Saio da cama totalmente atrapalhada e acabo me embolando nas cobertas e caindo de cara no chão. Tento me levantar apoiando no criado mudo e acabo o derrubando em cima de mim. Solto um gemido agudo e tiro tudo de cima de mim.
Vou para o banheiro e faço minhas higienes pessoais, são 3h da manhã. Visto um look qualquer e vou para meu arsenal.
Pego meu bastão, minha pulseira maravilhinda que vira chicote, minhas adagas de Nipes e meus socos ingleses.
Desco furtivamente até o porão e checo minha nova máquina de salvar minha própria pele. Ainda faltam alguns downloads a serem concluídos. Suspiro e saio de lá.
Subo em Racer e calculo a rota para o antigo galpão de produtos químicos, hoje abandonado. Eu sei que a Sofhie vai estar lá. Ela sempre foi fanática pelos meus pais. Lembro-me que quando ela descobriu que eu era a Heart Princess, que era tipo o "Robin" do Coringa, ela enlouqueceu. Desde então ela vem tentando chamar a atenção dos meus pais.
Dirijo na velocidade máxima até chegar na antiga indústria. Desco da moto e adentro o local, abrindo as grandes portas duplas com um chute. Olho ao redor em meio as sombras e sorrio de forma macabra.
- Eu chegueeei! Não vai vir me dar as boas vindas, Sophie? - cantarolo alegremente com a espada em mãos. O brilho fraco da lâmina iluminando meu caminho.
- Vejo que você caiu direitinho, não é? - Sophie aparece dependurada pelos pés em uma das vigas e salta de cabeça na minha frente, rindo feito uma iena.
- Você nunca vai chegar se quer na minha sombra, Sophie. - dou tapinhas leves em seu rosto e sorrio.
- Você já está me irritando. Apaguem ela. - ela diz e alguém me dá uma pancada na cabeça me deixando inconsciente.
🌙🌙🌙
Acordo com uma dor terrível no pescoço. Tento me mexer mas percebo estar amarrada em uma cadeira. Olho para minha perna e vejo uma faca fincada nela. Vejo o sangue ensopando minha roupa e simplesmente começo a rir feito uma retardada.
Xxxx: Você está maluca, Jade? Ela vai te matar!
- É claro que eu estou maluca, meu cérebro está fritando e vocês não calam a boca! - digo rindo feito uma idiota.
- Com quem você está falando? - Sophie pergunta olhando para os lados paranóica.
- Ai pobrezinha, tá morrendo de medo de eu estar chamando reforços, não é? - levo outro choque na cabeça e me desimbesto a rir. - Desculpe, são as vozes.
- Maldita! - ela tem um ataque de fúria e coloca todo o seu peso na faca em minha perna.
- Tá precisando de uma musculação em amiguinha... Pode continuar, eu adoro sentir meu cérebro fritando. - digo entre risos.
- Sua vaca! - ela me dá um tapa.
- Muuuuu!!! - imito e começo a rir sem parar.
- Chega! Eu vou te jogar no tanque. - ela sorri perversa.
- Ebaaaa! - digo com voz infantil.
Ela empurra a cadeira na direção do tanque e quando ela está prestes a me jogar no tanque, minha família chega. Uma flecha passa zunindo por minha cabeça e os Vingadores, juntamente com meus amigos e Taylor entram no galpão.
Olho para meu pai e para o tanque, sinalizando o plano de Sophie. Mal sabe ela que se eu cair no tanque de produtos químicos, ela vai estar mais fudida que o habitual.
Sorrio alegremente para eles e viro a cabeça na direção de Sophie.
- Você. Está. Muito. Fudida! - começo a rir histericamente e ela chuta a cadeira para o tanque, me derrubando enquanto atira nos Vingadores.
Caio em meio aos risos e percebo que ela tem capangas. Dou uma última olhada para minha família e afundo em meio aos produtos químicos e a insanidade completa. Com certo esforço consigo me soltar das cordas e me levantar, emergindo do tanque com o corpo encharcado de produtos químicos.
Sorrio de forma psicótica e aceito a ajuda dos rapazes para sair de lá. Pego meu bastão e saio saltitando alegremente em meio aos tiros. Steve e Tony entram em desespero e ficam andando perto de mim para barrar os projéteis.
Pego uma toalha que um dos capangas imbecis me estende. Termino de me limpar e lembro da faca em minha perna. Puxo ela rindo sem parar e fico a mesma no pescoço do capanga. Antes que eu possa evitar, assumo o alter ego da Heart.
Transformo meu bracelete em um chicote e vou atrás da Sophie. Ela atira em mim, mas não acerta nenhum lugar importante. Rio debochadamente de sua cara enquanto estalo o chicote no chão.
- Quando foi que sua mira ficou tão ruim?
- Quando você se tornou uma lunática debochada.
- Então... Sua mira é assim desde sempre? Coitadinha!
- Quer ver o quanto minha mira é boa? Então eu te mostro. - ela aponta a arma para o meu peito e atira.
O que acontece em seguida é um pouco difícil de assimilar.
Taylor me empurra e o tiro acaba por acertar em seu peito. Ele cai ajoelhado e me olha, cuspindo sangue. Tampo a boca com as mãos e fico em choque. Quando todos pensam que eu vou gritar, apenas me aproximo do garoto e seguro sua mão.
- Jade... M-me desculpe... Eu fui um babaca em trair você. - ele diz com dificuldade e coloca algo em minha mão.
- Morcego, se você morrer eu te mato! - digo furiosa.
- Eu te amo, Palhaça. - ele sussurra antes de desaparecer por completo. Sem nenhum sinal de vida.
Olho para o corpo sem vida de meu ex namorado e melhor amigo, e começo a rir. Rio sem parar, e sim, minhas bochechas estão doloridas. Quando perco o fôlego, olho para Sophie com todos os sentimentos ruins e apenas digo:
- Eu vou te mataaar!!! - cantarolo e corro na direção dela.
Quando estou quase a alcançando, sou lançada longe por um dos capangas dela. Rosno furiosa e chamo Mally no comunicador. Peço para ela enviar meu projeto e numa questão de segundos, um cinto de metal se fecha ao redor da minha cintura e começa a materializar uma armadura.
Jogo meus bastão para o alto e ele vira uma espada. Abro minhas asas de metal e vôo pra cima de Sophie. Vejo um vulto negro passando em meio as sombras, mas não dou muita importância. Seguro a espada com uma mão e meu chicote na outra.
Rosno e bato com o chicote no rosto escamoso da cretina, deixando um corte profundo. Continuo chicoteando seu corpo até ela começar a cambalear. Vejo o vulto negro de novo e os capangas da Sophie caem. Salto e dou um chute no peito da garota. Levanto vôo e preparo minha espada para a tão sonhada vingança.
- Dê um "oi" ao demônio por mim. - volto para o chão fincando a espada no chão, através do corpo de Sophie.
Retiro a espada de seu cadáver em meio aos meus próprios risos. Apoio a lâmina da espada em meu ombro e vou andando até as sombras, onde vi o vulto pela última vez. Encontro o que julgo ser uma garota, encostada em uma parede.
Analiso a garota e percebo seus cabelos platinados parcialmente escondidos. Permaneço imóvel até ela retirar seu capuz e revelar sua identidade.
- Luma?! - digo me lembrando da minha colega de classe.
- Olá, Dark Angel. - ela sorri.
- Então você é a Silver Owl? - digo pasma - você vai ter que me contar tudinho! - dou pulinhos de alegria e a levo (lê-se: arrasto) até minha família
- Jade... Jade, me solta... JADE!!! - ela grita para que eu finalmente solte seus braços.
- Família, essa é Luma di Ângelo, minha colega de escola, que acabei de descobrir ser uma anti heroína famosa. - digo extremamente alegre - E Luma, essa é a minha outra familia: A família Avengers! Bom, nem todos os membros da família estão aqui, mas você pode conhecê-los em breve e...
- Jade, você está sob efeito dos produtos químicos, não é? Você não me parece muito sã. - Jenna me interrompe.
- Ela me jogou no tanque, eu estou sem poderes, você queria o quê? - pergunto irritada.
- Ok... Jade, o que nós vamos fazer com os corpos? - Izzy pergunta apontando para os cadáveres.
- Taylor... Eu vou ter que falar com o Bruce... Deve haver alguma forma de trazê-lo de volta. - digo comigo mesma enquanto caminho na direção do corpo inerte dele.
- Jade, tem uma bala alojada no seu braço, outra na sua coxa, um buraco do tamanho de uma faca na sua outra coxa, e você ainda quer carregar um cadáver, pilotar uma moto e ir atrás de um cara que não é exatamente seu fã e provavelmente vai te prender? - Dan me questiona indignado.
- Exatamente! Agora, se não vai me ajudar ao menos faça o favor de não me atrapalhar. - pego o corpo do meu ex namorado nos ombros e saio andando.
Subo em Racer e dirijo para casa. Atravesso a rua e toco a campanhia dos Wayne. Quem me atende é o mordomo, que me analisa cuidadosamente.
- Alfred, preciso falar com o Bruce. - digo séria e ele balança a cabeça e me dá passagem. Ele sabe que quando eu me refiro ao sr. Wayne por seu primeiro nome, a coisa tá muito séria.
- Eu vou chamá-lo, espere aqui, por favor. - ele dá uma olhada rápida na sala, como se certificando onde está tudo caso algo seja roubado, e então desaparece indo para a Batcaverna.
Olho para Taylor, penso que foi minha culpa. Eu não queria mais nada com ele, mas também não queria sua morte. Ele era meu amigo! Começo a me lembrar de tudo o que vivemos, mas não consigo derramar uma única lágrima.
- Jade o que... - Damian desce as escada e então acompanha meu olhar, entrando em choque logo em seguida. - Taylor, acorda! O que você fez com ele?
- S-Sophie... Ela enlouqueceu, me jogou no tanque de produtos químicos, matou Taylor, ela... Está morta. - mudo meu tom de desesperado para sombrio na última frase. Bruce, que havia acabado de chegar, me olha inexpressivo.
- Morto?! Você disse mesmo que o meu irmão está morto? - o garoto me olha desesperado e checa a pulsação do irmão. Ao notar que eu falei a verdade, Damian sai correndo.
- Você disse que caiu no tanque de produtos químicos? - Wayne me olha desconfiado - Você não me parece muito insana.
- Acredite, eu estou mais louca do que você pode imaginar. - digo baixo e me dirijo até a porta.
- E... Como vai fazer para se curar?
- Eu vou voltar pra Manhattan, com certeza o Dr. Banner vai poder resolver este problema. - digo e vou embora, olha para trás uma última vez - Eu vou te trazer de volta a qualquer custo. Você ainda é meu amigo, Morceguinho.
🔫🔫🔫
Coloco a mala de lado e me jogo em cima da cama. Volto a observar o teto, me perguntando se ele não vai pular minha janela a qualquer momento e me dizer que tudo não passou de um sonho ruim, mas eu sei que isso não vai acontecer.
Fecho os olhos para conter as lágrimas e para manter o controle da minha mente, começo a cantarolar baixinho a música "Safe & Sound".
Choro em silêncio até que alguém aparece na porta. Viro para o lado e finjo que estou dormindo. Steve entra no quarto com cuidado e se aproxima de mim.
- Eu sei que você está acordada. Quer conversar sobre o que aconteceu de manhã? - ele passa a mão em meus cabelos e senta na beirada da cama.
- Steve... - chamo de forma quase inaudível.
- Pode falar. - ele diz baixo e vira de frente pra mim, se ajoelhando ao lado da cama.
- Eu estou desabando. Sinto como se não houvesse mais nada. Minha mente está me vencendo. - minha voz falha. - Eu nunca havia matado antes. Pelo menos não de propósito. Meus crimes só incluiam roubar e machucar, mas hoje eu matei... E o pior é que... Eu gostei da sensação.
- Hey, isso é só o efeito do tanque. Vai passar logo, você vai ver. - ele coloca sua mão sobre minha bochecha.
- E se não passar? - seguro sua mão sobre meu rosto e olho em seus olhos - E se isso for quem eu realmente sou?
- Não vai mudar nada do que eu sinto por você. - ele me beija.
- STEVE ROGERS, O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO COM A MINHA FILHA?! - meu pai grita parado na porta, junto com os Vingadores e nós nos separamos.
- Se não vieram me trazer comida, já podem ir embora. - digo indiferente aos gritos do meu pai.
- Ao que parece você está muito bem alimentada, né, Dona Jade? Já tava até querendo comer o Capitão de sobremesa! - ele diz indignado.
- Não enche, Pai. Minha mente ainda tá uma bagunça, se você gritar comigo de novo eu não respondo por mim. - ameaço enquanto reviro meu armário atrás do uniforme da Heart.
- Depois a gente conversa. - ele me olha e sai do quarto empurrando Steve, junto com os garotos.
- Quem aí tá afim de se divertir um pouco? - digo vestindo meu chapéu.
- Nem precisa convidar duas vezes! - elas dizem se aprontando.
- Luma, vem com a gente? - pergunto esperançosa.
- Eu vou. Mas, já aviso que não sou assassina. - ela sorri e veste seu look de Silver Owl.
- Minha mãe disse que quando eu gostasse de matar, poderia usar este artefato... Acho que chegou a hora! - digo pegando um dos antigos martelos da mamãe.
- Vamos lá! - digo animada e subo em minha moto.
Primeiro, vamos para um bar no centro da cidade. Bebemos, roubamos e depois eu fico liberada para dar marteladas na cara de todo mundo. Mato alguns homens.
Em seguida, vamos para uma boate. Fazemos uma entrada triunfal com as bombas coloridas da Luma, que grafita uma coruja de prata sempre que roubamos um estabelecimento. Matamos mais pessoas, roubamos mais e nos divertimos mais
- Gente, vamos roubar o banco! Eu adorava fazer isso antes de virar heroína. - proponho super animada com o martelo sobre os ombros.
- Só se for agora! - minhas amigas dizem.
E lá vamos nós. Eu, Luma, Jenna, Izzy, Mad, Milly, Nat e Wanda. Sim, temos duas Vingadoras na nossa gangue. São três, se contarem comigo.
Chegando no banco central vejo duas Lamborghinis estacionadas de forma estratégica. Desco da moto e entro correndo. Eu sei que era o carro dos meus pais.
Os seguranças tentam me barrar mas Luma os ataca com suas adagas gêmeas, sem matá-los. Ela joga várias bombas de gás colorido no ar.
- Eu quero vermelha! Vermelhaaa! - peço.
- Vermelha saindo. - ela revira os olhos e taca uma bomba vermelha na minha frente.
- Cheguei, galera! - digo aparecendo em meio ao gás vermelho rindo como se fosse uma retardada e faço uma pose de maluca apoiada no martelo da mamãe.
- Palhacinha!? - meus pais ficam surpresos ao me ver tão parecida com eles.
- Gostaram da surpresa? - digo dando pulinhos. - Eu matei 20 pessoas inocentes e 1 vadia hoje, papai!
- Essa é a minha filha!
- Eu sou sua filha, paiê! - uma garota esquisita diz batendo o pé quando meus pais me abraçam.
- Luh, pode abrir o cofre, por favorzinho? - digo fazendo uma cara do gato de botas se ele fumasse cocaína.
- Achei que não fosse pedir nunca. - ela sorri de lado e abre o cofre.
Pego várias sacolas de dinheiro e só então noto a presença da garota que é idêntica ao meu pai e não está carregando nada. Cutuco ela com o martelo e ela vira pra mim.
- Querida, isso aqui não é a Comic Con. Ou você ajuda, ou não recebe merda nenhuma. - digo irritada. - Papai, não está na hora de contratar capangas melhores? Você pode fazer isso com o dinheiro do roubo!
- Ela tá chamando quem de capanga? - o cosplay mal feito dos meus pais pergunta.
- Você! - respondo rindo.
- Mãe, eu posso bater nela? - a garota pergunta para minha mãe enquanto saímos do banco.
- Não, Lucy. Deixa sua irmã em paz! - mamãe diz para a garota e eu fico confusa.
- Eu não tenho irmã, deve estar havendo algum engano. Vejo vocês em casa. - subo na moto e volto pra casa junto com as garotas.
Chego em casa e vou direto buscar minhas malas e mandar minhas forjas móveis para a torre Avengers. Evito meus pais até a hora da despedida. Me despeço de meus amigos e espero Luma. Quando ela não demonstra qualquer sinal de vir comigo eu proponho:
- Luma, não quer vir com a gente? Tem quartos de sobra na torre, e você vai poder conhecer o Banner. - quando digo sobre o Banner, ela aparece ao meu lado com uma mala em mãos
- Tô dentro!
- Jade, antes de você ir, deixe-nos te apresentar Lucy, nossa filha biológica. - mamãe diz cautelosa.
- Filha biológica... Ah, ok. - digo fazendo pouco caso.
- Prazer em conhecê-la, Jade. A mamãe falou muito de você. - ela diz animada.
- Todos falam de mim o tempo todo... Quem sabe um dia você também consiga. - sorrio com desdém e entro no carro - O prazer foi todo seu, Lucy.
Dirijo de volta para casa, com Luma, Steve, e meu pai, por algum motivo desconhecido dentro do carro comigo.
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Olá Puddins!
Como vão vocês? Gostaram do capitulo? Sophie morreeeeu, aleluia!
Esse foi o primeiro capítulo da #SemanaInterativa. Amanhã sai mais um, contando mais sobre a Luma, que é a personagem da lumaac.
Mandem seus números para o grupo de #RPG. E também as informações do personagem.
Comentem o que acharam. Divulguem bastante pra continuarmos crescendo e pra que possa trazer mais especiais pra vocês.
Não esqueçam de votar e se efetivar com um Pudim ou Pudinha!
Beijos insanos e que o Morcegão não persiga vocês!
Ass: Geovana.