresta o dia inteiro... acho que vou desmaiar de fome... -

Ela então me olhou enquanto enxugava as lagrimas que estavam em seu rosto de tanto rir, e então dizia.

- Entendo... por que você não vem comigo até onde eu e meus amigos estamos acampados? Já estávamos voltando para a cidade de Lerrerian, se quiser pode voltar com a gente, viajante. -

Pude notar um tom brincalhão enquanto ela dizia "viajante", mas apenas sorri e disse.

- Olha, eu não acho que eu esteja em posição de recusar sua oferta, dada a minha situação atual, então eu agradeço muito. -

- Pff, não se preocupe, isso não é nada, afinal, agora eu vou ser sua discípula! - Ela disse enquanto dava uma risada amigável.

Nesse momento eu percebi que quando não estava tentando me acertar com ataques mortais usando sua espada, ela é muito bonita.

Enquanto Alice me guiava até o seu acampamento, eu fui obrigado fazer várias perguntas, uma delas sobre a cidade que ela havia citado antes, a cidade de "Lerrerian".

Pelo o que ela me explicou, essa cidade na verdade é a cidade em que eu estava antes, a cidade que no jogo era chamada de "Zidriel", mas quando mencionei esse nome, ela disse que esse era nome não e usado a mais de 300 anos, e que esse foi o nome dando por um dos 3 deuses, que fazia parte da "Geração Ascendente".

Essa história de Geração Ascendente despertou a minha curiosidade, mas por hora eu ignorei, perguntei a ela mais sobre esse mundo, e foi aí que eu fiquei ainda mais surpreso.

Nesse mundo existiam 5 reinos, o reino dos humanos, Haiford, que convive em paz com o reino dos Elfos, Eregond, e o reino dos anões, Hingiholm, esses eram considerados a trindade de mundo, os mais avançados em magia.

Fora esses 3 reinos que conviviam em paz, existia também o reino dos Lizardman, Lurtzog, que era uma espécie de homens lagartos, e o reino demoníaco, Theodoha.

O reino de Lurtzog estava em uma espécie de guerra civil com os Humanos, os Elfos e os Anões, os Lizardman eram acusados de se juntarem aos demônios, e isso gerou uma guerra que dura 200 anos.

Já o reino demoníaco não estava tão ativo recentemente, já que aparentemente, embora eles sejam enumeras vezes mais forte que os humanos, eles perderam muitos de sua espécie durante a "Grande Guerra", um evento envolvendo a Geração Ascendente".

Todos esses nomes complicados, e essa história de 300 anos atrás me confundi muito, diferente de EWO aqui a história não começa no momento em que eu cheguei, ela está acontecendo há muitos séculos.

Enquanto Alice me contava todas essas histórias, eu não pude deixar de notar que ela ainda parecia não acreditar muito que eu vinha de outro mundo.

Então eu perguntei o motivo, já que nesse mundo existe magia e coisas desse tipo, e ela disse.

- Não é tão fácil assim, a última invocação foi a 400 anos atrás, e ela foi revolucionaria, mudando todo o mundo, se você realmente for de outro mundo, imagina a mudança que você pode trazer ao nosso reino, como ferramentas que desconhecemos, costumes novos, e até mesmo novas magias, você poderia mudar o mundo! -

Nesse momento eu não pude evitar de ficar um pouco empolgado com o que ela disse, e então tentei imaginar tudo isso, devo dizer que parecia ser interessante.

Mas Alice logo cortou essa minha linha de raciocínio, ao dizer, em um tom firme e preocupado.

- Por outro lado... você pode ser a causa de uma Guerra, afinal você parecer dispor de grandes técnicas, e uma aura já mais vista antes, isso despertariam interesse não só nos 3 Reinos, mas em todo o mundo! -

E por um instante em senti um calafrio percorreu todo meu corpo, provocar uma guerra... infelizmente parece ser o mais provável de acontecer.

Desconhecendo das leis desse mundo ou de seus costumes, seria muito fácil acabar comentando um erro ou entrando em uma briga em que eu não deveria me meter.

Droga! Cada vez mais eu percebo que a minha situação nesse mundo, por mais que parece incrível, pode se tornar um desastre rapidamente.

Para começar eu não posso aceitar a oferta de Alice, e voltar para a cidade de Zidri... a cidade de Lerrerian com ela e seus amigos, afinal, eu acabei de fugir de lá porque os soldados queriam me matar.

Acho que por um momento eu deixei transparecer a minha frustação, pois Alice me olhou parecendo pensativa, e logo disse, com um sorriso confiante no rosto.

- O que foi? Você parece triste... deveria estar feliz, já que pode andar na companhia de uma linda dama como eu logo no seu primeiro dia nesse mundo! -

- Hahaha - Deixei escapar uma risada ao escutar o que ela disse, mas ao notar um olhar irritado em seu rosto, percebi que ela não havia gostado disso, então rapidamente me corrigi. - Quero dizer, claro que isso é ótimo... mas eu iria preferir se a gente usasse uma magia voo... -

Nesse momento ela me olhou surpresa por alguns segundos, até que caiu em gargalhadas.

- Hahahahahaha - E enquanto colocava a mão na barriga, parecendo sentir uma leve dor de tanto rir, ela disse. - Magia de voo? Você é um cara engraçado, Ken, hahaha. -

Obviamente eu não entendia o que ela achava tão engraçado no que eu disse, mas eu ignorei, afinal eu tinha eu assunto mais importante para tratar no momento.

- Huhum... Bom, voltando para o assunto de antes, eu iria preferir se você não comentasse com ninguém o fato de eu ser de outro mundo. -

- Pff! - Alice pareceu se segurar para não começar a rir novamente, e logo em seguida disse. - Bom, então você não acha que deveria não ter me contado? Seria mais eficiente!

- Hahaha - Deixei escapar uma risada ao ouvir o que ela disse, e em seguida eu disse. - Talvez você tenha razão, mas agora já é tarde demais, né? -

Enquanto caminhávamos pela trilha entre as árvores, Alice foi me explicando coisas básicas desse mundo, como por exemplo, a moeda deste mundo.

As moedas principais desse mundo são; bronze, prata e ouro, sendo que 100 moedas de bronze equivalem a 1 moeda de prata, e 100 moedas de pranta se equivalem a 1 de ouro.

Enquanto ela me explicava sobre seu mundo, uma sensação estranha estava me incomodando, uma sensação desconfortante, como se alguém estivesse me observando de longe. Essa sensação já vem me incomodando a muito tempo, mas achei que era algo da minha imaginação, mas parece que eu estava errado.

Enquanto passávamos ao lado de uma árvore gigante com um grosso tronco, um som de galhos se quebrando foi emitido da moita ao lado da árvore.

Instintivamente Alice parou de se mover enquanto segurava sua espada, pronto para desenha-la.

Eu fiz a mesma coisa, e enquanto encarava a moita preparado para desembainhar a minha espada a qualquer sinal de perigo.

Por alguns segundos um silêncio desconfortante tomou conta do lugar, fazendo o ar do ambiente ficar tenso.

Mas ao perceber que não iria acontecer nada, Alice me olhou sorrindo e disse.

- Hahaha, por um momento eu achei que seriamos atac-... - mas antes que ela terminasse de falar um grunhido medonho ecoo entre as árvores.

E de repente um animal com aparência humanoide, de cerca de 140 centímetros de altura e pele verde, saltou de trás da moita e pulou na direção da Alice segurando um punhal feito de ossos e sua mão.

Mas antes que eu pudesse se quer pensar em ajudar ela, Alice se virou para trás rapidamente enquanto desferia uma estocada na direção da criatura, fazendo a lamina de sua espada atravessar facilmente a garganta do animal, sem dar a ele chance de continuar o ataque.

Nesse momento eu percebi duas coisas, a primeira era que aquela criatura verde com corpo humanoide era um Goblin, um monstro clássico de RPG.

E a segunda era que Alice não era a donzela em perigo que você tem que resgatar em todo RPG desse tipo, Alice provavelmente se resgataria sozinha.

Enquanto me perdia nesses tipos de pensamentos, meu corpo repentinamente foi tomado por um impulso que o fez mover sozinho.

Repentinamente eu segurei a mão da Alice, e enquanto puxava ela na minha direção, eu desembainhei a minha espada e subi ela em movimento vertical para cima.

Ao mesmo tempo em que Alice se esbarrava em meu corpo devido ao meu puxão, a lamina da minha espada cortava ao meio o corpo de um globin, que havia pulado de cima da árvore, tentando pegar Alice de surpresa.

Quando o corpo do goblin, agora divido em dois, caiu no chão, Alice me olhou surpresa, parecendo que ela não havia percebido o goblin pulando de cima da árvore.

Sendo sincero, nem eu sabia como eu havia feito isso, mas olhando para ela sorrindo, eu disse, em um tom convencido.

- Você tá bem? Não me diga que esse pequeno goblin te assustou? -

- hahaha. - Enquanto dava uma risada um pouco sem graça, Alice se afastou. - Eles vão precisar de muito mais que isso para me assustar. -

E de repente o "bem mais que isso" aconteceu.

- BOOOOMM!!! -

Uma explosão gigantesca fez todo o chão se estremecer e as árvores balançar, e sendo pega de surpresa Alice saltou para trás assustada.

A explosão não havia sido perto, mas também não estava tão longe assim, e julgando pela expressão preocupada no rosto da Alice, eu diria que ela sabia que explosão foi essa

E antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ela saiu correndo enquanto dizia.

- Veio da direção do meu acampamento! -

E sem nem olhar para trás ela saiu correndo parecendo preocupada com seus amigos.

Rapidamente eu fui correndo atrás dele, sem questionar, eu teria tempo de pergunta o que estava acontecendo quando chegássemos lá.

Durante 10 minutos nos continuamos correndo sem parar, até que ela começou a diminuir o ritmo e olhar para os lados, parecendo estar procurando pelo caminho certo.

E então ela saiu da trilha e começou a correr entre as árvores, indo em direção a uma fumaça preta.

Quando chegamos próximo a fumaça preta, a cena com que nos deparamos fez Alice parar de correr instantaneamente, enquanto um olhar assustado tomava conta do seu rosto.

O acampamento, que parecia ter sido montado de forma provisória, estava todo destruído, as barracas estavam quebradas e rasgadas, e sangue estava esparramado por todo lado.

Olhando mais atentamente eu pude ver alguns corpos espalhados pelo chão do acampamento, e vasculhando esses corpos estava a silhueta de um homem grande e forte.

Por uma pequena fração de segundos eu pensei em pergunta ao homem o que estava acontecendo ali, mas antes que eu fizesse isso ele se virou, revelando seu rosto com escamas e uma longa mandíbula de lagarto.

Era um Lizada!

- - Nã... não...! O qu... o que aconteceu aqui...? - Alice murmurou, com a voz tremula e assustada.

Meu estômago revirou ao ver os corpos de vários soldados, que mesmo usando armaduras haviam sidos mortos brutalmente.

A medida que os Lizardmans nos notaram, mais e mais começaram a surgir de trás das árvores, eram dezenas de soldados lagartos, até que o grito de uma mulher chamou a atenção de todos nós.

- Senhorita Alice!! -

Seguindo a voz que eu havia acabado de escutar, eu notei uma mulher caída próxima a uma árvore, com suas costas encostadas no tronco da árvore.

Assim que eu vi a mulher, Alice também a viu, e automaticamente murmurou, em um tom triste.

- Elaine... -

E quando a mulher percebeu que a Alice havia notado ela, ela gritou.

- Você tem que fugir!! Tem um Coronel Lizardman aqui!! -

Por um momento eu fiquei me perguntando o que seria um "Coronel Lizardman", mas a minha pergunta logo foi respondida acompanhada de um grito de dor.

Um Lizardman, de tamanho maior que o normal, surgiu atrás da garota que estava escorada na árvore, e então pisou com toda a sua força em cima da perna da mulher.

Eu pude ver o osso da sua perna se deslocando ao ser quebrado pela pisada brutal do Lizardman, que olhava na minha direção com um sorriso no rosto enquanto a mulher agonizava de dor.

Em sua mão direita o Lizardman segurava uma grande espada, e na mão esquerda um escudo que parecia muito resistente.

Ao ver o Lizardman pisando sobre a perna da sua amiga, Alice chegou a dar um passo para trás assustado.

Nesse momento eu olhei para ela e disse.

- Imagino que não foi assim que você deixou seu acampamento quando saiu... então, o que é um Coronel Lizardman? -

- E... ele se especializa em comandar e dar ordens... não podemos ganhar... ele é considerado uma besta de Rank S... - Alice disse em resposta, parecendo um pouco assustada.

Nesse momento eu não pude disfarçar um pequeno sorriso que surgia em meu rosto enquanto eu dizia.

- Bom... talvez você não possa... mas com a minha ajuda tudo é possível! -

E ao terminar de falar eu estiquei o braço para a frente, enquanto apontava a palma da mão para o Coronel Lizardman, e então conjurei a magia de nível 4 do EWO.

- Auget Agir Gravitas! -

E instantaneamente uma pressão esmagadora tomou conta do lugar, fazendo as dezenas de Lizardmans caírem ajoelhados no chão, sem terem tempo de reagir.

Devo admitir que eu fiquei surpreso, apontei a mão para o Coronel do Lizardman achando que talvez ele estivesse fora do alcance da magia, eu não imaginava que a magia afetaria todos os Lizardmans.

Enquanto olhava os Lizardmans ajoelhados no chão sem conseguirem se mover, Alice parecia surpresa, e antes que ela dissesse qualquer coisa, eu disse.

- O que você está esperando? Aproveite que eles não podem se mover e acabe com eles! -

Alice pareceu um pouco surpresa ao ouvir o que eu disse, mas ela logo se recuperou do seu estado abalado enquanto empunhava sua espada e caminhava em direção aos Lizardman.

Enquanto Alice parava em frente ao Lizardman mais próximo, e atravessava a lamina da sua espada no peito do monstro, eu disse.

- Deixe o Coronel para mim. -

E em seguida nos começamos a matar um por um dos Lizada, os olhos deles, que antes demonstravam uma forte intenção assassina, agora estavam refletindo o mais puro medo.

Por algum motivo eu não me sentia culpado ao mata-los, talvez pelo fato deles terem essa aparência monstruosa.

Quando estava faltando apenas 2 Lizardman, fora o Coronel deles, eu disse.

- Alice, vou deixar o restante deles com você! -

E então eu comecei a caminhar na direção do Coronel Lizardman enquanto um sorriso animado surgia no meu rosto.

Tinha muitas coisas que eu queria testar sobre batalhas, e ter encontrado um monstro Rank S agora foi uma ótima oportunidade para isso.

Enquanto parava em frente ao Coronel Lizardman, que estava ajoelhado no chão, eu olhei para ele com um olhar sério e disse.

- Você e eu vamos brincar um pouquinho... - E enquanto me concentrava para cancelar a magia sobre ele, eu continuei. - Agora... fique de pé! -

Quando terminei de falar eu notei que o Coronel dos Lizardman suspirava aliviado, parecia que a magia tinha perdido o efeito sobre ele.

Olhei ao meu redor brevemente para verificar se os outros ainda estavam sobre o efeito da magia, e eles ainda estavam ajoelhados, o que significava que a magia só tinha perdido o efeito sobre o Coronel.

Quando olhei para frente novamente o Lizardman deu uma estocada utilizando sua espada na mão esquerda, por sorte eu me esquivei para o lado, desviando da lamina.

Mas quando a lamina passou ao meu lado sem me atingir, o Lizardman repentinamente se levantou enquanto me atingia brutalmente no peito com seu escudo.

Ao ser atingido uma dor se espalhou pelo peito, e eu fui arremessado 2 metrôs para trás, e caí rolando no chão.

Nesse momento o Coronel Lizardman se levantou parecendo confiante enquanto dava uma risada e dizia.

- Hahaha... Deveria ter acabado comigo quando teve a chance! No campo de batalha não se deve demonstrar misericórdia! -

E enquanto me levantava um sorriso se formou em meu rosto.

No EWO ninguém podia usar o escudo para atacar, fui pego desprevenido, e o golpe me deixo um pouco sem ar, mas ele também me deixou ainda mais animado com essa luta.

- Misericórdia foi o que eu demonstrei aos seus companheiros, ao matar eles rapidamente... - Eu disse enquanto me levantava. - Com você eu vou fazer algo bem pior que isso! -

Deu para notar o Lizardman dar um passo para trás quando eu me levantei, parecendo estar um pouco assustado.

Mas estufando o peito o Lizardman bateu com sua espada no escudo e gritou.

- Então venha humano! Eu ire-... - Antes que ele terminasse de falar eu me impulsionei para frente usando toda a minha força, e para surpresa dele e minha, eu repentinamente aparecia na frente, deixando um espaço de um braço de distância entre nos dois.

Nesse momento eu desferi um golpe na diagonal usando a espada, mas o golpe foi bloqueado pela espada do Lizardman, então eu rapidamente girei meu corpo e acertei um chute no escudo dele, usando isso para me impulsionar para trás.

Após recuar cerca de 3 metros no ar, eu suavemente pousei no chão enquanto encarava o homem lagarto, que tinha um olhar surpreso no rosto.

Eu confesso, também estou surpreso com a minha agilidade atual, os movimentos do Lizardman pareciam lentos, e tudo que eu tentava fazer parecia extremamente fácil.

Eu não tenho o que temer!

Me enchendo de confiança, eu me recomponho enquanto apontava a espada na direção do Lizardman.

- Me diga o seu nome, Zé lagarto, vou lembrar de você como meu primeiro oponente aqui! - Eu disse, com um sorriso no rosto.

Por alguns segundos o Lizardman me encarou parecendo relutante, até que deu um grunhido extremamente alto.

- GRRAAAAH!! - Enquanto o Lizardman grunhia eu pude notar que seus dentes eram extremamente afiados. - Meu nome é Croako, Humano! Lembre-se dele! -

Ao terminar de falar, Croako começou a correr na minha direção enquanto levantava a espada para cima e soltava um grito de guerra.

Enquanto ele corria na minha direção eu coloquei a lamina da espada trás e me preparei, esperando ele se aproximar mais.

Um brilho vermelho iluminou a lâmina da minha espada, e a cada segundo que se passava mais ofuscante esse brilho se tornava.

Quando o Coako estava a pouco mais de três metrôs de mim, eu estiquei a espada para frente, e então a Sword Skill foi liberada, fazendo meu corpo se impulsionar para frente.

Com um clarão de luz vermelha eu passei pelo Coako, e quando minha lâmina atingiu a espada dele eu senti um leve baque, mas não o suficiente para me parar.

E enquanto eu parava de me mover cerca de 1 metrôs atrás do Coako, a espada dele caiu no chão, partida ao meio, enquanto sua cabeça, que havia sido arrancada do pescoço com meu ataque, girava no ar.

Quando o corpo morto do Lizardman caiu no chão eu acabei deixando escapar um suspiro, essa luta havia sido... decepcionante.

Enquanto colocava a minha espada de volta na bainha em minha cintura eu me virei para Alice, que já havia terminado de matar os outros Lizardmans, e agora me encarava parecendo espantada.

- Fecha a boca, se não entra mosquito. - Eu disse, enquanto olhava para Alice sorrindo.

Alice ficou me encarando por alguns segundos parecendo incrédula, até que disparou correndo na minha direção.

- Como você derrotou um Lizardman que teoricamente precisaria de 10 aventureiros Rank A para matar?! - Perguntou Alice, enquanto corria freneticamente na minha direção.

10 classes A? Isso não é um pouco exagerado? Ele nem é tão forte assim, é só um nível 100... bom, não importa, temos coisas mais importantes para lidar agora.

Sem dar uma resposta a Alice, eu apenas me virei para o lado, olhando para a mulher que estava escorada no tronco da árvore.

- Vamos ajudar a sua amiga. - Eu disse, enquanto caminhava na direção da mulher que estava escorada na árvore.

Nesse momento Alice pareceu ignorar o fato de eu não ter respondido ela, pois repentinamente ela passou do meu lado correndo e se ajoelhou ao lado da mulher.

- A perna dele tá quebrada... tem como curar uma ferida assim com magia? - Ela me perguntou, enquanto eu me abaixava ao lado delas.

- Não seja idiota... esse é o fim para mim... - Elaine disse, enquanto fazia uma pausa para dar uma tosse que parecia dolorosa, e em seguida olhava para Alice. - Por que... você não... fugiu? -

- Eu nunca te deixaria para trás! Agora para de falar... você tem que poupar energia... - Alice falou, parecendo preocupada com a amiga.

- Mesmo que eu me cure... e não morra... minha perna já está em... um estado crítico... não tem como... curar isso... - Elaine disse, com a voz fraca.

Ao ouvir o que sua amiga disse, lágrimas começaram a escorrer no rosto de Alice, enquanto ela segurava a mão da Elaine.

Surpreendente... a mulher que estava tentando me matar a alguns minutos atrás, está agora chorando na minha frente...

Eu não entendia porque toda essa comoção... é só uma perna quebrada.

Casualmente eu coloquei a mão sobre a perna quebrada da Elaine, tentando não força muito, e conjurei a magia de nível 3.

- Sanitatem Divine! -

Instantaneamente uma luz amarela brilhou sobre a perna quebrada, e ao mesmo tempo Elaine soltou um grito de dor.

Era a segunda vez que eu usava essa magia, mas dessa vez foi diferente da primeira, dessa vez eu conseguia sentir os ossos da perna dela voltando para o lugar e se regenerando... parecia doloroso.

Alice me olhou assustada, mas logo percebeu que eu estava era curando ela, por mais que não parecesse, devido aos gritos de dor dela.

- Iss... Isso vai curar ela...? - Perguntou Alice, parecendo temer a minha resposta.

- Vai... mas ela ainda vai precisar descansar um pouco - Eu respondi, enquanto acenava com a cabeça.

Na verdade, eu não sabia se funcionária, e eu disse que ela precisava descansar apenas porque era o que um médico diria... espero que funcione, caso contrário eu serei taxado como mentirosa.

Surpreendentemente curar a perna dela demorou mais do que eu imaginava, e depois de 1 hora a perna dela estava totalmente curada.

Alice me ajudou a levar a Elaine um pouco mais para longe, onde a gente montou um novo acampamento para passar a noite.

Já estava escurecendo, Alice disse que a noite na floresta e perigosa, porque "Bestas de Mana" circulam por essas áreas.

Nós dois iriamos revezar em vigiar o acampamento durante a noite, eu peguei o primeiro turno, já que eu estava acostumado com virar a noite jogando RPG, depois de 4 horas ela iria assumir a vigília, para que eu pudesse descansar.

E quando a lua iluminou o céu noturno Alice se deitou para dormir e a minha vigília começou.

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