Maxon apertava os nós dos meus dedos, como se garantisse que eu estava realmente ali. Ele sorria vez e outra, e olhava ao horizonte, como se pudesse ver tudo o que futuro nos aguardasse. Era estranho, e ao mesmo tempo eletrizante, andar ao lado dele nas ruas de Illéa, ele conseguia arrancar de mim risadas com tamanha facilidade, que em nenhum outro momento eu pensei que pudesse acontecer nessa vida.
Era realmente muito estranho mesmo, não estar acostumada a ter toda sua atenção, a ter seus olhos acompanhando todos os meus detalhes, ele realmente sabia ser um telespectador atento. Meu sorriso crescia a cada momento.
— O que você pretende fazer sobre o concurso? – ele me perguntou, cheio de curiosidade.
— Pretendo ganhar o coração do Príncipe de Illéa. – falei, dando de ombros.
— E você acha que vai ser tão fácil assim? – ele ria, sendo debochado, como ele adorava fazer.
— Se não for fácil como pensei, tenho uma ideia simples: eu roubarei o coração dele.
— E você acha que ele deixará você roubar tão facilmente assim? – ele cruzou os braços, me provocando.
— Se for tão difícil assim, eu desisto, eu já tenho meu homem mesmo. – respondi, acertando em cheio o que ele não esperava ouvir. Seu sorriso envergonhado, foi a prova viva que peguei ele desprevenido para meu tiro certeiro.
Confesso, aquilo era um tiro em cheio em mim. Eu não poderia imaginar que amar ele pudesse ser tão leve, o meu sorriso parecia que estava impregnado em meu rosto, porque por mais que eu tentasse parar de agir como uma adolescente na puberdade, era impossível.
Por quê? O motivo era simples: o sorriso dele. Ele fazia ter formigamentos da ponta dos pés até o estômago se revirar de tamanho nervosismo.
Estava viciada nele, e não me restava dúvidas. Os pêlos dos meu corpo, mais uma vez, se arrepiavam.
— Você acha que o amor é capaz... de fazer o que com você? - perguntei, envergonhada. Aquela pergunta não tinha pé nem cabeça, mas eu estava curiosa pela resposta.
— O amor... -ele pensava cada palavra, — Que tenho por você... Me faria tomar um tiro em seu lugar. Sem duvidar.
Imaginar que isso pudesse acontecer, fez meu sorriso cair, fechei a cara com raiva.
— Nunca diga isso novamente. Nem brincando.
— Eu nunca brincaria com algo tão sério. - ele apertou meus dedos, e seu olhar terno demonstrava toda sua sinceridade. — Nunca duvidaria entre minha vida e a sua. Nunca. Levantaria do chão e levaria o segundo tiro se fosse preciso.
Engoli suas palavras com dificuldade, isso era apenas um "se" isso nunca aconteceria. Acalme-se. Repetia mentalmente.
— America...? - ele me puxava dos meus pensamentos.
— Eu realmente nunca vou deixar isso acontecer. Te prometi que não deixaria você fugir novamente, tão pouco quero te abandonar. - ele dizia tranquilamente.
— Você realmente me ama? - a pergunta estúpida fugiu dos meus lábios. Ele se surpreendeu. Riu.
— Você não imagina quanto. E você... Já me perdoou? - ele disse tão angustiado, que fez com que meu coração se apertasse sufocado.
— Só se você me perdoar também. - respondi, secando uma lágrima que escorreu no seu rosto.
Ao mesmo tempo que era tão fácil estar ali apaixonada, era tão angustiante falar sobre o passado. Perdoar a si mesmo pelos erros, e pelas inúmeras palavras que machucaram nós dois.
Era tanta coisa ali, tanta coisa que precisávamos conversar, colocar para fora. Virar a página.
— Eu te amo. - ele choramingava.
— Eu te amo muito mais. - eu não conseguia respirar, de tanto que chorava compulsivamente.
— Estou sendo sincero. Você não faz ideia de como eu gostaria de voltar ao tempo... Consertar as coisas...
— Não precisamos consertar as coisas, meu amor... Precisamos apenas nos perdoar. Não há o que consertar... Era algo que precisava acontecer para chegarmos onde estamos... - envolvi seu pescoço com meus braços, me aproximando do seu rosto, encarando seus olhos com pura devoção, e voltei a repetir as palavras que nós dois precisávamos naquele momento:
— Não há nada a se consertar. Só precisamos perdoarmos um ao outro, e o amor que sinto por você é grande o suficiente para te perdoar centenas de milhares de vezes que preciso for. Por isso, apenas me permita te amar com toda minha sinceridade também. - eu realmente havia crescido emocionalmente, nunca poderia imaginar que estaria ali usando toda minha sinceridade com O Homem da minha vida.
— Se eu ainda estou aqui nesse mundo é por você. Por saber que você está nele, é o que me mantém vivo todo dia. Por isso, eu te perdoo. E espero que você me perdoe também minha America. Por isso me dê todo o seu amor, que te darei tudo o que guardei somente pra você, minha querida.
— Então me dê todo o seu amor. - e ali, no meio de uma rua movimentada, eu o tornei o meu homem. Beijando-o.
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CARAMBA, quanto tempo? Tem alguém aí?
Pretendo voltar a escrever capítulos curtos, estava com tanta saudades!!
Cade minhas súditas? Vossa Rainha dos Finnis voltou! <3
com amor e carinho, Nat.