Ainda Sou Eu - Marco Asensio

By Fefe_M

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Quando o destino decide que você pertence à alguém, não importa quantas voltas a vida dê, você sempre parará... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 11
Capítulo 10
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 12
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40

Capítulo 25

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By Fefe_M

POV Victória

Tudo aqui em Atenas era simplismente divino, eu mal podia esperar para ver a Acrópole, aquele "monte de pedras" guardava uma história milenar.

Quando passamos pelo Propileu (monumento que da acesso à Acrópole) eu me senti dentro da história.

— É incrível — meus olhos brilharam.

— Pra mim parece um monte de pedras — eu esperava que esse comentário viesse de Marco, mas não, veio do Angel.

— Por você não conhece a história por trás do "monte de pedras" — fiz aspas com as mãos.

— Então contra pra gente — Marco pediu com um sorriso de canto, ele sempre amou me ouvir contando histórias.

A cada monumento que passávamos eu contava um resumo da história, e todos pareciam impressionados por aquelas pedras guardarem tanta história, mas Marco me olhava com uma admiração e um brilho nos olhos que me deixava até sem graça.

— E aqui — falei indicando um dos monumentos — é o templo de Ilitia, deusa grega protetora das mulheres grávidas e do parto.

Estefi se aproximou das ruínas do santuário e tocou uma das pedras antes de dizer.

— Acho que toda proteção é bem
vinda — eu sorri em concordância — tira uma foto nossa aqui — ela puxou Igor e entregou seu celular ao Javi.

Me afastei das ruínas do santuário, Marco se aproximou de mim e disse baixinho.

— Nosso filho seria bem inteligente — senti um arrepio percorrer minha espinha e um nó se formar em minha garganta, ele não poderia brincar comigo assim.

Ignorei Marco e permaneci em silêncio durante todo o trajeto de volta ao iate.

— Dizem que tem uma ilha maravilhosa mais ao sul — Bertto pareceu pensar — Ilha de Citera, faz parte das Ilhas Jônicas.

Não poderia perder a oportunidade de alfinetar.

— Marco não vai querer ir lá — todos me olharam confusos — Citera tinha Afrodite como patrona, ela é a deusa da fertilidade, os habitantes dessa ilha faziam muitos rituais para aumentar a fertilidade de quem pisasse nela.

— Hahaha, engraçadinha — Marco respondeu de forma irônica, e eu tive que rir — pois nós vamos sim à ilha de Afrodite!

Eu sabia que Marco estava fazendo de tudo para se redimir, mas eu ainda daria um gelo nele. Eu entendi muito bem a situação, ter um filho era um pavor para Marco, ele morria de medo de não ser bom o bastante, então ao pensar que eu estava grávida ele simplismente surtou, assim como já médicos experientes enlouquecerem dentro da sala de cirurgia quando algo fugia ao planejado.

Mas, por outro lado, e se eu estivesse realmente grávida, ele me diria tudo aqui e como eu ficaria? E o bebê? Ele não poderia ter me dito tudo aquilo, não tinha esse direito!

— Agora a gente pode conversar? — ele perguntou quando eu estava na cozinha.

— Eu ainda estou com raiva — dei um suspiro — você me magoou demais, Marco!

— Eu sei, amor, eu sou um idiota, mas vou aprender com meus erros, prometo!

— Você disse que iria aprender a controlar seus impulsos quando tivemos aquela briga meses atrás, estamos juntos há mais de um ano e você ainda não aprendeu a se controlar, não da, Marco.

— O que — seu rosto perdeu a cor — O que você quer dizer com isso?

— Que eu não vou ficar te dando chance atrás de chance, é melhor você aprender logo, porque eu não vou esperar pra sempre pelo seu amadurecimento!

— Eu vou mudar — fiz cara de pouco caso — Qual é, eu sei que vou mudar.

— Não, nem pense — gritei quando ele se aproximou para me fazer cócegas — Não, Marcoooooooooo!

— Eu tô perdoado? — ele perguntou enquanto eu recuperava o fôlego.

— Eu ainda estou magoada — Marco me olhou com confusão — Você já parou pra pensar como seria se eu realmente estivesse grávida?

— Eu sei, eu fui um monstro — ele parecia realmente arrependido — Você comeu alguma coisa ontem? Fiquei preocupado.

— Claro que comi, só não fiz isso na sua frente — falei rindo — você, por acaso, já me viu ficar um dia inteiro sem comer?

— Não, você é uma draga — o olhei com indignação — Uma draguinha linda.

Eu amava essa capacidade que Marco e eu tinhamos de num instante estarmos brigando e no outro brincarmos como se nada tivesse acontecido.

Marco se aproximou para me beijar e eu virei o rosto.

— Eu ainda estou com raiva — me virei de costas pra ele — você me magoou muito e isso não vai sumir do nada!

— Eu sei — ele suspirou — eu fui um babaca idiota e impulsivo, mas eu vou melhorar, amor, vou melhorar por nós dois — suas mãos pousaram em meu quadril.

— Eu sei que vai, meu amor — me virei pra ele e acariciei seus cabelos — mas por enquanto vai continuar dormindo com seu pai.

Passamos o resto do dia assim, Marco se aproximava e eu me afastava, nos falávamos quando necessário e as vezes brincávamos um com o outro.

— Marco — resmunguei quando saí do banho — o que está fazendo aqui?

— Eu vim dormir — ele respondeu como se fosse óbvio.

— E eu disse que você não iria dormir comigo.

— Você tava falando sério? — revirei os olhos — Eu achei que você estivesse brincando!

— Mas não estava — ele veio me abraçando e beijando meu pescoço — Não, Marco, transar leva ao risco de engravidar e nós não queremos correr o risco.

— Então não precisamos transar, podemos só dormir.

— Eu não durmo ao lado de quem eu tô com raiva, então não vou dormir ao seu lado.

— Você é chata — ele colocou língua para mim e sorriu, antes de sair do quarto.

Aaaah, Marco, parece que está levando a sério isso de mudar por mim, aprendendo a respeitar mais meu espaço, espero que continue assim, era o que eu queria dizer à ele, mas não era hora ainda.

...

— Feliz cumpleaños, cariño — abracei ele, duas semanas se passaram desde nossa discussão, ainda não transamos ou dormimos juntos e ele sempre respeitou minhas escolhas, sem insistir — ¡Yo te amo y te desejo muchas cosas boas!

— Gracias, cariño, podemos voltar a transar? Isso seria uma coisa muito boa — ele sussurrou em meu ouvido, já que estávamos cercados por nossos amigos.

— Se controla, Chencho — respondi sorrindo.

Aos poucos as coisas iam normalizando entre nós, apesar da minha "greve" estar mantida.

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