Capítulo 7 - Parte 1 (Teresa)

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Quando cheguei a porta da minha casa, o Dani olhou para mim e disse "Gostei de te conhecer, espero que tu também penses o mesmo..."

Olhei para ele, sorri e abrindo a porta do carro retorqui "Sim, gostei, agradeço-te imenso teres-me ajudado, não sei quanto tempo iria demorar a chegar a casa..."

Subitamente ele saiu do carro e aproximando-se de mim, proferiu as palavras seguintes "Teresa, eu gostava de te conhecer melhor...mais que uma simples boleia"

Percebi naquele preciso momento que o destino me estava a testar, mas a verdade é que aquilo não era um teste a altura pois eu sabia exactamente o que queria e aquilo que eu respondi foi "Eu tenho alguém...mas eu gostava que fossemos amigos, como sugeriste na sala de aula"

Nisto o Dani afastou-se e retorquiu "Sim, claro, eu compreendo, mas ele é da escola?"

Aquelas perguntas típicas e complicadas que me doíam no coração, mas respondi "Não, ele é de outro sítio"

Entretanto o Dani estendeu-me a mão e disse "Então até amanhã?"

Sorri e apertei-lhe a mão, cumprimentando-o e despedindo-me dizendo "Sim, amanhã lá estarei"

Mas antes de se ir embora, o Dani perguntou "Eu passo perto daqui, queres que te venha buscar?"

Percebi que aquela era novamente uma pergunta matreira ao qual retorqui "Não, não é preciso, eu vou de autocarro, prefiro espairecer, se não te importares"

Claro que aquela era uma resposta de pressão, mas aquilo que eu estava a sentir era igualmente isso, pressão!

Nisto ele entrou no carro e foi-se embora, quando antes de eu entrar em casa, mandei uma mensagem ao Salvador a dizer "Desculpa meu amor, apanhei boleia e achei que era melhor falarmos depois, mas eu depois de tomar banho ligo-te para falarmos, preciso de matar as minhas saudades diárias"

Eu sabia que ao contar isto que se tinha passado ao Salvador, provavelmente ele iria ficar com alguns ciúmes, mas a verdade é que eu o queria ver com ciúmes, nunca o tinha visto como tal e a ideia agradava-me, ia-o picar, queria-o picar.

Por isso após a mensagem entrei em casa, ao qual estranhamente ninguém estava em casa, mas fui tomar banho.

Nunca me tinha acontecido, mas conforme lavava o meu corpo, dei por mim a imaginar o Salvador ali, comigo, perto de mim, a abraçar-me enquanto a água escorria pelos nossos corpos.

Que louca, andava meio descompensada pois o meu organismo precisava dele, o quanto antes, não por sentir cada vez menos amor, mas por o querer e estar cada vez mais apaixonada.

Eu acho que tinha chegado o momento de admitir a ele como o amava e isto já não era simplesmente gostar, mesmo em tão pouco tempo, outra vez.

Por isso quando sai do banho, enviei-lhe outra mensagem, mas com uma foto, eu nua, somente com a toalha a tapar.

A única coisa que se via, eram os meus ombros e os meus pés.

Não sei o que me deu, mas eu precisava dele e isto era a forma que o meu coração me estava a guiar, fazendo certas marotices para o deixar interessado.

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