28. Próximo Passo - Emily

154 18 0
                                    

O sábado estava chuvoso e bastante arrastado. Giovanni tinha um curso e só chegaria depois das sete da noite, assim convidei o Rodrigo e Alice para assistir uns filmes no meu apartamento juntamente com o Gustavo. Divertimo-nos muito. Os meninos fizeram sucos e pipocas com caramelo.

Depois que eles saíram, inclusive Gustavo que tinha um compromisso de família, eu me arrumei para esperar Giovanni. Iríamos sair. Um jantar especial, ele disse, para comemorar nos segundo mês de namoro.

Eu tinha uma ideia de como tornar essa dada realmente especial, e apostava que Giovanni pensava o mesmo. Afinal desde a nossa última tentativa, eu já estava adequadamente protegida e sentia-me também emocionalmente preparada para fazer de nosso namoro algo mais sério.

Ao entrar no carro dele ele sorriu maroto:

— Você está tão linda como naquela noite na praia. — Giovanni comentou ao reparar que eu usava o mesmo vestido de nosso primeiro beijo. Escolhido de modo consciente para sinalizar minha intenção.

Sorri maliciosa ao me deixar ser levada para o restaurante. O ambiente era romântico, iluminado por velas. Pedimos uns pratos com nomes estranhos e nos decepcionamos com a comida, pois nosso paladar não estava acostumado àquilo. Comi muito pouco, Giovanni tentou comer mais, mas acabou deixando de lado.

Ao entrarmos no carro, ele estava decepcionado.

— Achei muito bonito o restaurante. — tentei agradá-lo. Não me importava com a comida, para mim a intenção dele de ser uma noite perfeita já me fazia sentir-me desse modo, mas meu namorado estava visivelmente desiludido, pois tentara me agradar. Sorri amavelmente e ele correspondeu.

— Sim, o restaurante é lindo, — ele sorriu com divertimento. — pena que teremos que jantar de novo em outro lugar.

— Eu topo uma pizza em seu apartamento. — arrisquei.

— Uma pizza, então. — ele sorriu discreto ao compreender minha verdadeira intenção em ficarmos sozinhos.

Ao chegarmos, buscamos nos imãs da geladeira o número de nossa pizzaria preferida e ele fez o pedido, enquanto eu colocava um de seus CDs no rádio. Ele abriu uma garrafa de vinho sentamos no sofá ouvindo música e tomando vinho à espera da pizza que segundo a telefonista iria demorar quase uma hora para chegar.

Giovanni colocou nossas taças na mesinha e puxou minha mão para dançarmos. Havia começado a tocar uma bela canção. Nunca havíamos dançado juntos, pois ele não era muito bom dançarino. Contudo, isso não me importou, seus braços me contornavam com força. Eu me senti flutuar.

Seus lábios acariciaram meu pescoço, um delicioso arrepio percorreu meu corpo. Uma onda quente explodiu em meu peito e em ânsia por seu toque beijei sua boca. Em segundos, nos beijávamos calorosamente, suas mãos quentes e firmes deslizavam sobre o meu corpo e o calor me consumia enquanto nos livrávamos rapidamente de nossas roupas.

O contato da pele de Giovanni com a minha foi como se uma gostosa eletricidade nos envolvesse, sorri ao beijá-lo com mais intensidade. Ele me ergueu encaixando-me no seu quadril, soltei um gemido.

Nossos corpos enroscavam-se repletos de desejo. Concentrei-me na sensação e em seus beijos, curtindo o momento. O grande tesão emanado entre nós nos fez chegar ao ápice com rapidez.

Ofegante ele apoiou sua cabeça no meu ombro, fiz o mesmo. Ficamos abraçados em silêncio com os olhos fechados, apenas sentindo o sangue pulsar e nosso coração desacelerar aos pouquinhos.

O interfone tocou nos dando um susto. Sorridente, ele me olhou ao abotoar a calça. Arrumou o cabelo apressado com as pontas dos dedos e desceu para pegar a pizza. Caminhei até o banheiro, com o corpo ainda atravessado por uma boa sensação. Agora sentia a cumplicidade total ser alcançada em nosso namoro, meu coração emanava amor e felicidade.

Quando ele retornou com a pizza, eu já o esperava vestida no balcão da cozinha. Por alguns momentos, senti-me receosa de como nos sentiríamos um com o outro agora. Será que ficaria um clima estranho? Palavras não ditas? Pudores? Como sempre ocorria logo depois quando eu e Ricardo ficávamos juntos? Mas Giovanni parecia prever isso e conseguiu manter conversas evasivas enquanto devorávamos a pizza.

Para então enlaçar os braços em minha cintura e puxar-me para perto.

— Estou muito feliz que esteja aqui.

— Eu também. — confirmei ao lhe dar um selinho.

— Eu te amo, você sabe disso, não sabe? — seus olhos me fitavam com paixão.

— Também de amo. — falei timidamente, nunca havíamos falado tão francamente de sentimentos.

Beijamo-nos com profundidade.



Jovem AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora