Quando cheguei a porta da minha casa, o Dani olhou para mim e disse "Gostei de te conhecer, espero que tu também penses o mesmo..."
Olhei para ele, sorri e abrindo a porta do carro retorqui "Sim, gostei, agradeço-te imenso teres-me ajudado, não sei quanto tempo iria demorar a chegar a casa..."
Subitamente ele saiu do carro e aproximando-se de mim, proferiu as palavras seguintes "Teresa, eu gostava de te conhecer melhor...mais que uma simples boleia"
Percebi naquele preciso momento que o destino me estava a testar, mas a verdade é que aquilo não era um teste a altura pois eu sabia exactamente o que queria e aquilo que eu respondi foi "Eu tenho alguém...mas eu gostava que fossemos amigos, como sugeriste na sala de aula"
Nisto o Dani afastou-se e retorquiu "Sim, claro, eu compreendo, mas ele é da escola?"
Aquelas perguntas típicas e complicadas que me doíam no coração, mas respondi "Não, ele é de outro sítio"
Entretanto o Dani estendeu-me a mão e disse "Então até amanhã?"
Sorri e apertei-lhe a mão, cumprimentando-o e despedindo-me dizendo "Sim, amanhã lá estarei"
Mas antes de se ir embora, o Dani perguntou "Eu passo perto daqui, queres que te venha buscar?"
Percebi que aquela era novamente uma pergunta matreira ao qual retorqui "Não, não é preciso, eu vou de autocarro, prefiro espairecer, se não te importares"
Claro que aquela era uma resposta de pressão, mas aquilo que eu estava a sentir era igualmente isso, pressão!
Nisto ele entrou no carro e foi-se embora, quando antes de eu entrar em casa, mandei uma mensagem ao Salvador a dizer "Desculpa meu amor, apanhei boleia e achei que era melhor falarmos depois, mas eu depois de tomar banho ligo-te para falarmos, preciso de matar as minhas saudades diárias"
Eu sabia que ao contar isto que se tinha passado ao Salvador, provavelmente ele iria ficar com alguns ciúmes, mas a verdade é que eu o queria ver com ciúmes, nunca o tinha visto como tal e a ideia agradava-me, ia-o picar, queria-o picar.
Por isso após a mensagem entrei em casa, ao qual estranhamente ninguém estava em casa, mas fui tomar banho.
Nunca me tinha acontecido, mas conforme lavava o meu corpo, dei por mim a imaginar o Salvador ali, comigo, perto de mim, a abraçar-me enquanto a água escorria pelos nossos corpos.
Que louca, andava meio descompensada pois o meu organismo precisava dele, o quanto antes, não por sentir cada vez menos amor, mas por o querer e estar cada vez mais apaixonada.
Eu acho que tinha chegado o momento de admitir a ele como o amava e isto já não era simplesmente gostar, mesmo em tão pouco tempo, outra vez.
Por isso quando sai do banho, enviei-lhe outra mensagem, mas com uma foto, eu nua, somente com a toalha a tapar.
A única coisa que se via, eram os meus ombros e os meus pés.
Não sei o que me deu, mas eu precisava dele e isto era a forma que o meu coração me estava a guiar, fazendo certas marotices para o deixar interessado.
JE LEEST
Amor Meu
RomantiekEste livro é um romance baseado na história de dois jovens que descobrem o amor da sua vida, provavelmente cedo demais, no entanto, em circunstancias difíceis, como a distancia e a saudade vão atrapalhar muito. Por vezes o amor bate a porta, mas é c...