Sweet Poison ❤ Jikook ABO

De Sweet_Kpopper

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Park Jimin é um ômega amável, no entanto, as responsabilidades o fizeram se tornar um quase adulto antes do... Mai multe

❤ Prologue ❤
❤ One ❤
❤ Two ❤
❤ Three ❤
❤ Four ❤
❤ Five ❤
❤ Six ❤
❤ Seven ❤
❤ Eight ❤
❤ Nine ❤
❤ Ten ❤
❤ Eleven ❤
❤ Twelve ❤
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❤ Twenty ❤
❤ Twenty One ❤
❤ Twenty Two ❤
❤ Twenty Four ❤
❤ Twenty Five ❤
❤ Twenty Six ❤
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❤ Twenty Nine ❤
❤ Thirty ❤
❤ Thirty One ❤
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❤ Thirty Three ❤
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❤ Thirty Nine ❤
❤ Forty ❤
❤ Forty One ❤
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❤ Forty Nine ❤
❤ Fifty ❤
❤ Fifty One ❤
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❤ Sixty ❤
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❤ Sixty Five ❤
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❤ Sixty Nine ❤
❤ Seventy ❤
❤ Seventy One ❤
❤ Seventy Two ❤
❤ Seventy Three ❤
❤ Seventy Four ❤
❤ Seventy Five ❤
❤ Seventy Six ❤
❤ Seventy Seven ❤
❤ Seventy Eight ❤
❤ Seventy Nine ❤
❤ Eighty ❤
❤ Epilogue ❤
❤ Bônus I ❤
❤ Bônus II ❤
❤ Bônus III ❤

❤ Twenty Three ❤

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De Sweet_Kpopper

⚠ NÃO DEEM SPOILER ⚠

Boa Leitura! ❤

“Uso ironia porque não posso usar uma metralhadora.” Caroline Oliver 

JIMIN ❤ 

     Confesso que passei os últimos dias ansioso pelo final de semana, principalmente depois de acertarmos os mínimos detalhes sobre a ida para a fazenda. A propriedade de minha família é um local agradável, como um pedaço do paraíso na terra. 

     E como todo pedaço de céu, também tem seus demônios. Soube de última hora que provavelmente teremos a companhia de Minhyuk, sobrinho-neto da minha avó, alguém que ela ama manter por perto. Ele e eu nunca nos demos bem, talvez por portarmos o mesmo status, ou por eu ter descoberto sua fama de pegar qualquer alfa que der mole em sua frente. 

     Com personalidades bem divergentes, é de se esperar que haverá um pouco de estresse em nossa estadia. No entanto, Jungkook está fazendo de tudo para me manter distraído, inclusive mencionou sobre os roteiros que pretende fazer apenas em minha companhia, sem contar com as demais pessoas que irão nos acompanhar. 

     No fundo espero que meu namorado não dê corda para as brincadeiras de Minhyuk, ou sou capaz de usá-la para enforcar os dois antes de atirá-los dentro de um poço. Nosso relacionamento está em uma fase tão boa, e definitivamente não quer que nada e nem ninguém seja capaz de estragar esse clima. 

     Nos vimos pela última vez no dia do velório da minha mãe, alguns anos se passaram desde aquele momento, que por sinal foi a única ocasião em que o vi de fato se comportando. Talvez a presença de seus pais tenha o forçado a se comportar como um bom moço, ou o ômega se compadeceu da fase dolorosa de nossa família. 

     Minha avó decidiu dar folga ao seu motorista, deixando a tarefa de conduzi-la até a fazenda para Jungkook e eu. Mandamos todas as malas no carro de Taehyung, e então seguimos viagem após buscá-la em sua casa nas primeiras horas da manhã. 

     A única coisa que pedi a Jungkook foi para não exceder a velocidade, afinal minha avó porta um pequeno trauma graças a um acidente que sofreu durante sua juventude. Foi bom ter sua companhia dentro do veículo, especialmente pelas inúmeras perguntas que ela nos fez após ter a certeza de meu envolvimento com Jeon. 

     Foram quase três horas e meia sendo torturado dentro do carro, não digo isso pelas perguntas dela, e sim por meu estômago sensível que não se dá tão bem com movimentações contínuas tão excessivas. Desde que me entendo por gente, sempre me sinto mal durante viagens, ainda que algumas sejam curtas, e a única coisa que me faz melhorar é o repouso ao chegar no destino desejado. 

     Assim que Jungkook estacionou o carro, saltei para fora e corri até um canto do jardim, onde não consegui mais controlar os enjoos e despejei ali todo meu café da manhã. Meu namorado logo veio atrás, preocupado com minhas reações e acreditando que tivesse algum tipo de culpa por ter acelerado em alguns momentos. 

     O alfa esperou pacientemente minhas energias se recomporem, então ergueu meu rosto com cuidado e analisou cada expressão em meu rosto cansado. Acredito que a péssima noite de sono também tenha contribuído para isso, afinal fomos dormir bem tarde depois que insisti para assistirmos um romance qualquer transmitido pela televisão. 

     – Se sente melhor? – ele indagou preocupado, deslizando carinhosamente uma de suas mãos em minha bochecha. – Você está pálido, meu bem. 

     – Isso é normal, menino Jungkook. Meu neto sempre se sentiu mal durante as viagens, ele só precisa repousar um pouco. – apenas concordei com o que minha avó lhe disse. – Vamos entrar, vou pedir ao caseiro para nos ajudar com as malas. 

     Jungkook não se importou com a presença de minha avó, e mesmo que eu já estivesse visivelmente recuperado, ao menos o suficiente para caminhar sozinho, o alfa me pegou no colo e subiu rapidamente os degraus até a varanda de entrada. Pudemos ouvir claramente a aprovação da mais velha diante disso, além de sua confissão por ter ficado na torcida positiva por esse romance. 

     Senhora Park nunca chegou a trocar muitas palavras com meu alfa, mas disse que desde o primeiro momento sentiu que ele é o homem certo para seu neto. Ah se ela soubesse o quanto lutamos para isso dar certo, acredito que suas panelas seriam poucas para tentar colocar juízo na cabeça de Jungkook. 

     Optei por ficarmos no mesmo quarto que costumava me hospedar nas raras vezes que vínhamos para fazenda, era de se esperar que Jungkook fosse aproveitar o jeito liberal da mais velha para dividir seu espaço comigo. Taehyung e Yoongi escolheram o cômodo ao lado, pedido do ômega por achar a casa enorme e assustadora para dormirmos distantes um dos outros. 

     Por falar em meu cunhado, ele logo seguiu até a cozinha para ajudar minha avó com um lanche rápido. Como pedimos para ter um pouco mais de privacidade, senhora Park dispensou boa parte dos funcionários do local, deixando apenas o caseiro como parte da segurança de toda a propriedade. Ao menos assim Jungkook e eu podemos nos agarrar por aí sem medo de haver plateia, tudo o que menos desejamos são interrupções. 

     Estava terminando de trocar minha roupa quando ouvi o barulho de uma moto, e pela janela do quarto notei a chegada de quem menos desejei até então. Minha avó foi pessoalmente receber Minhyuk, mesmo sendo seu sobrinho ele ainda é tratado como se fosse seu neto. 

     Observando toda a movimentação, pude notar quando ele desceu de sua moto trajando seu estilo forte, condizente com a personalidade que o mais velho nunca fez questão de esconder. É o tipo de ômega que não abaixa a cabeça para nenhum alfa, o jeito que de alguma forma consegue mexer fortemente com meu lado inseguro. 

     Logo senti meu alfa me abraçando por trás, apoiando a cabeça em um dos meus ombros para contemplar a mesma visão ameaçadora que estou tendo desde o primeiro segundo que Minhyuk chegou. Será um longo final de semana, e honestamente apenas desejo que tudo termine bem. 

     – Vamos até lá. Quero que me apresente ao seu primo. – disse ele, e no instante seguinte já não consegui mais disfarçar a tensão em meus músculos. 

     – Ele não é tão importante. – disparei voltando a dar atenção às minhas roupas, sequer percebi que Jungkook me encarava confuso com tudo aquilo. – Minhyuk não é uma boa pessoa. 

     – Por que está tão inseguro, meu amor? – o alfa riu, logo me puxando para outro abraço e encheu meu rosto de selinhos. – Só tenho olhos para você, Jimin. – o mais velho revelou, em seguida ergueu minha mão direita deixando a aliança na altura de meus olhos. – Está vendo este anel? É a prova da promessa que fiz a você. 

     – Uma aliança não significa nada para ele. 

     – Mas significa para nós dois, e você sabe disso. – meu namorado respondeu, deixando um beijinho sobre a aliança antes de soltar minha mão. – Farei deste o melhor final de semana da sua vida, então se anime um pouco mais. 

     – Eu te amo. 

     – Também amo você, meu bem. – disse ele, me estendendo uma das mãos para irmos em direção ao meu possível problema. – Agora vamos ir até seu primo, não seja mal educado. 

     Jungkook não teve paciência ao me ver hesitar sair do quarto, ele simplesmente me jogou por cima de um dos seus ombros, e saiu me carregando como um singelo saco de batatas. Comecei a gargalhar por mais uma de suas travessuras, o que fez com que meus tapinhas nem sequer fizessem cócegas em suas costas. 

     Como resposta ele me deu um tapa ainda mais forte nas nádegas, fazendo o local arder e inconscientemente um leve gemido escapar por meus lábios. Claro, o momento ficou mais constrangedor quando avistei Yoongi e Taehyung há pouco metros, sinal de que ouviram claramente o som que saiu de minha boca. 

     – Praticamente acabamos de chegar e esses dois já estão de fogo. – disse Yoongi com o tom bem humorado, mas ainda sim me causou vergonha por entender o sentido por trás de suas palavras. 

     – Se quiser a gente aproveita os efeitos do seu ciclo e faz uma fogueira, Bae. – Taehyung rebateu no mesmo tom malicioso, tendo como resposta um belo tapa de seu noivo. – Não precisa ser dentro de casa, tem uma floresta enorme lá fora. 

     – Kim Taehyung! – meu cunhado o repreendeu, e pela primeira vez pude ver as bochechas de Yoongi completamente avermelhadas. – Controle sua língua, seu idiota. 

     – Imundos. Não preciso ficar aqui ouvindo sobre a vida sexual do meu irmão. – Jungkook disse, deixando claro seu lado fofo, ciumento e protetor de irmão mais velho. 

     – Falou o senhor puritano. – o outro alfa provocou, então notei que claramente iriam entrar em discussão se não estivéssemos próximos ao hall de entrada da casa. – Só para ressaltar, estamos no quarto ao lado, façam menos barulho durante a noite, por favor. 

     Meu alfa até pensou em rebate-lo, porém se calou e me colocou no chão quando chegamos na varanda da casa. Taehyung e Yoongi foram os primeiros a cumprimentarem Minhyuk, que milagrosamente não deu em cima do mais velho, pois provavelmente percebeu que já estão unidos por uma marca. 

     No instante seguinte seus olhos se fixaram na direção do meu alfa, e um sorriso bem suspeito surgiu em seu rosto. Me irritei ao perceber a animação de Minhyuk, que por sinal notou o limite e decidiu ultrapassá-lo sem esperar nem mais um minuto. 

     – Jiminnie continua baixinho como sempre. – o ômega provocou, no instante em que até Yoongi havia percebido o clima estranho. – Quem é esse bonitão aqui? 

     – Jeon Jungkook, o namorado dele. – o mais velho lhe estendeu uma das mãos para cumprimentá-lo cordialmente, então Minhyuk me encarou como se quisesse ter a certeza de minha atenção. 

     – Meu alfa. – acabei pensando alto demais, e disparei aquilo ao me agarrar a cintura de Jungkook. 

     – Seu alfa? Não vejo nenhuma marca dele em seu pescoço. 

     – Sem brigas, crianças. – disse minha avó, tentando apaziguar a guerra antes mesmo de ela ter uma continuidade mais trágica. – Tente se acalmar, anjinho. Será apenas um fim de semana. – a mais velha sussurrou para mim assim que os demais entraram. 

     – Então o mantenha distante. – murmurei ainda agarrado à cintura de Jungkook. – Podem entrar, vou dar uma volta para esfriar a cabeça. 

     A mais velha concordou com meu pedido, e em momento algum me impediu de seguir na direção contrária e descer rumo aos jardins da fazenda. Acreditei que Jungkook fosse acompanhá-la, mas meu namorado escolheu vir até mim, sabendo que meu humor está péssimo e ele é o único com poder de mudar isso. 

     Meu namorado me abraçou por trás, e continuou caminhando pelo jardim com a cabeça apoiada em meu ombro, especificamente deixando alguns beijinhos na pele exposta de meu pescoço. Conheço cada uma de suas táticas para me acalmar, mas a que ele escolheu não estava dando certo. 

     – Juro que irei enchê-lo de tapas caso se aproxime de novo. – vociferei ainda tomado pela raiva. 

     – Está se estressando à toa, meu bolinho. – disse o alfa, me fazendo parar no meio do jardim há uma certa distância da casa principal. 

     – Não é à toa, Jungkookie. Notou o olhar dele em sua direção? 

     – Jimin, quero que entenda uma coisa. – meu namorado pediu segurando minhas mãos, e em seguida pressionou ambas contra seu abdômen definido coberto pela camisa branca. – Tudo isso aqui é seu. Cada centímetro de pele e músculo. – provocou deslizando meus dedos sobre aquela superfície. – Milímetro por milímetro deste deus grego pertencem a você. 

     – Você está cheio de graça hoje. – gargalhei assim que minhas mãos se distanciaram de seu corpo. – Senhor exibido. 

     – Não tenho culpa de ter nascido gostoso. – Jungkook provocou, e logo direcionou seus lábios até minha orelha direita. – É o nome deste exibido que você grita toda vez que é fodido com força. 

     – Jungkookie. 

     Ele iria me provocar por mais tempo se não tivéssemos sido interrompidos, instante em que jurei que meu alfa diria algo desagradável ao caseiro. O homem se aproximou um pouco constrangido, mas no fundo representou uma breve ameaça a Jeon, que não demorou a se colocar de forma protetora ao meu lado. 

    Lee Dak-Ho tem pouco mais de quarenta anos, apesar de aparentar ser mais jovem, é bem conhecido na região por iludir os ômegas e depois abandoná-los sem arrependimento algum. Não sei quando chegou a fazenda, apenas reconheço que ele tem a total confiança de minha avó, por isso tem acesso a toda e qualquer área da propriedade. 

     Jungkook me abraçou com um pouco mais de força quando o alfa se aproximou alguns passos além do esperado, então notei o cheiro forte do aroma de Dae-Ho misturado a um tipo de bebida alcóolica. Senti meus enjoos retornarem diante daquela mistura forte, provando mais uma vez minha sensibilidade a cheiros terrivelmente fortes. 

     Observei que o caseiro provavelmente está próximo ao seu período de rut, e não é muito seguro que nenhum dos ômegas da casa transitem sozinhos ao lado de fora da propriedade. Não sei até onde vai o autocontrole do senhor Lee, sequer conheço se ele realmente tem algum tipo de tolerância. Minha avó definitivamente se esqueceu de verificar essa questão, acabando por nos colocar em um risco que poderia ser evitado. 

     – Algum problema, senhor Lee? 

     – Não, senhor Park. – o mais velho respondeu, encarando Jungkook de igual para igual como seu meu namorado não lhe oferecesse risco. – Só vim avisar para me chamar caso queira montar a cavalo, posso arrumar tudo para você. 

     – Certo. Obrigado, senhor Lee. – agradeci, e em momento algum me distanciei de Jungkook, ao menos até o alfa mais velho se afastar e desaparecer de nosso campo de visão. 

     O único problema é que Dak-Ho demorou a se afastar, ficou a todo instante encarando Jungkook sem medo de ser repreendido por sua falta de respeito. Meu alfa se posicionou a todo instante de modo a me proteger, deixando claro que não sou alguém indefeso ou disponível para as artimanhas do mais velho. 

     Nunca sequer olhei o caseiro de forma diferente, além da enorme diferença de idade, sempre o enxerguei como o amigo do meu pai já que foram criados praticamente juntos. Assim que ele se distanciou, me senti mais confortável para tentar entender aquele clima pesado, principalmente porque Jungkook ficou tão tenso durante toda a conversa. 

     – Não quero que saia caminhando sozinho pela fazenda, está bem? – concordei ainda sem entender, mas logo Jungkook deixou sua explicação intuitiva. – Esse homem não é confiável. 

     – Senhor Lee trabalha há mais de vinte anos para minha família, Jungkook. Ele me viu nascer, jamais me machucaria. – respondi acariciando suas bochechas, uma clara tentativa de ter novamente sua atenção. 

     – Não confiaria nessa hipótese se fosse você. – ele sussurrou encarando a direção para qual o mais velho seguiu. – Além de estar em rut, aquele imbecil fedia a álcool. Não se preocupe, eu te protejo. 

     – Então estou seguro, meu amor. 

     Jungkook uniu nossos lábios, e sem se importar se havia alguém nos observando, o alfa adentrou meu moletom com ambas as mãos até parar em minha cintura. Obviamente suas ações me provocaram alguns gemidos, mas acredito que tudo tenha sido feito com o propósito de deixar mais evidente a nossa relação. 

     Assim que nos afastamos, tive que me apoiar em um de seus ombros até recuperar a força das pernas. Entre risadas e mais provocações, tentei me distrair da sensação ruim de estar sendo observado, principalmente depois de me certificar de que não havia ninguém nos encarando de dentro da casa. As palavras ditas por meu namorado me deixaram paranoico, no fundo apenas torcendo para o final de semana passar rápido. 

     Logo retornamos para a casa, nos deparando com o cheiro incrível dos bolinhos que minha avó havia preparado com a ajuda de Yoongi. Taehyung tem sorte que seu ômega está tentando aprender novas receitas, mas sei que ele também costuma se esforçar para agradar o mais novo à sua maneira. 

     Estranhamente acabei sentindo falta da presença desagradável, até minha avó explicar que Minhyuk havia entrado em um dos campos para buscar sinal de telefone. Ainda não conseguimos instalar um bom ponto de telefonia na propriedade, por isso costumamos ignorar a existência das tecnologias quando nos isolamos nesse pedaço de paraíso. 

     Mesmo estando envergonhado de meus pensamentos, no fundo torci para meu primo ser perseguido por um touro descontrolado. Talvez uma chifrada forte e impiedosa o faça repensar um pouco suas ações, ou o torne um ser humano pior apenas pelo constrangimento. 

     – Por que está rindo, Jimin? – Taehyung indagou, conseguindo a atenção de todos eles em direção ao meu rosto. 

     – Nada importante. – respondi tentando controlar a risada. – Apenas uma ideia maluca que passou em minha cabeça. 

     – Por que eu acho que essa ideia tem a ver com o sangue de uma pessoa sendo derramado? – o alfa continuou a provocar, me interrogando diretamente como se quisesse expor meu lado nada santo. 

     – Que horror, Tae. Não sou cruel a esse ponto. 

     – Jungkook que o diga. – Taehyung rebateu, apontando discretamente para as costas de meu namorado, onde há arranhões ainda não cicatrizados de nossa última noite de amor. 

     – O que o menino Kim está dizendo, meu anjinho? – minha avó indagou, fazendo todos rirem discretamente por sua inocência ao não entender as entrelinhas do assunto. 

     – Não é nada demais, vovó. – murmurei tentando esconder meu rosto entre as mãos. – Eu te mato, Jungkookie. 

     – E eu tenho culpa de sua selvageria agora? – o alfa sussurrou, me deixando mais envergonhado do que gostaria. 

     Passamos o resto da tarde sentados na cozinha, aproveitando o clima agradável e uma conversa civilizada que se deu início com algumas perguntas de minha avó. Como imaginei, a ômega veio com diversas ideias em mente, inclusive a de cozinhar diversos pratos para alimentar bem seus netos. Depois do casamento do meu pai, ela literalmente adotou Yoongi e Jungkook para sua turma de netinhos. 

     No fim de tarde, meu alfa e eu decidimos tomar um banho antes das temperaturas baixarem mais. Jungkook me acompanhou a todo instante, mas não tentou nada, mesmo mantendo seu olhar em cada centímetro de pele enquanto dividíamos o curto espaço no box do banheiro. 

     – Bebê, que tal uma pequena brincadeira quando todos forem dormir? – o mais velho sussurrou, finalmente pressionando meu corpo contra a parede depois que vesti meu pijama. – Quero te ensinar algo bem divertido, e obviamente me vingar do dia em que me amarrou. 

     – Sou todinho seu, Jungkookie. 

     Talvez eu vá me arrepender de tudo isso pela manhã, mas enquanto houver energia para nos amarmos, quero aproveitar cada segundo deste início de relacionamento. O único problema vai ser controlar meus gemidos, afinal não estou nem um pouco a fim de virar motivo de mais piadas para Taehyung, principalmente na mesa de café da manhã.

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NOTAS DA AUTORA ❤

Aqui está mais um capítulo de Sweet Poison, espero que gostem.

Amo vocês! ❤

~ Sweet 🦄

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