Jovem Amor

Bởi SGConzatti

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Existe idade certa para amar? Giovanni é professor na faculdade de Biologia e acaba de se separar de sua mu... Xem Thêm

1. Emily
2. Giovanni
3. Novos Rumos - Emily
4. Ser pai separado - Giovanni
5. Amigos e Família - Emily
6. Tarde de Pesquisa - Giovanni
7. Ombro Amigo - Emily
8. Leituras no Jardim - Emily
10. A conversa - Emily
11. Mergulho - Emily
12. Oceano - Giovanni
13. Na Areia - Emily
14. Caixas - Giovanni
15. Férias - Emily
16. Segredos - Emily
17. Com você - Emily
18. Ser seu Namorado - Giovanni
19. Piquenique - Giovanni
20. Em sua companhia - Emily
21. Mentiras - Giovanni
22. Discussão - Emily
23. Confiar? - Giovanni
24. A família dele - Emily
25. Um passo adiante - Giovanni
26. No sofá - Emily
27. Revelações - Giovanni
28. Próximo Passo - Emily
29. Nosso Momento - Giovanni
30. Preconceito - Emily
31. Ciúmes - Giovanni
32. Giovanni e Ricardo - Emily
33. Sofrimento - Emily
34. Visita de Mãe - Emily
35. Notícia - Giovanni
36. Surpresa - Emily
37. Decisões - Giovanni
38. Minha escolha - Emily
39. Morar Longe - Giovanni
40. Saudades - Emily
41. A mensagem - Emily
42. Erro - Giovanni
43. Superar - Emily
44. Casamento - Emily
45. Sem sua visita - Giovanni
46. Recomeço - Emily
47. Nova Vida - Emily
48. No corredor - Emily
49. Em casa - Giovanni
50. Coração partido - Emily
51. O outro - Giovanni
52.Repensar - Giovanni
53. Lual - Emily

9. Homem Íntegro - Giovanni

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Bởi SGConzatti

Não gostava de festas e até planejava uma desculpa para não ir ao aniversário de Pedro na noite seguinte, porém um alarme tocou dentro de mim quando ele convidou o trio de alunos. Além de muita ousadia da parte dele, não era uma festa indicada a jovens, por ter muita bebida e às vezes cenas um pouco explícitas. Havia ido apenas à do ano anterior, contudo ouvira comentários surpreendentes das demais na sala dos professores.

Porém me obriguei a dar uma passada na festa de Pedro quando senti uma pitada de angústia ao pensar na possibilidade de Alice ter convencido Emily a ir também. Elas seriam duas garotas jovens num poço de lobos, senti a necessidade de averiguar se ficariam bem.

Rodeadas de música alta, algumas pessoas bêbadas dançavam freneticamente e outras se agarravam sem pudor nos sofás. Estava aliviado por minhas alunas não terem aparecido e ao mesmo tempo frustrado.

Eu conhecia poucas pessoas ali, alguns outros professores e Teca, uma mulher que tive o prazer de dividir a cama do quarto de hóspedes de Pedro algumas vezes. Ela viera acompanhada de um novo namorado, então apenas cumprimentou-me ao longe.

Pelo visto eu não teria sua presença hoje para tornar a festa mais interessante. Escorei-me no balcão das bebidas e degustei um drinque enquanto pensava em uma desculpa para ir embora mais cedo.

Em pouco tempo a festa com bebida liberada e abundante derrubara algumas criaturas desmaiadas nos sofás, inclusive o namorado de Teca. Enquanto eu ainda estava ali observando tudo entediado.

Teca sorriu para mim e se aproximou.

— Você se sente bem? — ela disse com seu modo sensual característico que me enlouqueceu em outras noites. — Passou a festa sentado aqui.

— Não gosto muito de festas. — respondi com tédio, sem querer ser grosseiro. Olhei para o cara estirado no sofá. — É seu namorando?

— Pois é, situações da vida. — ela riu divertida ao sentar-se meu lado.

Sorri de acordo. Não era o momento de dizer como ela parecia tão contraditória a mim. Eu ouvira de sua boca, várias vezes, como ela não era mulher para relacionamentos românticos. Como seu interesse estava no prazer casual.

— Sei o que está pensando. — ela me olhou sincera e voltou a sorrir. — Mas convicções mudam quando envolvem o coração.

— Se está feliz, é isso que importa. — respondi com sinceridade. Eu não iria julgá-la por estar apaixonada. Quem poderia?

— E você, ainda lamenta a separação ou seu coração já foi domado outra vez?

Sua pergunta me pegou de surpresa. Abri a boca para responder que não havia nada em meu coração no momento, contudo me senti confuso.

Olhei nos olhos daquela mulher que já havia me proporcionado noites de prazer e, não sei se foram os copos de bebida que tomara ou por ela aparentar estar verdadeiramente interessada na resposta, ousei dizer o que eu ainda não dissera nem para o meu íntimo.

— Tenho pensado em uma jovem. — ela me olhou com curiosidade, antes de Teca tirar conclusões erradas, eu me recompus. — Não tem nada entre nós. Apesar de ser linda, charmosa, inteligente, divertida e doce. — por que eu falava tudo isso para tentar explicar? Nem devia ter começado a confessar em primeiro momento. Desviei o olhar envergonhado pela besteira que saia de minha boca. — Ela é uma aluna, muito jovem. Nem sei por que disse isso.

— Como eu disse, — ela riu com ar sábio ao se preparar para ir ao encontro de seu namorado que acordara no sofá e estava a sua procura. — os sentimentos mudam as convicções. E o amor não é racional, não se importa com idade ou condições.

Sem ter palavras para retrucar, eu a observei ir até o namorado e lhe beijar. Não devia me importar com o que ela dizia, pois eu nunca trairia minhas convicções. Era só uma atração, e como toda a atração logo seria esquecida.

Pedro aproximou-se com um cara, uns cinco anos mais novo do que ele, apoiado ao seu ombro mais para desmaiado do que consciente.

— Giovanni, me ajude a levar meu primo até o quarto.

Carregar o malhado primo de Pedro não foi tarefa fácil, mesmo para dois homens. O cara arrastava os pés ao invés de andar. Ao ser colocado na cama do quarto de hóspedes, sorriu torto.

— Obrigado, cara! Sou Marcelo.

— Melhor sairmos antes que ele comece a choramingar coisas constrangedoras. — Pedro fechou a porta, e eu concordei com ele. — Ainda temos o resto da noite para curtir.

Meu amigo andou animado até a pista de dança improvisada em sua sala enquanto eu ia embora sem chamar a atenção. Aquela conversa com Teca não saia de meus pensamentos.

****

Nina não teria aula nessa terça-feira à tarde e como Rebeca não poderia levá-la para seu escritório ofereci-me para ficar com ela. Meu primeiro impulso foi pedir para Pedro cuidar sozinho da pesquisa para que eu e a pequena pudéssemos ir à praça. No entanto, ao recordar de Emily à minha espera no jardim, ofereci para Nina um passeio diferente. Talvez fosse um erro, contudo eu não desejava cancelar o momento de leitura e diálogo com Emily.

Nos dois meses anteriores, eu havia sido surpreendido ao acompanhar Pedro até o Jardim e avistar Emily com a Genealogia da Moral em mãos. Assim como Pedro pensei se ela sabia o que aquele livro representava, e confesso que quis esnobar ao citar uma bela frase. Ela não se deixou impressionar e me retrucou, e conversar sobre questões filosóficas nos uniu em mais um interesse em comum.

Não consegui evitar convidá-la para continuarmos e agora me sentia incapaz de interromper nossas conversas no Jardim. Era o único momento, em que realmente conversávamos, em todos os outros em que nos encontrávamos na faculdade apenas nos cumprimentávamos educados.

Era como se nos transformássemos em outras pessoas quando estávamos no jardim. Não tenho certeza o que ela achava de nossos encontros de estudo, mas para mim era como se naqueles momentos eu esquecesse o quanto estávamos distantes pelo tempo e por nossas experiências de vida. Ali não éramos professor e aluna, apenas deixávamos nossas mentes discorrerem livres.

Embora houvesse ocasiões, conforme ela mexia o cabelo ou ria, nas quais eu desligava do mundo ao redor e olhava-a com grande desejo. E nesses momentos eu temia estar fazendo algo errado, mas então logo eu controlava esses pensamentos e me concentrava na filosofia. Afinal era por causa disso que decidimos dar inicio a nossas leituras no jardim, e apenas isso.

No jardim, Emily ainda não chegara e Nina corria animada de um lado para outro na tentativa de pegar os passarinhos que pousavam na grama. Ao avistar Emily, meu coração se angustiou. O que ela pensaria de mim quando soubesse que já tinha uma filha? Acharia-me o velho que sou comparado a ela? E por que isso ecoava importante dentro de mim?

— Desculpe o atraso eu precisei pegar umas Xerox. — Emily comentou ao aproximar-se apressada como se estive atrasada para uma reunião importante. Não pude evitar o sorriso em meus lábios por ela ter vindo.

— Quero te apresentar alguém. — disse sem jeito, ela me observou com curiosidade. Nina correu até mim quando a chamei com um aceno. Eu a peguei no colo. — Esse é Nina, minha filha.

— Filha? — ela sussurrou confusa ao erguer as sobrancelhas.

— Sua amiga já chegou, podemos comer sorvete agora? — Nina quebrou o estranhamento do momento sendo simplesmente a criança sincera que era ao me lembrar da promessa do sorvete.

— Claro. — respondi sem jeito. O que Emily devia estar pensando? — Quer nos acompanhar? — arrisquei ao não saber o que fazer ou o que eu queria realmente em forçar esse encontro em elas. Entenderia se Emily inventasse uma desculpa para se ausentar. Afinal ela estava ali para trocar ideias filosóficas e não para interagir com a filha de um professor.

Ainda sem jeito ela acenou em positivo e andamos até o restaurante a frente do jardim. Apesar da situação inicial estranha meu medo inicial de ter afastado Emily desmanchou-se assim que Nina jogou seu charme de criança e voltou-se curiosa para os pássaros que a rodeavam nas árvores, enquanto andávamos pelo lugar com casquinhas de sorvete em mãos.

Juntamente comigo, Emily sorria divertida quando minha filha me observava abismada por eu saber o nome de alguns pássaros e plantas. Exploramos cada canto do jardim e para minha surpresa minha aluna permaneceu ao nosso lado e de maneira natural, segurou a mão da pequena para auxiliá-la a andar sobre um dos bancos.

Já na pesquisa, as constantes interrupções de Nina causaram algum atraso no andamento desta. Pedro era tranquilo demais para preocupar-se com isso e aproveitou o momento para impressionar minha filha, ao lhe mostrar alguns cérebros de animais que estavam nos potes com formol.

Rodrigo, Alice e Emily permaneceram mais afastados ao tentarem se concentrar no trabalho a ser feito, embora Nina os buscassem com algum frequência para lhes contar as coisas nojentas que Pedro dizia para a impressionar.

No final levar Nina para a pesquisa foi divertido. E eu me sentia contente por Emily não agir como Alice que lançava olhares impacientes a minha filha. Não sei por que isso devia me importar, mas de algum modo importava bastante.

No retorno para o apartamento que agora era de Rebeca, Nina falava sem parar de todos os pássaros que vira e dos interessantes cérebros. Ouvi-la fez-me recordar da tarde em que havíamos ido ao zoológico, assim como eu, minha filha adorava animais. Esperava que isso se mantivesse quando ela se tornasse uma adulta.

— Sabe de quem eu mais gostei? — ela projetou-se para frente no cinto. Olhei-a pelo retrovisor demonstrando que prestava atenção. — Daquela menina, a Emily.

— Por quê?

— Ela tem os cabelos mais bonitos que já vi.

Não podia negar que os cabelos acobreados de Emily eram lindos. Contudo, me preocupou que Nina começasse a se assemelhar com o modo de Rebeca falar, sempre se importando só com a aparência e muito raramente com o interior de alguém.

— Não podemos gostar de alguém só porque gostamos de seu cabelo. Se for só isso, podemos dizer que a pessoa é bonita, mas para gostar é preciso mais alguma coisa.

— Tá. — ela olhou pela janela pensativa. — Gosto dela por ser legal comigo, assim pode?

— Assim é melhor.

— Talvez ela possa vir brincar comigo um dia desses.

A ideia infantil causou-me riso ao imaginar a cara de Rebeca quando Nina levasse sua nova amiga para brincar. Ao mesmo tempo, reparei como até mesmo minha filha percebia Emily nova o bastante para querer brincar com ela e o pensamento me desanimou, fazendo-me sentir-me um completo tolo.

***

Dirigia-me para mais um encontro com Emily no banco do jardim, quando cruzei com Sérgio no corredor. Ele gesticulava agitado com dois professores da filosofia.

— Giovanni! — chamou-me ao livrar-se dos dois que antes estavam ao seu lado. — Que livro carrega aí contigo? Parece interessante.

— O Animal Moral. — respondi indeciso ao entregar o livro para ele. Sérgio começou a folhear com interesse. — É um misto de biologia com neurologia e padrões culturais.

— Já me indicaram este livro. Poderíamos nos reunir na cafeteria para trocarmos umas ideias?

— Eu adoraria. — concordei incerto. O que diria para ele? Senti receio de contar a verdade, pois de algum modo me pareceu ruim confessar que ia encontrar sua sobrinha. — Mas tenho um compromisso.

— Sei. — ele fitou-me acusador. — É melhor que não se atrase então, Emily já deve estar a sua espera.

Permaneci desnorteado em um silêncio constrangedor, como uma criança pega fazendo algo que não deveria. Se pudesse, teria desaparecido. Sérgio sorriu divertido, percebera minha culpa, era evidente.

— Está surpreso! — ele bateu amigável em minhas costas. — Todos que almoçam no campus já tiveram a oportunidade de vê-los sentados no jardim entretidos com algum livro.

— Foi um acontecimento casual. — minha voz saiu insegura, o que só confirmava as minhas possíveis más intenções para com sua sobrinha. Tentei melhorar a impressão. — Fazemos uma dupla de estudos sobre livros interessantes. Emily é muito inteligente.

— Sim, acho que puxou esse gosto e entendimento de filosofia de mim. — ele riu orgulhoso. — Mas a beleza, com certeza, veio da mãe. Fico feliz que esteja instruindo-a ainda mais.

— Na verdade, fazemos trocas parelhas. — confessei, eu não merecia esse título de sábio tutor. Um bom tutor não se deixaria afetar pela beleza de cabelos ruivos.

— Ela teve um ótimo professor. — Sérgio apoiou o braço sobre meu ombro e me acompanhou até quase o jardim. Eu me senti desconfortável com sua companhia. — Desde muito nova, Emily ficava à minha volta no meu escritório, questionava sobre tudo e divertia-se em ler comigo os mais diversos livros. No começo, tinha que parar quase de frase em frase para tentar ajudá-la a compreender a complexidade das ideias, mas com o tempo ela simplesmente pegava os livros de minha biblioteca particular, lia e vinha filosofar comigo.

— Nina também adora quando eu falo com ela sobre minha profissão.

— Bem, os meus filhos não foram assim. — era possível perceber certa mágoa na voz dele. Ele parou de andar e avistou Emily. — Ela fica ainda mais linda quando está com a expressão concentrada.

— Concordo.

Uma palavra escapada que entregou meus maus sentimentos. Sérgio sorriu sem fazer nenhum comentário sobre o meu. Talvez ele tenha pensado que eu concordara com ele num gesto educado, igual a quando uma pessoa diz que o filho é bonito e somos impelidos a concordar para manter a pessoa orgulhosa. Ela nos viu e acenou tranquila para Sérgio, ele fez o mesmo e empurrou-me.

— Aproveitem os períodos de conhecimento. É positivo para Emily ter um homem íntegro ao seu lado.

Nunca havia me sentido como um traidor antes, mas Sérgio ter me denominado íntegro abalou-me. Um homem íntegro não teria sonhos eróticos com sua jovem aluna.

De repente, perdi toda a coragem de manter-me ao lado dela. O que eu fazia era muito errado, e não adiantava fingir que não era. O convívio com ela já havia ultrapassado os limites entre professor e aluno.

Apreciava sua inteligência e forma de agir, o problema é que sentia o mesmo por seu corpo e isso não era adequado para a situação. Se pelo menos ela fosse uma aluna de final de curso, perto dos vinte e três anos, poderia me sentir menos promíscuo.

Sem mais escapatória aminha consciência, eu rapidamente inventei uma desculpa a ela e cancelei nossoencontro dessa tarde. E provavelmente deveria cancelar todos os outrostambém.     


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