Capítulo 9 - Parte 3 (Salvador)

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Aquele dia tinha chegado e eu preparei-me deveras muito bem, não com o intuito de impressionar alguém, mas porque queria de facto ir bem, comigo mesmo.

Naquele dia acordei mais cedo, reparando que a Teresa não tinha dito bom dia igualmente cedo, talvez porque ainda estaria a dormir, julgava eu.

Por isso após preparar-me e antes de sair de casa para apanhar o autocarro peguei no telemóvel e escrevi a mensagem seguinte "Bom dia minha querida, espero que estejas bem, eu vou sair agora. Tu vais estar sempre no meu coração, quero que tenhas isso sempre presente, Amo-te"

Não estranhei a sua falta de resposta porque afinal de contas, ela ainda não teria visto.

Quando saí não pensei realmente como iria ser conhecer as outras pessoas deste grupo, só pensava que nada me daria mais orgulho que estar ali com ela, a percorrer aquele caminho e demonstrar ao mundo o meu afeto e carinho por ela. Infelizmente como não era possível, fui na mesma, mas sempre com algum receio por a Faith, ou seja, a Patrícia fosse e tentasse algo inapropriado, mas a verdade é que quando lá cheguei, a única pessoa que me esperava, era a Caty, o seu namorado, com o pseudónimo de Anjo e uma outra que o seu pseudónimo era Dru, ou seja, muito menos que o esperado.

No meio daquilo tudo, eu e a Teresa certamente tínhamos blogs que até considerávamos bastante normais, pois todos eles se baseavam em criaturas, o nosso era somente sobre o nosso amor.

Confesso que aquilo que se passou, de forma mais resumida, foi meramente estarmos todos a olhar uns para os outros, sem saber o que dizer, o que nos fez chegar a conclusão que tudo pode ser diferente da vida, digamos, real, não virtual, não querendo com isto dizer que eramos todos falsos, apenas precisávamos de tempo para nos adaptarmos aquele "Abrir de olhos" para o mundo, como se fossemos todos recém-nascidos, ou de outra forma, nerds.

Se bem que o esquisito era que todos éramos imensamente sociais, mas aquilo era uma barreira criada pela nossa forma de coexistir uns com os outros, como se fossemos conhecidos, mas, no entanto, com a presença desconhecida. Algo diferente para o ser humano, provavelmente.

Amor MeuWhere stories live. Discover now