Sweet Poison ❤ Jikook ABO

By Sweet_Kpopper

3.9M 400K 269K

Park Jimin é um ômega amável, no entanto, as responsabilidades o fizeram se tornar um quase adulto antes do... More

❤ Prologue ❤
❤ One ❤
❤ Two ❤
❤ Three ❤
❤ Four ❤
❤ Five ❤
❤ Six ❤
❤ Seven ❤
❤ Eight ❤
❤ Nine ❤
❤ Ten ❤
❤ Eleven ❤
❤ Twelve ❤
❤ Thirteen ❤
❤ Fourteen ❤
❤ Fifteen ❤
❤ Sixteen ❤
❤ Seventeen ❤
❤ Eighteen ❤
❤ Nineteen ❤
❤ Twenty ❤
❤ Twenty One ❤
❤ Twenty Two ❤
❤ Twenty Three ❤
❤ Twenty Four ❤
❤ Twenty Five ❤
❤ Twenty Six ❤
❤ Twenty Seven ❤
❤ Twenty Eight ❤
❤ Twenty Nine ❤
❤ Thirty ❤
❤ Thirty One ❤
❤ Thirty Two ❤
❤ Thirty Three ❤
❤ Thirty Four ❤
❤ Thirty Five ❤
❤ Thirty Six ❤
❤ Thirty Seven ❤
❤ Thirty Eight ❤
❤ Thirty Nine ❤
❤ Forty ❤
❤ Forty One ❤
❤ Forty Two ❤
❤ Forty Three ❤
❤ Forty Four ❤
❤ Forty Five ❤
❤ Forty Six ❤
❤ Forty Seven ❤
❤ Forty Eight ❤
❤ Forty Nine ❤
❤ Fifty ❤
❤ Fifty One ❤
❤ Fifty Two ❤
❤ Fifty Three ❤
❤ Fifty Four ❤
❤ Fifty Five ❤
❤ Fifty Six ❤
❤ Fifty Seven ❤
❤ Fifty Eight ❤
❤ Fifty Nine ❤
❤ Sixty ❤
❤ Sixty One ❤
❤ Sixty Two ❤
❤ Sixty Three ❤
❤ Sixty Four ❤
❤ Sixty Five ❤
❤ Sixty Six ❤
❤ Sixty Seven ❤
❤ Sixty Eight ❤
❤ Sixty Nine ❤
❤ Seventy ❤
❤ Seventy One ❤
❤ Seventy Two ❤
❤ Seventy Three ❤
❤ Seventy Four ❤
❤ Seventy Five ❤
❤ Seventy Six ❤
❤ Seventy Seven ❤
❤ Seventy Nine ❤
❤ Eighty ❤
❤ Epilogue ❤
❤ Bônus I ❤
❤ Bônus II ❤
❤ Bônus III ❤

❤ Seventy Eight ❤

21.9K 2.3K 1.2K
By Sweet_Kpopper

#SueterVermelho

AVISO: Capítulo +18

Boa Leitura!

“A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras. Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida.”Martha Medeiros

JUNGKOOK

     Deslizei minhas mãos com certa facilidade sobre sua pele molhada, fazendo questão de carimbar cada centímetro de seu corpo com meus lábios. Seus gemidos e arfadas soam como música em meus ouvidos, trazendo a sensação de paz e tranquilidade, além de aquecer o ambiente à nossa volta.

     Confesso que estou amando o conceito desta fase, os quilos a mais na balança, as curvas mais acentuadas e o jeito que ele fica todo manhosinho a cada toque. Meu ômega sabe perfeitamente o quanto o amo, e esse sentimento fica mais forte a cada dia, apesar de termos de lidar com suas inseguranças quase que a todo instante.

     Jimin reconhece que não há necessidade de ter insegurança ao meu lado, mas não consegue distinguir isso quando se trata da aproximação de outras pessoas. Em sua mentalidade qualquer um que esteja nos tais padrões sociais é melhor que si, e para ser honesto não sei mais o que fazer para evidenciar que essas comparações não são necessárias.

     A promessa que fiz no altar é de amá-lo incondicionalmente até meu último suspiro, incluindo ficar ao seu lado com os cabelos grisalhos, sentados em uma cadeira de balanço na casa de campo e observando nossos netos no jardim. É cedo para ter esse tipo de sonho, mas nosso relacionamento já provou que nasceu para superar qualquer adversidade.

     Me deixando guiar pelos instintos, permaneci racional quanto aos cuidados necessários para manter a segurança dos nossos bebês. Sexo não foi difinitivamente proibido durante esses meses, a médica só pediu um tempinho depois que ele deixou o hospital, e assim que fomos liberados ela explicou para não haver tanto esforço.

     Em período gestacional, Jimin parece consumir extrato de afrodisíaco todos os dias, pois foram inúmeras vezes que ele provocou e tentou me tapear quanto às recomendações de sua obstetra. Somente sei que não precisamos ter pressa, estamos ligados um ao outro para o resto de nossas vidas, não há relógio no mundo que possa ir contra o nosso amor.

     Admiro cada detalhe do meu pequeno ômega, desde seus fios loiros contrastando com a pele alva, aos olhinhos mais puxados que o normal, os lábios tão cheinhos quanto as bochechas, além do dentinho torto que costumo chamar de charme. Jimin também tem uma dualidade encantadora, que o leva a agir do modo fofo ao safado quando menos esperamos.

     Nunca me restou dúvida de que Jimin é o ômega da minha vida, ou melhor, o fio que liga todas as vidas. Nossa ligação é forte o bastante para dar a certeza de que esse não é nosso primeiro encontro neste plano, por isso sou seguro em dizer que nascemos um para o outros desde a primeira existência de ambos.

     – Jungkook. – ele gemeu todo manhosinho, se agarrando aos meus ombros assim que sentiu minha mão deslizar em torno de seu membro ereto. – Eu... Gosto tanto disso, meu amor. Hum...

     Ergui seu corpo de modo a deixá-lo confortável, e o ouvi gemer alto quando finalmente coloquei seu membro em minha boca. Jimin não pode esconder os sons de satisfação, não lhe dei chance de negar ou pensar em fugir da nossa pequena tortura. No fundo sei que meu ômega gosta e sente falta, afinal as noites de amor se tornaram escassas desde o incidente em que ele quase perdeu nossos bebês.

     Senti quando seus dedos se afundaram entre meus fios, os puxando com certa força como se aquilo fosse o bastante para estabelecer o equilíbrio que ele tanto precisa. O ômega me arrancou um gemido rouco ao esbarrar um de seus pés em meu membro ereto, provando o quão sensível tem me deixado com esse período quase obrigatório de abstinência.

     Mesmo com as recomendações médicas, ouso dizer que estou aliviado ao perceber que nada mudou. Jimin continua se entregando facilmente, de corpo e alma, assim como cada ação é recíproca de igual intensidade. Reação facilmente notada com a contração dos músculos de suas pernas e abdômen, denunciando que assim como eu, meu marido também foi duramente afetado com toda essa ausência.

     – Amor, eu vou... Hum... – Jimin avisou, porém continuei com os movimentos até sentir seu orgasmo sendo expelido em minha garganta.

     Voltei a sentá-lo em meu colo, sentindo meu membro pulsar debaixo de suas nádegas fartas, especialmente quando meu ômega fez questão de rebolar gostoso sobre ele. É difícil me controlar com o mais novo se movendo em cima da minha ereção, enquanto deslizava com pouca força suas unhas curtas em meu peitoral.

     Sua forma de me torturar é assim, não causando dor apesar dos arranhões, somente provocando a pele e deixando mais sensível para os próximos passos. Jimin continuou suas investidas, evidenciando seu principal objetivo ao tentar se ajoelhar dentro da banheira entre minhas pernas.

     No entanto, embora quisesse muito sentir seus lábios deslizando em meu membro, deixei para outra ocasião temendo seu esforço desnecessário. Sei que devemos fazer sacrifícios neste período, e expor os bebês a risco está longe de ser o cenário ideal exigido pela equipe de profissionais que o acompanha no pré-natal.

     Tirei sua concentração ao puxá-lo para um beijo, ganhando uma nova percepção do ambiente. Amo como nossas bocas se encaixam em perfeita sincronia, seus beijos sempre foram capazes de me levar para lugares onde jamais estive antes de conhecê-lo. Jimin é meu vício, do qual nem sequer me preocupo em buscar uma cura, se é que isso existe.

     – Me deixe te recompensar, meu amor. – Jimin sussurrou, deixando inúmeros sapinhos em meu peitoral. – Eu quero usar minha boca.

     – Não precisa se esforçar, bebê. Esse momento é todinho seu. – respondi com calma, erguendo seu corpo e encaixando meu membro lentamente em sua entrada. – Apenas me diga se algo incomodar, tudo bem?

     – Não vou te pedir para parar. – murmurou com a voz falha, e em seguida senti suas unhas se afundarem em meus ombros. – Continua, meu amor.

     Então uni novamente nossos lábios, dando início a mais um beijo que Jimin correspondeu com paixão. Senti quando ele gemeu contra minha boca, provocando uma vibração gostosa entre nós dois. É maravilhoso poder sentir seu corpo desta maneira, tão entregue ainda que seja em um local pouco confortável como uma banheira.

      A verdade é que para Jimin e eu nunca houve tempo ou lugar ruim, desde o início de nosso namoro experimentamos diversos lugares e criamos inúmeras memórias juntos. Acho justo que esse ponto não tenha mudado após o casamento, a chama entre nós dois pareceu dobrar com nossa união em todos os sentidos.

     Deslizei uma das mãos pela lateral de seu corpo, parando sobre a coxa esquerda, onde pressionei com a mesma intensidade que usei a outra para segurar a parte posterior de seu pescoço. Seus músculos vibraram junto à minha pele, no instante em que meu marido enlaçou as pernas em torno de meus quadris, buscando um contato maior pela fricção de meu membro envolvido por sua intimidade.

     A sequência de investidas o fez se agarrar mais a mim, misturando nosso suor junto à água, e os gemidos em meio ao ambiente quase silencioso. Não há como descrever o prazer que proporcionamos um ao outro, nem mesmo chamá-lo de inesquecível tendo em vista que todas as nossas memórias são dignas de serem recordadas.

     – Ahn, Jungkookie. – gemeu, marcando um chupão em meu pescoço logo em seguida. – Eu te amo... Te amo tanto.

     – Também amo você, meu bem. – sussurrei, notando sua expressão fofa com os olhinhos fechados assim que o afastei. – Abra os olhos, Jiminnie.

     Meu marido me observou com seus olhinhos preguiçosos e semicerrados, mantendo os lábios entreabertos para facilitar a respiração acelerada. Amo incondicionalmente todas as suas versões, mas sou suspeito para falar o quão apaixonado sou por sua imagem pós-sexo. A visão de suas bochechas rosadas e cabelos grudados à testa pode parecer erótica, porém para mim é como contemplar meu paraíso particular.

     Aproveitando o momento de calmaria, o provoquei com alguns selinhos e mordidas leves na mandíbula, sendo presenteado com seu jeito todo manhosinho ao gemer e arfar. Meu marido e eu amamos um sexo bruto com demonstração de posse, porém o instante exige que fassamos amor, o que para nós dois nunca foi problema, tendo em vista que o prazer provocado é o mesmo.

     E Jimin sabe me levar à loucura com seus movimentos lentos, reboladas precisas e o carinho que pertence somente a si. Não há do que reclamar dos modos que ele me deixa satisfeito, tal como atendo a cada um de seus pedidos esperando lhe proporcionar tanto prazer a ponto de fazê-lo perder a voz.

     – Eu te amo incondicionalmente, Jeon Jimin. Você é tão perfeito. – sussurrei, deixando algumas mordidas leves em sua mandíbula. – Está parecendo um bolinho fofo, irei te chamar de mochi de agora em diante. – provoquei, mas não houve repreensão de sua parte, já que o envolvi em uma velocidade considerável de investidas. – Meu mochi gosto e fofo. Só meu.

     – De corpo, alma e coração, meu alfa. – disse ele, no instante em que minha cabeça pendeu para trás e uma onda de prazer passou por todos os meus músculos. – Me faça gemer, meu amor.

     Voltei a masturbá-lo com certa velocidade, enquanto o penetrava no mesmo ritmo, buscando o tão esperado orgasmo. Jimin não demorou a alcançar seu clímax, se agarrando ao meu corpo e gemendo quase sem voz contra meu pescoço.

     No entanto, meu ômega não parou de se mover até sentir seu interior ser preenchido pelo líquido viscoso e quente, prolongando a sensação do orgasmo que lhe provoquei. Jimin continuou agarrado à mim, até mesmo quando afastei nossas intimidades e deslizei dois dedos em sua entrada o vendo se contrair.

     – Mochi? – o chamei baixinho, notando sua cabeça apoiada em um dos meus ombros e um sorriso contra a pele exposta do meu pescoço. – Estou te chamando, meu bebê preguiça.

     – Estou com sono, meu amor. – murmurou manhoso, envolvendo seus braços em torno de minha cintura.

     – Então não vai querer os morangos com calda de chocolate que preparei, não é? – perguntei, observando seus olhinhos sonolentos me encarando.

     – Golpe baixo, Jeon Jungkook. – deixei uma risada escapar ao ver um biquinho se formar em seus lábios. – Seu chantagista imundo.

     – Não há nada mais baixo que você, meu bem. É impossível. – provoquei, recebendo um golpe fraco no peitoral. – Sempre irei te amar, Jimin.

     Terminamos o banho com mais algumas carícias e beijos, aumentando a manha do ômega entre meus braços. Ainda o ajudei a se secar e vestir algo confortável, e me ajoelhei para conversar com nossos bebês quando o ômega se encarregou de secar os próprios fios.

     Os anjinhos se moveram preguiçosamente em seu ventre, causando uma leve onda distorcida em seu abdômen. Jimin somente observou a cena por um tempo, vez ou outra me chamando de bobo pelo jeito fofo de lidar com toda a situação. Me sinto um idiota apaixonado nessa nova fase, e admito que não há defesa alguma diante do meu comportamento.

     – Oi, minhas miniaturas. – murmurei, enfiando a cabeça por baixo do moletom do meu ômega. – Cresçam fortinhos, por favor. Eu estou cuidando muito bem do papai.

     – Você é de outro mundo, Jungkook. – Jimin sussurrou, me cobrando a atenção e puxando meu rosto em direção ao dele. – Agora quero os meus morangos com chocolate, por favor.

     – O relógio está marcando meia-noite, bebê. Você não estava com sono?

     – Foi você quem inventou, Jeon Jungkook. – o ômega rebateu no mesmo instante. – Seus leõezinhos estão famintos.

     – Já foram alimentados, meu bem. – respondi, me arrependendo no instante seguinte, onde torci para meu ômega não entender o sentido daquelas palavras.

     – Isso é nojento e problemático, Jungkook. – recebi outro tapa no ombro, antes dele se virar e esconder o rosto pela vergonha. – Estou falando sério, senhor Jeon.

     – É só uma brincadeira infeliz, meu amor. Vamos ir até a cozinha, irei derreter o chocolate novamente. – disse, então me levantei e o puxei calmamente em minha direção. – Você pode ir lavando os morangos? Estão na tigela de vidro dentro da geladeira.

     A visão do meu marido caminhando pelo apartamento trajando uma peça de roupa minha e os cabelos levemente bagunçados é minha favorita, e fica ainda melhor ao notá-lo descanso e sem preocupação alguma no meio da nossa cozinha. Conviver diariamente com Jimin é ser presenteado todos os dias com momentos como esse, instantes que me fazem ter a certeza de que meu ômega sempre será minha decisão de maior importância.

     O mais novo lavou os morangos sem dificuldades, enquanto fiquei atento ao chocolate derretendo aos pouquinhos na panela sobre o fogão. Jimin fica lindo de qualquer ângulo, e isso não muda independente de estar com alguns quilos a mais na balança e fora dos padrões que as pessoas ao nosso redor julgam ser importantes, mas para mim é a maior futilidade já inventada.

     Me distraí tanto ao observá-lo que quase deixei o conteúdo da panela queimar, mas deu tudo certo quando terminamos deitados em nossa cama, envolto de cobertas e almofadas, saboreando o doce na medida em que um filme era transmitido pela televisão. Meu marido optou por um romance ocidental, e foi a história de “Cartas para Julieta” que o fez suspirar a cada cena exibida.

     Não ouso negar que a história é linda, um casal que se ama há tantos anos e se reencontrou após décadas de separação. Cada qual com suas famílias, mas o tempo e a distância não fez o sentimento adormecer. É inspirador para os casais jovens, e extremamente emocionante para quem anda lutando com uma guerra de hormônios dentro de si.

     – Acho que alguém quer um pouco de carinho. – murmurei, notando Snow parado na porta, sem demonstrar reação.

     Jimin o pegou no colo e deitou sobre sua barriga, deixando Snow livre para nos proporcionar a cena mais fofa que já presenciamos. O felino cheirou seu abdômen, e se acomodou ali quando nossos bebês se moveram em resposta. Ouvi a bola de pelos ronronar, evidenciando o quão à vontade está, além de não demonstrar em momento algum reação de sair daquela posição.

     Meu marido acabou adormecendo na mesma posição, se recusando a mover um músculo que fosse capaz de atrapalhar o cochilo preguiçoso do rei felino que manda e desmanda em nós dois. Então apenas me levantei para desligar a televisão e as luzes, além de tirar as louças de cima da cama e levar até a cozinha, evitando atrapalhar o descanso dos meus amores.

     – Jungkookie, me solta. – ouvi meu ômega gritar, e no instante seguinte senti uma cotovelada nas costelas, antes de ele conseguir se soltar e correr em direção ao banheiro.

     Ainda na cama pude ouvir o mais novo despejar o que havia em seu estômago direto no sanitário, provando mais uma teoria dita pela médica, que apesar de não serem tão frequentes quanto no primeiro trimestre, os enjoos matinais podem sim aparecer novamente. De certo modo me sinto culpado ao vê-lo passar por tudo isso, mesmo sabendo que é uma reação natural do corpo de um ômega em períodos gestacionais.

     Reuni toda animação que ainda me resta e segui até o banheiro, o encontrando sentado sobre a tampa do bidê, tão pálido quanto uma folha de papel. Senti o suor frio ao tocar seu rosto, o que me deixou mais preocupado acreditando que poderia ser algo mais do que um simples enjôo matinal.

     – Eu não deveria ter exagerado ontem. – meu ômega murmurou, aparentando estar exausto com mais uma crise de enjoos inesperada. – Parece pior agora.

     – Me desculpe, meu anjo. – murmurei, deixando um selinho rápido em sua testa. – Como se sente?

     – Não gosto que me veja assim, Jungkook. – meu marido respondeu, se apoiando em meus braços assim que se levantou. – Droga. Achei que isso já teria passado.

     – Como consegue ser fofo até nessas condições? – perguntei de bom humor, deixando o clima mais agradável enquanto o acompanhei até a pia. – Quer um banho?

     – Preciso comer primeiro, se eles deixarem, é claro. – murmurou, seguindo em direção à cozinha. – Você me acompanha, irá preparar meu café da manhã.

     – Trabalho escravo é crime, Jeon Jimin. Qual o próximo passo, vai me manter em cárcere?

     – Preciso mencionar sobre as vezes você mencionou que é meu escravo? – rebateu, se sentando na cadeira próximo à bancada e ditando suas regras. – Seja breve, por favor. Seus filhos querem panquecas com Nutella e suco de laranja.

     – Abusado.

     – Não entendi, meu amor. – disse de bom humor.

     – Amo você, foi isso que eu disse.

     – Menos papo e mais ação, alfa. – ordenou, me arrancando um sorriso ao perceber que desta vez ele não deixou os sintomas o abalarem como antes.

     Fui presenteado com o retorno do seu bom humor durante o café da manhã, reação imediata provocada pela mesa farta com tudo o que ele me pediu para fazer. Ao menos os enjoos não retornaram, o que possibilitou para que meu ômega apreciasse as panquecas e o suco natural que tanto desejou.

     No entanto, nossa paz terminou junto ao toque da campainha, e quando atendi a porta vi meu apartamento ser invadido por Yoongi, Taehyung e Daesung que veio no colo de seu pai alfa. Em minha mente só havia uma explicação válida e convincente para não insultá-los logo cedo, um princípio de incêndio ou algo tão grave quanto.

     Meu irmão seguiu para a cozinha atrás de Jimin, talvez por acreditar que meu ômega fosse defendê-los caso meu mau humor decidisse aparecer após a visita sem aviso prévio. Sei que estamos expostos a isso já que moramos no mesmo prédio, mas não escondo a frustração todas as vezes que um familiar ou amigo aparece sem avisar, especialmente nas primeiras horas da manhã.

     – A quem devo essa invasão logo cedo? – indaguei, um pouco irritado com a visita sem aviso, ainda que moramos no mesmo condomínio.

     – Tem um rato lá em casa. – meu irmão disse com a voz elevada, evidenciando um medo antigo em relação aos roedores. – Não, aquilo é o próprio cosplay do Mickey Mouse. Aquele bicho é maior que o seu gato.

     – E por que Taehyung não matou ele?

     – Está aí uma pergunta que estou me fazendo, meu caro. – disse meu cunhado, deixando um tapinha fraco em meu ombro. – Não sou alfa o suficiente para acertar a moleira daquele roedor dos infernos.

     – Como um rato entrou no apartamento? Achei que o condomínio tivesse um sistema rigoroso de dedetização. – questionei, mesmo sabendo que não teria uma resposta convincente.

     – Não faça perguntas difíceis, Jeon. – Taehyung respondeu por eles. – Preciso de ajuda, ou vamos entregar a chave do apartamento para o primo distante do Mickey Mouse.

     – Vocês ainda vão me matar. – disse Jimin, não conseguindo conter a risada diante daquela cena.

     – Sabe que o rato não vai sair só porque vieram para cá, certo?

     – Sabemos. – meu irmão respondeu, nem sequer se movendo de onde estava. – Por isso viemos buscar o super Snow.

     – Não sabia que meu gato faz freelancer de dedetização. Se vire, o número do dedetizador está na agenda. – rebati, colocando o aparelho de telefonia nas mãos do ômega. – Snow não sai daqui, meu filho não come esse tipo de porcaria.

     Yoongi seguiu o conselho e ligou para o dedetizador, e durante quase trinta minutos esperamos ansiosamente pelo desfecho esperado para tal ataque. Acontece que terminaram todos com expressões envergonhadas diante das gargalhadas do profissional, afinal o primo do Mickey Mouse na verdade era uma espuma que Daesung deixou cair enquanto brincava pela casa.

     Pela primeira vez em anos vi Taehyung perder sua pose de alfa sério, se bem que ele não mantém suas expressões fortes quando está com a família. Tal incidente apenas serviu para deixar evidente que estou no meio de loucos, mas confesso que apesar da invasão, essa foi a melhor maneira de iniciar um dia.

.
.
.

NOTAS DA AUTORA

Olá, amores!

Aqui está mais um capítulo corrido, espero que tenham gostado.

Faltam poucos capítulos para o fim de Sweet Poison. Obrigada por acompanharem até aqui.

AMO VOCÊS! ❤

~ Sweet 🦄

Continue Reading

You'll Also Like

93.5K 12K 60
Jeon Jungkook é o filho mais novo dos Reis da Coréia do Sul, assim que completou 18 anos a hora de se casar chegou, porém o ômega não queria se ligar...
74K 10.4K 26
[Concluída] Aos 35 anos, o alfa Park Jimin, o recluso e frio duque de Bewcastle, está ávido por encontrar um novo amante. Quando chega a Londres, os...
245K 19.5K 31
𝐌𝐈𝐒𝐓𝐀𝐊𝐄 | 𝘼𝙡𝙞𝙘𝙚 𝙎𝙖𝙣𝙩𝙞𝙖𝙜𝙤 se via sozinha nesse mundo vazio. Após a morte de seus pais a mesma se comprometeu a cuidar do seu irmão...
196K 5.5K 24
Você e sua mãe tinham acabado de se mudar para a casa do seu padrasto e foi então que você descobriu que teria um meio-irmão, você só não esperava sa...