46 - Se torne o homem que ela precisa (???)

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Maxon Schreave

  Eu devo ser louco mesmo de rir da situação na minha condição atual.  



Verifiquei meus inúmeros e-mails repetitivos, rolei a tela a procura de algo que fosse diferente de tudo que estava achando. Nada achei. Isso está passando do ridículo. Ri mais uma vez, derrotado. 


O que estou esperando encontrar aqui? Um e-mail dela? TSK! 

Eu devo ser uma piada mesmo. 


O suspiro que saiu dos meus lábios foi tão frustrante, que me encheu de ainda mais raiva. Até quando vou continuar assim? Era esta a pergunta que não quer abandonar meus pensamentos nos últimos dias. 


Mordi meu lábio, querendo arrancá-lo se fosse possível. Nada estava do jeito que eu queria. Claro que nada estaria. Casei com a mulher mais insuportável do mundo. A mulher por quem me apaixonei está prestes a se casar. E tudo por minha própria causa, e meu maldito orgulho. 


Estaquei os braços com força na mesa quase quebrando o notebook, isso não está funcionando. 


Meu telefone tocava ao fundo, depois de deixar a chamada cair pela quarta vez, decidi atender. 


  — Quê? - resmunguei, mal-humorado. Kriss do outro lado do telefone, pediu autorização para entrar em minha sala. 


— Oi Maxon. - ela sorriu, cheia de cinismo para cima de mim. 


—  O que você quer? - joguei as palavras nela, tentando evitar contato visual. —  Estou muito ocupado. E... 


— Não adianta negar Maxon... - ela me cortou  — Vi você encarando seu notebook por dias, acredite de uma vez por todas... Ela não te responderá. Desista. - ela sentou-se na cadeira a minha frente, me dando um ultimato que eu já havia percebido, mas que doeu como um tapa. 


  — Eu-eu.. eu.. - gaguejei, me entregando. — Saí daqui! 


  — Não quero. - ela sorriu, maliciosamente. —  Na verdade é não posso. 


  — Kriss se coloque no seu lugar. - ordenei, já cansado daquele lenga-lenga. 


—  Okay! - ela riu, —  Eu já entendi que você só quis afogar suas mágoas no meio da minhas pernas, mas para mim foi importante... - ela bateu os cílios,  me tirando a paciência. 


Tudo bem foi um erro eu ter enchido minha cara justamente com ela. Mas posso garantir que se eu estivesse em condições normais isto nunca teria acontecido. 


  — Faça-me um favor. - ironizei, cansado — Vá para sua mesa.  


  — Maxon... Não volto para minha mesa, enquanto você não me prometer... - começou mais uma vez a ladainha. 


Se Um Dia Eu Fosse O MaxonWhere stories live. Discover now