O destino era algo incrível, era uma força particular, que escolhia de tempos a tempos, as suas vitimas e naquele momento tinha-se voltado a lembrar do Salvador, ou seria da Teresa?
A verdade é que depois de tanto tempo, mais precisamente cerca de treze anos, os seus dezassete anos tinham ficado para trás, dando lugar aos seus trinta anos, bem maduros.
Podia-se dizer que o destino tinha sido injusto com ambos, ou que não tinha havido força suficiente, ou quem sabe, mesmo o sentimento, mas a questão não era o próprio amor, tinha sido simplesmente a sua falta de compreensão perante um sentimento tão forte ou então, no meio daqueles meses, tão poderosos e ardentes, tinha sido uma ilusão.
A verdade é que isto já não era uma questão de perspetiva dele ou dela e sim, do mundo que os rodeava.
No meio daqueles anos todos a vida tanto tinha sido injusta com ela como com ele, ambos tiveram as suas experiencias amorosas, como ambos ora vai, ora não vai, lembravam-se, um e do outro, principalmente cada vez que algum relacionamento falhava, mas ironicamente, igualmente no meio da sua felicidade.
Esteve sempre presente a maior pergunta de todas, e se?
E se tivesse sido noutras condições? Teria dado certo?
A resposta para ambos era obvia, era sim, teria dado certo, mas e na pratica? A verdade é que por vezes a loucura da juventude não nos limita onde a maturidade limita.
Para ironizar uma vez mais, a maturidade ajuda a lidar com o amor e a loucura em simultâneo, deixando o impossível, mais possível.
Aprende-se a lidar com o medo e com as respostas menos boas e principalmente, torna-nos mais graciosos nas nossas escolhas, na vida, pois inconscientemente sabemos que tudo passa a correr, principalmente quando é bom.
Tudo volta a ser diferente quando o Salvador, recebe um convite de casamento, para ser padrinho do seu melhor amigo, o Carlos, cujo também tinha encontrado o amor da sua vida.
O que o Salvador não sabia, é que o Carlos também tinha convidado uma outra pessoa, especial e inesperada.