Amor Meu

Capítulo 13 - Parte 4 (Teresa)

A noite passou-se, sem grandes respostas, sem sinal de vida, parecia que o Salvador tinha deixado de existir, ou pelo menos insistia em não ligar de volta o telemóvel.

Parecia que nos últimos dias, um conjunto de promessas se tinha transformado numa pilha de cinzas, ou por outras palavras, em nada, simplesmente nada.

Tentei dormir, mas não fui capaz, estava num estado de alerta tremendo e não conseguia parar de ficar preocupada ou mesmo parar de chorar.

Ninguém das redes sociais sabia dele, não haviam nenhumas novidades no seu blog, parecia simplesmente que ele tinha morrido e eu era a causadora da sua morte.

Ao outro dia quando acordei, o mundo parecia não sorrir ou brilhar como antes e a sua falta, ou mesmo a dependência que eu tinha da sua dependência era tremenda.

Confesso que tentei ao longo do dia e dos dias seguintes que ele me respondesse as mensagens ou me atendesse o telemóvel, mas sempre sem sucesso, mas agora era eu que não queria desistir, agora era eu que não o queria deixar ir, até porque apesar de tudo, o que tinha acontecido não tinha sido a minha culpa.

Tinha sido um conjunto de situações, más escolhas da minha parte, juntando ao medo e ao azar com o Dani que tinham causado isto.

Mas o que me passava pela mente era, nós eramos mais fortes que isto, tínhamos de ser!

Por isso tentei, fui tentando e acabei mesmo por chegar a ignorar uma boa parte da minha vida, pois eu era loucamente apaixonada por aquele rapaz e eu estava ciente, em como ele me amava igualmente.

Se ele não me quisesse, era diferente, eu afastar-me-ia, mas até ele me ouvir, eu não ia ficar parada ou quieta, ele era o amor da minha vida.

Entrementes, numa das vezes, eu tento ligar-lhe, já sem grandes esperanças, pois já se tinha passado uma semana.

Surpreendentemente ele atende e diz "Estou?"

Quando eu oiço a voz dele eu digo a chorar "Amor por favor, não desligues! Por favor ouve-me! Ouve o que tenho para te dizer!"

E ao dizer aquelas palavras, desesperada, desato a chorar descontroladamente...o eu originou a que ele dissesse "Tudo bem...podes falar..."