16 - Cobra mãe, cobra filha.

1.6K 158 371
                                    

Celeste encarou o celular, se irritando, pela demora a atendê-la.

No quarto toque, a pessoa respondia:

- Filha? - soou distante a voz, atordoada.

- Por que você não me informou que Aspen havia voltado do exército? - destratou sua própria mãe.

- Aspen? - repetiu, nervosa - Ele voltou...?

- Não se faça de cínica Claire! - desafiou-a, irritada.

- Celeste Newsome, não fale com sua mãe assim! - exaltou-se, Claire, indignada.

- Schreave! - corrigiu-a, na defensiva, batendo com a mão no peito - Celeste Schreave! Não me faça de babaca, Claire. Eu vou acabar com a sua vida.

O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Claire respirou fundo, e decidida:

- Tente. - desafiou-a, - Irei adorar vê-la. Só você não percebeu que o seu homem - zombou - Não te quer, e nunca te quis. - riu, cínica, Claire.

- Você está desafiando a pessoa errada, mamãe - imitou-a, - Não se meta nos meus planos.

- Não tenho a intenção de me meter, sua ingrata. - debochou, Claire. - Foi você que ligou para mamãe querendo ajuda. Eu não sou obrigada a te contar nada que se passa na minha vida.

Celeste sorriu como louca, provocada.
Batendo as unhas na mesa do café em que estava, desesperadamente se sentindo injustiçada.

Encarava ao redor, tentando de qualquer jeito, possível, aliviar seus nervos.

Quando voltou a falar sua voz voltara ao normal, meticulosa disse:

- Eu espero que Aspen arranque tudo de Elec, e que você não tenha onde cair morta. - ameaçou-a, calma, desligando a ligação.

Maldita! Maldita! Eu a odeio!

Eu a odeio. Eu vou esgana-la.

Mas primeiro, Maxon.

Depois, Aspen.

E por consequência, Mamãe.

America arrumou sua bolsa, e pegou seu celular apressada.

Maxon estava encostado ao elevador, esperando-a, apreensivo.

Eu não acredito que ela realmente aceitou. Meu pai tinha razão.

Ela está aqui...

Aqui... E nos dois estamos indo a um encon...?

O quê?! O QUÊ?

Eu pensei em "encontro"???

Oh meu Deus.

Segura as pontas, manezão.

Ela sorriu, intimidada, por sua altura. Ela batia na altura do peito dele, com sorte, o salto a ajudava a se manter mais cinco centímetros mais alta.

Eles se encararam por segundos, avaliando o que aquela situação significava para cada um.

Eu preciso falar a ele, sobre Aspen.

Eu preciso convencê-la a desistir sobre a sua demissão.


- Vamos...? - sorriu, Maxon, abrindo caminho para que ela entrasse no elevador que o esperavam.

America assentiu, nervosa.

Eles eram os únicos ainda ali. E isso havia se tornado um hábito para ambos, workholics.

Se Um Dia Eu Fosse O MaxonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora