19 - A Velha

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- RÁ! - gritou, America, empolgada - Te venci pela oitava vez seguida!

Maxon, irritado, empurrou as peças do jogo para longe. Frustrado.

Ela disse que era péssima neste jogo, mentirosa!

Tolo demais, fala sério! Quem é ruim em dominó?

- Eu deixei você vencer. - falou, o mau perdedor.

America piscou os olhos, brincou:

- Oras, não era você que estava me esnobando a uma hora atrás por ter vencido a primeira partida do jogo. - acusou-o.

- Você disse que não sabia como jogar... Por isso peguei leve. - ele argumentou.

- Nossa, obrigada pelo seu cavalheirismo Maxon, mas você perdeu oito vezes. Aceita a derrota que dói menos. - ela riu, estendendo a mão, esperando ele apertar.

Ele recusou-se.

- Só admito se eu perder mais duas vezes. - ele apostou, novamente.

America revirou os olhos, mas sorriu concordando.

- Admitir a derrota dói menos... - zombou.

- Nunca. - revidou.

Ela deu de ombros, preparada, para vencer mais partidas que fossem necessárias para o Maxon perceber que ele era muito ruim.

Maxon amaldiçoou America até a quinquagésima geração, quando percebeu que perdia para ela, novamente.

Park Shin, encarava a porta da delegacia, irritada consigo mesma.

Ela não acreditava que estava ali para ajudar seres humanos que ela nem se quer conhecia.

- Okay, eu sei que ela é sua filha. Eu sei. - falou, sozinha.

As pessoas em volta, a encaravam, preocupados. Desviavam dela, por causa do seu forte cheiro.

Ela deu dois tapas no próprio rosto, decidida a não voltar a atrás.

- Eu preciso me demitir deste emprego. - riu, zombando.

Como se fosse possível livrar-se de uma missão das Divindades.

Ela entrou na delegacia, nervosa, com a sacola que trazia consigo pendurada ao corpo, batendo em tudo, desorientada. Assustando toda a delegacia que estava lotada.

Ela deu um sorriso nervoso.

O policial que estava atrás do balcão de recepção, a encarou, com nojo.

Sentindo o mal cheiro dela de longe.

- O que você quer aqui, sua mendiga? - questionou, o mal-educado, policial.

Ela encarou ao redor, demorando a entender que era com ela que ele se referia.

Ela fez uma careta, irritada.

- Estou a procura de alguém. - falou, evasiva, passando o olhar pelo local, a procura de alguém que se enquadrasse no perfil do casal lunático.

Ela sorriu, frustrada. O policial a encarou. Pensando se deveria chamar o manicômio ou algo parecido para a mendiga.

- Procure este alguém longe daqui, sua louca. - ele a afastou, empurrando-a para a saída.

- Espere, menino! - ela tentou, mas o policial usou da força física para mantê-la longe.

Ela foi jogada no chão, pelo grandalhão.

- Você não sabe que não deveria tratar os mais velhos assim, seu bastardo. - ela bateu a sujeira de sua roupa, enfurecida.

Se Um Dia Eu Fosse O MaxonWhere stories live. Discover now