Sweet Poison ❤ Jikook ABO

By Sweet_Kpopper

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Park Jimin é um ômega amável, no entanto, as responsabilidades o fizeram se tornar um quase adulto antes do... More

❤ Prologue ❤
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❤ Epilogue ❤
❤ Bônus I ❤
❤ Bônus II ❤
❤ Bônus III ❤

❤ Sixty Nine ❤

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By Sweet_Kpopper

#SueterVermelho

Boa Leitura!

“Todo mundo tem um tio que insiste em agir como um adolescente. Pergunte aos seus sobrinhos.”Ricardo Barbosa

JUNGKOOK

     Depois de passarmos o dia todo fora de casa, Jimin acabou dormindo profundamente após o jantar. Não que essa reação seja normal ou uma novidade, mas ele precisou apenas do calor dos meus braços para descansar sobre a cama macia e o edredom que manteve o frio longe de nós dois.

     Acordei durante a madrugada com um pouco de sede, difícil foi sair da cama sem acordar meu noivo. Assim que me distanciei, o mais novo se envolveu ainda mais no edredom e murmurou algumas coisas desconexas, mas em momento algum saiu de seu sono tranquilo.

     Quando saí do quarto, senti uma bola de pelos bem próxima aos meus pés. Snow me acompanhou miando alto, querendo a atenção que lhe foi negligenciada nos últimos dias graças às inúmeras coisas que tivemos de resolver e as descobertas. No entanto, sua busca por carinho estava motivada pelo interesse, já que ele se esqueceu da minha existência após encontrar sua tigela de ração no canto da cozinha.

     Enchi um copo com água no dispenser da geladeira, então me encostei no balcão de mármore para esperar Snow terminar a refeição e levá-lo novamente para o quarto. É estranho estar em uma casa completamente silenciosa, isso se levarmos em consideração que minha irmã tem dias de nascida e é tão calma a ponto de nos deixar dormir durante a madrugada.

     Está aí um dos maiores desafios que talvez Jimin e eu iremos enfrentar, uma criança muda totalmente a rotina, desde as horas de sono e até o dobro de preocupações que desenvolvemos pela vidinha que depende de nós dois. Saber que irei diminuir consideravelmente minhas noites de sono me desanima um pouco, mas todo o sacrifício é recompensado quando se trata de formar a nossa família.

     Snow terminou de comer e se aproximou novamente, se atirando em meus pés na intenção de ganhar colo até o quarto. Ironicamente, Jimin e nosso filho felino têm diversos pontos em comum, a fofura e a manipulação são os principais deles.

     Estava prestes a subir para o quarto quando fui surpreendido pela presença do meu sogro, trajando um robe amassado e a expressão de sono presente em seu rosto. Senhor Park parece estar há dias sem dormir direito, o que me fez mandar para longe a teoria de que SunHee é uma criança calma, ela apenas está sendo controlada antes de armar o escândalo.

     – Também perdeu o sono, filho? – meu sogro indagou, enquanto se servia um copo de suco.

     – Na verdade não, apenas desci para buscar um pouco de água. – respondi, notando o felino andar preguiçosamente entre as pernas do mais velho. – Snow veio no bonde de interesse.

     – Jimin está bem? – acenei de forma positiva, sorrindo internamente ao me recordar de meu pequeno ressonando de forma serena em nossa cama. – Isso é assustador, não é?

     – Um pouco. – suspirei, voltando toda minha atenção para senhor Park. – Meu sogro, qual foi sua reação ao descobrir que sua primeira esposa estava grávida?

     – Foi assustador, filho. – disse ele, deixando uma risada baixa escapar. – O medo é inevitável. Passam mil e uma coisas na mente, como a dúvida se conseguiria ser um bom pai e ser o bastante para proteger meus dois amores.

     – É como tenho me sentido.

     – Essa sensação vai passando aos poucos, e não há palavras para descrever o momento em que o vi pela primeira vez. – o alfa sorriu orgulhoso. – Jiminnie era um pacotinho tão frágil, os vinte dedinhos gordinhos mais fofos que já havia visto. – notei as lágrimas acumuladas em seus olhos. – O medo passa quando sente seu filho nos braços pela primeira vez. Não precisa se preocupar, sei que você será um ótimo pai para essa criança.

     – Meu amor. – Jimin nos interrompeu, e não esperei muito para vê-lo entrando na cozinha, caminhando descalço enquanto esfregava os olhinhos inchados. – Oi, papai.

     – Oi, filho. Perdeu o sono?

     – Não, é que eu acordei e Jungkook não estava ao meu lado. – o mais novo respondeu, nos fazendo entender que é somente mais um episódio de carência.

     – Bebê, não deveria andar descalço por aí, o chão está frio. – disse, o pegando no colo e colocando sentado sobre a bancada de mármore.

     – Bom, vou deixá-los a sos. – meu sogro disse, nos deixando sozinhos em questão de segundos. – Boa noite, meus filhos.

    Voltei a me aproximar do mais novo, desta vez me encaixando entre suas pernas e erguendo carinhosamente seu rostinho sonolento. Não me canso de observar meu ômega, Jimin é perfeito em cada detalhe, ainda que esteja todo inchado pelas horas de sono. Meu sogro tem razão ao dizer que o filho é como uma obra de arte, e eu sou sortudo é um imenso admirador de tal monumento.

     Juntei nossos lábios em um beijo lento, deixando nossas bocas se encaixarem de forma perfeita, dando um ritmo gostoso ao gesto. Senti quando seus dedos se fecharam sobre o tecido de minha camisa, antes de meu corpo ser puxado em sua direção e Jimin envolver meus quadris com suas pernas.

     Apenas parei ao ouvir um gemido manhoso vindo dele, foi quando me recordei de algumas informações passadas pela médica minutos antes de Jimin receber alta. No período gestacional, meu ômega vai passar por mudanças de humor e uma bagunça hormonal, por isso ficará mais sensível a qualquer coisa que eu faça e até mesmo sinta graças a marca.

     Jimin me puxou para um abraço, deixando a cabeça apoiada em um dos meus ombros enquanto tentava colocar a respiração em ordem. Aprendi a amar cada segundo de momentos assim, em especial por ter descoberto o fato de que sou seu porto seguro, onde o ômega se agarra todas as vezes que se sente amedrontado.

     – Você está com fome? – indaguei, tendo um simples aceno como resposta enquanto acariciava suas bochechas.

     – Não, estou com um pouco de sede apenas.

     Sob seu olhar curioso, caminhei até a geladeira e peguei um pouco do suco natural que Chaeyoung deixou pronto antes de ir dormir. Ainda que não seja sua obrigação fazer coisas após o horário de serviço, a garota sempre ajudou minha mãe durante a gestação e parece destinada a fazer o mesmo em relação ao meu ômega. Não é à toa que tudo isso está sendo bem recompensado, já que a mais velha e meu sogro estão custeando o curso universitário que ela iniciou no último semestre.

     Jimin consumiu todo o conteúdo do copo em questão de segundos, então o lavei deixando-o secando sobre a pia. Antes de seguirmos para o quarto, peguei uma garrafinha de água para prevenir o mais novo de descer as escadas durante a madrugada, algo que pretendo fazer como hábito sabendo que devemos ter o dobro de cuidado agora.

     Meu colo foi dispensado pelo ômega enquanto voltávamos para nosso quarto, isso porque ele teve de se abaixar no meio da sala para pegar Snow após o felino reconhecer seu cheiro. A verdade é que Jimin o deixou totalmente mimado, mas não ouso reclamar sabendo que o felino foi sua companhia fiel no pior momento de nossas vidas.

     Em nosso quarto, Jimin se aconchegou sobre a cama e Snow deitou próximo aos seus pés após afofar o edredom. Apenas esperei para vê-los encontrar a melhor posição, então desliguei a lâmpada e me juntei ao meu ômega debaixo da coberta, o notando se aproximar à procura de um lugar confortável entre meus braços.

     Diante dessa sensação maravilhosa, deixei a mente viajar pelas inúmeras possibilidades imprevisíveis de nosso futuro. Imaginei nosso bebê deitado entre nós dois, dormindo serenamente como seu pai ômega está agora. Estarei no paraíso se vier com os traços fofos de Jimin, embora muitos digam que a mistura de nosso DNA irá resultar em uma criança linda.

     Acabei voltando ao sono sentindo o perfume suave do mais novo, assim como sua respiração calma tocando meu pescoço, e as pontinhas de seus dedos fazendo cócegas em meu abdômen depois que Jimin decidiu enfiar as mãos por baixo do meu moletom para se aquecer mais rápido. Havia dito que ele deixou Snow mimado, porém devo reconhecer que lhe enchi de manhas e manias nos últimos anos.

     No fundo acreditei que fossemos dormir até tarde, até acordar nas primeiras horas da manhã com um barulho nada comum vindo do nosso banheiro. Levantei as pressas ao notar a ausência de Jimin ao meu lado, e quando cheguei no cômodo, encontrei meu ômega ajoelhado diante do sanitário e parcialmente amolecido por ter se esforçado tanto a essa hora do dia.

     A médica disse que é algo natural para os primeiros meses da gestação, mas somente consigo enxergar isso como problemático diante de tudo o que meu ômega irá passar. Ter filhos não é uma experiência agradável, nem sequer consigo imaginar as mudanças e tudo que Jimin vai enfrentar pelos próximos meses até dar a luz.

     Meu noivo precisa se alimentar para repor vitaminas e outros nutrientes para ele e o bebê, mas sei que é uma tarefa quase impossível driblar os enjoos matinais. No entanto, isso não me impede de sentir culpa, principalmente por estar expondo Jimin a uma situação que nenhum de nós dois planejamos.

     Sentei ao seu lado, o puxando para meu colo e sentindo o quão trêmulo seus músculos ficaram após despejar apenas líquido dentro do sanitário. Acolhido em meus braços, o ouvi sussurrar inúmeros xingamentos contra si mesmo, inclusive se considerando um fraco por não conseguir ir contra tais sintomas.

     Quero evitar discutir por coisas desnecessárias, por mais que ouví-lo depreciar a si mesmo me enche de raiva. Tudo o que fiz foi erguer seu corpo e levá-lo até a pia, onde o coloquei sentado e esperei pacientemente até que parte de suas forças fossem recuperadas.

     Seu olhar dobrou a culpa em meu peito, a forma que ele quase não conseguiu segurar a escova de dentes me deixou ainda pior. Apenas cuidei do meu ômega como tenho feito desde que assumimos nosso relacionamento, fazendo todo esforço por seu bem-estar e prometendo que dias melhores virão. Pegaria todos os seus sintomas se fosse possível, mas preciso me contentar somente com a parcela que a biologia nos permite através da marca.

     – Vamos dar um jeitinho nesses enjoos, minha mãe com certeza deve ter alguma solução ao menos para diminuir. – me aproximei, mas quando estava prestes a selar seus lábios, Jimin estranhamente me afastou com suas mãos. – O que foi, meu bem?

     – O seu perfume, Jungkookie. – ele sussurrou, se apoiando por alguns segundos em mim, apenas o bastante para descer de onde o coloquei.

     – O que tem meu perfume? – perguntei confuso. – É sério que vai sentir enjoo dos meus feromônios agora?

     – Não, meu amor. É seu perfume mesmo. – disse ele, se referindo ao cheiro do cosmético grudado à minha roupa. – Parece que… Parece que você tomou banho de álcool.

     – Isso já é frescura, Park Jimin. – deixei uma risada escapar ao ouvir aquilo, mas me afastei respeitando seu espaço e bem estar. – Vou precisar de um banho se quiser me livrar desse cheiro. Você vem comigo?

     – Não, preciso comer. Espero por você na cozinha.

     – Me espere no quarto, bebê. Você pode ter outra tontura e rolar pela escada. – alertei, e tudo o que ouvi no instante seguinte foi o barulho da porta do quarto sendo fechada. – Jimin?! – o chamei, porém não tive resposta. – Teimoso.

     Terminei meu banho rapidamente e busquei roupas limpas no closet, deixando as peças impregnadas com meu perfume no fundo do cesto de roupas sujas. É estranho que Jimin tenha desenvolvido uma aversão a algo que ele escolheu, mas por um tempo acredito que preciso me acostumar a andar sem cosméticos por aí.

     Quando cheguei ao primeiro andar, encontrei Jimin sentado ao lado de minha mãe, brincando com SunHee que pareceu bem tranquila em seu colo. O melhor de tudo foi notar o brilho nos olhos da mais velha, o mesmo que se tornou frequente desde o casamento com o senhor Park.

     Minha mãe sempre amou o lado fofo do meu ômega, vivia desejando ter outro filho com uma personalidade semelhante, já que Yoongi nasceu com a fofura, porém não é tão amigável quanto Jimin. Não me canso de assistir a boa relação que meu noivo e ela construíram, o respeito e a admiração é algo mútuo, o que torna a convivência familiar uma espécie de paraíso para todos nós.

     Deixei os três na sala e segui direto para a cozinha, sentindo meu estômago tão dolorido como se não visse comida há dias. Fiz companhia ao meu sogro durante o café da manhã, e o mesmo achou divertido me estender o convite para uma reunião em sua empresa logo nas primeiras horas do dia. Obviamente o convite foi negado, não somente por já ter um compromisso, mas por não fazer sentido eu acompanhá-lo sem conhecer os setores da economia ao qual os grupo Park atende.

     A desculpa que encontrei foi o compromisso que Jimin e eu firmamos com meu cunhado após ele ter ido buscar nosso carro no centro de higienização, e Yoongi ligou bem cedo para nos lembrar do horário. Taehyung e ele irão para a casa das montanhas, onde passarão o final de semana inteirinho para comemorar o aniversário de casamento.

     Jimin e eu vamos passar duas noites com a responsabilidade de cuidar do nosso sobrinho, ideia genial que meu ômega está vendo como um incentivo e aprendizado para nós dois. Devo confessar que não me sinto tão animado com tal ideia, até porque convivemos com Daesung o suficiente para perceber o quão terrível e genioso ele consegue ser.

     Meu ômega não demorou a se juntar a nós dois na mesa de refeições, veio acompanhado de minha mãe após deixarem Sun dormindo no quarto. Por falar na mais velha, ela encontrou um modo natural e prático de cortar os enjoos de Jimin, uma mistura feita de limão, água e um pouco de açúcar que lhe causou uma leve careta depois que consumiu.

     Segundo minha mãe, além de a bebida ser uma fonte de vitamina C, é algo mais seguro para contar os enjoos do que tomar remédios ou chás aquecidos. Jimin ainda esperou por alguns minutos antes de arriscar comer uma pequena porção, embora tenha demonstrado fome, o medo de voltar para o banheiro falou mais alto que a vontade de se entregar sem culpa ao banquete sobre a mesa.

     Após o café da manhã, meu ômega e eu nos arrumamos para seguir até o apartamento de Yoongi e Taehyung. Não foi preciso fazer uma pequena mala para o final de semana, tendo em vista que nosso apartamento fica no mesmo andar e noventa por cento de nossas coisas estão dentro do imóvel.

     Meu irmão estava impaciente com o pequeno atraso, me deixando confuso se toda irritação é vontade de estar sozinho com Taehyung ou simplesmente o desejo de se ver livre de Daesung por dois dias. Por falar em nosso sobrinho, o mini alfa nem sequer fez escândalo ao ver seus pais saindo, algo que eu imaginava já que Jimin se encarregou de distraí-lo no meio da sala.

     – Quero ver vocês juntarem toda essa bagunça depois. – disse, me atirando no sofá e retornando a atenção para os jogos em meu celular.

     – Por que faríamos isso se você pode fazer sem reclamar? – o ômega perguntou, sendo totalmente sorrateiro ao me encarar com o sorrisinho fofo estampado em seu rosto. – Meu amor, não quero passar o dia trancado aqui. Podemos visitar a Lisa e a Jennie?

     – Elas estão viajando, bebê. Embarcaram ontem para resolver algumas pendências em Tóquio. – respondi, sem parar o jogo para observá-lo.

     – Então podemos ir a uma sorveteria e levar Daesung para brincar em um parque, o que acha?

     – Podemos visitar Hoseok e Nari também, se você quiser voltar àquele apartamento, é claro. – sugeri, vendo uma expressão pensativa em seu rosto. – Depois levo vocês à sorveteria.

     – Por mim tudo bem. – Jimin disse animado. – Daesung, vamos trocar de roupas para extorquir seu tio um pouquinho. – meu ômega disse, o levando até o closet onde Yoongi mantém as coisinhas do pequeno alfa organizadas. – Vamos tomar sorvete.

     Obviamente Jimin e eu vamos em contrapartida a qualquer dica que minha mãe nos deu, como a valiosa informação de não dar doces para uma criança, embora quebrar as regras às vezes não seja tão ruim. No entanto, o começo do meu arrependimento veio quando saímos do elevador, instante em que precisei correr mais que o normal para pegar a miniatura que disparou pela animação de estar saindo de casa.

     Foram quase trinta minutos para instalarmos a cadeirinha de segurança no carro, vergonhosamente precisei contar com a ajuda de outro morador para uma simples tarefa, mesmo que Taehyung tenha me explicado cada detalhe antes de sair. Jimin se divertiu com tudo isso, imaginando que talvez eu me torne um pai tão atrapalhado como agora.

     Alguns minutos antes de dar partida no carro, liguei para Hoseok a fim de informar nossa visita, mas fiquei surpreendido quando ele disse que estava na casa dos pais com Nari. Jimin e eu optamos por ir direto até a sorveteria, e após alguns sorvetes, deixamos Daesung solto no playground do parquinho em frente ao estabelecimento, tudo para gastar suas energias.

     – Jiminnie?! – minha atenção foi voltada para a voz suave que chamou por meu ômega, então reconheci Seokjin e Namjoon há poucos metros com uma garotinha no colo.

     – Caramba, SoMin está enorme, Jinnie? – disse meu noivo, se aproximando da garotinha que parece ter pouco mais de um ano.  – Como vocês estão?

     – Estamos bem. – Namjoon respondeu com tranquilidade. – Pelo que vejo, vocês também estão ótimos.

     – Sim, estamos. Desculpe por não ter ido visitá-los mais, nossa vida virou de ponta cabeça desde que Jungkook ficou doente. Agora que estamos conseguindo voltar para os trilhos. – Jimin disse aparentando estar envergonhado. – Quanto tempo se passou desde a última vez que nos vimos? Veja como SoMin está enorme.

     – Quase um ano, eu acho. – Seokjin lhe respondeu, sentando em um espaço vazio no banco. – Sabemos o quanto a vida de vocês anda agitada, especialmente agora que falta pouco menos de um mês para o casamento.

     – Estamos contando os segundos.

     Foi essa a maneira que Jimin e eu descobrimos que todos os convites foram entregues corretamente e com antecedência que pedimos, já que a tarefa da distribuição ficou por conta de Yoongi. Deixei meu noivo conversando com seus antigos professores por alguns minutos, apenas para dar atenção a Daesung que brincava sozinho na imensa caixa de areia.

     – Parabéns, Jeon. – disse Namjoon, me deixando confuso com o abraço que recebi assim que voltei a me aproximar.

     – Até onde sei meu aniversário não é hoje, mas aceito os cumprimentos. – gargalhei junto aos três, recebendo um abraço de meu ômega logo em seguida.

     – Eu disse a eles sobre nosso bebê, Jungkook. – meu noivo murmurou, se aconchegando ainda mais quando o abracei pela cintura. – Espero que não se importe.

     – Claro que não, meu anjo. – respondi com um selinho rápido em sua testa. – Em algum momento iriam descobrir mesmo.

     – Idiotas, ainda estamos aqui. – Namjoon murmurou, nos fazendo rir por achar que estavam sendo ignorados.

     – Amor, temos que ir. Sua mãe ficou de ir nos visitar hoje. – desta vez fomos interrompidos por Seokjin. – Nos vemos outra hora, não se esqueçam de nos visitar. Cuide bem do nosso anjo, Jungkook.

     – É o que estou fazendo, senhor Kim.

     Os mais velhos se despediram e novamente fomos deixados sozinhos, afinal nem todos têm a mesma animação para ir a um parque quando o clima parece instável. Jimin achou conveniente que seguíssemos os passos de seus amigos e fôssemos para casa, reclamando de estar tonto e uma imensa vontade de se deitar em uma cama confortável.

     Missão quase impossível foi tirar Daesung do playground, algo que somente conseguimos depois que Jimin o chantageou com uma barra de chocolate que estava em sua mochila. A questão é que somos inexperientes e não nos demos conta do erro, alimentando a miniatura de Kim Taehyung com a única coisa que seus pais imploraram para não dar, açúcar.

     Não medimos consequências e acreditamos que estava tudo em ordem, ironicamente a ilusão mais doce que já tivemos na vida. Jimin me deixou com a bomba enquanto estava descansando um pouco, me fazendo correr a tarde inteira atrás de uma criança que não parecia ter botão para desligar. O quanto de energia cabe em um ser com menos de um metro de altura? Essa é minha maior dúvida, e a resposta é bem simples, ninguém sabe.

     – O quão velho você está, Jeon Jungkook? Agora até uma criança consegue te driblar. – murmurei, gargalhando da minha própria desgraça, atirado sobre o tapete com Daesung pulando sobre meu abdômen. – Vou te colocar em uma coleira, pestinha!

     – Pest… Pestinha! – Daesung repetiu, fazendo meu coração disparar por medo de Jimin ter nos escutado. – Pestinha!

     – Não, pequeno. Pimentinha. – tentei corrigir, temendo por minha vida ao ouvir os passos do meu ômega se aproximando.

     – Jungkookie, você viu o…

     – Pestinha! – o pequeno alfa repetiu, desta vez apontando seu dedinho em minha direção.

     – Jeon Jungkook, eu vou matar você!

     Tudo se tornou em câmera lenta quando Jimin se aproximou, e por alguns segundos vi a vida passando em minha mente como um filme. Talvez seja tarde demais para pensar em como colocar um filtro na língua ao falar com crianças, afinal nosso bebê obviamente vai nascer órfão de um dos pais.

.
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NOTAS DA AUTORA

Olá, amores!

Aqui está mais um capítulo corrigido, espero que tenham gostado.

Como será nosso alfa favorito como pai? Kkkkkkk'

AMO VOCÊS! ❤

~ Sweet 🦄

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